sábado, 14 de janeiro de 2017

A edição número 12 da revista Fatos foi para as bancas em 10 de junho de 1985. Pelos títulos das matérias poderia circular amanhã. Confira: o Brasil e o mundo parecem estar em looping...














Reproduções de títulos da revista Fatos, junho de 1985. 

por José Esmeraldo Gonçalves

Looping, você sabe, é a configuração que faz um vídeo repetir-se ao infinito. Chega ao fim e retorna ao começo, como um incansável Sísifo digital. O Brasil parece dar voltas nesse modo replay. E o mundo, em parte, idem.

A Fatos foi uma tentativa da Bloch, ou melhor, na Bloch, de produzir uma revista semanal de informação e análise. Por desafiar, de alguma forma, a cultura e os interesses da empresa, durou apenas um ano e meio. Carlos Heitor Cony era o diretor, J.A. Barros, o diretor de Arte e eu o editor-executivo. Projetamos e enterramos a revista ao perceber, em meados de 1986, que já estava combalida por problemas políticos, pressões corporativas e, em consequência, falta de  investimento e contenção de circulação. Mas essa é outra história.

Vamos ao que interessa: aquela edição da Fatos poderia até ser digitalizada e postada hoje na web.

Em 1985, Ronald Reagan era o presidente americano. Aqui, o PMDB assumia a presidência com José Sarney. Neste 2017, a dobradinha repete a coincidência partidária e a incerteza política: o republicano Trump lá, o peemedebista Temer aqui. Reagan implantava política que ficou conhecida como Reaganomics, de redução de gastos, desregulamentação etc, algo parecido com a atual Temernomics.

O Brasil tentava deixar para trás a ditadura militar, mas a direita civil se articulava intensamente para não perder o poder. Naquela semana, a Fatos pôs nas capa "o novo guru da direita", o general Newton Cruz. Sob o título "Direita: por dentro do ovo da serpente", os repórteres Luiz Carlos Sarmento e Carlos Eduardo Behrendorf foram a campo ouvir os políticos e fizeram uma entrevista exclusiva com Newton Cruz.

Alguma semelhança com a atualidade? Viu o Bolsonaro por aí?

Ainda na rubrica Política, uma reportagem da sucursal de Brasília destacava o esfacelamento dos partidos em nome de interesses pessoais. Também da Capital Federal, o repórter Gilberto Dimenstein mostrava que o Congresso queria discutir uma Lei de Greve liberalizante mas o SNI, ainda atuante, e militares de alta patente "ponderavam" contra o projeto. Nesse contexto, as repórteres Lenira Alcure e Maria Luíza Silveira entrevistaram o presidente da CUT, Jair Meneguelli, que via ameaça aos direitos do trabalhadores e avaliava que o país trocara uma ditadura militar por uma ditadura econômica.

A repórter Sandra Costa ouvia o então ministro da Reforma Agrária e Desenvolvimento, Nelson Ribeiro, e a própria entrevista deixava claro que aquela reforma dificilmente sairia do papel.

No Rio, o repórter Rodolfo de Bonis, fora do tempo e a quilômetros do espaço das prisões de Manaus, entrava nas unidades do Instituto Penal Lemos de Brito para mostrar o inferno do sistema prisional.

Na editoria internacional, a União Soviética era acusada de utilizar detetives particulares americanos para colher informações estratégicas. Ainda não se especulava sobre os cyber espiões da Rússia e a prova encontrada era uma prosaica sacola de lixo com documentos sobre movimentação da frota americana.

No Kwait, terrorista suicida da organização Jihad Islâmica explodia uma bomba no centro da capital do país matando dois guarda-costas do alvo do atentado, que escalou ileso, o xeque Al Sabah.

O terrorismo não estava entre as preocupações da Bélgica, naquele momento, mas uma grande tragédia abalava a Europa. Em Bruxelas, durante um jogo do Liverpool, da Inglaterra, e do Juventus, da Itália, brigas de torcedores levaram pânico à multidão e o tumulto resultou em 41 vítimas fatais.

Em apenas uma edição, essa de referência, a de número 12, a Fatos analisava inflação e juros altos, como os jornais de hoje.

E tal qual hoje, o "medo" do comunismo gerava histeria. Sarney recebia comunistas no Palácio do Planalto pela primeira vez em 40 anos e era criticado pela direita e por religiosos. Alíás, a comitiva do PCB era liderada por Roberto Freire, atual ministro da Cultura de Temer. O partido levava seu apoio à primeira Nova República - há quem apelide o atual governo de segunda Nova República -  ao mesmo tempo em que lutava pela legalização.

Assim como João Dória está varrendo São Paulo, o prefeito da cidade a ser eleito em fins de 1985 era também da vassoura; Jânio Quadros. E se Dória hoje está apagando os grafites de São Paulo, em 1985, no Rio, a polêmica eram os painéis que alunos pintaram no muro do Solar Grandjean de Montigny, na PUC. O arquiteto Lúcio Costa protestou e o Patrimônio Histórico mandou apagar os murais.

Trecho de abertura do artigo de Alberto Tamer,
na Fatos, em 1985. 
A Previdência era notícia na Fatos, não ainda pela reforma mas por fraudes.

Mick Jagger, que hoje é apontado como um "símbolo" do trabalhador brasileiro do futuro, aquele que terá a obrigação de ser longevo, lançava seu disco solo - "She's the boss".

