por Luiz Eduardo Soares (*)
"Meus amig@s, não tenho a intenção de demonizar ninguém que seja a favor do impeachment, tenho muitos amigos favoráveis e a maioria de meu partido prefere o impeachment. Quero apenas compartilhar as razões pelas quais sou contra, razões que tenho repetido há meses, em textos e debates públicos. Aprovado o impeachment, no dia seguinte, a mídia vai clamar por uma trégua para que o novo presidente possa trabalhar em paz e para que a economia se reequilibre. O ministro Gilmar Mendes, novo presidente do TSE, vai empurrar com a barriga o processo contra a chapa Dilma-Temer, para não desestabilizar o novo governo. Dirá: “O Brasil não aguenta outra queda de presidente”. Editorialistas escreverão: “A economia não resistirá a uma nova perturbação da ordem. Deixem as eleições para 2018. Agora, todos devem dar uma trégua ao presidente Temer. Agora, vamos trabalhar para restabelecer a confiança e reeguer a economia”.
O ministro da Justiça será forte, fortíssimo, alguém com autoridade para segurar a polícia federal (e atenção, confio na integridade e independência da PF e do MP, mas sei quão poderosas podem ser as pressões e manipulações na contra-mão da vontade dos profissionais). Quem? Talvez um ex-ministro da Defesa e da Justiça, ex-presidente do Supremo. Este ministro forte agirá. A lava-jato, que é, não nos enganemos, a grande moeda política no Congresso, razão para que dezenas de suspeitos e investigados votem contra ou a favor do impeachment, a lava-jato vai sair das manchetes e escorregar para as páginas policiais. E boa parte da população, iludida, vai celebrar a derrota da corrupção, como se o PT fosse o único partido corrupto, como se Temer e o PMDB não fossem cúmplices do PT, como se esta gigantesca manobra de Cunha et caterva não tivesse como objetivo justamente neutralizar a lava-jato.
Quem for a favor do impeachment por acreditar que depois de derrubar Dilma o povo pressionará pelo impeachment de Temer, vive no mundo da lua. Quem for a favor, supondo que a lição será dada ao PT e logo depois ao PMDB, com a cassação da chapa no TSE, está inteiramente equivocado. Passando o impeachment, fecham-se as tampas para mais mudanças. O Brasil perderá a potência da lava-jato, esse fenômeno único e transformador em nossa história – independentemente de seus erros. Além disso, o país será submetido a um arrocho sem precedentes. Quem pagará o preço, mais uma vez, serão os mais pobres. O país trocará Dilma pelos direitos dos trabalhadores e pela oportunidade única em sua história de passar a limpo essa classe política degradada, em seu conjunto.
O único caminho promissor é o impeachment não ser aprovado, porque, no dia seguinte, todas as expectativas da sociedade se voltarão para o TSE e não haverá a possibilidade do engavetamento. A chapa Dilma-Temer será cassada e haverá novas eleições. As provas são cabais de que houve uso, na campanha, de recursos oriundos de corrupção. Quem cairá será a chapa Dilma-Temer, porque esses recursos não elegeram somente Dilma, elegeram também Michel Temer.
Portanto, se você quer novas eleições, quer a continuidade da lava-jato e quer um enfrentamento vigoroso, sem tréguas e profundo à corrupção, diga não ao impeachment. Se eu fosse deputado e tivesse a chance de votar, diria, apontando para Eduardo Cunha: “Considero o governo federal corrupto e abjeto, indefensável ética e politicamente, mas voto não ao impeachment porque não vou entregar meu país a Vossa Excelência e a seu grupo inqualificável (como deputado, estaria livre para aplicar os adjetivos apropriados), não vou entregar o Brasil a V.Exc, a Michel Temer, a Renan Calheiros. Os senhores são cúmplices, são a outra face da mesma moeda. Novas eleições, já. E se esta Casa tivesse vergonha, faria o impensável: renunciaria, coletivamente, para que as novas eleições fossem gerais. Como isso não vai acontecer, a Nação deve voltar os olhos para o TSE e cobrar decisão urgente."
Você, favorável ao impeachment, creia: provavelmente sou tão crítico ao PT quanto você, desde o desgoverno na economia à derrocada ambiental, do atoleiro político à degradação ética. Mas prezo a lava-jato e não sou ingênuo: não creio que os problemas do Brasil se resumam ao PT. Quem acreditar nisso está iludido e dará, involuntariamente, sobrevida à corrupção e às mazelas nacionais, na política.
(*) Texto reproduzido do site Justificando.com - Luiz Eduardo Soares é antropólogo, escritor, dramaturgo e professor de filosofia política da UERJ. Foi secretário nacional de segurança pública e coordena curso sobre segurança pública na Universidade Estácio de Sá. Seu livro mais recente é “Rio de Janeiro; histórias de vida e morte" (Companhia das Letras, 2015).
sábado, 16 de abril de 2016
Pequena declaração de princípios (e de continuidades) [Aos amigos que não encontro no Facebook]
por Aguinaldo Ramos
Quando o golpe de 1964 ocorreu eu tinha 13 anos, morava perto da refinaria da Petrobras, em Duque de Caxias e, de diferente, notei apenas as tropas do Exército pelas redondezas.
Em junho de 1968, quando da "passeata dos 100 mil" e outras, eu, aos 17 anos, morava em Olaria, nos subúrbios do Rio, e acompanhei pelos jornais.
A partir daí, convivendo com a turma de jovens da igreja local, fui me inteirando da situação. Vieram o AI-5 e o governo Médici e, de repente, eu trocava a pretensão de ser engenheiro pela curiosidade das Ciências Sociais e entrava, em 1971, para o IFCS/UFRJ.
Em 1973, com ainda mais curiosidade sobre a sociedade humana e depois de uns 15 colegas serem presos durante as férias, saltei fora da universidade e tentei, com parceira e amigo, ir de carona até o Chile de Allende. Por falta de dinheiro e, talvez, premonição dos perigos, voltamos de Mendoza, a 100 km da fronteira chilena...
A partir de 1977, fui fotojornalista na Manchete (e outras revistas da Bloch) e no Jornal do Brasil, freelancer na imprensa após 1986 e para empresas no correr dos anos 1990. Em todo esse tempo a minha postura diante de protestos ou arranjos, de lutas ou acordos, sempre foi a da maior "neutralidade" possível: dava atenção à imagem e não às ideias.
Da virada dos anos 2000 para cá, à medida que ressurgia em mim a necessidade de refletir (e de escrever) sobre a convivência humana, fui me envolvendo com (e opinando sobre) temas próximos, até ficarem evidentes os princípios que buscava desde o início: SOMOS TODOS IGUAIS NESSA TERRA E É ASSIM QUE DEVEMOS CONVIVER.
Nos últimos anos, as condições sociais e políticas do Brasil me apontaram que a nossa desigualdade social é não só injusta, mas também praticamente insuportável, tanto para quem a sofre quanto para quem tenha consciência disso. E também me indicaram que só a superação dessa desigualdade social trará paz, desenvolvimento, soberania e, em última instância, felicidade ao povo brasileiro.
Então, hoje, me percebo (e me sinto contente de ser) um cada vez mais intenso ativista político (e social, e cultural etc), entendendo cada vez mais a necessidade de, na medida do possível, estar presente nos atos que constituem a luta por avanços sociais, desde a paciente atuação cotidiana até a emocionante presença em momentos coletivos.
Se a luta é árdua, se há quem não a entenda ou se há os que apenas defendem o seu pequeno mundo, paciência... Importante é que aprendi que essa perspectiva é justa, é construtiva, é libertadora. E, melhor ainda, é que nesta caminhada tenho encontrado companheiros que enquanto me trazem fé e alegria, vão se tornando queridos.
Sobre a foto: A selfie foi feita no Largo da Carioca, em 31/03/2016, durante manifestação contra a ameaça de golpe político-jurídico-midiático em curso no Brasil. A camisa azul, além de indicar que a democracia tem todas as cores, é uma homenagem à comunidade de Vila Autódromo, por sua resistência contra o poder econômico da especulação imobiliária, que lhes é imposta pela Prefeitura do Rio. A camisa vermelha, levada como alternativa, foi improvisada sobre a cabeça, como proteção por conta de uma gripe insistente. Os cabelos brancos são uma espécie de registro desta trajetória. As bandeiras ao fundo dão a localização dessa luta: o povo do Brasil é a referência.
Quando o golpe de 1964 ocorreu eu tinha 13 anos, morava perto da refinaria da Petrobras, em Duque de Caxias e, de diferente, notei apenas as tropas do Exército pelas redondezas.
Em junho de 1968, quando da "passeata dos 100 mil" e outras, eu, aos 17 anos, morava em Olaria, nos subúrbios do Rio, e acompanhei pelos jornais.
A partir daí, convivendo com a turma de jovens da igreja local, fui me inteirando da situação. Vieram o AI-5 e o governo Médici e, de repente, eu trocava a pretensão de ser engenheiro pela curiosidade das Ciências Sociais e entrava, em 1971, para o IFCS/UFRJ.
Em 1973, com ainda mais curiosidade sobre a sociedade humana e depois de uns 15 colegas serem presos durante as férias, saltei fora da universidade e tentei, com parceira e amigo, ir de carona até o Chile de Allende. Por falta de dinheiro e, talvez, premonição dos perigos, voltamos de Mendoza, a 100 km da fronteira chilena...
A partir de 1977, fui fotojornalista na Manchete (e outras revistas da Bloch) e no Jornal do Brasil, freelancer na imprensa após 1986 e para empresas no correr dos anos 1990. Em todo esse tempo a minha postura diante de protestos ou arranjos, de lutas ou acordos, sempre foi a da maior "neutralidade" possível: dava atenção à imagem e não às ideias.
Da virada dos anos 2000 para cá, à medida que ressurgia em mim a necessidade de refletir (e de escrever) sobre a convivência humana, fui me envolvendo com (e opinando sobre) temas próximos, até ficarem evidentes os princípios que buscava desde o início: SOMOS TODOS IGUAIS NESSA TERRA E É ASSIM QUE DEVEMOS CONVIVER.
Nos últimos anos, as condições sociais e políticas do Brasil me apontaram que a nossa desigualdade social é não só injusta, mas também praticamente insuportável, tanto para quem a sofre quanto para quem tenha consciência disso. E também me indicaram que só a superação dessa desigualdade social trará paz, desenvolvimento, soberania e, em última instância, felicidade ao povo brasileiro.
Então, hoje, me percebo (e me sinto contente de ser) um cada vez mais intenso ativista político (e social, e cultural etc), entendendo cada vez mais a necessidade de, na medida do possível, estar presente nos atos que constituem a luta por avanços sociais, desde a paciente atuação cotidiana até a emocionante presença em momentos coletivos.
Se a luta é árdua, se há quem não a entenda ou se há os que apenas defendem o seu pequeno mundo, paciência... Importante é que aprendi que essa perspectiva é justa, é construtiva, é libertadora. E, melhor ainda, é que nesta caminhada tenho encontrado companheiros que enquanto me trazem fé e alegria, vão se tornando queridos.
Sobre a foto: A selfie foi feita no Largo da Carioca, em 31/03/2016, durante manifestação contra a ameaça de golpe político-jurídico-midiático em curso no Brasil. A camisa azul, além de indicar que a democracia tem todas as cores, é uma homenagem à comunidade de Vila Autódromo, por sua resistência contra o poder econômico da especulação imobiliária, que lhes é imposta pela Prefeitura do Rio. A camisa vermelha, levada como alternativa, foi improvisada sobre a cabeça, como proteção por conta de uma gripe insistente. Os cabelos brancos são uma espécie de registro desta trajetória. As bandeiras ao fundo dão a localização dessa luta: o povo do Brasil é a referência.
No MMA político, a chapa Temer-Cunha pode virar Cunha-Temer...
por José Esmeraldo Gonçalves
Caso a chapa Temer-Cunha chegue ao poder, o atual presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, terá sido entronizado como o homem mais poderoso do país.
Cunha é uma espécie de Barcelona na atual crise. Desde que assumiu o Presidência da Câmara, não perdeu um só jogo. No que diz respeito ao seu nome, conseguiu congelar a Lava Jato, o TSE não pronuncia seu santo nome em vão, o STF assina embaixo das suas decisões, a mídia não o incomoda, e na Câmara nenhuma Comissão sobrevive sem o seu aval, nenhuma Ética é discutida se for ele o alvo.
