quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Árvores da vida...


por Ed Sá 

A badalada socialite Kim Kardashian postou hoje no Instagram uma foto que está bombando na internet. Ele aparece nua em cima de uma árvore sabe-se lá fazendo o que. Ou melhor, sabe-se: a mulher de Kanye West posava para a capa de um livro sobre os 20 anos de carreira dos fotógrafos Mert Alas e Marcus Piggott. 

Nada original. Copiou o Gabeira.

Quando voltou o exílio, Fernando Gabeira dedicou-se à causa ecológica. A Manchete o procurou para uma matéria sobre o ex-guerrilheiro que virou verde. A foto era pra ontem e o fotógrafo Gil Pinheiro resolveu da maneira mais rápida. Levou Gabeira para o Aterro do Flamengo onde ele subiu em uma árvore. 

Uma cena lembra a outra. Ressalvando que, no caso, Gabeira estava primaveril, mas vestido. 



Considerações sobre o Janotgate e os malabarismos de uma primeira página que tira coelhos da cartola...


As posições do Globo são bem conhecidas. Mas o jornal sempre surpreende ao defender seus interesses políticos e corporativos.

Sabe-se que o procurador-geral Rodrigo Janot dá sinais de colapso na placa-mãe que comanda suas decisões. Diante de novos trechos de gravações de Joesley Batista, Janot teria caído no choro. A revelação não detalha se foi convulsivo ou não.

Segundo as últimas declarações, o homem entrou em modo DR (de discutir a relação), elogiou a própria coragem, depois falou que não é coragem, é medo, o "medo de errar" é o gatilho das suas decisões. Confuso, no mínimo. Uma das frases preferidas de Janot, mineiro de BH, é "Nu d'ês é bão, no meu não", segundo artigo de Eugênio Aragão, ex-procurador do MP.  Janot, a julgar pelos últimos movimentos, vai incorporar em breve outra frase em mineirês: "pronostamoindu".

Dois lances do jogo político, ontem, além do Janotgate, compõem a capa do Globo de hoje. Depois do vexame da nova gravação de Joesley, até então supostamente desconhecida e que ameaça anular a delação negociada por ele, o procurador usou a única flecha capaz de tirar o foco do breakdown público: tirou da gaveta uma denúncia contra Lula, Dilma e outros petistas. No mesmo dia, malas de dinheiro com mais de 50 milhões de reais foram encontradas em um apartamento em Salvador que, segundo a PF, era usado por Geddel Vieira Lima, até recentemente ministro de Temer, para guardar pertences do falecido pai. Por fim, a constatação de que após os novos áudios de Joesley, Michel Temer "ganha fôlego".

Tudo isso está na capa do Globo.

A edição da capa - teor dos títulos, disposição gráfica das fotos e dos textos - é que revela mais do que os conteúdos. Nada é por acaso em uma primeira página. Vamos lá: o titulo principal é "Janot denuncia Lula, Dilma e PT por organização criminosa". Logo abaixo, em três colunas e meia, a foto das malas de dinheiro apreendidas no que seria um bunker de Geddel.  A cena impressionante dos volumes abertos e de uma montanha de notas de 50 e 100 reais leva um título que não faz referência a Geddel; "A caverna de Ali Babá". Tudo isso compõe a metade superior da primeira página que, dizem editores e diagramadores, é a de maior importância e visibilidade de um jornal, a área mais nobre. Mas a solução visual do Globo não teve nada de nobre e induz uma leitura política: a foto, que acompanha em importância o título principal e "dialoga" com este, "retrata' os R&1,48 bi que Janot diz que foram entregues a Lula e Dilma e turma. Apenas na página dez, a da matéria das malas, está o título que tem ligação lógica com a foto da dinheirama: "PF apreende R$ 51 milhões ligado a Geddel".  Mas aí, já era, a capa cumpriu seu papel.

Por fim, o 'fôlego de Temer". Até recentemente, o Globo pedia em editorial a saída do ilegítimo. Visto por que está do lado de cá da página de hoje, essa inusitada rebelião parece vir perdendo impulso na medida em que Temer sai da UTI política em que se meteu. Alguns ministros do STF já defendem a anulação das provas existentes em toda a denúncia de Joesley Batista. Ponto para o governo. Está rolando uma reaproximação com o Temer que tudo indica vai cumprir o mandato até o fim?

A única notícia que não tem segundas intenções nessa capa está lá embaixo, no cantinho à direita: o Brasil empatou ontem com a Colômbia.

terça-feira, 5 de setembro de 2017

Sputnik Brasil entrevista com exclusividade o americano roubado pelo falso fotógrafo de guerra brasileiro



(do Sputnik Brasil) 

O americano Daniel C. Britt já teve trabalhos estampados na Playboy, TIME, The Washington Post e The New York Times. Cobriu a passagem do furacão Katrina, conflitos no Iraque, Síria, Afeganistão. O trabalho no campo só não lhe preparou para um detalhe: ter seu material roubado por Eduardo Martins, o fotógrafo de guerra brasileiro que nunca existiu.
Atualmente morando em Istambul, na Turquia, Daniel não poderia prever que seria personagem e uma trama que de tão absurda parece cinematográfica. Como mostrou a Sputnik Brasil há dois dias, o trabalho do americano foi plagiado por um perfil falso no Instagram que se apresentava como "Eduardo Martins" e dizia cobrir a batalha contra o Estado Islâmico no Iraque e na Síria enquanto se revezava em um trabalho como voluntário em um campo de refugiados na Faixa de Gaza.




A história de Eduardo ruiu quando ele já ostentava mais de 120 mil seguidores no Instagram e estrelava perfis em publicações famosas, como a BBC e Vice. Seu perfil, bem como todas as formas de contato que possuía, desapareceram logo depois. Os questionamentos, porém, ficaram. Quem era o loiro das fotos que "Eduardo" usava nas redes sociais? Como as fotos plagiadas foram parar em bancos famosos de imagem? E os fotógrafos originalmente autores dos trabalhos roubados, não perceberam a farsa?
Daniel só tem resposta para a última pergunta. Após contato da Sputnik Brasil na sexta-feira (1), ele concedeu por e-mail uma entrevista detalhando a sua reação ao caso.

Sputnik Brasil: Os fotógrafos profissionais acompanham frequentemente as repercussões do seu trabalho on-line, incluindo casos de plágio ou uso indevido. Você não viu nenhuma dessas fotos tiradas por você na web pelo nome de Eduardo?

Daniel C. Britt: Eu não faço isso nunca. Do momento em que começo a trabalhar em uma reportagem até a sua conclusão, mantenho as pessoas à minha volta, é meu trabalho. Quando termino, estou partindo para outra. Não sou de rastrear nada nas redes sociais. Eu tenho tentado fazer esse tipo de coisa parte do meu fluxo de trabalho, mas odeio sentar na frente de uma tela de computador tanto quanto eu odeio ler pessoas chatas publicarem lixo online. Mas isso foi um alerta. A partir de agora, eu tenho que abraçar o SEO [método de posicionamento de conteúdo em serviços de busca], mídias sociais e começar a monitorar meu conteúdo ou algum outro idiota estará vendendo meu trabalho.

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segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Há 25 anos, Collor caía em desgraça e a grande mídia ficava orfã do presidente que ajudou a eleger. Dos "tempos de glória" restou uma foto...

Embora seja um "número redondo", desses que dão "gancho" para matérias, a data passou em branco.