A tentativa não deu muito certo e ele permanece nos Rolling Stones até hoje, sem se aposentar como Temer gosta.

Por falar em Temer, desculpe, Tamer, isso mesmo, Alberto Tamer, jornalista de economia, escreveu naquela Fatos artigo que falava em déficit público, cortes, recessão e autoridades batendo cabeça.

Parece que foi hoje.

Kim Kardashian: revistas sofisticadas se rendem a um fenômeno popular




Essas três capas - Vogue, GQ e Bazaar - lideram a lista de melhores de 2016.  Em duas delas, a campeã de covers no ano, a onipresente Kim Kardashian. A socialite foi capa em mais de 100 revistas, no mundo. Entre estas, descartando-se as revistas de celebridades populares, as mais icônicas publicações dos Estados Unidos. Não está fácil para ninguém. São os novos tempos. Todo dia é dia de vender revista, bebê! (Clara S. Britto)

TeresinaLeaks: Hackers piauienses captam sinais de gigantesca "operação blindagem" no Planalto Central

por Omelete

Fotos captadas por satélites e reveladas por hackers piauienses mostram que nos últimos dias vários comboios de carretas transportando placas de aço se dirigem a Brasília.

A maioria estacionou perto da Praça dos Três Poderes. Como não há nenhuma obra gigantesca no local, ganha força o vazamento de que trata-se de material necessário para blindagem de alguns setores.

Coincidentemente, o fluxo de caminhões aumenta exatamente no momento em que são divulgadas denúncias sobre os poderosos do PMDB, Geddel Vieira e Eduardo Cunha e um esquema de propinas na Caixa Econômica Federal. Ao mesmo tempo, o mutirão do STF analisa delações premiadas.

Também por acaso a mídia noticia que emissários de Brasília tem visitado prisões curitibanas para empreender diálogos construtivos com algumas investigados que são granadas em pino ou verdadeiras bombas humana.

Alvos republicanos estão confiantes de que as placas de aço - dizem que várias siderúrgicas estão fazendo hora-extra para suprir as encomendas - poderão ser um alívio nos próximos meses. Os hackers piauienses obtiveram trechos de conversas no Whatsapp em que se consolida a suspeita de que lotes de placas de aço reforçarão a blindagem de parte relevante da mídia.

Estão reservadas placas de titânio para proteger alguns personagens especiais. Informações do TeresinaLeaks.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Somos todos Imperatriz ! Político ruralista quer censurar escola de samba carioca...



Com o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) à frente, o chamado agronegócio parte com suas alas virtuais de foices, enxadas, motosserras, tratores e agrotóxicos pra cima da Imperatriz Leopoldinense.

Como se fosse um seita, eles reúnem suas tropas para intimidar a tradicional escola carioca. O motivo da ira chega a ser inacreditável: ruralistas e suas bancadas e instituições dizem que o enredo da Imperatriz - "Xingu, o clamor que vem da floresta" - "ataca" o agronegócio brasileiro.

Os ruralistas costumam se colocar como um exército de patriotas que sustenta a economia brasileira. Não são. De fato, formam uma cadeia importante de produção. Mas atuam em um negócio como outro qualquer e o fazem para ganhar dinheiro e não por benemerência.

Além disso, o agronegócio é historicamente favorecido pelos cofres públicos em incentivos, empréstimos a juros subsidiados, perdão da dívidas etc, etc. E, sim, como a mídia independente noticia com alguma frequência, há empresas e proprietários de terras que são alvos de denúncias publicas e investigações sobre desmatamento, contaminação por uso inadequado de agrotóxicos que envenenam trabalhadores, rios e consumidores de frutas, hortaliças, arroz, feijão, milho etc, acusações de uso de trabalho escravo, queimadas, contrabando de madeira etc.

Se, claro, não são todos culpados, isso não significa que os crimes não existam.

O enredo da Imperatriz canta uma realidade - a usurpação das terras dos índios, a destruição dos seus habitats. E não diz que isso aconteceu apenas hoje de manhã e que Ronaldo Caiado e seus aliados são os culpados diretos pela ação histórica e continuada contra os primeiros habitantes do Brasil.

O samba-enredo sonha com um futuro em que o meio-ambiente seja preservado. E isso não é "atacar" o agronegócio, a não ser que o agronegócio queira assumir o papel de destruidor insaciável do meio-ambiente.

A Imperatriz não abomina o campo. Tanto que, no ano passado, no enredo que homenageou Zezé di Camargo e Luciano, cantou a viola, a porteira, o berrante, a colheita, a boiada e a cavalhada.

Mas Caiado está louco da vida e ameaça criar uma CPI para investigar a Imperatriz. Diz abertamente que quer descobrir os "financiadores". Ok, e se descobrir? Vai criminalizá-los, vai expulsá-los do país, vai exilá-los, vai obrigá-los a cancelar apoios, vai mandá-los para uma cadeia em Manaus, vai chamar os militares?

Se essa ala do autoritarismo não guardar seus adereços e fantasias, e suas ameaças, nos próximos dias, melhor a Imperatriz reviver na avenida o belo samba que lhe deu o título de campeã em 1989.

Liberdade, liberdade! Abra as asas sobre nós...


Somos todos Imperatriz.