Pode-se dizer que Cunha tem considerável influência sobre os Três Poderes. No caso do Executivo, é o homem que levou o processo de impeachment ao Plenário, assim como é o principal arregimentador de votos contra Dilma Rousseff.
Talvez a chapa que irá assumir o governo, caso o golpe seja vencedor, deva ser invertida para Cunha-Temer.
Cunha é o zagueiro que nada deixa passar; Temer é o ponta-esquerda que vai e volta, recebe a bola e logo se livra dela e, quando não é acionado, escreve uma carta lamurienta ao treinador dizendo que "assim não dá".
Em quem você aposta no MMA político de um eventual governo pós-golpe?
Caso a chapa Temer-Cunha chegue ao poder, o atual presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, terá sido entronizado como o homem mais poderoso do país.
Cunha é uma espécie de Barcelona na atual crise. Desde que assumiu o Presidência da Câmara, não perdeu um só jogo. No que diz respeito ao seu nome, conseguiu congelar a Lava Jato, o TSE não pronuncia seu santo nome em vão, o STF assina embaixo das suas decisões, a mídia não o incomoda, e na Câmara nenhuma Comissão sobrevive sem o seu aval, nenhuma Ética é discutida se for ele o alvo.
Pode-se dizer que Cunha tem considerável influência sobre os Três Poderes. No caso do Executivo, é o homem que levou o processo de impeachment ao Plenário, assim como é o principal arregimentador de votos contra Dilma Rousseff.
Talvez a chapa que irá assumir o governo, caso o golpe seja vencedor, deva ser invertida para Cunha-Temer.
Cunha é o zagueiro que nada deixa passar; Temer é o ponta-esquerda que vai e volta, recebe a bola e logo se livra dela e, quando não é acionado, escreve uma carta lamurienta ao treinador dizendo que "assim não dá".
Em quem você aposta no MMA político de um eventual governo pós-golpe?
Acha que vida de golpista é fácil? Se o golpe for vitorioso, ninguém quer entrar para a História como militante da chapa Temer-Cunha...
por José Esmeraldo Gonçalves
O que é a natureza - diria Zé Trindade. As forças que chutaram o traseiro da democracia já dão o golpe como certo. Com isso, nos últimos dias, - e aí, para citar a única frase histórica que a ditadura produziu - "às favas todos os escrúpulos", do coronel Jarbas Passarinho -, caíram todas as máscaras.
Houve, e há, de tudo: vazamentos de discursos de posse, uma capa de revista festejou antecipadamente a "vitória", outra produziu para cada região do país um cartaz, que lembra os de "procurados" pelo regime militar, com fotos dos deputados indecisos ou que estariam decididos a votar contra o "golpe constitucional", sites de direita divulgaram endereços pessoais de políticos e até de magistrados para orientar ação de "comandos" de intimidação etc.
Com a conspiração chegando ao fim, na visão da oposição, foi curioso observar uma certa mudança de tom, nos últimos dias, por parte de alguns analistas que já devem avaliar ter cumprido a missão. Passaram a conceder, nas suas análises, um arremedo de falso "equilíbrio", de suposta "isenção", deram-se ao direito de "criticar", mesmo que levemente, alguns aspectos da provável sucessão.
Embora tenham ajudado - na hipótese do golpe vitorioso -, a colocar no poder a chapa Temer-Cunha, isso feito, parecem querer se dissociar da "vitória".
Queiram ou não, certos sociólogos, juristas, políticos, antropólogos, economistas, entre outros ofícios, atuaram fortemente na grande mídia como agentes da comunicação do processo de derrubada de um governo democraticamente eleito. Fizeram, sem querer querendo, sem querer ou querendo, o que um tal de Joseph Goebbels propôs ao listar os princípios do seu trabalho como Ministro da Propaganda. Algumas dessas normas são bem identificáveis no quadro geral da atual crise. Goebbels resumiu seus manuais, que são extensos e detalhados, em princípios básicos próprios para a imprensa, o rádio e o cinema. Embora a televisão já existisse na Alemanha (as Olimpíadas de 1936 chegaram a ser transmitidas para um público restrito) não era ainda relevante como veículo de propaganda. Quanto à Internet, esta não frequentava nem a ficção científica de H.G. Wells, o autor de "A Máquina do Tempo", que morreu em 1946.
Ao ganhar a guerra, os aliados não importaram apenas os cientistas do foguete V2. As técnicas de Goebbels também foram rapidamente assimiladas. Aí vão alguns tópicos, apenas como exemplos desse tipo de marketing.
- Simplifique não diversifique, escolha um inimigo por vez. Ignore o que os outros fazem concentre-se em um até acabar com ele.
- Divulgue a capacidade de contágio que o inimigo tem.
- Atribua todos os males ao inimigo.
- Exagere as más noticias até desfigurá-las. Transforme um delito em mil delitos.
- Espalha os boatos até se transformarem em 'notícias'.
Já viu isso em algum lugar? Pois é.
As últimas pesquisas mostraram que, apesar de todo o bombardeio, quase metade dos brasileiros não concorda com tudo o que lê, ouve e vê por aí. Daí, nessa reta final, vários dos citados articulistas identificados com o longo processo do golpe tentam, de alguma forma, limpar a imagem, um pouco que seja, se não para a História, pelo menos para seus filhos, netos, o açougueiro, o porteiro e o vigário da paróquia.
Devem ter razão: muitos profissionais do passado ficaram indelevelmente associados, como o foram, ao golpe de 1964.
E não deve ser fácil botar a cabeça no travesseiro após levar ao poder a chapa Temer-Cunha.
O que é a natureza - diria Zé Trindade. As forças que chutaram o traseiro da democracia já dão o golpe como certo. Com isso, nos últimos dias, - e aí, para citar a única frase histórica que a ditadura produziu - "às favas todos os escrúpulos", do coronel Jarbas Passarinho -, caíram todas as máscaras.
Houve, e há, de tudo: vazamentos de discursos de posse, uma capa de revista festejou antecipadamente a "vitória", outra produziu para cada região do país um cartaz, que lembra os de "procurados" pelo regime militar, com fotos dos deputados indecisos ou que estariam decididos a votar contra o "golpe constitucional", sites de direita divulgaram endereços pessoais de políticos e até de magistrados para orientar ação de "comandos" de intimidação etc.
Com a conspiração chegando ao fim, na visão da oposição, foi curioso observar uma certa mudança de tom, nos últimos dias, por parte de alguns analistas que já devem avaliar ter cumprido a missão. Passaram a conceder, nas suas análises, um arremedo de falso "equilíbrio", de suposta "isenção", deram-se ao direito de "criticar", mesmo que levemente, alguns aspectos da provável sucessão.
Embora tenham ajudado - na hipótese do golpe vitorioso -, a colocar no poder a chapa Temer-Cunha, isso feito, parecem querer se dissociar da "vitória".
Queiram ou não, certos sociólogos, juristas, políticos, antropólogos, economistas, entre outros ofícios, atuaram fortemente na grande mídia como agentes da comunicação do processo de derrubada de um governo democraticamente eleito. Fizeram, sem querer querendo, sem querer ou querendo, o que um tal de Joseph Goebbels propôs ao listar os princípios do seu trabalho como Ministro da Propaganda. Algumas dessas normas são bem identificáveis no quadro geral da atual crise. Goebbels resumiu seus manuais, que são extensos e detalhados, em princípios básicos próprios para a imprensa, o rádio e o cinema. Embora a televisão já existisse na Alemanha (as Olimpíadas de 1936 chegaram a ser transmitidas para um público restrito) não era ainda relevante como veículo de propaganda. Quanto à Internet, esta não frequentava nem a ficção científica de H.G. Wells, o autor de "A Máquina do Tempo", que morreu em 1946.
Ao ganhar a guerra, os aliados não importaram apenas os cientistas do foguete V2. As técnicas de Goebbels também foram rapidamente assimiladas. Aí vão alguns tópicos, apenas como exemplos desse tipo de marketing.
- Simplifique não diversifique, escolha um inimigo por vez. Ignore o que os outros fazem concentre-se em um até acabar com ele.
- Divulgue a capacidade de contágio que o inimigo tem.
- Atribua todos os males ao inimigo.
- Exagere as más noticias até desfigurá-las. Transforme um delito em mil delitos.
- Espalha os boatos até se transformarem em 'notícias'.
Já viu isso em algum lugar? Pois é.
As últimas pesquisas mostraram que, apesar de todo o bombardeio, quase metade dos brasileiros não concorda com tudo o que lê, ouve e vê por aí. Daí, nessa reta final, vários dos citados articulistas identificados com o longo processo do golpe tentam, de alguma forma, limpar a imagem, um pouco que seja, se não para a História, pelo menos para seus filhos, netos, o açougueiro, o porteiro e o vigário da paróquia.
Devem ter razão: muitos profissionais do passado ficaram indelevelmente associados, como o foram, ao golpe de 1964.
E não deve ser fácil botar a cabeça no travesseiro após levar ao poder a chapa Temer-Cunha.
quinta-feira, 14 de abril de 2016
Donos do dinheiro...
![]() |
Reprodução |
"Um governo para os pobres, mais do que um incômodo político para o conservadorismo, era um mau exemplo, uma ameaça inadmissível para a fortaleza do poder real
Gosto de imaginar a História como uma velha e pachorrenta senhora que tem o que nenhum de nós tem: tempo para pensar nas coisas e para julgar o que aconteceu com a sabedoria - bem, com a sabedoria das velhas senhoras. Nós vivemos atrás de um contexto maior que explique tudo mas estamos sempre esbarrando nos limites da nossa compreensão, nos perdendo nas paixões do momento presente. Nos falta a distância do momento. Nos falta a virtude madura da isenção. Enfim, nos falta tudo o que a História tem de sobra.
Uma das vantagens de pensar na História como uma pessoa é que podemos ampliar a fantasia e imaginá-la como uma interlocutora, misteriosamente acessível para um papo.
- Vamos fazer de conta que eu viajei no tempo e a encontrei nesta mesa de bar.
- A História não tem faz de conta, meu filho. A História é sempre real, doa a quem doer.
- Mas a gente vive ouvindo falar de revisões históricas...
- As revisões são a História se repensando, não se desmentindo. O que você quer?
- Eu queria falar com a senhora sobre o Brasil de 2016.
- Brasil, Brasil...
- PT. Lula. Impeachment.
- Ah, sim. Me lembrei agora. Faz tanto tempo...
- O que significou tudo aquilo?
- Foi o fim de uma ilusão. Pelo menos foi assim que eu cataloguei.
- Foi o fim da ilusão petista de mudar o Brasil?
- Mais, mais. Foi o fim da ilusão que qualquer governo com pretensões sociais poderia conviver, em qualquer lugar do mundo, com os donos do dinheiro e uma plutocracia conservadora, sem que cedo ou tarde houvesse um conflito, e uma tentativa de aniquilamento da discrepância. Um governo para os pobres, mais do que um incômodo político para o conservadorismo dominante, era um mau exemplo, uma ameaça inadmissível para a fortaleza do poder real. Era preciso acabar com a ameaça e jogar sal em cima. Era isso que estava acontecendo.
Um pouco surpreso com a eloquência da História, pensei em perguntar qual seria o resultado do impeachment. Me contive. Também não ousei pedir que ela consultasse seus arquivos e me dissesse se o Eduardo Cunha seria presidente do Brasil.
Eu não queria ouvir a resposta."
Rio 2016 - Sorteio no Maracanã: seleção brasileira conhece seus adversários na fase de grupos.
![]() |
O sorteio foi relazado no Maracanã, estádio que já recebeu duas finais de Copa do Mundo e será palco de uma final olímpica. Foto Rafael Ribeiro/CBF |
![]() |
A ex-jogadora Aline Pellegrino e o campeão mundial Ronaldinho Gaúcho sorteiam os jogos da fase de grupos. Foto Rafael Ribeiro/CBF |
A seleção, no Grupo A, enfrentará África do Sul, Iraque e Dinamarca. O primeiro jogo será no Mané Garrincha, em Brasília, no dia 4 de agosto, contra a África do Sul. No dia 7, enfrenta o Iraque, também em Brasília e, no dia 10, pega a Dinamarca, em Salvador.