No dia 1° de setembro de 1992, há 25 anos, os presidentes da Associação Brasileira de Imprensa, Barbosa Lima Sobrinho, e da Ordem dos Advogados do Brasil, Marcello Laveniére, apresentaram à Câmara o pedido de impeachment de Collor.

Outras datas virão redondas para revalidar a pauta "comemorativa": no dia 29 setembro do mesmo ano, a Câmara dos Deputados votou a favor da instauração do processo de impeachment de Collor; no dia 1° outubro começou a tramitar no Senado;  no dia seguinte "elle" foi afastado da Presidência. Para evitar o impeachment, Collor renunciou no dia 29 de dezembro. E no dia 30, perdeu o mandato. fechando a ação política.

Quanto à ação penal, bom lembrar que em 1994, apesar de todo aquele barulho, os PC Farias da vida, Fiat Elba. contas fantasmas etc,  o STF, isso aí, o Supremo, ele mesmo, absolveu Collor. Naquela época, não se invocou o "domínio do fato". O STF considerou que algumas provas foram obtidas "ilegalmente" e anulou todas. A figura jurídica que permitiu isso? A doutrina dos "frutos da árvore envenenada".

De qualquer forma, o processo de impeachment e a renúncia encerraram a Era Collor até então muito reverenciada pela grande mídia.


Ficou uma foto histórica dos "bons tempos" de "amizade collorida" e parceria desde a campanha eleitoral entre grandes corporações jornalísticas e o morador da Casa da Dinda.  A intimidade era tão intensa que apenas um ano antes da queda de Collor, uma foto repercutiu na mídia. A imagem era a de Collor boiando no mar de Angra dos Reis. Com um detalhe interessante: o então presidente foi fotografado pelo seu próprio anfitrião, Roberto Marinho, que assinou a foto. O Globo chamou de "crédito prosaico".

Um texto no Globo contava o feito do patrão e romanceava, em modo quase épico, os bastidores da foto:

"O azul opulento do Atlântico que banha Angra dos Reis dava cor de verão àquele sábado em pleno inverno, 20 de julho de 1991. No fim da manhã, um helicóptero pousou no jardim de uma casa à beira-mar, com um visitante ilustre: ninguém menos do que o então presidente da República, Fernando Collor. A visita, ao jornalista Roberto Marinho, teve cobertura da imprensa, e representantes de vários jornais, rádios e TVs foram até a propriedade de barco. Justamente a equipe do GLOBO não estava - por um equívoco logístico, repórter e fotógrafo ficaram para trás.

Por coincidência, dias antes, Roberto Marinho havia recebido, por empréstimo, uma máquina fotográfica de última geração, e decidiu usá-la para registrar o evento. Dedicou um filme inteiro (lembre-se: no ínicio da última década do século XX, a tecnologia digital aparecia, no máximo, em inverossímeis obras de ficção científica) às muitas cenas protagonizadas pelo visitante.

— Estou assumindo a reportagem — brincou com os jornalistas.

Na principal imagem, Collor posa boiando no mar de sonho do litoral sul fluminense, sorrindo para a câmera. Numa outra, aparece sem camisa, colar pendurado no pescoço, durante um passeio de barco, bem no tom despojado da visita de cortesia, sem qualquer caráter oficial. Com ele e o anfitrião, estavam dona Lily de Carvalho Marinho e dona Rosane Collor (então primeira-dama). O presidente deu vários mergulhos na praia em frente à casa de Roberto Marinho, onde o jornalista mantinha uma criação de mexilhões."

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Ministério da (in) Cultura apresenta mais uma conta do golpe...


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Deu no New York Post: turbulência a bordo



por Ed Sá 

Segundo o New York Post, um voo da Southwest Airlines de Atlanta para Las Vegas, no sábado passado, sofreu um tipo muito especial de turbulência. Uma jovem não aguentou esperar até se instalar em uma suite do hotel e antecipou procedimentos de aterrissagem no colo do parceiro. A tripulação avisou à polícia que esperou o casal no aeroporto. "Aparentemente" - disse um porta-voz -"eles não conseguiram se controlar". Aparentemente, cara pálida? Mas a policia não prendeu a dupla nem abriu qualquer investigação. Segundo o New York Post, isso comprova a conhecida frase sobre a "capital do jogo": "o que acontece em Vegas fica em Vegas". Os passageiros não reclamaram. Alguns acharam a cena até mais divertida do que as outras opções de entretenimento a bordo. O incidente não é inédito.

Recentemente viralizou na internet um vídeo de cena semelhante em um voo da Ryanair de Manchester para Ibiza. O casal de Las Vegas não foi filmado e o jornal ilustrou a matéria com o clipe do voo da Ryanair onde um noivo viajava para participar da sua "despedida de solteiro", os amigos o acharam muito triste e convenceram uma passageira a fazer uma "lap dance" (dança de colo) no rapaz. Veja o vídeo AQUI 

O fator Trump cria o personagem "Dondolf Tritler". Principais revistas do mundo gostaram da ideia. Mas o Daily News encontrou a trilha sonora perfeita para o inquilino da Casa Branca



por Jean-Paul Lagarride

Donald Trump dá motivos e as capas que remetem sua imagem ao nazismo já viraram lugar-comum. Agora foi a alemã Stern que que entra na onda das principais revistas do mundo e fez a ligação inevitável entre ideias e atitudes do empresário, o avanço do ódio e a direita radical. A chamada de capa é uma adaptação do título do livro de Hitler, "Mein Kampf"/"Minha Luta", no caso Sein Kampf/Sua Luta. Tudo indica que "Dondolf Tritler" ainda vai render muitas capas.


Já o Daily News preferiu buscar nos Rolling Stones uma inspiração mais criativa ao noticiar a evidente simpatia de Donald Trump pelos bolsões e grotões da direita radical no Estados Unidos. De fato, a letra da música "Sympathy for the Devil" parece ter sido criada para se encaixar no figurino sombrio do milionário. Não há dúvida: é a música que mais toca no Salão Oval.

Confira nessa tradução feita pelo site "Letras":

Por favor, permita que eu me apresente
Sou um homem de riquezas e bom gosto
Estive por aí por muitos, muitos anos
Roubei a alma e a fé de muitos homens

E eu estava por lá quando Jesus cristo
Teve seu momento de dúvida e dor
Certifiquei-me de que Pilatos
Lavasse suas mãos e selasse seu destino

Prazer em conhecê-lo
Espero que adivinhe meu nome
Mas o que está te intrigando
É a natureza de meu jogo

Eu estava por perto de São Petersburgo
Quando vi que era a hora de uma mudança
Matei o czar e seu ministros
Anastásia gritou em vão

Montei em um tanque
Mantive a posição de general
Quando a Blitzkrieg estourou
E os corpos federam

Prazer em conhecê-lo
Espero que adivinhe meu nome
Mas o que está te intrigando
É a natureza de meu jogo

Assisti com alegria
Enquanto seus reis e rainhas
Lutaram por dez décadas
Pelos deuses que criaram

Gritei alto
"Quem matou os Kennedys?"
Quando, no final das contas
Fui eu e você

Deixe-me, por favor, apresentar-me
Sou um homem de posses e bom gosto
Deixei armadilhas para os trovadores
Que acabaram mortos antes de alcançar Bombay

Prazer em conhecê-lo
Espero que tenha adivinhado meu nome
Mas o que está o intrigando
É a natureza de meu jogo, isso