Conheça o samba de Moisés Santiago/ Adriano Ganso/ Jorge do Finge/Aldir Senna que fez a cúpula ruralista entrar em modo surto. Ouça AQUI: 

"Brilhou coroa na luz do luar
Nos troncos a eternidade, a reza e a magia do pajé
Na aldeia com flautas e maracás
Kuarup é festa, louvor em rituais
Na floresta, harmonia, a vida a brotar
Sinfonia de cores e cantos no ar
O paraíso fez aqui o seu lugar
Jardim sagrado o caraíba descobriu
Sangra o coraçao do meu Brasil 
O belo monstro rouba as terras dos seus filhos
Devora as matas e seca os rios tanta riqueza que a cobiça destruiu

Sou o filho esquecido do mundo
Minha cor é vermelha de dor
O meu canto é bravo e forte
Mas é hino de paz e amor


Sou o guerreiro imortal derradeiro
Deste chão o senhor verdadeiro
Semente eu sou a primeira
Da pura alma brasileira

Jamais se curvar, lutar, aprender
Escuta menino, Raoni ensinou
Liberdade é o nosso destino
Memória sagrada, razão de viver
Andar onde ninguém andou
Chegar aonde ninguém chegou
Lembrar a coragem e o amor dos irmãos
E outros herois guardiões
Aventura de fé e paixão
O sonho de integrar uma naçõa

Kararaô... kararaô... O índio luta pela sua terra
Da Imperatriz vem o seu grito de guerra
Salve o verde do Xingu, a esperança
A semente do amanhã, herança
O clamor da natureza a nossa voz vai ecoar... preservar"

quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

A capa da Exame faz merchandising da reforma da Previdência, usa Mick Jagger de garoto-propaganda e quebra a internet





A direita brasileira parece estar segura de que tem uma vida de mamão-com-açúcar pela frente.
Com os projetos enfileirados do governo Temer, eles tão que tão. Agora inauguram um novo formato jornalístico: o deboche marginal, aquele que vem colado à "notícia". É pra quem pode.

A reforma da Previdência obrigará os brasileiros a trabalharem por um período muito maior e a aposentar-se com menos. Como exemplo, apenas em torno de 1% dos trabalhadores brasileiros atualmente empregados têm 65 anos. Segundo a reforma, com essa idade o sujeito ainda vai estar na fila do emprego ou, quem sabe, do estágio e torcendo para ser efetivado.

Para ilustrar como será bom trabalhar até os oitentinha ou noventinha, a Exame foi buscar um exemplo relevante: Mick Jagger. Aos 74 anos, o roqueiro está na ativa e até faz filho a toda hora.

A Exame acha que ele é um típico representante do povo brasileiro.

A Exame pensa que a vida é um show.

Provavelmente, os coxinhas imaginam que todo trabalho se realiza no ar condicionado, em salas de tapetes macios, poltronas de couro, plano de saúde em dia e bônus no fim do ano. Vá alguém explicar para eles o que é trabalhar com mais de 70 encarando um forno de siderúrgica, um jornada para cortar cana, trabalhar nas fundações de um represa ou manejar uma britadeira ao meio-dia no verão do Rio de Janeiro.

Ou a Exame acha que serão oferecidos aos velhinhos do futuro apenas vagas de executivos?

A curriola do atual governo e a mídia deslumbrada com a oportunidade política para institucionalizar a selvageria social comemora uma reforma que, na prática, vai impedir que milhões de brasileiros se aposentem. Vão morrer antes de cumprir a fórmula da Previdência. Mas aí vai ter a previdência privada. Ah, bom. A maioria das pessoas já tem dificuldade para pagar planos de saúde extorsivos, imagina somar a isso o jabá financeiro da aposentadoria privada.

Por essa e por outras, a rede social fez um bullying básico com os coxinhas.




Ossos de Josef Mengele são usados em aula de medicina forense em São Paulo...

Reprodução The Guardian


Segundo matéria no The Guardian, estudantes Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo estudam em aula os ossos do médico e criminoso nazista Joseph Mengele, que fez experimentos em milhares de judeus no campo de concentração de Auschwitz durante a Segunda Guerra Mundial.

Por mais de 30 anos, diz o jornal, os ossos de Mengele estiveram guardados em uma bolsa de plástico azul no Instituto Médico Legal de São Paulo até que o Dr. Daniel Romero Muñoz, que liderou a equipe que identificou os restos do nazista em 1985, viu uma oportunidade de usá-los. O "anjo da morte", como era conhecido, morreu há quase há quase quatro décadas quando se afogou em Bertioga, na costa do estado de São Paulo.

Leia no Blog Nocaute: Fernando Morais entrevista com exclusividade o cyber ativista Julian Assange


O jornalista e escritor Fernando Morais publica no seu blog (Nocaute) os bastidores e a íntegra da entrevista exclusiva que fez com o cyber ativista e fundador do Wikileaks Julian Assange, que há quatro anos está exilado na Embaixada do Equador, em Londres.
Alguns tópicos: 

Fernando Morais: Que evidências o WikiLeaks tem do envolvimento internacional na derrubada da presidente Dilma Rousseff no Brasil?