A Alemanha, o carrasco de 2014, está no Grupo C, junto com Fiji, Coréia do Sul e México. A Argentina ficou no Grupo D, com Honduras, Portugal e Argélia. Colômbia, Suécia, Nigéria e Japão estão no Grupo B. Se o Brasil ficar em primeiro no seu grupo, enfrentará, em São Paulo, o segundo colocado do Grupo B; se vencer, pode pegar a Argentina (supondo que a Argentina também não vacile), no Maracanã, na semi-final. Se passar, pode ser Alemanha (também suponto que a Alemanha siga invicta) na final. Se o Brasil ficar em segundo lugar no seu grupo pode pegar a Colômbia, nas quartas de final e a Alemanha na semifinal. Especulações, claro. Veja, abaixo, a tabela nas fases finais.
Fifa teria dado ultimato ao Catar: ou elimina o trabalho escravo nas obras da Copa 2022 ou a bola vai rolar em outro país...
por Niko Bolontrin
A imprensa europeia especula que a Fifa teria dado um prazo de 12 meses ao Catar para melhorar as condições de vida e trabalho dos operários que constroem os estádios para a Copa do Mundo de 2022. A Anistia Internacional e a Organização Internacional do Trabalho (OIT) têm denunciado situações degradantes, especialmente, em relação aos milhares de imigrantes envolvidos nas obras. Sob pressão, caso o Catar não elimine o que se caracteriza como uma relação de 'escravidão moderna", a Fifa poderá ser levada a mudar a sede daquela Copa. É mais uma dificuldade no horizonte do Mundial, além da oposição ao fato de ser o Catar uma ditadura religiosa com sérias limitações ao comportamento dos turistas e torcedores que irão ao país. Nos bastidores, Itália, Espanha e Inglaterra acompanham o problema ansiosos para voltar a sediar o maior torneio de futebol do planeta.
A imprensa europeia especula que a Fifa teria dado um prazo de 12 meses ao Catar para melhorar as condições de vida e trabalho dos operários que constroem os estádios para a Copa do Mundo de 2022. A Anistia Internacional e a Organização Internacional do Trabalho (OIT) têm denunciado situações degradantes, especialmente, em relação aos milhares de imigrantes envolvidos nas obras. Sob pressão, caso o Catar não elimine o que se caracteriza como uma relação de 'escravidão moderna", a Fifa poderá ser levada a mudar a sede daquela Copa. É mais uma dificuldade no horizonte do Mundial, além da oposição ao fato de ser o Catar uma ditadura religiosa com sérias limitações ao comportamento dos turistas e torcedores que irão ao país. Nos bastidores, Itália, Espanha e Inglaterra acompanham o problema ansiosos para voltar a sediar o maior torneio de futebol do planeta.
Taylor Swift na Vogue de maio
![]() |
Fotos MERT ALAS AND MARCUS PIGGOTT/ VOGUE/ Reproduçõa Instagram |
A cantora Taylor Swift, 26, é, ao lado de Beyoncé, uma recordista de capas de revistas internacionais. Dessa vez, na Vogue americana, edição de maio, deu Swift. Ela foi fotografada por Mert Alas e Marcus Piggott. A revista acompanhou a cantora em uma viagem de volta à terra natal, Reading, Pensilvânia, o que rendeu uma longa e nostálgica reportagem.
Vai ter Zumbilândia?
por Omelete
Sou sou só eu quem acha ou as figuras da ditadura reocuparam a praça numa macabra reedição da antológica cena dos mortos-vivos de "Incidente em Anatares", de Érico Veríssimo?
Primeiro, Delfim Neto, o ministro dos governo militares que autografou o AI-5, passou ser convidado frequente dos principais programas de entrevistas na TV aberta e nos canais por assinatura. Virou o oráculo em economia divinatória. Tanto assim, que Delfim é uma dos redatores do programa de governo do PMDB, "Uma Ponte para o Futuro", que reedita o pega-pra-capar da ditadura em relação aos direitos sociais dos trabalhadores.
Moreira Franco, ex-deputado da Arena, prefeito biônico de Niterói, na ditadura, mas com maleabilidade suficiente para integrar o governo Dilma Rousseff, é agora o conselheiro e marqueteiro da chapa Michel Temer-Eduardo Cunha.
Até Francisco Dorneles, secretário da Receita no regime militar, reapareceu por conta do afastamento de Pezão do governo do Estado do Rio de Janeiro. Como vice, assumiu e já disse a que veio: suspendeu até maio pagamento dos aposentados e proibiu manifestação na Praia de Copacabana, no próximo domingo, de grupos contrários ao golpe. A Av.Atlântica será dos golpistas. Quem quiser apoiar a passeata 'subversiva" a favor de Dilma deverá ir, talvez, para o Centro da cidade.
Paulo Maluf, político da Arena, durante a ditadura, ex-presidente da Caixa Econômica Federal, es-prefeito nomeado, ex-governador biônico de São Paulo, declarou seu apoio ao golpe. Coincidentemente, voltou a ter espaço na mídia, foi entrevistado por canais de TV e teve o prazer de ver noticiada nos jornais, com destaque, a decisão da Interpol que tirou o seu do político da lista dos impedidos de viajar para vários países.
Não sei se é pesadelo ou delírio febril, mas recebi nas ruas um adesivo "povo limpo é povo desenvolvido", o balconista da padaria me perguntou onde pode matricular o filho no Mobral, aqui na rua passou um carro de som tocando Don e Ravel, ouvi falar que o PMDB, ao assumir, vai pedir ao povo que doe ouro para o bem do Brasil e vi um cartaz de "procura-se" com uma porção de retrato 3x4, mas quando cheguei perto era apenas a capa de um revista que 'denunciava" deputados que prometeram votar contra o impeachment ou estavam indecisos.
Em todo caso, anotei na agenda os endereços de algumas embaixadas caso precise pular um muro.
É que passou por mim uma mulher que nem devia ser nascida nos anos de chumbo mas usava uma camisa amarela com um slogan em verde: "Brasil, ame-o ou deixe-o!" Talvez ela tenha tirado a camisa do armário do avô. Talvez nem tenha se ligado no sentido da frase.
Mas e se não for? E se a tal camisa entrar na moda na próxima estação?
Atualização - O Secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, havia autorizado as duas manifestações em Copacabana, no domingo, dia 17, em horários diferentes. o governador em exercício Francisco Dorneles vetou e teria permitido apenas o ato dos coxinhas. O jornal O Dia informa hoje, 15/4, que a passeata dos golpistas e a manifestação antigolpe voltaram a ser autorizadas na Av Atlântica, em horários e trechos diferentes.
Sou sou só eu quem acha ou as figuras da ditadura reocuparam a praça numa macabra reedição da antológica cena dos mortos-vivos de "Incidente em Anatares", de Érico Veríssimo?
Primeiro, Delfim Neto, o ministro dos governo militares que autografou o AI-5, passou ser convidado frequente dos principais programas de entrevistas na TV aberta e nos canais por assinatura. Virou o oráculo em economia divinatória. Tanto assim, que Delfim é uma dos redatores do programa de governo do PMDB, "Uma Ponte para o Futuro", que reedita o pega-pra-capar da ditadura em relação aos direitos sociais dos trabalhadores.
Moreira Franco, ex-deputado da Arena, prefeito biônico de Niterói, na ditadura, mas com maleabilidade suficiente para integrar o governo Dilma Rousseff, é agora o conselheiro e marqueteiro da chapa Michel Temer-Eduardo Cunha.
Até Francisco Dorneles, secretário da Receita no regime militar, reapareceu por conta do afastamento de Pezão do governo do Estado do Rio de Janeiro. Como vice, assumiu e já disse a que veio: suspendeu até maio pagamento dos aposentados e proibiu manifestação na Praia de Copacabana, no próximo domingo, de grupos contrários ao golpe. A Av.Atlântica será dos golpistas. Quem quiser apoiar a passeata 'subversiva" a favor de Dilma deverá ir, talvez, para o Centro da cidade.
Paulo Maluf, político da Arena, durante a ditadura, ex-presidente da Caixa Econômica Federal, es-prefeito nomeado, ex-governador biônico de São Paulo, declarou seu apoio ao golpe. Coincidentemente, voltou a ter espaço na mídia, foi entrevistado por canais de TV e teve o prazer de ver noticiada nos jornais, com destaque, a decisão da Interpol que tirou o seu do político da lista dos impedidos de viajar para vários países.
Não sei se é pesadelo ou delírio febril, mas recebi nas ruas um adesivo "povo limpo é povo desenvolvido", o balconista da padaria me perguntou onde pode matricular o filho no Mobral, aqui na rua passou um carro de som tocando Don e Ravel, ouvi falar que o PMDB, ao assumir, vai pedir ao povo que doe ouro para o bem do Brasil e vi um cartaz de "procura-se" com uma porção de retrato 3x4, mas quando cheguei perto era apenas a capa de um revista que 'denunciava" deputados que prometeram votar contra o impeachment ou estavam indecisos.
Em todo caso, anotei na agenda os endereços de algumas embaixadas caso precise pular um muro.
É que passou por mim uma mulher que nem devia ser nascida nos anos de chumbo mas usava uma camisa amarela com um slogan em verde: "Brasil, ame-o ou deixe-o!" Talvez ela tenha tirado a camisa do armário do avô. Talvez nem tenha se ligado no sentido da frase.
Mas e se não for? E se a tal camisa entrar na moda na próxima estação?
Atualização - O Secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, havia autorizado as duas manifestações em Copacabana, no domingo, dia 17, em horários diferentes. o governador em exercício Francisco Dorneles vetou e teria permitido apenas o ato dos coxinhas. O jornal O Dia informa hoje, 15/4, que a passeata dos golpistas e a manifestação antigolpe voltaram a ser autorizadas na Av Atlântica, em horários e trechos diferentes.
Vazou! O primeiro passo após o golpe: futuro governo promete fazer uma Constituinte privê
Se você não leu o "programa de governo" do PMDB, está na hora de conhecer o tamanho da encrenca. O tal do "Uma Ponte para o Futuro", uma cartilha primária do governo pós-golpe, é, na verdade, uma tremenda piroga para o passado. Veja algumas tramoias:
* "Estabelecer um limite para as despesas de custeio inferior ao crescimento do
PIB, através de lei, após serem eliminadas as vinculações e as indexações que
engessam o orçamento".
O que isso quer dizer: verbas para educação e saúde deixam de ser obrigatórias.
* "Executar uma política de desenvolvimento centrada na iniciativa privada, por meio
de transferências de ativos que se fizerem necessárias, concessões amplas em
todas as áreas de logística e infraestrutura, parcerias para complementar a oferta de
serviços públicos e retorno a regime anterior de concessões na área de petróleo,
dando-se a Petrobras o direito de preferência".
O que isso quer dizer: privatização ampla, grupos privados assumindo serviços públicos (parcerias extremamente lucrativas e que costumam resultar em mais despesas) e um liberou geral no petróleo especialmente no cobiçado pré-sal.
* "Realizar a inserção plena da economia brasileira no comércio internacional, com
maior abertura comercial e busca de acordos regionais de comércio em todas as
áreas econômicas relevantes – Estados Unidos, União Europeia e Ásia – com ou
sem a companhia do Mercosul, embora preferencialmente com eles".
O que isso quer dizer: o comércio exterior volta a se submeter aos Estados Unidos e União Europeia, dois mercados com conhecidas barreiras protecionistas principalmente no setor agrícola que é decisivo para as exportações brasileiras. Quanto às amarras do Mercosul, foram criadas pelo próprio PMDB no governo trapalhão de José Sarney.
* "Na área trabalhista, permitir que as convenções coletivas prevaleçam sobre as
normas legais, salvo quanto aos direitos básicos".
O que isso quer dizer: o PMDB pretende criar uma "legislação" pirata, paralela à legislação legal. O objetivo é livrar as empresas do cumprimento das normas que protegem o trabalho. Isso equivale a relativizar salários, horas extras, benefícios, saúde e segurança dos trabalhadores. Como no Brasil Colonial, caberá aos "senhores" escolher como serão as relações de trabalho. Os "direitos básicos" não são definidos pelo documento, daí...
* "Na área tributária, realizar um vasto esforço de simplificação, reduzindo o número
de impostos e unificando a legislação do ICMS, com a transferência da cobrança
para o Estado de destino; desoneração das exportações e dos investimentos;
reduzir as exceções para que grupos parecidos paguem impostos parecidos".
