Mostrando postagens com marcador DIREITOS. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador DIREITOS. Mostrar todas as postagens

sábado, 4 de agosto de 2018

Ibope: 65% dos católicos e 59% dos evangélicos aprovam a descriminalização do aborto


O grupo Católicas pelo Direito de Decidir (CDD) apresentou ao STF um pesquisa do Ibope realizada em 2017 mostrando que a maioria das pessoas religiosas não é contra o aborto legal e seguro.

Para 65% dos entrevistado, cabe à mulher decidir sobre a interrupção da gestação.

Conclui-se que líderes religiosos fundamentalistas - a maioria, não por acaso, homens - que fazem campanhas contra a descriminalização do aborto não ouvem nem seus rebanhos. Atuam como se fossem aiatolás a impor sharias sobre um país constitucionalmente laico.

O site Justificando publica uma matéria completa sobre o assunto.

quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Jornalismo e direitos: um debate em pauta...


Na próxima terça-feira, 5, acontecerá no Parque das Ruínas, das 10h às 17h, em Santa Teresa, no Rio de Janeiro, o evento “Diálogos Gênero e Número – dados, jornalismo e arte para falar sobre direitos”. Participam dos debates Cecília Oliveira, do The Intercept Brasil, Flávia Oliveira, do jornal O Globo,
Andrea Dip, da Agência Pública e Ana Paula Pellegrino, especialista em política antidrogas.

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) lançará na ocasião as conclusões da pesquisa “Mulheres na mídia”, feita em parceria com a Gênero e Número (GN).
A participação é gratuita.

Diálogos Gênero e Número
Centro Cultural Municipal Parque das Ruínas
Rua Murtinho Nobre, 169, Santa Teresa – Rio de Janeiro, RJ
5 de dezembro, das 10h às 17h
PARA MAIS INFORMAÇÕES ACESSE FACEBOOK, AQUI

quinta-feira, 27 de abril de 2017

Fenaj: sindicatos de jornalistas mobilizam categoria para Greve Geral nesta sexta-feira

(do site da Fenaj - Federação Nacional dos Jornalistas) 

A Greve Geral nesta sexta-feira, 28, vai paralisar trabalhadores de diversas categorias, em todo o País. Organizada pelas centrais sindicais brasileiras, a Greve deve demonstrar a força da classe trabalhadora, que está cada vez mais unida contra as reformas trabalhista e da previdência e as novas regras da lei da terceirização.

A Federação Nacional dos Jornalistas – FENAJ tem orientado seus sindicatos a mobilizarem suas bases para a greve.  E grande parte das entidades, nos Estados, está com alguma atividade planejada. Passeatas, roupas pretas, planfletagens, atos em frente às empresas de comunicação e a própria paralisação do trabalhador são algumas das formas de protesto contra o retrocesso de direitos.

Na região Norte, por exemplo, o Sindicato dos Jornalistas de Roraima está integrando a Frente Sindical, Popular e de Lutas, que congrega mais de 40 sindicatos, associações e movimentos populares e está realizando ações desde fevereiro. E nesta sexta-feira, a entidade participa da greve nacional e convidou a categoria para paralisar e participar das manifestações populares, na capital Boa Vista. No Estado do Amazonas, o Sindicato dos Jornalistas, além da divulgação convocando a categoria para participar da manifestação do dia 28, vai integrar as atividades organizadas em conjunto com outros sindicatos e centrais sindicais. No Tocantins, o Sindjor/TO está mobilizando os jornalistas para participarem da manifestação contra as Reformas. A concentração da passeata será na Avenida JK, em frente ao colégio São Francisco, a partir das 8h, na capital Palmas.

