Jornalismo, mídia social, TV, streaming, opinião, humor, variedades, publicidade, fotografia, cultura e memórias da imprensa. ANO XVI. E, desde junho de 2009, um espaço coletivo para opiniões diversas e expansão on line do livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou", com casos e fotos dos bastidores das redações. Opiniões veiculadas e assinadas são de responsabilidade dos seus autores. Este blog não veicula material jornalístico gerado por inteligência artificial.
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sábado, 22 de junho de 2019
Capa de jornal e certos closes da TV incomodam jogadoras da Copa de Futebol Feminino
por Jean-Paul Lagarride
A recente capa do jornal satírico Charlie Hebdo continua repercutindo mal entre as jogadoras que participam da Copa do Mundo de Futebol Feminino, na França. Sexismo e preconceito são os rótulos mínimos que algumas atletas atribuem à ilustração escolhida, inspirada no famoso quadro "A Origem do Mundo", de Gustavo Courbet. Na chamada, algo como "nós vamos comer por um mês". Há reclamações por parte de feministas sobre determinados ângulos e closes da TV considerados inadequados.
domingo, 3 de setembro de 2017
quarta-feira, 4 de janeiro de 2017
Charlie Hebdo lança edição especial para lembrar atentado de janeiro de 2015.
A revista satírica Charlie Hebdo postou no Facebook a capa da edição especial que marca os dois anos do atentado, em Paris, que matou onze profissionais da redação, entre chargistas e jornalistas.
Foi no dia 7 de janeiro de 2015. Dois terroristas islâmicos invadiram a redação, gritaram que "vingavam o profeta" e fuzilaram a equipe. A Al-Qaeda, no Iémen, assumiu a autoria da chacina. Os dois terroristas foram mortos em operação policial e o cérebro do atentado foi morto no Iraque depois de deixar a A-Qaeda e ingressar no Daesh (o autodenominado Estado Islâmico).
A capa especial do Charlie Hebdo foi desenhada por Foolz, um dos chargistas da nova geração. A edição está nas bancas, a partir de hoje, em Paris. Na chamada:"2017, por fim, o fim do túnel".
Em editorial, a revista lança uma pergunta: "Dois anos mais tarde, como falar de 7 de janeiro de 2015? Ou melhor, como falar "de novo" de 7 de janeiro?". O CH lembra que depois do ataque à redação outros atos terroristas fizeram a França e Europa sangrarem. A revista destaca que é longa a lista de crimes e quer evitar a impressão de que dá um tratamento especial ao atentado que sofreu. O trágico 7 de janeiro deixou lembranças dolorosas que se renovam cruelmente na sequência de atos terroristas, como o mais recente, em Istambul.
A equipe do Charlie Hebdo fazia uma reunião de pauta quando foi fuzilada.
A revista lembrou, ontem, que nessa semana fez a sua 1276ª reunião. Espera continuar. E bem.
quarta-feira, 23 de novembro de 2016
Charlie Hebdo lança edição em alemão...
O jornal satírico Charlie Hebdo lançará no próximo dia 1° de dezembro sua edição em alemão.
Segundo o Le Monde, o CH escolheu a Alemanha porque é o país onde os seus jornalistas são muito bem recebidos para frequentes palestras.
Os editores esperam um circulação de mais de 100 mil exemplares semanais, com conteúdo inicialmente traduzido do francês, mas com perspectiva de, em breve, contar com colaboradores alemães.
Na França, atualmente, o Charlie Hebdo vende 60 mil cópias nas bancas e outras 50 mil por assinaturas.
A capa da edição que está nas bancas, hoje, em Paris, ilustra a derrota eleitoral de Nicolas Sarkozy nas prévias do Partido Republicano, de centro-direita. É ele o francês aí catapultado para o espaço...
Segundo o Le Monde, o CH escolheu a Alemanha porque é o país onde os seus jornalistas são muito bem recebidos para frequentes palestras.
Os editores esperam um circulação de mais de 100 mil exemplares semanais, com conteúdo inicialmente traduzido do francês, mas com perspectiva de, em breve, contar com colaboradores alemães.
Na França, atualmente, o Charlie Hebdo vende 60 mil cópias nas bancas e outras 50 mil por assinaturas.