Divirta-se, meu bem

Prazer em conhecê-lo
Espero que tenha adivinhado meu nome
Mas o que o está confundindo
É somente a natureza de meu jogo

Assim como todo policial é um criminoso
E todos os pecadores são santos
E cara é coroa
Simplesmente me chame de Lúcifer
Porque preciso de alguma amarra

Então se encontrar-me
Tenha alguma cortesia
Tenha empatia e tenha bom gosto
Use toda sua educação bem-aprendida
Ou eu vou jogar sua alma no lixo

Prazer em conhecê-lo
Espero que tenha adivinhado meu nome
Mas o que está o intrigando
É a natureza de meu jogo, de verdade

Divirta-se

Diga-me amor, qual é o meu nome
Diga-me querida, pode adivinhar meu nome
Diga-me amor, qual é o meu nome
Eu direi uma vez, você é a culpada

Qual é o meu nome
Diga-me amor, qual é o meu nome
Diga-me docinho, qual é o meu nome

domingo, 3 de setembro de 2017

Manchete Documento - "Fotografia e Memória: estudo sobre a influência do fotojornalismo da Bloch Editores na construção e manutenção da memória brasileira"


por Daniela Arbex e Gleissieli Souza 
(Graduadas em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie – SP).

"Esta pesquisa é a respeito da fotografia como registro histórico, especificamente as fotos pertencentes ao acervo da Bloch Editores.
Por esse motivo, foram entrevistados profissionais que trabalharam na empresa, para compreender como se dá a relação entre fotografia, memória e registro histórico levando-se em consideração o ponto de vista de quem estava imerso na produção.

O objetivo do trabalho é suscitar a discussão sobre a fotografia como registro histórico. Partimos da análise de que a fotografia é o produto final da relação entre fotógrafo, o assunto e a tecnologia empregada, em determinado tempo e espaço.

Essa pesquisa possibilitou a produção do livro “Memória Leiloada: bastidores da Bloch Editores”, no qual editores, laboratorista, arquivista, repórter e fotógrafos, que fizeram parte da editora, contam como eram produzidas as revistas e suas fotografias".

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..Tá tranquilo, tá favorável: Justiça dá um perdido em provas de corrupção.



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Anitta lançou novo clipe hoje: o pastor vai pirar...


PARA VER O NOVO CLIPE DE ANITA - "WIIL I SEE YOU" - CLIQUE AQUI

Na capa da Der Spiegel, "o jogo da morte"... Difícil é saber onde começa Kim Jong Un e acaba Donald Trump: a "diplomacia" dos dois usa fraldas







A Coréia do Norte testou uma bomba de hidrogênio. Trump e suas frotas mostram dentes e em conjunto com a Coréia do Sul fazem "exercícios" nas fronteiras.

A corda esticou e os dois se equivalem no índice de insanidade.

Na Primeira Guerra Fria, havia, pelo menos, um diálogo pelo "telefone vermelho" entre dirigentes das URSS e dos EUA com um mínimo de cautela.

Nessa Segunda Guerra Fria, os "estadistas" usam fraldas, não controlam os movimentos peristálticos nem as ideias equivalentes.

Charlie Hebdo: "Deus existe! Ele afogou todos os neonazistas do Texas!


sábado, 2 de setembro de 2017

Anitta responde a ofensa de vereador em Facebook

Patrulha fundamentalista é algo perigoso.

Captada por mentes conturbadas, tal pregação pode incitar à violência como, de resto, alguns graves episódios de intolerância religiosa e de gênero, agressões e atentados contra pessoas e instituições já registram no Brasil.

Um vereador do Rio de Janeiro, Otoni de Paula (PSC-RJ) se sentiu no direito de levar a cantora Anitta a julgamento público, no Facebook, questionando se a artista, que vive de trabalho e rendimentos privados, sem benesses, é "cantora ou garota de programa".

Anitta, com justa indignação, rebateu o religioso:



E mais adiante:

"Sou cantora, empresária, compositora, coreógrafa e outros negócios (que não são da indústria pornográfica)". 

"Sei como é importante e estratégico usar um nome de notoriedade na mídia para ganhar e espaço e assim começar a divulgar seu trabalho próximo ao ano eleitoral', escreveu Anitta

"Também não seria burra de processar por calúnia um vereador. Qualquer ser humano que entenda de justiça brasileira sabe que eu não sairia vitoriosa desta questão nem com macumba (aproveitando o trocadilho, já que o senhor é evangélico)."

"Mas aproveito a notoriedade que seu post tomou pra responder sua pergunta. 'A que nossas crianças estão sendo submetidas?' A uma triste falta de oportunidade e educação pra quem não tem dinheiro. Uma aprovação automática que desestimula professores a formarem pessoas educadas neste país. Nossas crianças estão submetidas a terem que ralar e se esforçar 24h por dia pra tentar ter algum tipo de instrução e oportunidade na vida que não seja o crime ou trabalhos informais como a prostituição, por exemplo. 

"Isso bem a realidade da pessoa que eu fui anos atrás quando mal tinha dinheiro pra pagar um ônibus pra sair do meu bairro. Uma pessoa que sempre morou no Rio de Janeiro e achava que a zona Sul era inalcançável, por exemplo".'

"O que tento fazer com a porta que se abriu pra mim (que foi a do entretenimento) é mostrar aos demais que nasceram na mesma situação que eu que existe uma saída. Ok, você terá que batalhar 50 vezes mais que uma pessoa que tem recursos e oportunidades e ainda assim vai esbarrar com posts preconceituosos e desinformados como o seu? Sim. Mas com força, foco e determinação é possível chegar la. Uma criança não faz a menor ideia do que uma garota de programa está fazendo na calçada da praia de roupa curta. Para a criança é só mais um passante da rua. A maldade está nos adultos. Que ao invés de focarem no real problema e na raiz da questão estão ocupados atacando situações que incomodam o próprio interior".

Falso fotógrafo sumiu

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O incrível caso do "fotógrafo" 171



(da BBC Brasil) 

Em 7 de julho de 2017, a BBC Brasil publicou um texto apresentando fotos e vídeos que seriam de autoria de um brasileiro que se apresentava para seus mais de 100 mil seguidores no Instagram como Eduardo Martins, fotógrafo da ONU. Após a publicação do conteúdo, surgiram suspeitas não apenas sobre a autoria das imagens enviadas como também sobre a verdadeira identidade de Martins. A BBC Brasil começou a investigar o caso há um mês e, pouco a pouco, os elementos de uma história construída por dois anos começaram a ruir. Diante das suspeitas e do risco de violação de direitos autorais, o conteúdo original foi retirado do ar. Pedimos desculpas a nossos leitores pelo engano. O caso servirá para reforçar nossos procedimentos de verificação. Conheça a história:
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A fotofraude do surfista brasileiro



(do Sputnik Brasil) 

Um jovem surfista brasileiro supera o câncer aos 25 anos e encontra novo significado para a vida: vai servir como voluntário a missões humanitárias da ONU enquanto aproveita para registrar o sofrimento no Iraque e na Síria. A história de Eduardo Martins seria motivo de inspiração para muitos, não fosse um pequeno detalhe: ele nunca existiu.
Mais de 120 mil seguidores no Instagram, incluindo o perfil oficial das Nações Unidas e portais reconhecidos de imprensa como a Vice e a Al Jazeera. Uma leucemia que paralisou sua vida durante sete anos e, quando foi embora, deixou uma forma totalmente nova de ver o mundo. Era assim que o paulistano Eduardo Martins se apresentava às dezenas de canais, rádios e revistas que ao longo de 2016 e 2017, o entrevistaram.