No Sudeste, o Sindicato de Jornalistas do Espírito Santo deliberou em Assembleia Geral Extraordinária, ocorrida no dia 19, por orientar os jornalistas a se manifestarem vestindo de preto e participando das ações que serão realizadas pelas centrais sindicais. Já em São Paulo, a orientação do Sindicato de Jornalistas é pela paralisação do trabalho em todos os lugares nos quais for possível. A entidade também promoveu assembleias e reuniões nas empresas, sob esta orientação. Ainda, os trabalhadores da Carta Capital, através de reunião, também decidiram aderir à Greve Geral, paralisando o trabalho das 0h às 14h de 28 de abril. Além disso, o Sindicato está participando das atividades preparatórias, como reuniões da CUT e de outras entidades.

Em Minas Gerais , o Sindicato dos Jornalistas e o Sindicato dos Radialistas conclamam os as duas categorias a participarem ativamente da Greve Geral. E os jornalistas e radialistas mineiros estão decidindo participar do protesto e demonstrar de várias formas sua insatisfação com as reformas. Em Belo Horizonte, os trabalhadores da Rede Minas decidiram parar, mantendo 30% de funcionamento, por se tratar de serviço público. Os trabalhadores da Rádio Inconfidência farão assembleia para decidir como será a paralisação. Em outras redações os jornalistas também vão aderir. Já o Sindicato de Jornalistas do Rio de Janeiro informou que haverá mobilizações programadas na EBC do Rio e a participação da diretoria e da categoria no ato na Cinelândia no dia 28, às 17h. Mais cedo, ao meio-dia, a entidade estará nas ruas do Centro panfletando sobre a importância da Greve Geral para barrar as reformas de Temer.

No Nordeste, o Sindicato de Jornalistas do Ceará está convocando os associados a participarem do ato público da Greve Geral em Fortaleza, marcado para 9h, na Praça da Bandeira. A diretoria do Sindjorce faz a cobertura colaborativa das manifestações para a Frente Brasil Popular Ceará, por meio do coletivo Comunicadores pela Democracia. Já os jornalistas de Pernambuco, farão um ato de protesto de uma hora, em frente ao Diário de Pernambuco contra as reformas, e em seguida participarão da passeata que percorrerá as ruas do centro de Recife.

No Distrito Federal, a categoria aprovou em assembleia, no dia 17, pela adesão à Greve Geral, em 28 de abril. Além disso, o Sindicato dos Jornalistas realizou panfletagem na EBC, bem como fizeram atividade de debate sobre as reformas com o representante do Dieese na EBC. A entidade também está realizando panfletagem, esta semana e, no dia da Greve, fará concentração com ato em frente à EBC. Posteriormente, os jornalistas irão se juntar às demais categorias em ato unificado na Esplanada dos Ministérios a partir das 11h, organizado pelo comitê local da Greve Geral, que reúne diversas entidades, entre elas o SJPDF.

Com informações dos Sindicatos de Jornalistas dos Estados do Espírito Santo, Roraima, Amazonas, Tocantins, Ceará, São Paulo, Distrito Federal e Pernambuco.

segunda-feira, 10 de abril de 2017

Semana do Jornalista: maioria dos trabalhadores ficará sem aposentadoria se Reforma da Previdência for aprovada

Em debate no Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro, falta de diálogo com a sociedade e desprezo pela realidade do povo brasileiro foram alguns dos problemas apontados na proposta do governo