O que isso quer dizer: 70% dos impostos, no Brasil, são pagos por assalariados. O PMDB quer aliviar ainda mais grandes grupos, o sistema financeiro etc. O item não fala no contribuinte pessoa física para quem vai sobrar a conta.
* "Promover a racionalização dos procedimentos burocráticos e assegurar ampla
segurança jurídica para a criação de empresas e para a realização de investimentos,
com ênfase nos licenciamentos ambientais que podem ser efetivos sem ser
necessariamente complexos e demorados".
O que isso quer dizer: licenciamento ambiental é norma tradicionalmente combatida por empresas, pelo agronegócio, por grileiros e pela grande mídia. A intenção aí é a "enfase" na desregulamentação ambiental.
* "Para ser funcional (o Estado) deve distribuir os incentivos corretos para a iniciativa privada".
O que isso quer dizer: Deve ser mais ou menos como o PMDB fez no Rio de Janeiro ao conceder festiva isenção de ICMS a grandes empresas em valores que somam quase dez vezes a cifra do atual rombo nas contas do Estado do RJ.
* No Relatório Global de Competitividade 2015-2016, do Fórum Econômico Mundial,
publicado recentemente, o Brasil ficou em 75º lugar, entre 140 países, perdendo
18 posições em relação ao relatório anterior, de 2014 (...) Na decomposição dos fatores
que compõem o índice o nível dos impostos e a complexidade tributária, combinados,
respondem por 25% – o maior fator – dos problemas para realizar negócios no país. As
leis trabalhistas e a corrupção vêm muito abaixo, com 14% e 12%, respectivamente".
O que isso que dizer: Aí tem um ato falho, o PMDB quer dizer que a corrupção não é tão prejudicial assim ao país? "Uma Ponte para o Futuro" tem 6.369 palavras. E corrupção é verbete citado apenas uma vez. A palavra parece provocar arrepios nas internas.
* "Outra questão da mesma ordem provém da previdência social. Diferentemente de quase
todos os demais países do mundo, nós tornamos norma constitucional a maioria das regras
de acesso e gozo dos benefícios previdenciários, tornando muito difícil a sua adaptação
às mudanças demográficas".
O que isso quer dizer: É curioso. O PMDB defende a "segurança jurídica" para investidores, sejam aqueles que injetam dinheiro no setor produtivo, sejam os especuladores, mas advoga "insegurança jurídica" para aposentados e usuários dos sistemas públicos de previdência e assistência. O que o PMDB chama de "adaptação" é, na prática, cassação de direitos sociais.
* "Na ausência de uma ação forte e articulada, que conduza a um conjunto de reformas nas leis e na constituição, a crise fiscal não será resolvida".
O que isso quer dizer: o PMBD defende "ação forte e articulada" para mudar a Constituição. Chegando ao governo, deixa claro que não vai jurar defender a atual Constituição, mas reescrevê-la como se montasse uma Constituinte privê.
* "É necessário em primeiro lugar acabar com as vinculações constitucionais estabelecidas, como no caso dos gastos com saúde e com educação, em razão do receio de que o Executivo pudesse contingenciar, ou mesmo cortar esses gastos em caso de necessidade, porque no Brasil o orçamento não é impositivo e o Poder Executivo pode ou não executar a despesa orçada."
O que isso quer dizer: esse ponto chega a ser tristemente cômico. O PMDB alega ter receio de que o Executivo não cumpra com os gastos obrigatórios em educação e saúde. Por isso, os cérebros do partido preferem acabar logo de vez com a vinculação. Educação e saúde? Não interessa e o resto não tem pressa.
* "Quando a indexação é pelo salário mínimo, como é o caso dos benefícios sociais, a distorção se torna mais grave, pois assegura a eles um aumento real, com prejuízo para todos os demais itens do orçamento público, que terão necessariamente que ceder espaço para este aumento. Com o fim dos reajustes automáticos o Parlamento arbitrará, em nome da sociedade, os diversos reajustes conforme as condições gerais da economia e das finanças públicas. Em contrapartida a este novo regime, novas legislações procurarão exterminar de vez os resíduos de indexação de contratos no mundo privado e no setor financeiro".
O que isso quer dizer: o PMDB avisa que achatará o salário mínimo e os benefícios. Obviamente, preços e tarifas de serviços subirão de acordo com o mercado. Isso é um cruel programa de transferência de renda dos mais pobres para os mais ricos. Quanto a salários de deputados, senadores, vereadores, juízes, promotores etc, claro que não terão limites. Como se sabe, são arbitrados pelos respectivos Legislativos, como tem sido, e sempre com a ajuda decisiva dos votos do... PMDB. Tem outra curiosidade aí: quando propõe desindexar salários e benefícios, o PMDB fala em "necessidade". E quando cita a indexação de contratos privados e do setor financeiros, coloca lá um "procurarão exterminar". Pode apostar que apenas os salários e benefícios sofrerão cortes. O PMDB não tem colhões para mexer em contratos privados e no setor financeiro.
* "Finalmente, vamos propor a criação de uma instituição que articule e integre o Poder Executivo e o Legislativo, uma espécie de Autoridade Orçamentária, com competência para avaliar os programas públicos, acompanhar e analisar as variáveis que afetam as receitas e despesas, bem como acompanhar a ordem constitucional que determina o equilíbrio fiscal como princípio da administração pública".
O que isso quer dizer: nesse item, o bicho pega. O PMDB ameaça, simplesmente, criar um quarto poder institucional. Uma estranha instituição chamada uma "espécie" de "Autoridade Orçamentária", que terá poderes que vão muito além do orçamento. Que "espécie" é essa! Trata-se de uma anomalia que terá poderes para avaliar programas públicos, analisar despesas e até acompanhar a ordem constitucional (o que até aqui é atribuição do STF). Certamente terá poder de veto, do contrário não faria sentido ter tal Quarto Poder. Pergunta-se: essa Autoridade será eleita? Será nomeada? Será uma pessoa sorteada na megassena? Bom ver isso porque a Sua Excelência Autoridade Orçamentária terá poderes que poderão ser maiores que os do presidente eleito, dos ministros do Supremo e até do Congresso. Será uma "espécie" de agência regulatória neoliberal capaz de enquadrar o Executivo, o Legislativo e o Judiciário?Pode apostar que o Eduardo Cunha vai querer esse cargo.
* "Estabelecer um limite para as despesas de custeio inferior ao crescimento do
PIB, através de lei, após serem eliminadas as vinculações e as indexações que
engessam o orçamento".
O que isso quer dizer: verbas para educação e saúde deixam de ser obrigatórias.
* "Executar uma política de desenvolvimento centrada na iniciativa privada, por meio
de transferências de ativos que se fizerem necessárias, concessões amplas em
todas as áreas de logística e infraestrutura, parcerias para complementar a oferta de
serviços públicos e retorno a regime anterior de concessões na área de petróleo,
dando-se a Petrobras o direito de preferência".
O que isso quer dizer: privatização ampla, grupos privados assumindo serviços públicos (parcerias extremamente lucrativas e que costumam resultar em mais despesas) e um liberou geral no petróleo especialmente no cobiçado pré-sal.
* "Realizar a inserção plena da economia brasileira no comércio internacional, com
maior abertura comercial e busca de acordos regionais de comércio em todas as
áreas econômicas relevantes – Estados Unidos, União Europeia e Ásia – com ou
sem a companhia do Mercosul, embora preferencialmente com eles".
O que isso quer dizer: o comércio exterior volta a se submeter aos Estados Unidos e União Europeia, dois mercados com conhecidas barreiras protecionistas principalmente no setor agrícola que é decisivo para as exportações brasileiras. Quanto às amarras do Mercosul, foram criadas pelo próprio PMDB no governo trapalhão de José Sarney.
* "Na área trabalhista, permitir que as convenções coletivas prevaleçam sobre as
normas legais, salvo quanto aos direitos básicos".
O que isso quer dizer: o PMDB pretende criar uma "legislação" pirata, paralela à legislação legal. O objetivo é livrar as empresas do cumprimento das normas que protegem o trabalho. Isso equivale a relativizar salários, horas extras, benefícios, saúde e segurança dos trabalhadores. Como no Brasil Colonial, caberá aos "senhores" escolher como serão as relações de trabalho. Os "direitos básicos" não são definidos pelo documento, daí...
* "Na área tributária, realizar um vasto esforço de simplificação, reduzindo o número
de impostos e unificando a legislação do ICMS, com a transferência da cobrança
para o Estado de destino; desoneração das exportações e dos investimentos;
reduzir as exceções para que grupos parecidos paguem impostos parecidos".
O que isso quer dizer: 70% dos impostos, no Brasil, são pagos por assalariados. O PMDB quer aliviar ainda mais grandes grupos, o sistema financeiro etc. O item não fala no contribuinte pessoa física para quem vai sobrar a conta.
* "Promover a racionalização dos procedimentos burocráticos e assegurar ampla
segurança jurídica para a criação de empresas e para a realização de investimentos,
com ênfase nos licenciamentos ambientais que podem ser efetivos sem ser
necessariamente complexos e demorados".
O que isso quer dizer: licenciamento ambiental é norma tradicionalmente combatida por empresas, pelo agronegócio, por grileiros e pela grande mídia. A intenção aí é a "enfase" na desregulamentação ambiental.
* "Para ser funcional (o Estado) deve distribuir os incentivos corretos para a iniciativa privada".
O que isso quer dizer: Deve ser mais ou menos como o PMDB fez no Rio de Janeiro ao conceder festiva isenção de ICMS a grandes empresas em valores que somam quase dez vezes a cifra do atual rombo nas contas do Estado do RJ.
* No Relatório Global de Competitividade 2015-2016, do Fórum Econômico Mundial,
publicado recentemente, o Brasil ficou em 75º lugar, entre 140 países, perdendo
18 posições em relação ao relatório anterior, de 2014 (...) Na decomposição dos fatores
que compõem o índice o nível dos impostos e a complexidade tributária, combinados,
respondem por 25% – o maior fator – dos problemas para realizar negócios no país. As
leis trabalhistas e a corrupção vêm muito abaixo, com 14% e 12%, respectivamente".
O que isso que dizer: Aí tem um ato falho, o PMDB quer dizer que a corrupção não é tão prejudicial assim ao país? "Uma Ponte para o Futuro" tem 6.369 palavras. E corrupção é verbete citado apenas uma vez. A palavra parece provocar arrepios nas internas.
* "Outra questão da mesma ordem provém da previdência social. Diferentemente de quase
todos os demais países do mundo, nós tornamos norma constitucional a maioria das regras
de acesso e gozo dos benefícios previdenciários, tornando muito difícil a sua adaptação
às mudanças demográficas".
O que isso quer dizer: É curioso. O PMDB defende a "segurança jurídica" para investidores, sejam aqueles que injetam dinheiro no setor produtivo, sejam os especuladores, mas advoga "insegurança jurídica" para aposentados e usuários dos sistemas públicos de previdência e assistência. O que o PMDB chama de "adaptação" é, na prática, cassação de direitos sociais.
* "Na ausência de uma ação forte e articulada, que conduza a um conjunto de reformas nas leis e na constituição, a crise fiscal não será resolvida".
O que isso quer dizer: o PMBD defende "ação forte e articulada" para mudar a Constituição. Chegando ao governo, deixa claro que não vai jurar defender a atual Constituição, mas reescrevê-la como se montasse uma Constituinte privê.
* "É necessário em primeiro lugar acabar com as vinculações constitucionais estabelecidas, como no caso dos gastos com saúde e com educação, em razão do receio de que o Executivo pudesse contingenciar, ou mesmo cortar esses gastos em caso de necessidade, porque no Brasil o orçamento não é impositivo e o Poder Executivo pode ou não executar a despesa orçada."
O que isso quer dizer: esse ponto chega a ser tristemente cômico. O PMDB alega ter receio de que o Executivo não cumpra com os gastos obrigatórios em educação e saúde. Por isso, os cérebros do partido preferem acabar logo de vez com a vinculação. Educação e saúde? Não interessa e o resto não tem pressa.
* "Quando a indexação é pelo salário mínimo, como é o caso dos benefícios sociais, a distorção se torna mais grave, pois assegura a eles um aumento real, com prejuízo para todos os demais itens do orçamento público, que terão necessariamente que ceder espaço para este aumento. Com o fim dos reajustes automáticos o Parlamento arbitrará, em nome da sociedade, os diversos reajustes conforme as condições gerais da economia e das finanças públicas. Em contrapartida a este novo regime, novas legislações procurarão exterminar de vez os resíduos de indexação de contratos no mundo privado e no setor financeiro".