Supostamente morando em Beit Hanoun, uma cidade ao noroeste da Faixa de Gaza, o brasileiro se embrenhava em missões para nenhum fotógrafo de guerra botar defeito. Acompanhou a batalha por Mossul, no Iraque. Registrou o conflito na Síria ao lado do Exército Livre sírio.

Eduardo é destaque na página da BBC Brasil. O artigo foi deletado hoje a tarde, depois da denúncia de fraude.

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sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Assédio moral: goleiro Muralha acusa Extra de humilhá-lo em editorial irresponsável


por Niko Bolontrin 

Parece o tio que em uma reunião de aniversário se mete a contar piada e esquece do final. A platéia faz "hã?", disfarça e vai pegar mais um brigadeiro para quebrar o constrangimento.
O Extra deu uma de tio-humorista mal sucedido.

Alex Muralha recebeu apoio nas redes sociais. O jornal também foi criticado em programas esportivos. Internautas prometem que a partir de agora também não vão chamar o Extra de "jornal". Leia a reação do goleiro, abaixo:

"Ao tomar conhecimento do que o Jornal Extra, veículo de imprensa de tanta credibilidade e força, escreveu hoje a meu respeito, eu só posso me sentir indignado. Uma coisa são as críticas que recebemos, e não sou contra, nos fazem crescer. Falhas fazem parte, em qualquer segmento. Estamos todos sujeitos a isso e buscamos corrigi-las. Brincadeiras da torcida também são normais, o futebol mexe mesmo com todos os brasileiros.

Mas outra coisa é mexer com o ser humano. Isso está longe de ser uma brincadeira. A palavra é humilhação, é execração pública. Seguiram linha semelhante a que usam ao se referirem a bandidos que cometem crimes. Sinceramente, eu me senti sendo 'fichado' como tal na capa do jornal. É muito sério. Foi um posicionamento de mau gosto e até irresponsável. 

O termo ‘vulgo’, que citam no texto a meu respeito, é normalmente usado para designar bandido, e isso causa constrangimento. É um fato que pode até incitar a violência. Numa época tão difícil, em que a gente vê tanta barbaridade por aí, uma atitude como essa não contribui em nada, nem para o jornalismo esportivo nem para o futebol. A notícia não pode perder para as piadas sem graça, que só quem teve a ideia deve estar rindo.

Pelo menos, estou me sentindo abraçado, e aproveito para agradecer ao apoio que recebi da diretoria, da comissão técnica e de todos os meus companheiros, que ficaram tão revoltados quanto eu. E de vários torcedores nas redes sociais, que entendem a situação e percebem que somos humanos e sujeito a falhas. Por este motivo, me sinto fortalecido, mas não poderia deixar de expressar meu descontentamento".

quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Casal Trump na tempestade: staff da Casa Branca faz Melania Trump trocar de roupa. Ela ia visitar área inundada do Texas com figurino de Fashion Week

por Clara S. Britto

Entre outras lições, a devastação provocada pelo furacão Katrina em Nova Orleans, em 2005, fez a Casa Branca rever protocolos.

George W. Bush, então presidente, só se tocou três dias depois do desastre, fez dois sobrevoos à região no Air Force One e pousou uma vez no aeroporto local. Diante só diante das reações à falta de interesse, fez outra visita e percorreu alguns bairros.

Bush viu a devastação do Katrina
no conforto da janela do Air Force One
e foi duramente criticado. Teve que
fazer outra visita e botar o pé na lama.
Foto: Official White House
O presidente da vez, Donald Trump, não demorou muito a reagir diante das inundações provocadas agora pela tempestade Harvey no Texas e na Louisiana. Mesmo assim, não escapou de críticas. Pelo menos a primeira-dama, não.

Segundo o site espanhol Vanitatis, Melania Trump embarcou toda produzida e grifada, de salto alto (12 centímetros, segundo a publicação), para verificar o lamaçal na região.

Melania - ironizou o Vanitatis -  tende a dar sinais de desconexão com a realidade. "Ela emergiu da Casa Branca, no meio do dilúvio, de salto alto, casaco verde cáqui e calças capri que marcaram sua figura espetacular. Muito adequado para caminhar por áreas inundadas".

Melânia embarca para o local da tempestada: salto alto para andar no lamaçal. Reprodução Vanitatis

Staff da Casa Branca trocou o figurino e ela desembarcou com uniforme para "cenário de devastação". Reprodução Vanitatis
Já à bordo, o staff presidencial achou melhor reformular a figura. Alguém com um pouco mais de noção abriu o closet da suite aérea e  argumentou que a primeira-dama que as circunstâncias sugeriam tênis brancos, casaco de chuva, rabo de cavalo e boné".

Foto autenticada: Taís Araújo na Women's Health, sem retoques


Taís Araújo tinha apenas 17 anos quando se tornou a primeira atriz negra a protagonizar uma novela: "Xica da Silva" , dirigida por Walter Avancini, na Rede Manchete, em 1996. Oito anos depois, foi a primeira negra a obter o papel principal em uma novela da Globo: "Da Cor do Pecado". Ao longo de mais de 30 anos de carreira, jamais deixou que a fama ofuscasse sua personalidade ou convicções. Taís, sempre autêntica, é capa da Women's Health de setembro. Foi fotografada por Bob Wolfenson e fez um pedido: que a revista não retocasse suas dobras na barriga nem sua estrias. (CSB)

quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Lentes da curiosidade...

Unidos pela curiosidade: a foto do Hoover Center, jovens de olho no eclipse solar, lembra... 

uma imagem dos anos 1950, público na expectativa de um filme em 3D. 

Na palma da mão: houve que não se contentasse em apenas ver.
A foto é de Allison Bils, da NASA

Donald Trump deu uma de Donald Trump; desobedeceu à recomendação
de usar óculos especiais, encarou o sol e deu mau exemplo para as retinas dos conterrâneos.
O presidente foi flagrado pelo fotógrafo Andrew Harnik, da AP. 

Na foto da Nasa, feita a partir do Northern Cascades National Park, Washington, a pequena silhueta da Estação Espacial Internacional é vista  em órbita enquanto a sombra da lua começa a eclipsar o sol. 

O recente eclipse solar total foi visto apenas em algumas regiões dos Estados Unidos. Uma foto do Hoover Vision Center mostrou um grupo de jovens com óculos especiais para proteção da retina Lembrou outra imagem famosa, essa dos anos 1950, quando foi lançado um filme em 3D. Embora o sistema tenha sido criado nos anos 1920, o primeiro filme com a tecnologia não fez sucesso e a ideia foi praticamente abandonada para ressurgir só no pós-guerra. (Ed Sá)

18ª Bienal Internacional do Livro: a literatura vem à praia...

Para quem diz que carioca só gosta de praia, chope, samba, funk e futebol, começa amanhã, no RioCentro, a 18ª Bienal Internacional do Livro, que vai até 10 de setembro e recebe cerca de 700 mil pessoas.

Em termos de público só perde para o Réveillon e o Carnaval.

O Rock'n Rio, que não é evento anual, nem bienal, vendeu este ano um total de 700 mil ingressos.