Assange: Não publicamos nada diretamente a respeito, mas muita coisa sobre as partes envolvidas, como eles agiram historicamente – incluindo o presidente Temer e outras pessoas do seu gabinete. A maioria trata de contatos com a embaixada americana. Vindo à embaixada americana, trazendo briefings e tentando fazer lobby para que ela apoie um partido ou outro.

Assange e Fernando Morais. Foto/Blog Nocaute
Fernando Morais: Na sua opinião o que aconteceu no Brasil foi um processo de impeachment ou um golpe de estado no estilo Século 21?

Assange: Algo entre as duas coisas, um golpe constitucional. Um golpe político, como pode ser chamado.

(...)

Fernando Morais: : Voltando ao Brasil, ao Michel Temer, na página dele do Wikileaks ele se dirige a alguém não identificado, isso foi uma conversa privada com um informante americano ? Quantas vezes isso aconteceu e o que isso sugere?

Assange: Sim, Michel Temer teve reuniões privadas na embaixada americana para passar a eles questões de inteligência política, a que não muitos tiveram acesso, e discussões das dinâmicas políticas no Brasil.

Isso não é pra dizer que ele é um espião pago pelo governo americano. Eu não sei, mas não existem evidencias que ele seja um espião pago em dinheiro. Estamos falando de algo mais, falando de construir um boa relação de forma a ter trocas de informação de parte a parte. E apoio político.

(...)

Fernando Morais: Você identificou alguma evidência da influência americana nos protestos do Brasil?

Assange: O que eu vi é que havia um grande numero de robôs online operando pra estimular esses protestos. E pensando em como são os programas americanos, vemos que essas coisas não acontecem na América Latina sem apoio americano. Financeiramente, com logística e inteligência, tanto no exato momento que acontece ou meramente juntando as partes envolvidas. Se ler nossas publicações você verá que acontece repetidamente isso e o Brasil é um país que atrai muito interesse.

Na verdade ao olhar a espionagem militar em diferentes países da América Latina, o Brasil é o país latino-americano mais espionado. Isso é muito interessante porque alguém imaginará ingenuamente que deve ser Venezuela ou Cuba que tenham mais espiões, porque historicamente foram os adversários com os quais os EUA mais se envolveram em hostilidades, e não o Brasil. Então por que o Brasil? É que o Brasil tem uma economia maior, o Brasil é simplesmente mais importante economicamente.

LEIA A MATÉRIA COMPLETA E VEJA O VÍDEO NO BLOG NOCAUTE, 
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O martelo da intolerância: Evangélica bota pra quebrar e arrebenta imagem de Nossa Senhora Aparecida


Deu na Fórum: "Uma mulher apontada como pastora evangélica aparece em um vídeo destruindo uma imagem de Nossa Senhora Aparecida. O caso aconteceu em Botucatu (SP) e gerou indignação ao ser postado na internet na terça-feira (10). Posteriormente, a gravação feita por membros da igreja foi retirada do ar, mas acabou salva e compartilhada por meio do aplicativo WhatsApp e das redes sociais. “Oh, senhor, meu Deus pai. Quebra toda a obra contrária. Oh, glória. Seu nome seja glorificado, senhor. Essa obra que foi feita pelas mãos do inimigo agora está sendo quebrada em nome de Jesus”, diz um dos obreiros enquanto a mulher destrói a santa católica com um martelo e o grupo entoa várias orações".

LEIA A MATÉRIA COMPLETA E VEJA O VÍDEO NA FÓRUM, CLIQUE AQUI

E o Brasil pegou o desvio à direita...


Neonazistas, fascistas, fundamentalistas da direita religiosa, terroristas, racistas, intolerantes, preconceituosos...

Um arrastão conservador varre alguns países. A expectativa é que, a partir da posse de Donald Trump e suas milícias políticas, a onda ganhe mais força.

O Financial Times destaca o avanço do neo-nazismo no Brasil. O deputado Jair Bolsonaro é citado na reportagem e seu nome ganhou destaque na repercussão da matéria na mídia brasileira e nas redes sociais. Mas o FT vai muito além e mostra que mesmo descartando-se alguma caricatura as ideias atribuídas a Bolsonaro são cada vez mais disseminadas pela mídia. Duas dúzias de colunistas e articulistas convidados se encarregam de difundi-las sistematicamente nos principais veículos.

Está tudo lá, o ódio, o incentivo a perseguições pessoais, o desprezo por políticas sociais e direitos humanos, o preconceito, a intimidação, a manipulação, o culto ao mercado acima de tudo e a selvageria financeira como dogma.

Muitas dessas ideias estão na superfície. A onda ultraconservadora tem representantes políticos, empresariais, intelectuais e religiosos perfeitamente visíveis, mas são relacionados grupos "subterrâneos" responsáveis por ações mais radicais como ataques a negros, homossexuais, nordestinos e militantes esquerdistas, ambientalistas e sociais.

No título, o FT questiona o mito da harmonia racial no Brasil. Harmonia essa que jamais existiu e foi alimentada ao longo da história apenas pela perspectiva dominante dos brancos.

Os "diferenciados" sabem muito bem o que sofreram e sofrem por baixo da máscara elitista.