O que isso quer dizer: o PMDB avisa que achatará o salário mínimo e os benefícios. Obviamente, preços e tarifas de serviços subirão de acordo com o mercado. Isso é um cruel programa de transferência de renda dos mais pobres para os mais ricos. Quanto a salários de deputados, senadores, vereadores, juízes, promotores etc, claro que não terão limites. Como se sabe, são arbitrados pelos respectivos Legislativos, como tem sido, e sempre com a ajuda decisiva dos votos do... PMDB. Tem outra curiosidade aí: quando propõe desindexar salários e benefícios, o PMDB fala em "necessidade". E quando cita a indexação de contratos privados e do setor financeiros, coloca lá um "procurarão exterminar". Pode apostar que apenas os salários e benefícios sofrerão cortes. O PMDB não tem colhões para mexer em contratos privados e no setor financeiro.
* "Finalmente, vamos propor a criação de uma instituição que articule e integre o Poder Executivo e o Legislativo, uma espécie de Autoridade Orçamentária, com competência para avaliar os programas públicos, acompanhar e analisar as variáveis que afetam as receitas e despesas, bem como acompanhar a ordem constitucional que determina o equilíbrio fiscal como princípio da administração pública".
O que isso quer dizer: nesse item, o bicho pega. O PMDB ameaça, simplesmente, criar um quarto poder institucional. Uma estranha instituição chamada uma "espécie" de "Autoridade Orçamentária", que terá poderes que vão muito além do orçamento. Que "espécie" é essa! Trata-se de uma anomalia que terá poderes para avaliar programas públicos, analisar despesas e até acompanhar a ordem constitucional (o que até aqui é atribuição do STF). Certamente terá poder de veto, do contrário não faria sentido ter tal Quarto Poder. Pergunta-se: essa Autoridade será eleita? Será nomeada? Será uma pessoa sorteada na megassena? Bom ver isso porque a Sua Excelência Autoridade Orçamentária terá poderes que poderão ser maiores que os do presidente eleito, dos ministros do Supremo e até do Congresso. Será uma "espécie" de agência regulatória neoliberal capaz de enquadrar o Executivo, o Legislativo e o Judiciário?Pode apostar que o Eduardo Cunha vai querer esse cargo.
quarta-feira, 13 de abril de 2016
No Rio já tem golpe do PMDB: a farra da isenção fiscal que esvaziou os cofres do Estado... E a Assembleia Legislativa quer é mais...
O Estado do Rio de Janeiro vive situação crítica: atrasos de salários, corte de recursos para saúde, educação e segurança, racionamento de combustível para viaturas em serviço etc, tudo isso que você tem lido.
A culpa, dizem os analistas, é da crise, do preço de petróleo que caiu, das empreiteiras paralisadas pela Lava Jato, dos estaleiros vítimas dos cancelamentos de encomendas por parte da Petrobras.
Muito disso é verdade - descontadas as ênfases nos interesses políticos - mas faltou contar ao povo o que diz o relatório do Tribunal de Contas do Estado-RJ: nos últimos anos, o governo do PMDB concedeu isenção fiscal a grandes empresas no total de pouco mais de 138 bilhões de reais.
Poiso rombo do Estado do Rio é calculado em cerca de 18 bilhões de reais. Foi esse o pixuleco que deixou de entrar na conta do ICMS. Não é preciso ser uma sumidade em matemática para concluir que sumiu ali, faltou aqui.
Poiso rombo do Estado do Rio é calculado em cerca de 18 bilhões de reais. Foi esse o pixuleco que deixou de entrar na conta do ICMS. Não é preciso ser uma sumidade em matemática para concluir que sumiu ali, faltou aqui.
E o pior é o seguinte: temendo que a farra chegue ao fim - há um projeto para acabar com a suruba fiscal que faz a alegria de muitas empresas -, a Assembleia Legislativa está correndo para providenciar a saideira da festa com dinheiro público.
Segundo o Extra, deve chegar ao plenário amanhã, rapidinho, um projeto para conceder novos benefícios antes que o cofre seja fechado, se for. Pelo menos cinco grandes corporações estão na expectativa para aliviar o caixa nem que para isso os funcionários do Estado do Rio e os aposentados fiquem se receber por algum tempo.
Isso equivale a sapatear sobre o relatório do TCE-RJ.
O PMDB é o partido titular da chapa Michel Temer-Eduardo Cunha que investe em outro golpe: isentar Dilma Rousseff da presidência no próximo domingo.
Do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo: "Em um mercado de trabalho profundamente precarizado, repórteres fotográficos chegam a receber por trabalhos publicados em diversos veículos, inclusive, na grande imprensa, a irrisória quantia de R$ 2,00 por foto, o que foi considerado em debate realizado na sede do Sindicato trabalho análogo ao da escravidão"
No lançamento do livro "A cara do Rio" , de Ricardo Amaral e Raquel Oguri, Luiza Brunet relembra capa da Manchete
![]() |
Reprodução coluna Gente Boa, o Globo |
Junto com o livro, Amaral está lançando o Rio Book Maravilha, um aplicativo gratuito da Infoglobo com a lista dos dez melhores programas de dez bairros cariocas.
O objetivo de Ricardo Amaral é mostrar aos cariocas e visitantes que o Rio é muito mais do que o circuito Ipanema-Leblon-Barra e indicar atrações típicas e comidinhas selecionadas em bairros fora do eixo da Zona Sul.
Mas o livro, em quase 500 páginas, vai além.
Os autores revelam personagens da vida das cidade e fatos engraçados e representativos do jeito de ser do carioca, de D.Pedro a Madame Satã e Leila Diniz, do jogo do bicho ao carnaval, do Verão da Lata às musas de todos os tempos.
Na fila de autógrafos, Luiza Brunet relembrou um point marcante do Rio nos anos 80: o Hippopotamus, o club privê do Amaral, que atraiu à Praça N.S. da Paz, em Ipanema, onde se localizava, o soçaite brasileiro, celebridades da música e do esporte e o jet set internacional.
Foi lá que ela fez uma capa da Manchete ao lado do cantor Julio Iglesias, que visitava o Rio.
Luiza, que ficou como recordista de capa da extinta Manchete, contou à coluna Gente Boa que quer comemorar seus 54 anos na boate que marcou uma época do Rio e será reaberta, em junho, por Amaral.
Ao lado, a capa a que ela se refere na nota do Globo de hoje. É de 1987.
Na chamada, um sugestivo "Julio Iglesias-Luiza Brunet: encontro romântico no Rio".
Celebridades norte-americanas declaram seus votos nas próximas eleições
por Clara S. Britto
Vários astros e estrelas estão antecipando seus votos nas próximas eleições norte-americanas. Predominantemente democratas, celebridades consideram Donald Trump uma ameaça não só aos Estados Unidos mas ao planeta. Segundo os marqueteiros americanos, poucos artistas têm o poder de influenciar muita gente. Mas ajudam, principalmente, porque usam suas famas para promover e divulgar jantares e eventos para arrecadação de fundos. Obama, na sua campanha, recebeu um forte apoio da turma do cinema. Nomes como Oprah, reconhecida como formadora de opinião entre o seu imenso público feminino, Morgan Freeman e Demi Moore fizeram campanha para Obama. Esse ano, Hillary Clinton tem em Beyoncé e Jennifer Lopez apoios fortes, inclusive em doações poderosas. Vejam abaixo uma lista parcial de votos declarados.
* Steven Spielber - Bernie Sanders
* Kendall Jenner - Hillary Clinton
* Rosario Dawson - Bernie Sanders
* Susan Sarandon - Bernie Sanders
* Spike Lee - Bernie Sanders
* Katy Perry - Hillary Clinton
* Sarah Silverman - Bernie Sanders
* AnnaWintour - Hillary Clinton
* Martha Stewart - Hillary Clinton
* Tobey Maguire - Hillary Clinton
* Mark Ruffalo - Bernie Sanders
* Danny de Vito - Bernie Sanders
* Amy Schumer - Hillary Clintomn
* George Clooney - Hillary Clinton
* Juliette Lewis - Bernie Sanders
* Ariana Grande - Hillary Clinton
* Jennifer Lopez - Hillary Clinton
* Beyoncé - Hillary Clinton
* Demi Lovato - Hillary Clinton
* Neil Young - Bernie Sanders
* Red Hot Chili Peppers (toda a banda) - Bernie Sanders
* David Crosby - Bernie Sanders
* Serj Tanjian (System of a Down) - Bernie Sanders
* Michael Moore - Bernie Sanders
* Ronda Rousey - Bernie Sanders
* Dustin Hoffman - Hillary Clinton
* Jack Nicholson - Hillary Clinton
* Kim Kardashian - Hillary Clinton
* Robert De Niro - Hilary Clinton
* Eva Longoria - Hillary Clinton
* Britney Spears - Hillary Clinton
* Magic Johnson - Hillary Clinton
Embora seja avaliado como um candidato folclórico e perigoso, com posições fascistas e um imprevisível radical de direita, o republicano Donald Trump tem algum apoio entre as celebridades do cinema, esporte etc. Mike Tyson é um dos seus fãs. Hulk Hogan, o ator fortão de filmes de porradaria, também. Lou Ferrigno, que fez o personagem Hulk, está no time Trump. Em comum, esses aí têm o fato de ter levado muita pancada na cabeça, seja em filmes de ação ou no ringue. Charlie Sheen também apoia Trump, ao lado de Dennis Rodman, Clint Eastwood e Jon Voight. Já o republicano Ted Cruz recebeu apoio de Chuck Norris e James Wood.
Vários astros e estrelas estão antecipando seus votos nas próximas eleições norte-americanas. Predominantemente democratas, celebridades consideram Donald Trump uma ameaça não só aos Estados Unidos mas ao planeta. Segundo os marqueteiros americanos, poucos artistas têm o poder de influenciar muita gente. Mas ajudam, principalmente, porque usam suas famas para promover e divulgar jantares e eventos para arrecadação de fundos. Obama, na sua campanha, recebeu um forte apoio da turma do cinema. Nomes como Oprah, reconhecida como formadora de opinião entre o seu imenso público feminino, Morgan Freeman e Demi Moore fizeram campanha para Obama. Esse ano, Hillary Clinton tem em Beyoncé e Jennifer Lopez apoios fortes, inclusive em doações poderosas. Vejam abaixo uma lista parcial de votos declarados.
* Steven Spielber - Bernie Sanders
* Kendall Jenner - Hillary Clinton
* Rosario Dawson - Bernie Sanders
* Susan Sarandon - Bernie Sanders
* Spike Lee - Bernie Sanders
* Katy Perry - Hillary Clinton
* Sarah Silverman - Bernie Sanders
* AnnaWintour - Hillary Clinton
* Martha Stewart - Hillary Clinton
* Tobey Maguire - Hillary Clinton
* Mark Ruffalo - Bernie Sanders
* Danny de Vito - Bernie Sanders
* Amy Schumer - Hillary Clintomn
* George Clooney - Hillary Clinton
* Juliette Lewis - Bernie Sanders
* Ariana Grande - Hillary Clinton
* Jennifer Lopez - Hillary Clinton
* Beyoncé - Hillary Clinton
* Demi Lovato - Hillary Clinton
* Neil Young - Bernie Sanders
* Red Hot Chili Peppers (toda a banda) - Bernie Sanders
* David Crosby - Bernie Sanders
* Serj Tanjian (System of a Down) - Bernie Sanders
* Michael Moore - Bernie Sanders
* Ronda Rousey - Bernie Sanders
* Dustin Hoffman - Hillary Clinton
* Jack Nicholson - Hillary Clinton
* Kim Kardashian - Hillary Clinton
* Robert De Niro - Hilary Clinton
* Eva Longoria - Hillary Clinton
* Britney Spears - Hillary Clinton
* Magic Johnson - Hillary Clinton
Embora seja avaliado como um candidato folclórico e perigoso, com posições fascistas e um imprevisível radical de direita, o republicano Donald Trump tem algum apoio entre as celebridades do cinema, esporte etc. Mike Tyson é um dos seus fãs. Hulk Hogan, o ator fortão de filmes de porradaria, também. Lou Ferrigno, que fez o personagem Hulk, está no time Trump. Em comum, esses aí têm o fato de ter levado muita pancada na cabeça, seja em filmes de ação ou no ringue. Charlie Sheen também apoia Trump, ao lado de Dennis Rodman, Clint Eastwood e Jon Voight. Já o republicano Ted Cruz recebeu apoio de Chuck Norris e James Wood.
terça-feira, 12 de abril de 2016
Sindicato dos Jornalistas. Rio: Assembleia de prestação de contas de 2015 será nesta quinta-feira (14/04), às 19h30
A diretoria do Sindicato convida todos os jornalistas associados para a assembleia de prestação de contas do ano de 2015. O encontro será realizado nesta quinta-feira (14/04), às 19h30, no auditório João Saldanha, na sede (Rua Evaristo da Veiga 16, 17º andar). Os balancetes estão disponíveis para consulta dos associados em nossa sede.