(do site do SJPMRJ)
A proposta do governo Michel Temer para a Reforma da Previdência inviabiliza, na prática, a aposentadoria da maioria dos trabalhadores urbanos e rurais do Brasil, de acordo com a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB). Ontem, no Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro (SJPMRJ), para participar de debate sobre a reforma, dentro da Semana do Jornalista, a parlamentar afirma que a ampliação do tempo de contribuição para 25 anos vai deixar "90% do campo e de 70% a 80% dos trabalhadores urbanos sem direito a aposentadoria", pois o limite médio de contribuições hoje é de 15 anos:
— Mas a coisa mais cruel dessa reforma é eles aumentarem a idade mínima de homens e mulheres como eles aumentaram para 65 anos, igualando homens e mulheres, desconhecendo a realidade das mulher brasileira — ressaltou Jandira, que integra a Comissão Especial sobre a Reforma da Previdência na Câmara dos Deputados.
Pelas regras atuais, a soma da idade e do tempo de contribuição do trabalhador deve ser de 85 (mulheres) e 95 (homens) para obter a aposentadoria, e o tempo mínimo de contribuição é de 15 anos. A proposta de Reforma da Previdência prevê idade mínima de 65 anos para homens e mulheres e mais 25 anos de contribuição. A PEC 287 também inclui os trabalhadores rurais nas mesmas regras - hoje eles só precisam comprovar 15 anos de trabalho e 55 anos (mulheres) e 60 anos (homens).
A jornalista Flávia Oliveira, que integrou a mesa de debates, também criticou o texto proposto pelo governo, apesar de reconhecer a necessidade de ajustes no sistema de Previdência. Isso, porém, deveria ter sido feito com maior transparência e generosidade, segundo ela:
— Não se abrem as planilhas e nem apresentam os dados. É uma questão de crença, como uma religião. Você precisa crer que há realmente um déficit na Previdência. Essa discussão não pode ser feita dessa maneira. É preciso considerar as desigualdades brasileiras e os aspectos macroeconômicos — disse Flávia, que lembrou as condições ainda mais vulneráveis que a reforma deixará a população mais pobre, os negros e as mulheres, se for aprovada e sancionada.
Advogada com extensa militância na área de direitos humanos, Margarida Pressburger questionou uma série de falhas que já existem hoje no sistema previdenciário e que não serão corrigidas pela PEC 287, que está em tramitação no Congresso Nacional. Ela também foi uma das palestrantes convidadas para o evento, que teve ainda a advogada Claudia Duranti, do SJPMRJ, como mediadora.
— Hoje existem pessoas que não tem condições de trabalhar, mas que não conseguem obter a aposentadoria. Essa reforma vai corrigir isso? E aqueles que contribuíram com 20 salários mínimos, se aposentaram com 10 salários por causa do fator previdenciário e hoje não recebem mais do que dois salários mínimos. A reforma vai consertar? Acho que vai é piorar muito mais — opinou Margarida Pressburger.
Enquanto o governo usa exemplos de países desenvolvidos para afirmar a necessidade da Reforma da Previdência, a advogada Suzani Ferraro ressalta que essa visão é distorcida, pois desconsidera fatores econômicos essenciais - como a renda e a qualidade de vida da população - e sonega informações importantes de reformas feitas em outros países, como um tempo maior de transição de regras:
— A Previdência deve sim ser reformada, mas de uma forma mais lenta e com uma discussão mais aberta com a sociedade e não por meio dessas reformas impactantes, cruéis e absurdas. Se pegarmos sistemas estrangeiros, que não podem ser comparados ao nosso por diferenças sobretudo financeiras, as regras são aprovadas com um tempo maior para serem concretizadas. Os EUA aprovaram uma reforma em 2012, mas ela só será efetivada mesmo em 2023. A Alemanha também, aprovou em 2013 e só vai efetivar em 2029. O Brasil quer isso hoje para implementar amanhã, e isso não dá certo — disse ela, que é especialista em direito previdenciário e se empenhou na mobilização por uma emenda substitutiva ao texto enviado pelo governo na PEC 287.
Se a reforma de Temer serviu para algo positivo, foi pela união do movimento sindical, de acordo com Virgínia Berriel, integrante da Executiva Nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT): "Nós sabemos a importância da unidade do movimento sindical e estamos organizando, enfim, a greve geral. Mas isso não acontece da noite para o dia, pois há uma cultura midiática que dissemina o medo entre os trabalhadores. Ainda assim, temos que construir essa mobilização e estamos fazendo isso junto com todas as centrais mesmo. Vamos parar no dia 28 de abril, pois se não fizermos isso a Reforma da Previdência será aprovada do jeito que eles querem. E isso nós não podemos deixar."

Fonte: Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro