Mostrando postagens com marcador intolerância. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador intolerância. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 12 de março de 2020

No Whatsapp: grupo de jornalistas fazia ofensas racistas aos colegas negros. Foi na redação da Rede Record em Brasília. Crise provocou demissão de diretor

Daniel Castro, do Notícias da TV (UOL) expôs a crise que abalou a Rede Record, mais precisamente a redação de Brasília. A origem do problema foi um grupo no Whatsapp, sugestivamente chamado de "Resistência",  mantido por quatro jornalistas, que era usado para difundir ofensas racistas dirigidas ao funcionários negros da emissora. A facção preconceituosa comparava, por exemplo, lábios de colega a ânus e chamava outro de "macaco", segundo o NTV. Descoberta, a milícia do deboche foi demitida. Mas, segundo Daniel Castro apurou, o diretor de Jornalismo em Brasília, João Beltrão foi contra a demissão dos racistas e tentou protegê-los. Antonio Guerreiro, vice-presidente de Jornalismo da Record, demitiu Beltrão. A nota não revela os nomes dos jornalistas autores das ofensas no grupo "Resistência". Cujo nome já revela que o preconceito, para os envolvidos, não é acaso, é causa. 

quarta-feira, 15 de agosto de 2018

Folha de São Paulo e Bolsonaro: deu match? ..

Por falar em Bolsonaro, as chamadas do site da Folha, hoje, são praticamente links para o programa de governo do capitão aposentado e seu general a reboque.

Confiram a afinidade nos destaques entre aspas:

* Condenando as cotas raciais "Bolsonaro acerta sobre África, mas erra sobre cotas. História da escravidão na África é inconveniente, mas há argumentos melhores contra cotas sociais" 

(N.R. Observe que a Folha, como uma velha dama vitoriana,  considera a história da escravidão apenas "inconveniente". A palavra também significa "embaraço", "desagradável", "inesperado", "impertinente", "inoportuno", "impróprio" ou, para o jornalão, um mero "acidente de percurso")

* Ainda relativizando o racismo - "Brasil não é o país mais racista do mundo"

* Detonando ecologia"Reacionários verdes precisam fazer as pazes com a modernidade"

* Orgasmo hater  -  "País seria melhor se Dilma integrasse o elenco de Zorra Total"

* Defendendo venenos "Bela Gil, Marcos Palmeira e Greepeace contra o meio ambiente. Burocracia para registro de agrotóxicos impede a entrada de produtos mais modernos e seguros no Brasil"

* Calando vozes - "O ativista que sabota a própria causa. Tudo que negros, liberais e feministas não precisam é de malucos criando polêmicas imbecis"

* Revivendo a teoria fake da ditadura de que o bolo deve crescer antes de ser distribuido - "Distribuição e crescimento são dois lados da mesma moeda, todo o resto é enganação"




sábado, 30 de setembro de 2017

Esporte mostra que racismo, fascismo, nazismo, direita radical, intolerância, opressão e preconceitos em geral não podem entrar em campo...

Nazista pisa na bola: Borussia Dortmund condena direita radical. Reprodução You Tube

Atletas da NFL protestam contra Trump e assassinatos em série de jovens negros por policiais brancos. Reprodução You Tube
Coma bandeira da Catalunha, torcida do Barcelona na luta pela independência. Foto do Site do Barcelona
Três acontecimentos nas últimas semanas geraram reações de atletas. A agressividade de Donald Trump ao pedir boicote aos jogos da NFL - o presidente-empresário se irritou com os protestos dos jogadores contra frequentes e impunes assassinatos de jovens negros por policiais brancos, a ascensão dos neonazistas nas últimas eleições para o parlamento alemão; e a luta da Catalunha para conquistar sua independência às vésperas do plebiscito que a Espanha combate com extrema violência.

Nos três países, atletas mostraram que não estão à margem das respectivas sociedades e dos fantasmas que as ameaçam.

O Borussia Dortmund lançou um vídeo para ilustrar a tese de que nazistas perebas não têm nada a ver com futebol.

E os jogadores da liga de futebol americano, a NFL, se ajoelham sempre que toca o hino nacional antes dos jogos.

Na Catalunha, além do apoio de vários jogadores do Barcelona, a luta pela independência tem o apoio da torcida, que embandeira os estádios

A sociedade e cada um dos seus segmentos não pode esperar que políticos se manifestem. E isso vale para o Brasil. Faz falta, por exemplo, um protesto efetivo dos nossos times - parar o jogo, por exemplo - enquanto a polícia não retirar do estádio e prender torcedores que gritam ofensas racistas contra atletas. E é preciso que torcedores que condenem o racismo se manifestem nessas ocasiões e isolem os preconceituosos.

VEJA O VÍDEO DO BORUSSIA DORTMUND, CLIQUE AQUI

VEJA O VÍDEO DOS PROTESTOS NA NFL, CLIQUE AQUI



quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Brasil tem encontro marcado com a Noite dos Cristais?

