domingo, 15 de janeiro de 2017

Ringling Bros. e Barnum & Bailey Circus: o maior espetáculo da terra baixa a lona para sempre


por Ed Sá 

Reportagem do USA Today, hoje, confirma que o Ringling Bros. e Barnum & Bailey Circus apaga as luzes e baixa a lona. Foram 146 anos de atividade percorrendo pequenas e grandes cidade americanas, além de turnês internacionais.

Nos últimos anos, o lendário circo já havia diminuído suas atividades. Custos altos e queda na venda de ingressos contribuíram para o fim das atividades. Um fator importante para a decadência do circo foi a atuação dos grupos que defendem os direitos do animais. Não só esses ativistas lutam por uma causa justa como sua luta sensibiliza as novas gerações. Embora não haja proibição legal em todos os Estados Unidos (no Brasil, por exemplo, leis estaduais e municipais proíbem a exploração de animais em picadeiros) o circo foi alvo de numerosas ações judiciais.

A companhia ainda fará 30 espetáculos até maio. A última sessão do Ringling Bros. e Barnum & Bailey Circus acontecerá no dia 21 de maio, no Nassau Veterans Memorial Coliseum, em Uniondale, N.Y.




Ficam a lenda e as imagens de uma superprodução de Hollywood, dirigida por Cecil B. De Mille, em 1952. No elenco de "O Maior Espetáculo da Terra", destacavam-se Charleston Heston, no papel de Brad Braden, o dono do circo, o trapezista "Grande Sebástian" vivido por Cornel Wilde, o palhaço interpretado por James Stuart e a trapezista Holly ( Betty Hutton).

Coincidentemente, na mesma semana em que o Ringling Bros anuncia o encerramento das suas atividades, os comediantes Renato Aragão e Dedé Santana. Na trama de "Saltimbancos Trapalhões, eles tentam salvar um circo. No Brasil, espetáculos circenses também caminham para a extinção.

3 comentários:

J.A.Barros disse...

No Brasil a extinção dos circos começou com o fim do circo dos irmãos Olimecha. Com o fim das várzeas e terrenos vazios nas cidades o fim dos circos se desenhava rapidamente. As empresas imobiliárias avançaram com muita velocidade sobre esses espaços levantando prédios comerciais e residenciais que eram vendidos na construção. Não só acabaram os circos como as caravanas de ciganos que em seus carros e caminhões velhos de tempos em tempos surgiam nas cidades e acampavam nesses terrenos para vender latões de cobre e panelas além de suas mulheres sairem pelas ruas das cidades para lerem a sorte dos homens e mulheres por elas abordados. Hoje os tempos e as modas são outros e não sei se para melhor ou para pior, a verdade que nas épocas dos circos e dos ciganos não tínhamos engarrafamentos de carros e ônibus e não levávamos 2 horas para chegar no trabalho ou nas escolas. Tínhamos o bonde que sobre seus velhos trilhos nos levavam aonde queríamos, mas com a modernidade presidentes, prefeitos e governadores acabaram não só com os bondes – que até hoje rodam nas capitais das maiores cidades da Europa e dos EUA – mas com o trem e com o serviço de cabotagem, para favorecer as montadoras de carros no país.

Lidia disse...

Quer saber? Circo, aquários, zoológicos são prisões e campos de concentração de animais. Tem mais é que acabar.

Carla disse...

Dizem que zoologico é pras crianças conhecerem os animais. Criança que veja o Discovery. Não vale tortura animais só para que crianças possam ver eles. Alguns paises tem parques naturais onde os animais vivem soltos, pode ser uma solução aceitável. Zologico, rodeios, touradas, vaquejadas, essas violência também tem que acabar.