A novidade, agora, é a ascensão da direita que dispensa o disfarce e rasga de vez a fantasia.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Trabalhadores da Rádio Tupi, do Rio, fazem manifestação amanhã, dia 12 de janeiro. E criam a página "Volta Tupi" no Facebook




LEIA A MATÉRIA COMPLETA NO SITE DO SINDICATO DOS JORNALISTAS DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO. CLIQUE AQUI



Para conhecer a página Volta Tupi, no Facebook, clique aqui

Do Portal dos Jornalistas: "Facebook lança projeto específico para jornalismo"

(do Portal dos Jornalistas)

Como parte do seu esforço em assegurar que um ecossistema saudável de notícias e o jornalismo possam se desenvolver entre seus usuários, o Facebook divulgou nesta quarta-feira (11/1) o documento Projeto Facebook para Jornalismo, em que dá detalhes de um novo programa para estabelecer laços mais fortes com a indústria jornalística.

Nele, a rede social enfatiza que vai colaborar com empresas de notícias para desenvolver produtos, aprender com jornalistas quais são as melhores formas para criar parcerias e conversar com publishers e educadores para entender como pode ajudar as pessoas a se tornarem leitores melhor informados na era digital, aumentando seu discernimento e combatendo boatos e notícias falsas.

Segundo o documento, o projeto atuará em três frentes: colaboração no desenvolvimento de novos produtos; treinamento e ferramentas para jornalistas; e treinamento e ferramentas para todos

No que se refere à primeira, diz o documento: “Nós podemos atender melhor às necessidades das pessoas no Facebook e as de nossos parceiros quando trabalhamos juntos para desenvolver produtos. Já temos trabalhado com nossos parceiros de mídia, mas como parte do Projeto Facebook para Jornalismo vamos aprofundar a colaboração com eles, conectando nossos times de produto e engenharia para que possamos construir juntos desde os estágios iniciais o processo de desenvolvimento de produtos”.

Entre esses lista novos formatos para contar histórias; fomentar notícias locais e promover a mídia independente; desenvolver modelos de negócios (cita como exemplo o lançamento de um teste para explorar a oferta de um período de degustação para leitores assíduos, a partir de Instant Articles); promover hackathons; e fazer um esforço ainda mais concentrado de rodadas de reuniões, inicialmente com publishers nos Estados Unidos e na Europa nos próximos meses e expandindo a lista de locais para o resto do mundo ao longo do ano.

LEIA A MATÉRIA COMPLETA, CLIQUE AQUI


OU VEJA O TEXTO ORIGINAL DO FACEBOOK, AQUI


FENAJ lança no Rio Relatório da Violência contra Jornalistas e Liberdade de Imprensa 2016

A Federação Nacional dos Jornalistas lança, no dia 12 de janeiro (quinta-feira), às 15h, no Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio de Janeiro, o Relatório da Violência contra Jornalistas e Liberdade de Imprensa 2016.

O levantamento da FENAJ, feito em parceria com os Sindicatos de Jornalistas, aponta um crescimento de 17,52% no número de casos de agressões, em relação ao ano anterior.

Foram 161 casos de violência contra a categoria, 24 a mais do que os 137 casos registrados em 2015.

Produzido pela FENAJ com informações dos Sindicatos de Jornalistas desde 1998,  o Relatório de Violência contra Jornalistas e Liberdade de Imprensa é um importante instrumento de denúncia pública dos crimes cometidos contra os jornalistas no exercício de sua profissão.

Os dados relativos ao balanço de 2016 registram dois casos de assassinatos de jornalistas no exercício da profissão e  cinco assassinatos de outros comunicadores, que são citados para registro, mas não são somados aos números totais de casos de violência contra jornalistas.

As agressões físicas foram a violência mais comum em 2016, repetindo a tendência dos anos anteriores.  Houve 58 casos, nove a mais que no ano anterior. Mais uma vez grande parte das agressões físicas foi registrada em manifestações de rua. O relatório traz, ainda 26 casos de agressões verbais , 24 de ameaças/intimidações, 5 de atentados, 3 casos de censura, 18 cerceamentos à liberdade de imprensa por meio de ações judiciais, 13 impedimentos ao exercício profissional, 10 casos de prisões, detenções ou cárcere privado e duas situações de violência contra a organização sindical da categoria

Os 161 casos de violência contra a categoria vitimaram 222 jornalistas, visto que em várias ocorrências, mais de um profissional foi agredido. Consta no relatório também, como registro, o acidente com o avião da LaMia na Colômbia, que transportava a delegação da Chapecoense do qual 22 profissionais de imprensa foram vítimas fatais. Foi o acidente com o maior número de jornalistas mortos da história.

O lançamento do Relatório da Violência contra Jornalistas e Liberdade de Imprensa – 2016 será realizado às 15 horas do dia 12 de janeiro, no auditório do Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio de Janeiro (Rua Evaristo da Veiga, 16/17º andar – Centro). A presidenta da FENAJ, jornalista Maria José Braga, vai apresentar os números apurados que, mais uma vez, revelam que a categoria tornou-se alvo de diversos tipos de agressões.

Fonte: FENAJ

Mídia: "Não sei se o jornalismo morreu, também não sei se quer viver".

por Francisco Louçã  (para o Público, de Portugal

Um dia, entrei com a família num restaurante de um país do hemisfério sul e pedimos um prato, já não sei qual. O empregado explicou-nos, condescendente, que “tem, mas acabou”. Creio que o jornalismo pode estar a passar por um risco semelhante: tem, existe, são profissionais com códigos e com instituições, que produzem um bem público, mas este está a mudar tão depressa que se pode tornar irreconhecível ou redundante, pode acabar.