Entre os 350 autores, há vários jornalistas com livros lançados ou convidados para participar de debates no Café Literário, entre os quais André Trigueiro, Álvaro Costa e Silva, Arnaldo Bloch, Artur Xexéo, Joaquim Ferreira dos Santos, Patricia Kogut, Edney Silvestre, Ruy Castro. Flávia Oliveira e Simone Magno,

VEJA A PROGRAMAÇÃO NO SITE OFICIAL DA BIENAL. CLIQUE AQUI


Desliga... Ataque de pânico e assédio moral...


(por Daniel Castro)

Uma editora da GloboNews teve um ataque de pânico e precisou ser levada ao hospital, na última sexta-feira (25), após passar por uma situação de extrema pressão e humilhação. O caso levou vários funcionários do canal de notícias d... Leia mais em http://noticiasdatv.uol.com.br/noticia/televisao/denuncia-de-assedio-a-jornalista-leva-a-peregrinacao-na-globonews--16552?cpid=txt

terça-feira, 29 de agosto de 2017

Tragédia no Texas: Foto viraliza nas redes sociais e salva vidas...

Foto Trudy Lampson/Twitter

Em meio às cenas dramáticas nas águas da tempestade tropical Harvey, que inunda várias regiões do Texas, uma foto se destacou nas redes sociais e na  mídia mundial.

Uma cena no Lar La Vita Bella, na cidade de Dickson, que mostra idosos com água à altura da cintura.

A foto foi divulgada por Kim McIntosh, mãe da dona do abrigo, Trudy Lampson. As equipes de salvamento foram contatadas, mas não tinham previsão de quando chegar ao local.

Com o prédio isolado, com pessoas em cadeiras de rodas ou ligadas ao oxigênio, Trudy fez a foto e a filha divulgou no Twitter. A imagem mostrou a gravidade da situação, logo foi compartilhada e viralizou nas redes.

Rapidamente, a Guarda Nacional chegou ao abrigo e resgatou o grupo.

Empresa aérea JetBlue inaugura loja de "souvenirs do escritório". A campanha trola workaholics americanos que não viajam a lazer. Aqui no Brasil vai cair bem para ilustrar a "flexibilização" das férias e da jornada de trabalho depois da reforma trabalhista...

A loja virtual Office Souvenirs, da Jet Blue


Para relembrar "momentos inesquecíveis" no escritório. Fotos Jet Blue/Divulgação

Em novembro, entra em vigor a reforma trabalhista. Alguns direitos passam a depender da negociação entre patrões e empregados. O "negociado" prevalece sobre o "legislado", segundo o governo.

Na verdade, essa possibilidade de negociação já existia na Justiça do Trabalho ou em dissídios, mas com a restrição de não poder retirar direitos garantidos na CLT. A "negociação" agora, com a força maior ao lado do patrão que tem o poder de demitir ou condicionar o emprego à aceitação das suas condições,  permitirá "flexibilização" da jornada de trabalho, das férias, do intervalo de descanso, banco de horas, mudança dos dias de feriados etc.

Dependendo desses acordos diretos, o empregado poderá passar mais tempo na empresa.

A Jet Blue acaba de lançar uma campanha que caberá bem no Brasil pós-reforma trabalhista.

Para a empresa aérea americana, de baixo custo, o objetivo é atrair workaholics que nunca tiram férias.

O tema é uma loja de lembranças do escritório, onde funcionários que evitam sair em férias, muitas vezes por medo da concorrência interna, podem comprar souvenirs inspirados no seu trabalho.

Não é porque não viajam, ironiza a campanha, que eles não têm direito a lembrancinhas dos "momentos inesquecíveis" no batente.

A Jet Blue diz que sente pena dessas pessoas e gostaria que elas pudessem passear. Daí, desenvolveu a loja de lembranças do escritório, que, aliás, funcionou por um dia, como ponto físico de vendas, em Manhattan, NY. O site Adweek tem mais detalhes sobre Office Souvenirs

Uma loja dessas cairá bem no Brasil a partir de novembro.

Na Jet Blue, empregados poderão adquirir, por exemplo, globos de neve com uma impressora dentro, toalhas de praia com planilhas Excell, canecas, camisetas temáticas, estatuetas de telefones, de cadeiras de executivo, cartões postais do escritório, bonés com pedidos do tipo "não esqueça de me mandar mensagens" ou "eu amo trabalho noturno".

Para você nunca esquecer seus dias "inesquecíveis" e momentos "maravilhosos" no trabalho, os itens estão disponíveis na loja online da JetBlue e custam entre US $ 4,99 e US $ 15.


CONHEÇA A LOJA "OFFICE SOUVENIRS", DA JET BLUE, CLIQUE AQUI

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Prêmio Estácio de Jornalismo 2017 anuncia os 24 finalistas

Os vencedores do Prêmio Estácio de Jornalismo 2017 serão conhecidos no dia 5 de outubro em cerimônia no Hilton, no Rio de Janeiro. Foram inscritas 386 reportagens e já selecionados os 24 finalistas que concorrerão a premiações em nove categorias, entre R$ 10 mil (mídias regionais), R$ 15 mil (mídias nacionais) e R$ 25 mil (Grande Prêmio Estácio).

Os finalistas da Edição 2017 são:

Impresso Nacional:

Autor(es): Flávia Yuri Oshima
Reportagem: Um mestre de 176 medalhas
Veículo: Época

Autor(es): Sabine Righetti
Reportagem: Ciência sem fronteiras põe só 3,7% dos alunos em instituições ‘top’
Veículo: Folha de S.Paulo

Autor(es): Rodrigo Ratier e Jacqueline Hamine
Reportagem: A educação fez isto se transformar nisto
Veículo: Revista Nova Escola

Impresso Regional:

Autor(es): José Luís Costa
Reportagem: O homem da faculdade de papel
Veículo: Zero Hora (Porto Alegre)

Autor(es): Rafael Dantas
Reportagem: A aula faliu, viva a aprendizagem
Veículo: Revista Algomais (Recife)

Autor(es): Ana Paula Lisboa
Reportagem: De onde vem sua força para vencer?
Veículo: Correio Braziliense (Brasília)

TV Nacional:

Autor(es): Nathalia Castro
Reportagem: Um mês na UERJ
Veículo: TV GLOBO

Autor(es): Luciana Osório, Felipe Wainer, Flávio Lordello, Pedro Acyr, André Maciel, Eduardo Torres, Cláudio Vaz e Vanessa Backes
Reportagem: Falsos cotistas
Veículo: TV GLOBO

Autor(es): Bia Rónai, Pedro Bassan, Paula Levy, Alex Carvalho, Edilson Santos e Bruno Mota
Reportagem: Murinho da Honestidade
Veículo: TV GLOBO

TV Regional:

Autor(es): Renato Franco, William Felix, Bruna Cevidanes e Renata Marques
Reportagem: Startup – indústria criativa
Veículo: Rede Minas TV (Belo Horizonte)

Autor(es): Brenda Caramaschi, Alex Magosso, Talita Amaral, Silvio Rocha e Rubens Lima
Reportagem: Cianorte e o ensino superior – como a educação está transformando a capital do vestuário em capital da moda
Veículo: Rede Massa (Maringá – PR)

Autor(es): Bruno Faustino e Antônio Dutra
Reportagem: Águas do Espírito Santo: União para salvar Rio Doce
Veículo: TV Educativa (Vitória)

Rádio Nacional:

Autor(es): Rodrigo Resende
Reportagem: Série: na defesa – uma discussão sobre pós-graduação
Veículo: Rádio Senado (Brasília)