O Dia/Meia Hora: criatividade em protesto contra atraso de salários
![]() |
Reproduçõa/Site SJPMRJ |
Fonte: Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro
Ao natural
por Clara S. Britto
Onze mulheres posam nuas para a revista Weight Watchers para mostrar beleza natural e saudável. É para a edição de Maio/Junho e reúne pessoas comuns entre 29 a 51 anos. Estudos recentes mostram que 89% das mulheres americanas estão insatisfeitas com seus corpos. Repórteres da Weight Watchers foram atrás de mulheres que superaram esse problema e construíram nova perspectiva de vida sem perder a naturalidade. As fotos não foram retocadas.
Onze mulheres posam nuas para a revista Weight Watchers para mostrar beleza natural e saudável. É para a edição de Maio/Junho e reúne pessoas comuns entre 29 a 51 anos. Estudos recentes mostram que 89% das mulheres americanas estão insatisfeitas com seus corpos. Repórteres da Weight Watchers foram atrás de mulheres que superaram esse problema e construíram nova perspectiva de vida sem perder a naturalidade. As fotos não foram retocadas.
![]() |
Reprodução Weight Watchers |
![]() |
Reprodução Weight Watchers |
Deu no New York Times: Dilma não é alvo de acusações de enriquecimento ilícito pessoal
A matéria do New York Times destaca que Dilma Rousseff é uma das raras figuras políticas do Brasil que não tem enfrentado acusações de enriquecimento ilícito pessoal.
Exclusivo: polícia secreta do Paraguai descobre que Temer dorme com um inimigo. É o cara que vaza tudo o que ele escreve e fala... Sem querer, querendo...
por Omelete
De receita de bolo a oração a São Judas Tadeu, de cartas e discursos, áudios e vídeos, nada é segredo na casa de Michel Temer. Impressionante! A famosa e lamurienta carta da Dilma, já se sabe, foi vazada para um jornalista que recebeu a nobre missão de ser uma espécie de estafeta-porta-voz da missiva. Uma resposta de Temer a críticas feitas por Renan Calheiros também vazou através do mesmo jornalista.
Agora, vaza o áudio de algo como um discurso de posse de Michel Temer na Presidência da República, isso com Dilma ainda respirando por aparelhos.
Eu, se fosse o Temer, mandava fazer uma varredura nos computadores de casa e do serviço e selecionava melhor as companhias. Daqui a pouco vazam coisas mais íntimas, como o diário de adolescência do vice, selfies tiradas com a Constituição ao fundo, a foto de Judas na mesa de cabeceira ou anotações do tempo em que foi oficial de gabinete de Ataliba Nogueira, secretário de Educação de Ademar de Barros (isso, segundo a Wikepedia), que governou São Paulo de 1963 a 1966.
Imagine a cena: uma dessas tardes, sem nada para fazer a não ser esperar que Dilma seja defenestrada pelo golpe, Temer desliga o celular (Eduardo Cunha liga toda hora) e resolve escrevinhar um discurso aos brasileiros. Depois de aprontar o palavrório, liga o gravador, tempera a voz, e passa a ler o "pronunciamento à nação". A cena é meio patética, não se sabe se ao fundo estariam a bandeira do Brasil e as Armas da República. Também não se sabe se Temer estava sozinho quando gravou ou se havia uma claque aplaudindo o "momento histórico". O fato é que, sem querer querendo, o discurso foi vazado no Whatapps.
Se Temer assumir após o golpe, sua assessoria vai ter que deixar claro, a cada pronunciamento, se vazou ou se é real. Digamos que ele fale em rede nacional. O país vai ficar bolado: é pra valer ou é vazamento? Isso pode criar até problemas diplomáticos. Temer convida Donald Trump para vir ao Brasil e o presidente americano não dá bola. Depois da gafe, a embaixada explica: "Ele pensou que era vazamento".
Nesse clima de susto, o portal Sensacionalista tem preocupação muito maiores. Veja, abaixo.
De receita de bolo a oração a São Judas Tadeu, de cartas e discursos, áudios e vídeos, nada é segredo na casa de Michel Temer. Impressionante! A famosa e lamurienta carta da Dilma, já se sabe, foi vazada para um jornalista que recebeu a nobre missão de ser uma espécie de estafeta-porta-voz da missiva. Uma resposta de Temer a críticas feitas por Renan Calheiros também vazou através do mesmo jornalista.
Agora, vaza o áudio de algo como um discurso de posse de Michel Temer na Presidência da República, isso com Dilma ainda respirando por aparelhos.
Eu, se fosse o Temer, mandava fazer uma varredura nos computadores de casa e do serviço e selecionava melhor as companhias. Daqui a pouco vazam coisas mais íntimas, como o diário de adolescência do vice, selfies tiradas com a Constituição ao fundo, a foto de Judas na mesa de cabeceira ou anotações do tempo em que foi oficial de gabinete de Ataliba Nogueira, secretário de Educação de Ademar de Barros (isso, segundo a Wikepedia), que governou São Paulo de 1963 a 1966.
Imagine a cena: uma dessas tardes, sem nada para fazer a não ser esperar que Dilma seja defenestrada pelo golpe, Temer desliga o celular (Eduardo Cunha liga toda hora) e resolve escrevinhar um discurso aos brasileiros. Depois de aprontar o palavrório, liga o gravador, tempera a voz, e passa a ler o "pronunciamento à nação". A cena é meio patética, não se sabe se ao fundo estariam a bandeira do Brasil e as Armas da República. Também não se sabe se Temer estava sozinho quando gravou ou se havia uma claque aplaudindo o "momento histórico". O fato é que, sem querer querendo, o discurso foi vazado no Whatapps.
Se Temer assumir após o golpe, sua assessoria vai ter que deixar claro, a cada pronunciamento, se vazou ou se é real. Digamos que ele fale em rede nacional. O país vai ficar bolado: é pra valer ou é vazamento? Isso pode criar até problemas diplomáticos. Temer convida Donald Trump para vir ao Brasil e o presidente americano não dá bola. Depois da gafe, a embaixada explica: "Ele pensou que era vazamento".
Nesse clima de susto, o portal Sensacionalista tem preocupação muito maiores. Veja, abaixo.
![]() |
Sensacionalista/Reprodução |
Um defunto, um cassado, um golpe: todos os caminhos levam o PMDB à Presidência da República. Menos o voto direto do brasileiros...
por Flávio Sépia
O PMDB jamais elegeu um presidente pelo voto direto. Em 1985, Tancredo Neves, do PP (depois incorporado pelo PMDB) foi "eleito" na vergonhosa cenografia do colégio eleitoral da ditadura.
Tancredo morreu e José Sarney, do PMDB, foi para o Planalto segurando a alça de um caixão. Talvez por isso seu governo tenha sido tão tétrico.
Eleito em 1989 pelo PRN, Collor foi alvo de processo de impeachment (no caso, com provas reais, como o famoso cheque assinado para compra do Fiat Elba que o ligou ao esquema do PC Farias) e renunciou. O PMDB chegou à presidência com o vice Itamar Franco.
A partir daí, o partido passou a simular "oposição" frente a alguns presidentes, como FHC e Lula, para logo aderir às "bases aliadas" dos ditos cujos. O cinismo político do PMDB leva o partido a deixar convenientemente e sempre um pé na "situação" e outro na "oposição". Assim, emplacou ministros de FHC a Dilma, apoiou Geraldo Alckmin quando este foi candidato derrotado a presidente, para logo garantir lugar no ministério do vencedor e, agora, deixa oficialmente o governo Dilma, embora fique com alguns representantes "independentes' no primeiro escalão.
Se Dilma cair, o PMDB chegará ao governo com, pela primeira vez, todas as fichas do jogo. Terá Michel Temer na presidência, Eduardo Cunha será o vice-presidente em caso de ausência do titular e permanecerá como presidente da Câmara; Renan Calheiros preside o Senado.
A chapa Michel Temer-Eduardo Cunha assume no embalo de um golpe.
Para um partido que uma vez chegou ao poder coligado com um defunto, não custa abater a democracia.
O PMDB jamais elegeu um presidente pelo voto direto. Em 1985, Tancredo Neves, do PP (depois incorporado pelo PMDB) foi "eleito" na vergonhosa cenografia do colégio eleitoral da ditadura.
Tancredo morreu e José Sarney, do PMDB, foi para o Planalto segurando a alça de um caixão. Talvez por isso seu governo tenha sido tão tétrico.
Eleito em 1989 pelo PRN, Collor foi alvo de processo de impeachment (no caso, com provas reais, como o famoso cheque assinado para compra do Fiat Elba que o ligou ao esquema do PC Farias) e renunciou. O PMDB chegou à presidência com o vice Itamar Franco.
A partir daí, o partido passou a simular "oposição" frente a alguns presidentes, como FHC e Lula, para logo aderir às "bases aliadas" dos ditos cujos. O cinismo político do PMDB leva o partido a deixar convenientemente e sempre um pé na "situação" e outro na "oposição". Assim, emplacou ministros de FHC a Dilma, apoiou Geraldo Alckmin quando este foi candidato derrotado a presidente, para logo garantir lugar no ministério do vencedor e, agora, deixa oficialmente o governo Dilma, embora fique com alguns representantes "independentes' no primeiro escalão.
Se Dilma cair, o PMDB chegará ao governo com, pela primeira vez, todas as fichas do jogo. Terá Michel Temer na presidência, Eduardo Cunha será o vice-presidente em caso de ausência do titular e permanecerá como presidente da Câmara; Renan Calheiros preside o Senado.
A chapa Michel Temer-Eduardo Cunha assume no embalo de um golpe.
Para um partido que uma vez chegou ao poder coligado com um defunto, não custa abater a democracia.
Crise: o marketing falso das milícias digitais
por Flávio Sépia
Essa semana será, certamente, uma das mais tensas da política brasileira pós-ditadura. Ao lado das pressões sobre a Câmara, junto com as manobras de Eduardo Cunha e os milhões de reais despejados na campanha pelo golpe, milícias digitais atuam na internet. Além de invasões de sites e contas no Facebook, circulam na web dois exemplos do marketing fascista: um áudio atribuído à jornalistas Cristina Lobo, que já desmentiu no twitter que a voz seja sua, e um vídeo que "alerta" para a deflagração de uma guerra civil no Brasil no próxima dia 15. No áudio, a falsa Cristiana "denuncia" que "estão enfiando dinheiro na ordem de R$ 1 milhão para quem votar contra o impeachment". Já o vídeo anuncia fantasioso confisco de poupança, arsenal de armas descoberto na Amazônia, avisa para as pessoas estocarem comida e "informa" sobre declaração de guerra civil.
CLIQUE AQUI PARA VER O VÍDEO
Essa semana será, certamente, uma das mais tensas da política brasileira pós-ditadura. Ao lado das pressões sobre a Câmara, junto com as manobras de Eduardo Cunha e os milhões de reais despejados na campanha pelo golpe, milícias digitais atuam na internet. Além de invasões de sites e contas no Facebook, circulam na web dois exemplos do marketing fascista: um áudio atribuído à jornalistas Cristina Lobo, que já desmentiu no twitter que a voz seja sua, e um vídeo que "alerta" para a deflagração de uma guerra civil no Brasil no próxima dia 15. No áudio, a falsa Cristiana "denuncia" que "estão enfiando dinheiro na ordem de R$ 1 milhão para quem votar contra o impeachment". Já o vídeo anuncia fantasioso confisco de poupança, arsenal de armas descoberto na Amazônia, avisa para as pessoas estocarem comida e "informa" sobre declaração de guerra civil.