Não é da existência de jornais, ou de rádios, ou de televisões, como objectos produtores de comunicação, que trato aqui. Esses continuam, mudam mas continuam. Sempre foram desafiados por novas formas de informação e sempre resistiram e continuaram. É mesmo ao jornalismo como profissão com um estatuto próprio na sociedade que me refiro.

Esse jornalismo está em risco de morrer. Um risco não é ainda uma conclusão, nem tem que ser: os dias recentes, aliás, demonstraram em pequenos detalhes que existem regras seguidas pelos jornalistas e que atestam o seu cuidado profissional, que provam portanto que ainda existe jornalismo. Por exemplo, ao que me dei conta, nenhuma televisão usou imagens integrais do caixão aberto de Mário Soares, transmitindo portanto unicamente imagens da sua vida e das cerimónias fúnebres, mas mantendo respeito pela imagem do seu corpo e da sua morte. Elogio esta escolha, que é digna.

No entanto a reflexão que vos quero trazer é mais vasta do que a motivada por um episódio. Deixando para outras núpcias os debates sobre a “pós-verdade” ou a “nova ignorância”, aqui trazidos por Pacheco Pereira e António Guerreiro, entre outros, refiro-me agora a três questões: a tempestade perfeita que se abateu sobre o jornalismo (ou, ainda pode haver independência da comunicação social?), o recurso às estratégias da banalização anestesiante ou da banalização obsessiva (ou, o jornalismo ainda quer informar?) e a inclinação política de parte do jornalismo, que substitui a notícia pelo comentário engajado (ou, a agressividade do jornalismo de hoje significa que abandona a busca ou a pretensão de objectividade?). Não sei se o Congresso dos Jornalistas as discutirá, mas estas são para já as questões cépticas para as quais preciso de ter resposta. E aqui adianto alguma reflexão, continuando o que tenho escrito neste blog sobre o assunto.

A tempestade perfeita

A comunicação social está no meio de uma tempestade perfeita em que tudo agrava os riscos:

A) A recessão esvaiu a publicidade e reduziu as receitas dos órgãos de comunicação social, além de ter destruído alguns, aumentando o desemprego entre os jornalistas.

B) A concentração das empresas de comunicação acentuou-se, ameaçando a independência profissional dos jornalistas e a liberdade de escolha dos consumidores. A ofensiva da Altice sobre as televisões é a mais recente demonstração do perigo da concentração.

C) Ambos os factores agravaram a precarização, os estágios e a dependência profissional e atacaram a falta de autonomia dos jornalistas, tornando-os mais vulneráveis ao poder.

D) A evolução tecnológica destroçou a forma tradicional dos circuitos de informação e suscitou mecanismos de sedução e de esmagamento informativo, manipulando as redes sociais (os robots na internet durante a campanha presidencial norte-americana são um exemplo). Neste contexto, a norma dos tempos de informação foi subvertida, pois os jornalistas já só informam o que já se sabe.

A questão é se estes factores se modificarão. Mas a resposta é que é pouco provável e que portanto é difícil que haja independência da comunicação social.

A condição económica não se alterará. Mesmo com uma pequena recuperação económica, a publicidade diversifica-se, impõe preços baixos, e a comunicação social apenas sobrevive com o recurso ao mercado publicitário, quanto não é por ele destruída ou condicionada.

A concentração também dificilmente se reduzirá. Em Portugal, nenhum governo se atreveu a sequer imitar as leis anti-concentração dos EUA ou de países europeus e um grupo empresarial da comunicação pode ter uma distribuidora com grande quota de mercado, ou órgãos dominantes em várias áreas da comunicação. Pelo contrário, a concentração tem-se agravado e distorcido (com compras por grupos angolanos e chineses, por exemplo).

A precarização profissional dos jornalistas decorre das duas condições anteriores, com o recurso extensivo a estagiários e a empregos de curta duração, com a queda salarial e a acentuação do poder das hierarquias. O jornalista já não tem autonomia, já não investiga sem ser autorizado, já não tem recursos para fazer uma reportagem, já não pode prosseguir um caso. Os directores ocupam o seu tempo a procurar patrocínios, a frequentar feiras empresariais, a promover produtos, a almoçar com clientes, a cortejar anunciantes. Ou seja, a concorrência entre órgãos de comunicação é determinada pelo mercado a montante e não pela qualidade da informação e pelo público a jusante. Não escolhemos o que vemos e lemos, o mercado é que nos escolhe.

Por isso mesmo, o produto da comunicação social tem vindo a ser modificado. A razão é esta: o objectivo da informação passou a ser a audiência e não a informação ou, mais em concreto, como os tempos da comunicação foram encurtados, a produção de notícias é marcada pela gestão do efémero e portanto pela procura da excitação, que é a chave da audiência imediata. Se perguntar a qualquer jornalista de TV se são precisos 15 minutos na abertura de um telejornal para dissecar todas as hipóteses sobre o desaparecimento de uma mulher em Grândola, a única resposta coerente é que teme que os concorrentes façam o mesmo e se não foi isso é o futebol.

O espaço noticioso é portanto gerido por uma certeza: a da inevitável degradação da informação, que tem que ser transformada em entretenimento. A notícia cede à emoção. O jornalismo de choque é portanto o resultado deste processo de contaminação. Num exemplo recente que aqui discuti, na noite do massacre de Nice, um jornalista de televisão, perguntava em directo a um homem que estava ao lado da sua mulher, morta no passeio, como se sentia. Receio que, mesmo sem a crueldade da pergunta neste caso, é desse tipo de emoção que se ocupe grande parte da reportagem de Grândola quando percorre os vizinhos, os colegas ou os conhecidos da mulher desaparecida.

Ou seja, o resultado da tempestade perfeita foi acentuar a transformação da natureza da comunicação social: em vez de notícias (a escolha de títulos como “Diário de Notícias” ou “Jornal de Notícias” ou “Correio da Manhã” ou “Público”, por exemplo, destinava-se a sublinhar que se trata de dar notícias), a comunicação social produz regularmente senso comum, ou seja, produz ideias, ideologias e conformação. Portanto, transforma-se gradualmente num órgão de poder e não de contrapoder. Não há independência do jornalismo. Tem, mas acabou.

A comunicação como discurso da banalidade anestesiante e da banalidade perturbante
Ao passar a produzir senso comum em vez de informação, a comunicação social muda também os seus procedimentos. Mais um exemplo: o predomínio do futebol nos nossos canais de televisão por cabo é um caso de estudo entre a televisão internacional. Abra a CNN ou outra televisão cabo de referência e procure à 2ªf, 3ªf, 4ªf, 5ªf, 6ªf, sábado e domingo o programa diário de antecipação, de análise e depois de discussão dos jogos, com claques representadas, com especialistas, com gritadores, com repetições nos horários nobres – e não encontra. Ou seja, a televisão portuguesa vocacionada para a informação, o cabo (que assim aliviou os canais generalistas que abertamente se especializaram em entretenimento, ou telenovela), escolheu priorizar o caminho da não-notícia, interpretando obsessivamente o jogo, espectacularizando a sua própria interpretação em que o acontecimento é a discussão do acontecimento.

O meu argumento até hoje foi que este trabalho de produção de senso comum pela comunicação social é construído como uma banalidade banal, ou tranquilizadora, baseado no entretenimento, na diversão, na distração, na efemeridade. Mas há também um contraponto desta tranquilidade, que é a sua condição de sucesso: deve emergir também e ocasionalmente uma banalidade perturbante. Essa linguagem da perturbação tem três funções: em primeiro lugar, a informação deve ser surpreendente, porque essa é a sua condição para mobilizar a atenção; em segundo lugar, deve contrastar com a programação banal, porque essa é a condição para o entretenimento gerar a distração; em terceiro lugar, deve criar o espaço para que o senso comum estabeleça a banalidade tranquilizadora como o estado da natureza, isto é, como o lugar da democracia. A emoção violenta, a excitação do acontecimento, a expectativa do imediato provocante são instrumentos de afirmação pública de um discurso e de uma instituição, mais ainda do que meios de captação de audiências.

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terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Força-Tarefa encontra notas de cruzeiro em sítio, junto com drops Dulcora, uma caderneta de poupança Delfin, uma calça US Top e uma garrafa de Crush. O dono do material suspeito ainda não foi localizado

por O. V. Pochê

Dizem que é capa da próxima Veja. Força-tarefa encontrou parte da propina supostamente repassada pelas empreiteiras para figurões do PMDB.

A dinheirama foi apreendida em espécie. A investigação só não foi fechada ainda porque resta uma dúvida: as autoridades querem saber porque parte do dinheiro apreendido está em notas de cruzeiro, moeda já extinta.

Em um mansão localizada em um sítio que antigamente abrigava um rendez-vous de normalistas foram encontradas caixas contendo comprovantes de aplicações no over night, ações da Coroa Brastel, boletos de depósito de poupança na caderneta da Delfin, contas telefônicas da CTB junto com fichas de antigos telefones públicos, um rádio de pilha, uma garrafinha de Crush, um pacote de Dulcora, uma Rural Wyllis abandonada na garagem, LPs de Altemar Dutra, um lança-perfume, uma calça US Top.

As autoridades suspeitam que todo esse material iria ser transportado para um endereço desconhecido. Isso porque encontraram um documento de uma transportadora sobre a contratação de um caminhão de mudança. Um Fenemê.

O proprietário do material recolhido ainda não foi localizado.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

Fifa: os melhores do futebol em 2016

O "Dream Team" de 2016 faz uma selfie com a apresentadora e atriz Eva Longoria.
Na equipe eleita, dois brasileiros, Marcelo, do Real Madrid, e Daniel Alves, da Juventus. Também
na foto, o goleiro do Bayern, Neuer, Sergio Ramos, Modric e Cristiano Ronaldo, do Real Madrid, e o alemão Kros.
Os jogadores do Barcelona que completam o time (Messi, Suárez, Iniesta e Pique) não puderam comparecer por
jogarem na próxima quarta-feira. A ausência de Neymar, que não entrou no "time dos sonhos" surpreendeu
os jornalistas esportivos.
Foto  AFP/Fabrice Coffrini/Fifa/Divulgação






Cristiano Ronaldo e Carli Lloyd, os melhores do ano. Foto Fabrice Cofrini/AFP/Fifa