Autor(es): Maiara Bastianello Barroso
Reportagem: Série de reportagens – FIES
Veículo: Rádio BandNews

Autor(es): Paula Martini
Reportagem: Desafios da Matemática
Veículo: Rádio CBN

Rádio Regional:

Autor(es): Anderson Souza
Reportagem: Educação em tempos de crise
Veículo: Rádio CBN (Recife)

Autor(es): Júlio Vieira, Mickael Barbieri, Dimara Oliveira, Maria Fernanda Cinini e Ike Iagelovick
Reportagem: Os desafios de travestis e transexuais no ensino superior
Veículo: Band News FM (Belo Horizonte)

Autor(es): Paula Alkmim e Maria Dulce Miranda
Reportagem: Lugar de Mulher é na ciência
Veículo: Rádio UFMG Educativa (Belo Horizonte)

Internet Nacional:

Autor(es): Luiza Tenente
Reportagem: Após 15 anos, mulheres continuam sendo minoria nos cursos universitários de ciência
Veículo: G1

Autor(es): Igor Mello, Fábio Teixeira e Renan Rodrigues
Reportagem: Expansão das universidades federais do Rio custou R$ 490 milhões em cinco anos
Veículo: O GLOBO.COM

Autor(es): Alessandra Dantas
Reportagem: O professor de Anatomia que promete vida após a vida na busca por doação de corpos
Veículo: BBC (São Paulo)

Internet Regional:

Autor(es): Jéssica Welma, Rafael Luís Azevedo, Adriano Paiva e Mayara Rodrigues
Reportagem: Quem mata o mosquito
Veículo: Tribuna do Ceará (Fortaleza)

Autor(es): Arivaldo Hermes, Aline Camargo, Cleisiane Soares e Patrick Rodrigues
Reportagem: Especial Alfabetização – À luz das palavras
Veículo: Jornal de Santa Catarina Online

Autor(es): Nathan Santos, Geraldo de Fraga e Martina Arraes
Reportagem: Eles acreditaram na educação
Veículo: Portal Leia Já (Recife)

Fonte: Prêmio Estácio de Sá de Jornalismo

Armas inteligentes contra a estupidez da bancada da bala...


A nota acima é da Coluna do Ancelmo, no Globo de hoje. A Washington Ceasefire luta desde 1983 contra o poderoso lobby da indústria de armas dos Estados Unidos. E isso não é fácil na terra do Tio Sam. Donald Trump acaba de ser eleito apoiado pelo setor a quem prometeu liberalizar ainda mais o controle no país onde o porte de armas e fuzis é amplamente facilitado na maioria dos estados.

Uma pistola inteligente dispõe de bateria e de
um sensor de impressões digitais que
só destrava a arma quando empunhada pelo titular
do registro. Reprodução
Sem conseguir maior rigor no controle ou até a proibição, a Washington Ceasefire empreende uma campanha mais realista: que pelo menos seja obrigatório o dispositivo com trava digital chamado de smart gun que faz com que a arma só possa ser operada pelo usuário autorizado.

Desde 2000, mais de 2 milhões de americanos foram atingidos por armas de fogo e 500 mil morreram. Mais do que todas as mortes de soldados americano em combate desde o fim da Guerra Civil, segundo dados publicados no site oficial da Washington Ceasefire. A mesma página informa que a tecnologia inteligente pode começar a ser implantada, em breve, por alguns fabricantes. Tornar o dispositivo obrigatório não será fácil, ainda mais no governo Trump.

A maioria dos fuzis em mãos de traficantes brasileiros vem dos Estados Unidos. Para os especialistas, enquanto não for controlada  a exportação, no porto de saída, e, aqui, a entrada na fronteira, será difícil alguma avanço no controle de armas de guerra utilizadas pelo crime organizado.

É válida a iniciativa do Washington Ceasefire de ampliar a campanha para o mundo e sensibilizar fabricantes, incluindo aí a Taurus brasileira . Embora aqui, sob o governo Temer, a chamada bancada da bala tenha aumentado sua influência no Congresso, com riscos para o Estatuto do Desarmamento.

A Washington Ceasefire acredita que as smart guns reduziriam significativamente os índices de feridos e mortos por armas de fogo, as ocorrências de suicídios com armas de terceiros, mortes de crianças, o acesso de adolescentes a fuzis e pistolas, assassinatos de mulheres vítimas de violência doméstica e crimes cometidos com armas roubadas,


MTV VMA: Paris Jackson condena supremacistas brancos



por Ed Sá 

No MTV Video Music Awards, ontem, vários artistas condenaram o racismo. A fala mais forte coube a Paris Jackson, que subiu ao palco para revelar o vencedor do Melhor Video Pop.

A filha de Michael Jackson condenou o ódio e a discriminação. "Espero que saiamos daqui essa noite lembrando que devemos mostrar esses idiotas nazis e supremacistas brancos em Charlottesville e em todo o país que nação com liberdade é o nosso slogan, temos zero tolerância com sua violência, o ódio e sua discriminação. Devemos resistir".

Paris foi aplaudidíssima.
VEJA O VIDEO , CLIQUE AQUI

Brasil terá novo Presidente. É o deputado Fufuquinha.

por O.V.Pochê

O bicheiro Giovani Improta, interpretado por José Wilker na novela "Senhora do Destino", usava e abusava da expressão "Felomenal".

O bordão já pode ser revitalizado. O Brasil de hoje é "Felomenal".

Na Câmara dos Deputados, por exemplo, não se sabe o poço tem fundo ou se o aterro sanitário tem teto. Nos últimos dias, "suas excelências" discutem a reforma política que começou ruim e foi ficando péssima. Agora só falam em semidistritão, semi-presidencialismo, semicoligações. Falta assumir um novo rótulo: semideputados. Ainda sob os bordões de José Wilker, no remake da novela "Gabriela" seu personagem era o Coronel Jesuíno, um bicho bruto e conservador até as pregas. A frase dele quando queria transar com a comadre era  "Deite aí que vou lhe usar". Captou a "vossa mensagem"? É assim que as bancadas do atraso mantêm o Brasil: deitado eternamente.

Conduzida por uma maioria cheia de astúcia quando se trata de cuidar dos interesses pessoais, a Câmara dos Deputados não para de surpreender.

Fufuquinha será presidente do Brasil por alguns dias.
Foto:Reprodução
Segundo o site Conexão Jornalismo, "o grande nome da Câmara dos Deputados a partir desta terça-feira será ninguém menos do que André Fufuca. O parlamentar, do PP do Maranhão, era chamado até outro dia de Fufuquinha - já que o Fufuca era seu pai, prefeito de uma cidade lá do interior. Mas como agora virou um cara importante, é vice-presidente da Câmara, Fufuca tirou o diminutivo do nome".

Rodrigo Maia, presidente da Câmara, vai viajar. O primeiro vice-presidente, Fábio Ramalho, vai acompanhar Michel Temer em viagem à China.

E o Brasil que pede "Fora Temer" vai ganhar um novo presidente por alguns dias, o segundo vice-presidente da Câmara.

É o Fufuquinha. Segundo o Estadão, fiel escudeiro de Eduardo Cunha.

Não dá nem pra organizar uma passeata de protesto.

Gritar "Fora Fufuquinha" desmoraliza qualquer manifestação.