A capa da edição que está nas bancas, hoje, em Paris, ilustra a derrota eleitoral de Nicolas Sarkozy nas prévias do Partido Republicano, de centro-direita. É ele o francês aí catapultado para o espaço...
domingo, 11 de janeiro de 2015
Manifestação em Paris: pela liberdade, contra o terrorismo e a intolerância religiosa...um domingo que entra para a história
A multidão na Place de la République. Foto Libération Comoção da equipe do Charlie Hebdo na manifestação. Do Libération. Leia mais, clique AQUI |
Com o presidente da França, François Hollande, à frente, Chefes de Estado e personalidades estrangeiras participam da manifestação que acontece neste momento em Paris em defesa da liberdade de expressão e contra o terrorismo, após uma semana dramática marcada por atentados e assassinatos. A marcha reúne mais de um milhão de pessoas. Foto: Gouvernement.fr |
France Soir. Para ver mais, clique AQUI |
sexta-feira, 9 de janeiro de 2015
Tributo ao Charlie Hebdo: um sentimento, duas mensagens... a capa da New Yorker e a irreverência do programa Les Guignols
Capa da revista New Yorker dessa semana: uma emocionante homenagem ao Charlie Hebdo. |
quarta-feira, 7 de janeiro de 2015
Charlie Hebdo: o terror contra o humor...
Um dia trágico para a liberdade. Terroristas invadem a redação da revista Charlie Hebdo, em Paris, e metralham jornalistas e chargistas. Doze pessoas foram mortas e outras 20 ficaram feridas no ataque. Os assassinos saíram gritando "Allahu Akbar" (Deus é grande). É o fanatismo religioso como indutor de tragédias e derramamento de sangue e como crescente ameaça, a mais devastadora, à civilização. O humor foi a vítima de hoje, mas o objetivo da ofensiva em curso é claramente a intimidação sem fronteiras e sem limites.
Charlie Hebdo foi criada em 1969. Os tempos eram de rescaldo das manifestações de Maio de 1968. Inicialmente, a revista foi batizada de Hara-Kiri Hebdo. Em 1970, quando morreu De Gaulle, o grande vilão da repressão aos estudantes, os editores brincaram com a notícia. Poucos dias antes um incêndio em uma discoteca resultara em 146 mortos, o Hara-Kiri adotou a fórmula de jornal popular para ironizar o tratamento da mídia ao cobrir os dois acontecimentos e mancheteou: "Baile Trágico em Colombey: um morto". Foi o suficiente para o Ministério do Interior proibir a circulação da HK. Os editores então rebatizaram a revista de Charlie Hebdo, uma homenagem irônica ao falecido. O nome pegou e a publicação sobreviveu até 1981, quando saiu das bancas com problemas de circulação. Voltaria ainda mais crítica em 1992. Seus alvos preferenciais sempre foram a extrema direita, o radicalismo, seja político, islâmico, judaico ou cristão, as instituições financeiras, banqueiros, comportamentos, o moralismo em geral. A grande polêmica estourou em 2006 quando a Charlie Hebdo veiculou na primeira página cartoons de Maomé, que haviam sido publicados pelo jornal dinamarquês Jyllands Posten. A revista, cuja tiragem média era de 100 mil, vendeu, naquela ocasião, mais de 300 mil exemplares. Desde então, entrou na mira dos terroristas islâmicos. Em 2011, um bomba destruiu a redação.
Entre os mortos na ação terrorista desta trágica manhã em Paris, estão quatro cartunistas: o editor Stephane Charbonnier, o "Charb"; Jean Cabut, o "Cabu"; Tignous; e Georges Wolinski. Este, era considerado um dos mitos da contracultura com seu trabalho marcado por política e erotismo. Uma das suas personagens mais famosas, Paulette, foi musa dos quadrinhos do começo dos anos 70. Wolinski, 80 anos, que também atuou no Libération e, em 1968, fundou a revista L'Enragé, sobreviveu às pressões conservadoras, mas, sinal dos tempos, não teve chances diante do terror religioso.
Atualização - Roberto Muggiati, autor de livros e artigos que analisam a contracultura nas décadas 1960/1970, envia algumas observações que merecem registro. "O Charlie - herdeiro do Hara Kiri - adotou o nome porque publicava a tira do Charlie Brown, o Peanuts, nosso Minduim. O nome derivou de uma revista mensal de quadrinho chamada Charles Mensuel, editada por Bernier e Delfiel de Ton, em 1968 (ambos participaram da primeira equipe do Hara-Kiro Hebdo); e, também, claro, era uma gozação em cima do De Gaulle. Um detalhe que a imprensa omitiu e é óbvio para jornalistas. Você jamais encontraria a redação completa a não ser na hora da reunião de pauta, que era o que acontecia ontem ás onze horas. Em outros dias, os cartunistas trabalhavam em casa, quem sabe mandavam suas colaborações por e-mail. Não se tratava de um jornal diário, de redação presente para cada fechamento. Os assassinos tinham informação de dentro, talvez um contínuo amargurado, ou uma faxineira islâmica, quem sabe? O jornal hebdomadário saía às quartas. Chegaram ao local certo na hora certa, sabiam direitinho o que estavam fazendo. No Brasil, um repórter de TV comparou: é como se morressem o Jaguar, o Ziraldo, o Millor e o Henfil... Eu lembro: já o Leon Eliachar (jornalista de humor, frasista, trabalhou na Manchete, Última Hora, autor de livros como "O Homem ao Cubo" e "O Homem ao Quadrado"), nascido no Cairo, morreu assassinado a tiros".