O presidente do Atlético Nacional, de Medellin, Juan Carlos de la Cuesta, recebe o troféu
Fair Play do ano pelo gesto do clube ao ceder o título da Sul Americana ao
Chapecoense. Foto Fifa/Divulgação


Falcão, do futsal, homenageado pela carreira, recebe diploma das mãos do ex-jogador
ucraniano Andriy Shevchenko. Foto Fabricio Coffini/AFP/Fifa

Ronaldo entregou um dos prêmios. Foto AFP/ Michael Buholzer/Fifa/Divulgação

Maradona entregou o troféu ao melhor treinador do ano: Claudio Ranieri, do Leicester. Foto Alexander Hassenstein/Fifa/Divulgação

O novo presidente da Fifa, o italiano Giani Infantino, reuniu lendas do futebol, entre aqueles que compareceram à premiação para uma pelada com Maradona à frente.  Foto Fifa.

Neymar não era finalista, mas o Brasil apareceu várias vezes na cerimônia da Fifa, em Zurique, em homenagem aos melhores de 2016 e aos fatos marcantes do futebol no ano que passou.

Cristiano Ronaldo saiu consagrado, como era previsto. Pela quarta vez, ele é o craque da temporada na premiação da Fifa.

Carlos Alberto, o eterno "Capita", foi lembrado, assim como Johan Cruyffl. Ambos faleceram no ano passado. O presidente do Atlético Nacional da Colômbia recebeu de Carlos Puyol o prêmio Fair Play do Ano, pela atitude do clube ao pedir à Fifa que desse ao Chapecoense o título de campeão da Sul-Americana. Uma exibição de cenas do Chape, no telão, emocionou os apresentadores e a plateia.

A Fifa também prestou uma homenagem merecida ao supercraque do futsal, o brasileiro Falcão, que anunciou sua despedida.

O Brasil esteve presente igualmente no "time dos Sonhos", a formação dos melhores do ano apontada pela entidade. O meio-campista do Corinthians era finalista do Prêmio Puskas, que aponta o gol mais bonito, mas acabou derrotado pelo malaio Mohd Faiz Subri.

A jogadora Martha, também finalista, viu a americana Carli Lloyd levar o troféu.

Foto AFP/Fabrice Coffrini/Fifa/Divulgação
A russa Yelena Isinbayeva, ex-campeã olímpica de salto com vara (na foto acima com o ex-jogador sul-africano Lucas Radebe) subiu ao palco e foi aplaudida. Ela é candidata a presidente da Federação Russa de Atletismo. Isinbayeva, que é Embaixadora da Copa de 2018, convidou a todos para a Copa das Confederações, que começa no dia 17 de junho próximo, na Rússia.

A seleção brasileira, como se sabe, está fora. A América do Sul será representada pelo Chile.

Trump interrompe a montagem do seu governo e vai ao twitter responder a críticas de Meryl Streep no Globo de Ouro. Primeiro disse que ela é "superestimada", depois, que é "Hillary lover"



por Ed Sá

Durante a premiação do Globo de Ouro, Meryl Streep fez um pequeno discurso no qual não citou Donald Trump mas se referiu à expulsão de imigrantes, uma das políticas anunciadas do presidente eleito.

Criticou a retórica de desunião, "que convida ao desrespeito e incita à violência".

No palco do Globo de Ouro - prêmio que é dado pelos jornalistas estrangeiros que atuam em Hollywood - ela perguntou: "O que é Hollywood"? E emendou a resposta: "Um monte de pessoas de outros países. Hollywood está cheia de forasteiros”. E ainda brincou: "Se expulsarmos os estrangeiros você não terão nada para ver, só futebol e MMA".

Donald Trump logo foi ao twitter para rebater a atriz.  Tuitou que ela é "superestimada", não o conhece e o criticou. Mais tarde, ele a chamou de "Hillary lover".

Internautas brasileiros criticaram Trump, mesma atitude de milhares outros em vários países.

Trump, como ex-apresentador de reality show, é leitor de revistas de celebridades - com certeza sabe mais da People, OK!, Us Weekly, In Touch e Star and Life & Style do que da Constituição -, gosta de zapear na TV e adora programas de fofocas. A dúvida é se ele vai permanecer conectado a isso tudo quando estiver na Casa Branca.

Adaptando-se aos novos tempos... Fox News começa a se transformar em Trump TV

por Niko Bolontrin 

Deu na New York: o chefão Rupert Murdoch foi rápido. Na última quinta-feira, a Fox News anunciou que Tucker Carlson é o novo âncora da rede.

Para analistas americanos esse é um sinal de que Murdoch quer a Fox pró-Trump.

Carlson tem um bom relacionamento com o presidente eleito. Outras candidatos ao posto estariam na lista negra do próximo inquilino da Casa Branca.

Embora seja uma fortaleza da direita americana, a Fox News teve alguns problemas com Trump durante a campanha quando Murdoch, no inicio, ainda durante as primárias, foi hostil à candidatura (na eleições gerais, contudo, ele apoiou o republicano, após uma negociação com o genro de Trump, Jareed Kushner).

A decisão de Murdoch é vista como uma passo para apaziguar o milionário.

E ainda há quem busque a causa da crise do jornalismo.

Deu no Mirror: o "Dia Sem Calças" no metrô de Londres... Veja o vídeo


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