ATUALIZAÇÃO EM 29/8/2017 - Ainda não está confirmada viagem de Rodrigo Maia, que, nesse caso, substitui Temer. Fufuquinha (PP) assume a presidência da Câmara por oito dias. Nesse prazo, qualquer impedimento ou ausência de Maia fará do nobre Fufuca, como ele prefere ser chamado, o mandatário do Brasil. Então é isso, ele está em vias de "fufucar" no Planalto.

Rose Nogueira, homenageada no Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, fala ao Portal Imprensa sobre sua trajetória e o jornalismo atual



por Marina Oliveira

Em conversa com o Portal Imprensa, ela lembrou sua trajetória, falou sobre a admiração à profissão e ponderou sobre o jornalismo atual; Dom Paulo Evaristo Arns e o jornalista Tim Lopes dividem com Rose as homenagens desta edição.

“Eu tô entrando no banho, podemos falar mais tarde?”, assim uma agitada Rose Nogueira atende ao pedido de entrevista do Portal Imprensa para comentar a homenagem recebida na 39.ª edição do Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, que acontece dia 31 de outubro, em São Paulo.

Horas mais tarde, na terceira investida, conseguimos conversar com calma. Rose recebia um grupo de estudantes de jornalismo em sua casa e alertou que estávamos sendo gravadas. “É bom que elas já usam minhas respostas, vamos lá”, disse a jornalista aposentada há quatro anos, depois de mais de 50 dedicados ao ofício da notícia e dos direitos humanos.

Rose lembrou os tempos de TV Cultura e o amigo Vladimir Herzog. “Quando recebi a ligação para dizer que eu seria homenageada, eu tremia tanto, nunca imaginei e olha que sou amiga da Clarice [esposa de Vlado]. Eu espero ter honrado as áreas dos Direitos Humanos e do jornalismo. Quando fui para a Cultura em 1973, já tinha quase 10 anos de imprensa, mas não entendia nada sobre movimento, quem me ensinou tudo foi o Vlado”, lembra.

Na época, era ele quem fechava o jornal e profetizou: “você leva jeito, menina”, palavras que Rose guarda com muito carinho. “O Vlado salvava a matéria e com ele aprendi a cortar, respeitar a respiração do entrevistado. Ele era super rigoroso, quando ele chegava todo mundo parava de fofoca e se punha a trabalhar. Ele foi um grande amigo que perdi, como tanto outros”, lamenta a jornalista que passou nove meses detida no presídio Tiradentes, em São Paulo onde, afastada de seu filho de apenas um mês, foi duramente torturada durante o regime militar.

Por ousadia de Vlado, ela cobriu a Revolução dos Cravos, em Portugal. “Sem ele e Gabriel Romero não teríamos feito isso, na época só a [Sandra] Passarinho cobria internacional assim”, comenta. Além da Cultura, Rose também passou pela “Folha da Tarde” e a “Editora Abril.

Foi ousando, conforme ensinou Vlado, que ela acabou trabalhando com Nilton Travesso na TV Mulher, da Rede Globo. “Falávamos em feminismo por um veículo de comunicação de massa. A TV Mulher foi a oportunidade que eu tive de trabalhar com linguagem. A TV interfere na vida das pessoas e elas devolvem o que veem à sociedade. Acham que é um veículo de mão única, mas não é”, defende.

LEIA A MATÉRIA COMPLETA NO PORTAL IMPRENSA, CLIQUE AQUI  

Dalva Ventura, ex-Pais & Filhos, lança livro em Nova Friburgo


A jornalista Dalva Ventura, que fez parte de uma das revistas mais bem sucedidas e admiradas da extinta Bloch Editores, a Pais & Filhos, lançou em Nova Friburgo, na semana passada, "Nossos Médicos: esses homens deixaram sua marca na história de Nova Friburgo".

Com o apoio da Associação Médica de Nova Friburgo, o livro reúne histórias de médicos que tiveram suas trajetórias ligadas à cidade. Além da dedicação e competência dos seus profissionais, Nova Friburgo tornou-se referência de medicina desde a primeira metade do século passado por instituições como o Instituto Hidroterápico e o Sanatório Naval. Por seu clima e propriedade das águas, Nova Friburgo era procurada por pacientes de todo o país.

Na foto abaixo, Dalva Ventura na redação da Pais & Filhos, nos anos 1980.


Redação da Pais&Filhos nos anos 1980. Da esq. para a dir: Amélia Gonzalez, Eliane Sondermann,
Cristina Dória e Dalva Ventura. Foto reproduzida do blog da jornalista Eliane Sondermann. 

domingo, 27 de agosto de 2017

Palácio do Planalto vasculha sites em busca de opositores... Pode isso, Arnaldo?

Coluna Lauro Jardim/O Globo/Reprodução

Gerou polêmica e foi parar na Justiça, nos Estados Unidos, a pressão da Casa Branca para que um provedor fornecesse dados de cidadãos que participaram de protestos em Washington no dia da posse de Donald Trump. O governo de indiciados de Michel Temer também bisbilhota cidadãos. Nota publicada hoje na coluna de Lauro Jardim, do Globo, dá conta que o Planalto passa pente fino nos seus sites oficiais a ponto de identificar frequentadores, entre os quais "7 milhões de petistas e assemelhados". Para isso, obviamente, a vigilância vai além da contagem de cliques e likes e pode acessar perfis e cookies que os internautas deixam no sistema. O staff de Temer não está caçando crimes, mas opiniões. Não deixa de ser um ensaio para vasculhar opositores como "Tio Trump" recomenda.

Pesquisa Ipsos monta o tabelão da rejeição aos políticos. Temer, Aécio e Eduardo Cunha puxam o cordão dos repelidos


Brasil em manchete na BBC...


(da BBC Brasil)
Publicada no Diário Oficial da última quinta-feira sem alarde, o decreto que determina a extinção da Reserva Nacional do Cobre e Associados (Renca), na Amazônia, surpreendeu muita gente e ganhou manchetes alarmadas no Brasil e nos principais jornais do mundo.
Não foi o que ocorreu com investidores e empresas de mineração canadenses. Em março, cinco meses antes do anúncio oficial do governo, o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, anunciou a empresários do país que a área de preservação amazônica seria extinta, e que sua exploração seria leiloada entre empresas privadas.

LEIA A MATÉRIA COMPLETA AQUI

Memória da redação: quando uma foto-bomba da EleEla abalou a moral e os costumes da ditadura...

Alexandre Garcia: Reprodução da foto principal da matéria "O porta-voz da Abertura"
publicada na EleEla, em novembro de 1980. A foto de Frederico Mendes provocou
a demissão do jornalista, na época assessor de imprensa do general João Figueiredo.

Em fins outubro de 1980, Alexandre Garcia, então porta-voz do general João Figueiredo, foi entrevistado pela EleEla. A foto de abertura da matéria incomodou a ditadura. Garcia foi fotografado por Frederico Mendes para uma entrevista sob o título: "O porta-voz da Abertura". A EleEla foi para as bancas no começo de novembro daquele ano. Em seguida, a Veja publicou na seção de política a nota "Vulgaridade Palaciana", onde criticava a matéria. As senhoras da República militar sofreram tremores morais noturnos e a alta cúpula do Planalto reagiu. O porta-voz foi demitido.

Gervásio Baptista e Alexandre Garcia.
Foto publicada no Facebook de Dalva Tosta, que atuou
nos setores administrativos e financeiros da Bloch
dos tempos áureos e assessorou Adolpho Bloch.
Na mesma época, Adolpho Bloch começava a equipe e a estrutura da Rede Manchete em Brasília e contratou Alexandre Garcia como diretor de jornalismo da sucursal de Bloch Editores e da futura Rede Manchete, que entrou no ar em 1983.