Charlie Hebdo foi criada em 1969. Os tempos eram de rescaldo das manifestações de Maio de 1968. Inicialmente, a revista foi batizada de Hara-Kiri Hebdo. Em 1970, quando morreu De Gaulle, o grande vilão da repressão aos estudantes, os editores brincaram com a notícia. Poucos dias antes um incêndio em uma discoteca resultara em 146 mortos, o Hara-Kiri adotou a fórmula de jornal popular para ironizar o tratamento da mídia ao cobrir os dois acontecimentos e mancheteou: "Baile Trágico em Colombey: um morto". Foi o suficiente para o Ministério do Interior proibir a circulação da HK. Os editores então rebatizaram a revista de Charlie Hebdo, uma homenagem irônica ao falecido. O nome pegou e a publicação sobreviveu até 1981, quando saiu das bancas com problemas de circulação. Voltaria ainda mais crítica em 1992. Seus alvos preferenciais sempre foram a extrema direita, o radicalismo, seja político, islâmico, judaico ou cristão, as instituições financeiras, banqueiros, comportamentos, o moralismo em geral. A grande polêmica estourou em 2006 quando a Charlie Hebdo veiculou na primeira página cartoons de Maomé, que haviam sido publicados pelo jornal dinamarquês Jyllands Posten. A revista, cuja tiragem média era de 100 mil, vendeu, naquela ocasião, mais de 300 mil exemplares. Desde então, entrou na mira dos terroristas islâmicos. Em 2011, um bomba destruiu a redação.
Paulette, de Wolinski, morto no atentado ao Charlie Hebdo. |
Entre os mortos na ação terrorista desta trágica manhã em Paris, estão quatro cartunistas: o editor Stephane Charbonnier, o "Charb"; Jean Cabut, o "Cabu"; Tignous; e Georges Wolinski. Este, era considerado um dos mitos da contracultura com seu trabalho marcado por política e erotismo. Uma das suas personagens mais famosas, Paulette, foi musa dos quadrinhos do começo dos anos 70. Wolinski, 80 anos, que também atuou no Libération e, em 1968, fundou a revista L'Enragé, sobreviveu às pressões conservadoras, mas, sinal dos tempos, não teve chances diante do terror religioso.
Atualização - Roberto Muggiati, autor de livros e artigos que analisam a contracultura nas décadas 1960/1970, envia algumas observações que merecem registro. "O Charlie - herdeiro do Hara Kiri - adotou o nome porque publicava a tira do Charlie Brown, o Peanuts, nosso Minduim. O nome derivou de uma revista mensal de quadrinho chamada Charles Mensuel, editada por Bernier e Delfiel de Ton, em 1968 (ambos participaram da primeira equipe do Hara-Kiro Hebdo); e, também, claro, era uma gozação em cima do De Gaulle. Um detalhe que a imprensa omitiu e é óbvio para jornalistas. Você jamais encontraria a redação completa a não ser na hora da reunião de pauta, que era o que acontecia ontem ás onze horas. Em outros dias, os cartunistas trabalhavam em casa, quem sabe mandavam suas colaborações por e-mail. Não se tratava de um jornal diário, de redação presente para cada fechamento. Os assassinos tinham informação de dentro, talvez um contínuo amargurado, ou uma faxineira islâmica, quem sabe? O jornal hebdomadário saía às quartas. Chegaram ao local certo na hora certa, sabiam direitinho o que estavam fazendo. No Brasil, um repórter de TV comparou: é como se morressem o Jaguar, o Ziraldo, o Millor e o Henfil... Eu lembro: já o Leon Eliachar (jornalista de humor, frasista, trabalhou na Manchete, Última Hora, autor de livros como "O Homem ao Cubo" e "O Homem ao Quadrado"), nascido no Cairo, morreu assassinado a tiros".
O número 1 |
A edição que irritou o governo francês, que a considerou ofensiva a De Gaulle. O então Hara-Kiri foi fechado e voltou como Charlie Hebdo |
O Papa Francisco, em visita ao Rio, não escapou da gozação "pronto para atrair clientes". |
Desastre de avião virou piada para criticar abstenção em eleições |
Jesus revelou suas "mágicas" ao Charlie Hebdo. |
Submissão da França ao sinal verde de Obama também foi criticada |
Um milhão de rabinos em troca da Palestina... |
...profetas na mira dos chargistas ("100 chicotadas se você não morrer de rir") |
Michael Jackson, enfim branco, sem esquecer o detalhe da mão na pélvis... |
Casamento gay é "brega" segundo Charlie Hebdo |
Final feliz.. |
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