Arcos da Lapa e Fundição Progresso: Rio em defesa da legalidade democrática e contra o golpe da chapa Michel Temer-Eduardo Cunha, que ameaça direitos sociais
![]() |
O povo ocupa os Arcos da Lapa. Foto CUT |
![]() |
A presença de muitos jovens. Foto Agência Brasil |
![]() |
A geração que já viveu a ditadura se manifesta contra a derrubada de um governo eleito e, mais do que isso, contra a tentativa de golpe social que ameaça direitos dos brasileiros. Foto Agência Brasil |
![]() |
A disposição para resistir. Foto Agência Brasil |
![]() |
Chico Buarque na Fundição Progresso: "Estaremos juntos em defesa da democracia. Não vai ter golpe". Foto Fernando Frazão/Agência Brasil |
![]() |
Lula: "Parte da elite brasileira não gosta e não acredita na democracia". Foto Fernando Frazão/Agência Brasil |
![]() |
Eric Nepomuceno, Chico, Leonardo Boff e Beth Carvalho. Agência Brasil |
![]() |
Lula e Chico Buarque. Foto Ricardo Stuckert/Instituto Lula |
Ontem, no momento em que uma Comissão de deputados montada e controlada pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha, aprovava o pedido de impeachment de Dilma Rousseff, um mero pretexto para um golpe que se arma desde o dia seguinte à posse da presidente para o seu segundo mandato, intelectuais, artistas, estudantes, aposentados e trabalhadores se reuniam nos Arcos da Lapa e na Fundição Progresso para um ato público em defesa da legalidade democrática.
As 5 mil pessoas que estavam na Fundição - em reunião que começou mais cedo e era transmitida por telão para a praça - uniram-se, em seguida, por volta das 20h, ao público de 60 mil pessoas que lotava os Arcos. Aplaudido pela multidão, Lula falou durante quase 50 minutos contra o golpe, a ameaça de destituição de uma presidente eleita e a consequente implantação de um governo que assumidamente declara que vai investir contra políticas sociais e conquistas dos trabalhadores.
Chico Buarque, Leonardo Boff, Guilherme Boulos, Beth Carvalho, Gregório Duvivier, João Pedro Stédile, Eric Nepomuceno, Vagner Freitas, Tico Santa Cruz, Flávio Renegado, Antonio Pitanga, Tássia Camargo, Juca Ferreira, Rômulo Costa, Nelson Sargento, Marcelo Freixo, Carlos Minc, entre outros, apoiavam a manifestação.
Alguns oradores do ato, que não era iniciativa de um partido, mas de brasileiros preocupados com a tentativa de golpe, criticaram certas iniciativas do governo Dilma caracterizadas como tomadas em nome do mercado financeiro, assim como o distanciamento da presidente dos movimentos sociais e reivindicações populares.
Gregório Duvivier, do Porta dos Fundos, declarou que não se trata de apenas de um 'Fica, Dilma', mas de 'Fica e melhora, Dilma'. Governe para a esquerda, em nome do projeto para o qual foi eleita".
Durante quase cinco horas, os Arcos foram a tribuna livre para a manifestação popular contra a ilegítima chapa Michel Temer-Eduardo Cunha que quer subir a rampa do Planalto levada por interesses que farão do povo e dos seus direitos, muito mais do que de Dilma, a maior vítima.
POLÍCIA MILITAR TENTA RETIRAR FAIXAS CONTRA O GOLPE
![]() |
Manifestantes estenderam faixas no alto do Arcos. |
![]() |
Pouco antes do ato começar, policiais militares começaram a retirar as faixas. |
![]() |
A multidão protestou contra a atitude da PM. Organizadores da manifestação entraram em contato com oficiais-comandantes, no local, e as faixas foram mantidas. Fotos: J.E. Gonçalves |
segunda-feira, 11 de abril de 2016
Netflix transforma o seriado Gilmore Girls, que fez sucesso até 2007, em longa-metragem: 14 anos separam essas duas capas das atrizes protagonistas...
por Clara S. Britto
A Netflix acaba de anunciar que está filmando quatro longas-metragens de 90 minutos para uma nova versão das Gilmore Girls, seriado que fez sucesso por sete temporadas, a última em 2007. Foi exibido no Brasil, também com muita aceitação.
As habitantes da cidade fictícia de Star Hollow, Lorelai Gilmore (Lauren Graham), Rory Gilmore (Alexis Bledel), Emily Gilmore (Kelly Bishop) e Luke Danes (Scott Patterson), entre outros, estão de volta. O ator Edward Hermann, que fazia o papel de pai de Lorelai, morreu em 2014.
A última edição da Entertainment Weekly colocou na capa mãe e filha do longa da Netflix - Lauren Graham e Alexis Bledel - e comparou o visual das duas, na série, em uma capa da Seventeen, de 2002. Nas redes sociais, as leitoras se surpreenderam: o tem tem sido generoso com as duas, afinal, 14 anos separam as duas capas.
A Netflix acaba de anunciar que está filmando quatro longas-metragens de 90 minutos para uma nova versão das Gilmore Girls, seriado que fez sucesso por sete temporadas, a última em 2007. Foi exibido no Brasil, também com muita aceitação.
As habitantes da cidade fictícia de Star Hollow, Lorelai Gilmore (Lauren Graham), Rory Gilmore (Alexis Bledel), Emily Gilmore (Kelly Bishop) e Luke Danes (Scott Patterson), entre outros, estão de volta. O ator Edward Hermann, que fazia o papel de pai de Lorelai, morreu em 2014.
A última edição da Entertainment Weekly colocou na capa mãe e filha do longa da Netflix - Lauren Graham e Alexis Bledel - e comparou o visual das duas, na série, em uma capa da Seventeen, de 2002. Nas redes sociais, as leitoras se surpreenderam: o tem tem sido generoso com as duas, afinal, 14 anos separam as duas capas.
![]() |
Lauren Graham (Lorelai) e alexis Bledel (Rory) hoje. |
![]() |
"Mãe" e "filha" da série Gilmore Girls, em 2002 |
Jean Wyllys x O Globo: notícias de um embate sobre mentiras, admissão de erro por parte do jornal e correção que não corrige...
(do Deputado Federal Jean Wyllys)
"Uma nova calúnia contra mim está circulando nas redes, mas, dessa vez, quem inventou não foi um site apócrifo, um perfil falso no Facebook ou um grupelho fascista anônimo, mas o jornal O Globo! Vou processar os jornalistas que assinam a matéria mentirosa e a empresa administradora do jornal. E já vou antecipando: quando eles forem condenados, vou doar a indenização aos hospitais universitários do Rio de Janeiro. Leiam este texto na íntegra e entendam o porquê.
E, por favor, compartilhem e me ajudem a combater essas mentiras.
Diz O Globo: "Na linha de frente pró-Dilma, Jean Willys (é "Wyllys"!), do PSOL, é dos poucos que já tiveram gordas emendas individuais pagas em 2016. Foram R$ 22 milhões para UFF e UFRJ. O colega de bancada Chico Alencar levou só R$ 405 mil". A matéria está no site do jornal e na página 2 do impresso e é assinada por Luiz Antônio Novaes e Mara Bergamaschi. Muitas mentiras num parágrafo só!
Antes de responder, é preciso esclarecer o que são as emendas. Cada deputado tem direito a fazer emendas individuais ao orçamento, o que significa que pode indicar que determinada quantidade de recursos seja destinada a determinados órgãos públicos ou autarquias, como uma prefeitura, um programa de um ministério, uma universidade, um hospital público, etc. Esse dinheiro vai para políticas públicas, com uma finalidade específica. Não é para o deputado "levar", como diz a matéria! Esse dinheiro não é administrado por nós! O que eu posso fazer como deputado é dizer "Hospital Universitário Gaffrée e Guinle precisa de dinheiro", indicar o valor e a finalidade, e então o governo repassa esse dinheiro diretamente ao hospital, não a mim! Aliás, nem sempre as emendas são empenhadas e pagas, ou seja, isso também não depende de nós, mas do governo federal.
Já solicitei, através das minhas emendas, recursos para, por exemplo, o hospital Gaffrée e Guinle, o Hospital Rocha Faria, o hospital Cardoso Fontes, o Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira, o Laboratório de Genética e Terapia Celular da UNESP, os centros de saúde de Itaocara, a UTI neonatal de Rio das Ostras, a Fundação Fiocruz, a UERJ, a UFRJ, a UnB, a UFBA, a Fundação Palmares, a Defensoria Pública do Rio de Janeiro, o Planetário do Rio de Janeiro, o programa de promoção da igualdade racial do estado, a Superdir, o programa de promoção cultural das comunidades quilombolas e terreiros, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, etc. Nem todas essas emendas foram pagas pelo governo, isso não depende de mim.
Vocês acham equivocadas ou desnecessárias as minhas indicações? O que eu ganho politicamente ou pessoalmente com elas que não seja apoiar a cultura, a saúde, a educação e os direitos humanos da cidadania?
Agora vamos aos dados:
I) Eu não destinei e nem poderia destinar 22 milhões de reais para a UFF e a UFRJ, mas, se eu pudesse, sem dúvidas eu faria!
Diferentemente de outros parlamentares, que usam as emendas para pagar favores políticos, beneficiar pessoas ligadas a eles, cabos eleitorais ou aliados, ou para se autopromoverem fazendo obras em sua cidade como "vereadores federais", eu consulto o destino das minhas emendas com um conselho social integrado por representantes da sociedade civil (a maioria dos quais não são filiados ao meu partido) e sempre priorizei, como beneficiários das emendas, as universidades e os hospitais do estado do Rio de Janeiro, e, em especial, os hospitais universitários, que atravessam uma grave crise financeira pelos cortes de verbas dos governos federal e estadual. Mas o valor total das emendas que foram efetivamente pagas não passa de 5 milhões de reais. Não é por falta de vontade, mas porque a política de contingenciamento do governo não permite liberar mais do que isso.
II) Para ser bem claro, contrariamente ao que O Globo afirma, as emendas de 2016 ainda NÃO FORAM PAGAS e poucas delas já foram empenhadas.
Mas, para vocês saberem, eu indiquei as seguintes emendas e espero que seus respectivos recursos sejam liberados pelo governo:
1) Centro de Estudos e Terapia do Abuso de Drogas na Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia – R$ 170.000,00
2) Faculdade de Comunicação - Campus de Ondina - UFBA - R$ 313.800,00
3) Universidade Federal Fluminense - UFF - R$ 400.000,00
4) Fórum de Ciência e Cultura - UFRJ - R$ 250.000,00
5) UFRJ - Rádio - R$ 1.245.419,00
6) Secretaria Municipal de Educação do RJ - R$ 200.000,00
7) Centro de Artes, Humanidades e Letras da UFRB - No Município de Cachoeira - BA, UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECONCAVO DA BAHIA - R$ 100.000,00
8) Hospital Universitário Clementino Fraga Filho - UFRJ - R$ 300.000,00
9) Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira - UFRJ - R$ 350.000,00
10) Campus Engenheiro Paulo de Frontin - IFRJ R$ 200.000,00
11) Defensoria Pública do Estado do RJ - R$ 150.000,00
12) Instituto de Consciência Negra Nelson Mandela - RJ - R$ 200.000,00
13) Ministério Público da União no RJ - R$ 150.000,00
14) FIOCRUZ - R$ 2.000.000,00
15) HEMORIO - R$ 1.499.219,00
16) Fundo Estadual de Saúde - RJ - R$ 1.600.000,00
17) Fundação Zerbini - R$ 200.000,00
18) Hospital Franciscano Nossa Sra das Graças - São Gonçalo - RJ - R$ 300.000,00
19) IPHAN - R$ 300.000,00
20) Fundação Casa de Rui Barbosa - R$ 350.000,00
21) Instituto Brasileiro de Audiovisual - Casa de Cinema Darcy Ribeiro - R$ 450.000,00
22) Secretaria de Direitos Humanos - Centro de Promoção e Defesa dos Direitos de LGBT - R$ 150.000,00
23) Centro Feminista de Estudos e Assessoria - CFEMEA R$ 160.000,00
24) Centro de Documentação e Informação Coisa de Mulher - R$ 160.000,00
Total das emendas de 2016 após contingenciamento: R$ 11.198.438,00 (esse é o total do que indiquei, mas ainda não foi pago e não sabemos se ou quando será).
Todas as minhas emendas, de todos os anos, podem ser acessadas aqui.
