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quinta-feira, 4 de abril de 2019

Memória da redação: quando a fotógrafa Annie Leibovitz fez um frila para a capa da Manchete

Jerry Hall na capa da Manchete, fotografada por Annie Leibovitz



Nas páginas internas, entrevistada por Daisy Prétola, com fotos de Carlos Humberto TDC. Reproduções. 


Ao chegar à suíte do Copacabana Palace, no Rio, em 1984, para uma entrevista com a modelo Jerry Hall, a jornalista Daisy Prétola, da Manchete, admirou-se ao ser recebida pelo próprio Mick Jagger, sorridente, falando português.

Quando o fotógrafo Carlos Humberto TDC concluiu a sessão, eis que chega uma outra equipe, comandada por uma mulher, dando ordens em inglês para todo o seu grupo. Ia também fotografar Jerry Hall.

Enquanto a modelo se preparava para posar, a fotógrafa se dirigiu a Daisy Prétola e perguntou se a Manchete não gostaria que ela mesma fizesse as fotos de capa. Prontificava-se também a fazer a produção das fotos e não cobraria nada.

Foi feita a proposta ao diretor da revista, Roberto Muggiati, que quis saber quem era a tão "prestimosa" fotógrafa.

Era Annie Leibovitz, já famosa mundialmente, foram dela as últimas fotos de John Lennon, em 1980, pouco antes do assassinato do beatle. Ela estava no Brasil exclusivamente para trabalhos com Jerry Hall, para as revistas Vogue e Vanity Fair, e com Mick Jagger para a Rolling Stone.

Annie Leibovitz pedia apenas que a revista pagasse a revelação de todo o material em um laboratório especificado por ela.

E assim foi feito. E a capa está lá na edição 1.706 da Manchete.

(do livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou" (Desiderata). 

quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

A capa da Exame faz merchandising da reforma da Previdência, usa Mick Jagger de garoto-propaganda e quebra a internet





A direita brasileira parece estar segura de que tem uma vida de mamão-com-açúcar pela frente.
Com os projetos enfileirados do governo Temer, eles tão que tão. Agora inauguram um novo formato jornalístico: o deboche marginal, aquele que vem colado à "notícia". É pra quem pode.

A reforma da Previdência obrigará os brasileiros a trabalharem por um período muito maior e a aposentar-se com menos. Como exemplo, apenas em torno de 1% dos trabalhadores brasileiros atualmente empregados têm 65 anos. Segundo a reforma, com essa idade o sujeito ainda vai estar na fila do emprego ou, quem sabe, do estágio e torcendo para ser efetivado.

Para ilustrar como será bom trabalhar até os oitentinha ou noventinha, a Exame foi buscar um exemplo relevante: Mick Jagger. Aos 74 anos, o roqueiro está na ativa e até faz filho a toda hora.

A Exame acha que ele é um típico representante do povo brasileiro.

A Exame pensa que a vida é um show.

Provavelmente, os coxinhas imaginam que todo trabalho se realiza no ar condicionado, em salas de tapetes macios, poltronas de couro, plano de saúde em dia e bônus no fim do ano. Vá alguém explicar para eles o que é trabalhar com mais de 70 encarando um forno de siderúrgica, um jornada para cortar cana, trabalhar nas fundações de um represa ou manejar uma britadeira ao meio-dia no verão do Rio de Janeiro.

Ou a Exame acha que serão oferecidos aos velhinhos do futuro apenas vagas de executivos?

A curriola do atual governo e a mídia deslumbrada com a oportunidade política para institucionalizar a selvageria social comemora uma reforma que, na prática, vai impedir que milhões de brasileiros se aposentem. Vão morrer antes de cumprir a fórmula da Previdência. Mas aí vai ter a previdência privada. Ah, bom. A maioria das pessoas já tem dificuldade para pagar planos de saúde extorsivos, imagina somar a isso o jabá financeiro da aposentadoria privada.

Por essa e por outras, a rede social fez um bullying básico com os coxinhas.




quarta-feira, 18 de julho de 2012

Na biografia não-autorizada de Mick Jagger, Luciana Gimenez é descrita como atriz pornô

Reprodução Mail on line
Reprodução Mail on line
Reprodução Mail on line
No embalo das comemorações dos 50 anos dos Rolling Stones, o escritor Christopher Andersen lança  "The Wild Life and Mad Genius of Jagger". No livro, além da carreira musical de Mick Jagger, o autor entra em detalhes sobre a agitada trajetória amorosa do vocalista da banda. O site Daily Mail reproduz um trecho do livro onde Andersen descreve a brasileira Luciana Gimenez (Luciana Morad), com quem Jagger teve uma breve noite e um filho, como uma "soft-porn-actress".
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