O pior legado desses dias é a intolerância institucionalizada e cada vez mais evidente nas ruas.

Com o avanço da direita e das facções religiosas fundamentalistas, do preconceito, do racismo, do individualismo acima de tudo, do "Estado mínimo" ou nenhum Estado, da apropriação dos serviços de saúde e educação e das demais estruturas públicas, desenha-se o faroeste caboclo.

Manda e usufrui da sociedade quem tem força. Milícias da direita radical e neonazista já partem das palavras para a ação e já inspiram leis no Congresso.

Políticos fazem avançar projetos que jogam o Brasil em um fosso de atraso social, traficantes ligados a evangélicos quebram locais de culto a entidades de religiões afro-brasileiras; protótipos de terroristas que enxergam o diabo até na mãe lançam bombas em centro espiritual; mães-de-santo são agredidas a pedradas; qualquer indício de diversidade é julgado, condenado e lançado na fogueira moral; frequentadores de uma exposição de arte são filmados e ameaçados; um general que certamente tem cúmplices prega o golpe em ataque à Constituição é agora elogiado por superiores e fica imune a punição; escolas são invadidas e professores ameaçados por não pregar o ideário fascista; índios e grupos de sem-terra são massacrados por policiais, ruralistas e garimpeiros; por último (veja a ilustração), um advogado negro se depara com um cartaz nada sutil colado em frente ao seu escritório há poucos dias.

Jornalismo é um dos temas preferidos desta página. Em 1920, um pequeno jornal de Munique, o  Münchener Post, publicou a seguinte nota:

“Uma espécie de partido, que ainda anda de fraldas e aparenta ter saúde bem fraca, vem aparecendo às vezes em público sob o nome de Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães. Na terça-feira à noite, um senhor chamado Hitler falou sobre o programa desse partido".

O texto ainda informava que o antissemitismo era um dos pilares do novo partido que havia sido fundado um ano antes, com 200 filiados. Ninguém pode acusar Hitler de esconder o jogo: ele já propagava então as ideias que pôs em prática pouco mais de dez anos depois dessa simples e discreta notícia publicada em um jornal que rodava menos de 10 mil exemplares e que a grande mídia da Alemanha não percebeu.

Para saber mais sobre o Münchener Post há um bom livro nas boas casas do ramo, fruto de uma minuciosa pesquisa da jornalista brasileira Silvia Bittencourt: “A Cozinha Venenosa – Um Jornal Contra Hitler”. "Cozinha venenosa" era o apelido que Hitler dava ao pequeno jornal. Dez anos depois, o partido de Hitler tornou-se uma força política, alcançou 4 milhões de adeptos.

Em 1933, Hitler passou a chanceler do Reich. O Münchener Post não resistiu e, pouco depois, foi invadido e destroçado. Bem antes disso, ao difundir o "grande medo"  - a ascensão do comunismo - os nazistas já haviam se tornado influentes em alguns veículos da grande mídia, além de manter seu próprio jornal, o Der Stürmer, que estampava títulos sobre crimes sexuais e financeiros cometidos por judeus e comunistas, denunciava a arte"degenerada", pregava a depuração racial, o controle dos valores da família e das escolas. Com a ascensão de Hitler, muitos jornais foram encampados e a Alemanha passou a ter uma única voz.

O Münchener Post, se ainda existisse, poderia ter dado a manchete que suas linotipos não chegaram a compor:  "Bem que nós avisamos".

A Noite dos Cristais tropical vai ser quando mesmo?

quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

O martelo da intolerância: Evangélica bota pra quebrar e arrebenta imagem de Nossa Senhora Aparecida


Deu na Fórum: "Uma mulher apontada como pastora evangélica aparece em um vídeo destruindo uma imagem de Nossa Senhora Aparecida. O caso aconteceu em Botucatu (SP) e gerou indignação ao ser postado na internet na terça-feira (10). Posteriormente, a gravação feita por membros da igreja foi retirada do ar, mas acabou salva e compartilhada por meio do aplicativo WhatsApp e das redes sociais. “Oh, senhor, meu Deus pai. Quebra toda a obra contrária. Oh, glória. Seu nome seja glorificado, senhor. Essa obra que foi feita pelas mãos do inimigo agora está sendo quebrada em nome de Jesus”, diz um dos obreiros enquanto a mulher destrói a santa católica com um martelo e o grupo entoa várias orações".

LEIA A MATÉRIA COMPLETA E VEJA O VÍDEO NA FÓRUM, CLIQUE AQUI

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Barraco médico: corra que o doutor vem aí!


O médico e a enfermeira do filme "Alta Ansiedade": ficção sugestiva... 

Quem sabe não tem muito a ver, ou talvez tenha, mas recentes recentes episódios envolvendo médicos me fazem lembrar o Dr. Montague e a enfermeira Diesel de "Alta Ansiedade", dirigido pelo genial Mel Brooks.

Alguns doutores andam descompensados.