Foi lá que o jornalista conheceu Gervásio Baptista, o fotógrafo da Manchete, com quem acabou convivendo em Brasília durante quase quatro décadas (Alexandre Garcia transferiu-se para a Globo no fim dos anos 1980 e Gervásio foi fotógrafo oficial de Tancredo Neves e da Presidência no governo Sarney, a partir de 1985).

Na semana passada, Alexandre Garcia, 76, visitou Gervásio, hoje com 95 anos, em Brasília.

Quanto ao episódio da entrevista à EleEla, foi narrado pelo próprio Alexandre Garcia no seu livro de memórias "Nos bastidores da notícia", nos trechos abaixo. Em meio ao relato, uma informação curiosa: Figueiredo era leitor da seção Forum, da EleEla, um espaço da revista que selecionava depoimentos e fantasias sexuais nada constitucionais.

"Entreguei  um (exemplar) para  o  presidente,  pedindo  que  lesse  a entrevista,  e  outro  para  Heitor (N.R. Heitor de Aquino,secretário particular de Figueiredo)  O  presidente  leu.  Foi  o  que demonstrou  no  dia  7  de  novembro,  uma  sexta-feira.  "Tínhamos trocado de avião no aeroporto Santos Dumont. Saímos do Boeing e tomamos um Buffalo, que nos levaria a Pindamonhangaba, para a inauguração  de  uma  aciaria  da  Villares.  Na  cabeceira  da  pista, estourou  um  conduto  hidráulico  dentro  da  fuselagem  e  o  fluido molhou toda a roupa do presidente. Eu estava sentado  diante  dele, do outro  lado,  pois era um avião de pára-quedistas. Ele começou a tirar a roupa e me olhou com um jeito maroto: "Será que estou seguro, tirando as calças na tua frente?" Eu  ri  e  ele  continuou,  contando  uma  história  que  o impressionara  e  estava  no  "Fórum"  daquela  edição  de  Ele  &  Ela. Naqueles dias, a revista já estava nas bancas." (...)

"Na  segunda-feira,  10 de  novembro,  o Kraemer (N.R. Marco Antonio Kraemer, assessor de Figueiredo) veio avisar-me  de  que  Farhat (N.R. Said Farhat,  ministro da Comunicação Social do governo Figueiredo)  desejava  falar  comigo.  Eram  umas  quatro  da tarde, e  o  ministro estava  saindo  para  tomar um  jatinho da  FAB na  base  aérea.  Iríamos  conversar  no  Galaxie  ministerial,  no caminho para  o aeroporto. Mal deixamos  o  palácio,  Farhat pôs a mão no meu joelho e disse: 

—  Nós dois sabemos que o nosso relacionamento nunca foi bom.  Eu  falei  com  o  presidente,  e  achamos  que,  depois  daquela entrevista, é melhor você pedir demissão. 

—    Meu  presente  de  quarenta  anos  —  respondi.  E  pedi tempo para pensar. Queria confirmar se o presidente havia mesmo autorizado a demissão. Mas Farhat não queria esperar. 

—    Aqui  está  a  minha  carta  aceitando  o  seu  pedido  de demissão.  

—  A  carta  tinha  a  data  de  meu  aniversário,  11  de novembro. 

sábado, 26 de agosto de 2017

Maioria do STF decidiu proibir o cancerígeno amianto. Mas há ministros que alegam que a decisão só vale para São Paulo

Há 20 anos, a França proibiu a fabricação, o uso, a comercialização, importação e exportação de produtos à base de amianto. No Brasil, ainda prevalece o lobby dos fabricantes com forte influência política e institucional que permite que um componente comprovadamente cancerígeno, usado em telhas e caixas d'água e vetado em mais de 60 países continue produzindo vítimas de câncer.

Alguns poucos estados - São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, entre eles - aprovaram legislação proibindo o amianto. Mas são frequentes as pressões para revogação dessas leis. A Lei Federal 9.055/1995, aprovada pelo Congresso e sancionada no primeiro governo de Fernando Henrique Cardoso, do PSDB, permite a "exploração controlada" do cancerígeno.

Ontem, ao julgar ação que tentava derrubar a proibição em São Paulo, o STF considerou inconstitucional o artigo que permite o uso e a comercialização do cancerígeno no país.
Mas logo surgiu uma interpretação levantada por ministros que são pro-amianto: a proibição valeria apenas para o Estado de São Paulo.

Se prevalecer essa linha, o resto do Brasil pode continuar a inalar ou engolir câncer na veia.

Votaram a favor do amianto: Alexandre de Moraes, Luiz Fux, Gilmar Mendes e Marco Aurélio Mello.

Contra:  Rosa Weber, Edson Fachin, Ricardo Lewandowski, Celso de Mello e a presidente do STF, Cármen Lúcia.

Declararam-se impedido por já terem atuado no tema como advogados: Luís Roberto Barroso e Dias Toffoli.

Ex-chefe de reportagem da Manchete narra incrível 'caso verdade' que viveu em hospital federal

Políticas de ajuste fiscal que privilegiam o mercado e perdoam dívidas de grandes empresas, conglomerados do agronegócio, concessionários de serviços públicos e liberam verbas bilionárias para uma escandalosa compra de apoio político são criminosas. Quando o rentismo explícito leva ao corte de verbas para serviços essenciais de saúde, segurança, de políticas sociais, de meio ambiente, de educação, enquanto favorece grupos e setores, começa a "contingenciar" - a palavrinha que as autoridade usam com o poder destruidor de uma AR-15 de bandidos -  vidas.

A saúde pública tem sido uma vítima maior dos indiciados que governam o país. Cada SUS, cada unidade de emergência, cada hospital público, registra diariamente dramas e tragédias provocadas pelo desmonte de toda uma estrutura que, se sempre teve problemas e carências, hoje é o resultado agudo da construção do caos empreendida pelo desgoverno Temer.

Ontem, o blog recebeu de José Carlos Jesus, ex-chefe de reportagem da Manchete, a mensagem que aqui transcrevemos:

"Estou há um ano esperando vaga no SUS para operar uma hérnia inguinal. Pois bem, finalmente na sexta-feira passada recebi uma ligação que me convocava para internação no Hospital Universitário Hospital Universitário Gaffrée e Guinle, da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, UniRio.  Ao completar quatro dias de internado no Serviço de Clínica Cirúrgica B, e com a indicação da cirurgia para hoje (ontem), fui comunicado por uma jovem doutora de que a operação tinha sido cancelada por falta de material na sala de cirurgia. Várias cirurgias foram canceladas. Imagina a minha cabeça".

José Carlos ressalta o profissionalismo e o atendimento humano de médicos e enfermeiras, vítimas que são da falta da precariedade das condições de trabalho. No mesmo dia, outros procedimentos foram suspensos e os pacientes avaliados como em condição de alta foram liberados.

Os quatro dias de internação serão lembrados como um período de "estágio" ou de "esquenta". Na semana que vem, começa tudo de novo: em princípio, a cirurgia do colega foi remarcada para a próxima terça-feira.

"Vamos esperar que tudo se resolva", finaliza a mensagem.

ATUALIZAÇÃO EM 03/09/2017 - José Carlos Jesus foi operado, já está em casa em passa bem. Ele pediu ao blog que agradecesse às manifestações dos colegas, às boas energias e aos votos de plena recuperação.