Centro Internacional de Transmissão (IBC) da Rio 2016. Foto de Ricardo Cassiano/PMRJ |
por Niko Bolontrin
Faltam menos de três meses para as Olimpíadas. Às voltas com a crise política, e com a politização até do ar que respira, com a já tradicional torcida do contra etc, o Brasil só agora começa a entrar lentamente no clima no embalo da tocha olímpica que percorre as cidades.
O Rio, como Cidade Olímpica, já vive um pouco mais os Jogos, embora sofra com os transtornos e engarrafamentos provocados por dezenas de obras de infraestrutura. São altos os índices de ocupação prevista para hotéis, hostels, pousadas, apartamentos, casas e vagas disponibilizados por particulares para os visitantes.
Mas o interesse ainda não disparou.
Os patrocinadores ainda não se mobilizaram para cooptar a cidade. Em Londres, nessa época, algumas campanhas já estavam nas ruas, especialmente peças institucionais e outdoors que convidavam a população a se integrar ao espírito olímpico.
Lá fora, contudo, distante dos interesses e conflitos políticos que abalam o Brasil, as corporações já subiram no pódio do faturamento com um dos maiores eventos esportivos do mundo. A Telemundo, por exemplo, conta com a Rio 2016 e a Copa do Mundo de 2018, na Rússia, para ocupar mais espaço não só entre as grandes redes da TV americana e a Univision, mas no continente, atualmente o mercado que mais cresce. O foco é dominar de vez a enorme audiência hispânica, com alguns reflexos na relativamente pequena comunidade de brasileiros nos EUA, e se tornar a maior referência jornalística e de entretenimento nos demais países de língua espanhola.
O executivo Cesar Conde, presidente da NBCUniversal International Group e da NBCU Telemundo, comanda a ofensiva da rede junto a anunciantes e avisa que, nesse projeto, o esporte tem papel fundamental: o caminho para a Copa de 2018 começa da Rio 2016 e passa pela Copa das Confederações de 2017, antes de chegar Moscou, principalmente no destaque que será dado à cobertura do futebol.
Como a única rede que apresentou crescimento real nos Estados Unidos, em 2015, a Telemundo vem com tudo para o Rio, segundo Cesar Conde em entrevista ao site Adweek.
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