Parece que as redes sociais lhes trazem terríveis efeitos colaterais.

O filme, como muitos lembram, tem como cenário um hospício. Brooks é o Dr. Richard Thorndyke que é nomeado administrador de um hospício. Ao chegar lá, descobre que os doentes vivem sob um ditadura prescrita pelo sinistro e enlouquecido corpo médico praticante de uma estranha "ética" que mais parece inspirada nas UTI nazistas.

Dessa receita, Brooks fez uma comédia com toques de suspense e paródias dos filmes de Hitchcock.

Mas isso aí é uma cômica ficção. A realidade, no Brasil, não tem nada de engraçada.

Depois de um médico de São Paulo debochar recentemente de um paciente que falava errado - "peleumonia" em vez de pneumonias e outras expressões -  um doutor gaúcho despejou intolerância e ódio na rede social.
A Dra Julia Rocha recebeu ofensas
por defender paciente. Foto: Facebook
Tudo porque não gostou que uma médica mineira Julia Rocha postasse comentários em defesa do paciente ofendido em uma crítica ao tal doutor paulista (fato já publicado neste blog).

Diante da agressão verbal, a médica se queixou de que foi alvo de injúria racial.

O detalhe, segundo o G1, é o que médico Milton Simon Pires, autor das ofensas já respondeu a processo administrativo por supostas agressões físicas e verbais. Na época, em 2015, ele foi demitido do hospital em que trabalhava e a vítima registrou o caso em Boletim de Ocorrência na Delegacia da Mulher.

Os posts do doutor gaúcho, que é funcionário da prefeitura de Porto Alegre, circulam nas redes sociais e falam por si.

No post acima, Júlia defende paciente ofendido por médico paulista.  O comentário despertou
a ira de um médico de Porto Alegre.

O médico Milton Pires e partiu para a agressão verbal: "Agora é a vez da senzala". 


O "receituário" do doutor: palavrões e ofensas na rede social. 

quinta-feira, 7 de julho de 2016

Atriz posta foto de cães sobre bandeira e provoca a ira da direita "patriótica"




Reproduções Instagram

O bom senso adverte: intolerância acaba com o bom humor. A atriz Kaley Cuoco (a Penny, do seriado The Big Bang Theory) quis homenagear o 4 de Julho e postou uma inocente foto dos seus cães sentados sobre uma bandeira americana. Os pelotões patriotas somados à torcida do Trump e da KKK bombardearam a conta da atriz com impropérios e ameaças. Kaley Cuoco se explicou depois e pediu desculpas a quem não entendeu a mensagem. Nem precisava. Onde está a ofensa? Com certeza não na foto nem nos cães que obviamente têm mais dignidade do que o candidato racista da direita americana.

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Alô, racista, intolerante, preconceituoso, a barra vai pesar pra você na internet... um software vai te pegar

Secretaria de Direitos Humanos anuncia maior rigor na luta contra os crimes de ódio na internet. Um novo software vai varrer a rede em busca dos criminosos. Foto Marcos Santos/USP Imagens
 A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH) anunciou nessa segunda-feira (15) a utilização de uma ferramenta que vai mapear a ocorrência de crimes de ódio na internet. O software vai coletar dados e identificar redes que se reúnem para fazer ofensas a grupos de pessoas. A ferramenta será o pilar das atividades do Grupo de Trabalho contra Redes de Ódio na Internet, criado em novembro para monitorar e mapear crimes contra direitos humanos nas redes sociais. “A gente tem acompanhado e se preocupado com o crescimento desses crimes de ódio, que são incentivados e divulgados na internet. Já está mais do que na hora de a gente criar mecanismos para rastrear e retirar isso da rede”, disse a ministra da SDH, Ideli Salvatti, à Agência Brasil. Ela citou o caso de uma mulher que, em maio, foi espancada até a morte por moradores de Guarujá, em São Paulo, após um falso rumor ter se espalhado nas redes sociais de que ela praticava rituais de magia negra com crianças. Com base nas informações coletadas pelo software, o grupo de trabalho, cuja reunião de instalação ocorreu ontem, poderá encaminhar denúncias ao Ministério Público ou à Polícia Federal. Três casos já estão sendo analisados, com base em denúncias recebidas pela Ouvidoria da SDH. Um deles remete ao último episódio envolvendo os deputados federais Maria do Rosário (PT-RS) e Jair Bolsonaro (PP-RJ), na semana passada, quando o parlamentar disse que só não estupraria a deputada porque ela “não merece”. Um rapaz postou foto em uma rede social “ameaçando a deputada Maria do Rosário de estupro”, de acordo com a SDH. Mais dois casos tratam de um site nazista e outro que prega a violência contra mulheres. “Vamos documentar, avaliar os três casos e, na quinta-feira [18], devemos dar os encaminhamentos cabíveis, no sentido de tirar do ar, encaminhar para inquérito da Polícia Federal ou para providências do Ministério Público Federal”, explicou Ideli.
Fonte: Agência Brasil