III) Em relação às emendas indicadas em 2015, até o momento houve apenas pagamento parcial da emenda que indiquei para a FACOM da UFBA, no valor de R$ 8.258,00. Os demais recursos estão em fase de análise pelos Ministérios e deverão ser liberados assim que os planos de trabalho de cada emenda forem aprovados.
IV) Como eu já disse, se eu realmente pudesse destinar 22 milhões para UFF e UFRJ, como a matéria de O Globo diz, ou para outras universidades e hospitais universitários, eu o faria com muito orgulho!
Por isso, vou processar o jornal pela difamação e, quando a justiça o condenar a me pagar uma indenização, vou doar o dinheiro aos hospitais universitários do Rio de Janeiro, que precisam muito.
E sabem por que vou processar? Porque o jornal mentiu de forma deliberada. Eles sequer se comunicaram comigo ou com meu gabinete para checar as informações, que, aliás, são públicas. Mentem porque querem passar a falsa ideia de que eu sou contra o impeachment EM TROCA DE ALGUMA COISA, como quando alguns veículos de comunicação falaram, durante a campanha, que eu tinha apoiado a Dilma no segundo turno em troca de um ministério. Vocês lembram? Eu fui ministro de alguma coisa?
Mentem para difamar e sujar o nome dos parlamentares que são contra o golpe que eles apoiam. Deverão responder nos tribunais."
APÓS JEAN WYLLYS DENUNCIAR A MATÉRIA NO FACEBOOK, O GLOBO PUBLICOU UMA CORREÇÃO
"Ontem, o jornalista Luiz Antônio Novaes, do GLOBO, publicou uma matéria caluniosa afirmando que o governo havia pago "ao deputado Jean Wyllys" emendas ao orçamento de 2016 num valor total de 22 milhões de reais. O título da matéria, "O preferido", insinuava que eu recebo um tratamento privilegiado do governo e o texto associava o suposto privilégio ao meu posicionamento contra o impeachment da presidenta. Por último, o texto falava em dinheiro "levado" pelos deputados, como se as emendas (que nada mais são do que indicações que os deputados fazem para destinar recursos a uma determinada política pública, por exemplo, um hospital ou uma universidade) fossem um benefício recebido de forma personal ou administrado pelo parlamentar. A conclusão era simples: Jean Wyllys é contra o impeachment porque recebeu 22 milhões. Isso se chama calúnia, é crime e, como eu disse ontem, eles responderão na justiça. Contudo, volto a tocar o assunto porque hoje, o jornal publicou uma nova matéria reagindo à minha resposta de ontem, na qual "retificam" (mal) a informação, pedem falsas desculpas pelo erro... mas mentem de novo!
O que diz, agora, o novo texto de Novaes? Que houve um erro no artigo de ontem, que não eram 22 milhões, mas "apenas" 2,2 milhões, mas que isso não muda o fundo da questão: a União "pagou... ao deputado Jean Wyllys" por proximidade política. Isso mesmo, ele afirma que a união ME pagou. De acordo com o caluniador Novaes, o erro dele foi, apenas, a multiplicação por DEZ do valor supostamente pago. Se fosse apenas isso, já seria uma enorme falta de profissionalismo, mas o "erro" é bem mais grave:
1) As emendas não são pagas "ao" deputado. Se eu faço uma emenda solicitando, por exemplo, 500 mil reais para um hospital público, o dinheiro vai diretamente para o hospital. Eu não recebo, não administro e não tenho absolutamente nenhum contato com esse dinheiro, apenas indico que esse hospital está precisando de grana e o governo dá a grana diretamente a ele, desde que cumpridos todos os requisitos exigidos na Lei Orçamentária Anual e nas diversas portarias interministeriais emitidas. No meu texto de ontem (http://www.cartacapital.com.br/politica/doarei-indenizacao-de-o-globo-a-hospitais-do-rio), eu prestei contas para vocês saberem quais foram exatamente as minhas emendas.
2) Como eu já disse ontem, as emendas de 2016 ainda não foram pagas. NENHUMA. Apenas algumas foram empenhadas. Ou seja, não são 22 milhões, nem 2,2 milhões, nem 220 mil nem 22 reais e nem R$ 2,20. É zero. O jornalista publica no site uma tabela de execução orçamentária, mas faz uma leitura equivocada dos dados. Por exemplo, a tabela diz que eu destinei uma emenda de 550 mil reais à Universidade Federal Fluminense, o que é verdade, e que já foram pagos à universidade 9.227.603 reais. Contudo, como uma criança no ensino fundamental poderia entender, não tem como esses 9 milhões fazerem parte da minha emenda, que era de apenas 550 mil. Esse valor corresponde ao total de recursos que a universidade recebeu, do total que foi autorizado para ela (R$ 171.373.144), que pode incluir ou não a minha emenda. O mesmo vale para as outras listadas na tabela.
3) Na parte da tabela que diz "Valor Aprovado" estão os valores das emendas que foram aprovadas dentro da Lei Orçamentária Anual, que, por força do orçamento impositivo, deveriam ser valores imutáveis. Todavia, todos os anos há um contingenciamento de valores do orçamento da União, o que também afeta as emendas individuais. Onde diz "Empenhado" se somam todas as emendas empenhadas para esse destino (por exemplo, a UFF), e onde diz "Pago", as que foram pagas, que podem incluir ou não incluir a minha. E de fato não incluem.
Depois de sugerir que o problema da matéria dele foi apenas a vírgula, porque 2,2 milhões viraram magicamente 22 milhões, o jornalista diz que "Independentemente dos valores, a discussão sobre emendas individuais sempre foi relevante para o interesse público, pois historicamente são beneficiados com a liberação de recursos os parlamentares mais próximos do poder". Ou seja, ele insiste na ideia de que eu sou "mais próximo ao poder" e, por isso, sou tratado de forma privilegiada. Mas, novamente, ele baseia essa afirmação em informações falsas. Repito: as emendas de 2016 ainda não foram pagas.
O jornalista diz que eu "poderia buscar explicações na Comissão Mista de Orçamento", mas a questão não é apenas buscar. É preciso ENTENDER as tabelas orçamentárias. Acontece que, independentemente de eu estar deputado, eu sou jornalista e, portanto, eu sei que um jornalista deve checar as informações. Já é a segunda vez que Novaes publica informações falsas e, em ambos os casos, ele deixou de fazer o básico da profissão e do bom jornalismo: entrar em contato comigo ou com meu gabinete para ouvir nossas explicações. A gente poderia ter oferecido a ele um cursinho básico para ele entender as tabelas que publica e saber o que elas realmente dizem. Eu também poderia ter enviado a ele as leis, portarias interministeriais e atos administrativos relacionados com as emendas, para que ele aprenda como funcionam. Aliás, eu poderia ter explicado a ele que nós do PSOL somos muito críticos às emendas individuais e achamos que esse sistema deveria mudar, mas fazemos uso delas porque seria absurdo não utilizar uma ferramenta que nos permite, como eu faço, destinar esse dinheiro a hospitais, universidades, escolas, políticas de direitos humanos, etc. Não usamos as emendas para fazer politicagem, mas para melhorar a saúde, a educação, a cultura. E informamos com absoluta transparência sobre nossas emendas para que nossos eleitores saibam.
Mas o fato é que o autor da matéria caluniosa nunca se interessou com a verdade. Em vez de investigar os corruptos que roubam dinheiro público, O GLOBO prefere perseguir um deputado honesto por motivações políticas, insistindo em acusá-lo de receber um tratamento privilegiado do governo, o que é mentira. O que querem é passar a ideia de que eu sou contra o impeachment porque o governo paga minhas emendas, destinadas a horpitais, universidades e outros serviços públicos necessários para a população. E vejam como nada é por acaso: hoje o Correio Braziliense publicou outra matéria que não cita meu nome, mas fala do PSOL, usando o mesmo argumento: que nossas emendas foram privilegiadas. E também faz isso publicando informações falsas. Para vocês verem que não tem inocência nessa história, é algo orquestrado!
Não, senhores, eu sou contra o golpe porque eu defendo a democracia!"
"Uma nova calúnia contra mim está circulando nas redes, mas, dessa vez, quem inventou não foi um site apócrifo, um perfil falso no Facebook ou um grupelho fascista anônimo, mas o jornal O Globo! Vou processar os jornalistas que assinam a matéria mentirosa e a empresa administradora do jornal. E já vou antecipando: quando eles forem condenados, vou doar a indenização aos hospitais universitários do Rio de Janeiro. Leiam este texto na íntegra e entendam o porquê.
E, por favor, compartilhem e me ajudem a combater essas mentiras.
Diz O Globo: "Na linha de frente pró-Dilma, Jean Willys (é "Wyllys"!), do PSOL, é dos poucos que já tiveram gordas emendas individuais pagas em 2016. Foram R$ 22 milhões para UFF e UFRJ. O colega de bancada Chico Alencar levou só R$ 405 mil". A matéria está no site do jornal e na página 2 do impresso e é assinada por Luiz Antônio Novaes e Mara Bergamaschi. Muitas mentiras num parágrafo só!
Antes de responder, é preciso esclarecer o que são as emendas. Cada deputado tem direito a fazer emendas individuais ao orçamento, o que significa que pode indicar que determinada quantidade de recursos seja destinada a determinados órgãos públicos ou autarquias, como uma prefeitura, um programa de um ministério, uma universidade, um hospital público, etc. Esse dinheiro vai para políticas públicas, com uma finalidade específica. Não é para o deputado "levar", como diz a matéria! Esse dinheiro não é administrado por nós! O que eu posso fazer como deputado é dizer "Hospital Universitário Gaffrée e Guinle precisa de dinheiro", indicar o valor e a finalidade, e então o governo repassa esse dinheiro diretamente ao hospital, não a mim! Aliás, nem sempre as emendas são empenhadas e pagas, ou seja, isso também não depende de nós, mas do governo federal.
Já solicitei, através das minhas emendas, recursos para, por exemplo, o hospital Gaffrée e Guinle, o Hospital Rocha Faria, o hospital Cardoso Fontes, o Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira, o Laboratório de Genética e Terapia Celular da UNESP, os centros de saúde de Itaocara, a UTI neonatal de Rio das Ostras, a Fundação Fiocruz, a UERJ, a UFRJ, a UnB, a UFBA, a Fundação Palmares, a Defensoria Pública do Rio de Janeiro, o Planetário do Rio de Janeiro, o programa de promoção da igualdade racial do estado, a Superdir, o programa de promoção cultural das comunidades quilombolas e terreiros, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, etc. Nem todas essas emendas foram pagas pelo governo, isso não depende de mim.
Vocês acham equivocadas ou desnecessárias as minhas indicações? O que eu ganho politicamente ou pessoalmente com elas que não seja apoiar a cultura, a saúde, a educação e os direitos humanos da cidadania?
Agora vamos aos dados:
I) Eu não destinei e nem poderia destinar 22 milhões de reais para a UFF e a UFRJ, mas, se eu pudesse, sem dúvidas eu faria!
Diferentemente de outros parlamentares, que usam as emendas para pagar favores políticos, beneficiar pessoas ligadas a eles, cabos eleitorais ou aliados, ou para se autopromoverem fazendo obras em sua cidade como "vereadores federais", eu consulto o destino das minhas emendas com um conselho social integrado por representantes da sociedade civil (a maioria dos quais não são filiados ao meu partido) e sempre priorizei, como beneficiários das emendas, as universidades e os hospitais do estado do Rio de Janeiro, e, em especial, os hospitais universitários, que atravessam uma grave crise financeira pelos cortes de verbas dos governos federal e estadual. Mas o valor total das emendas que foram efetivamente pagas não passa de 5 milhões de reais. Não é por falta de vontade, mas porque a política de contingenciamento do governo não permite liberar mais do que isso.
II) Para ser bem claro, contrariamente ao que O Globo afirma, as emendas de 2016 ainda NÃO FORAM PAGAS e poucas delas já foram empenhadas.
Mas, para vocês saberem, eu indiquei as seguintes emendas e espero que seus respectivos recursos sejam liberados pelo governo:
1) Centro de Estudos e Terapia do Abuso de Drogas na Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia – R$ 170.000,00
2) Faculdade de Comunicação - Campus de Ondina - UFBA - R$ 313.800,00
3) Universidade Federal Fluminense - UFF - R$ 400.000,00
4) Fórum de Ciência e Cultura - UFRJ - R$ 250.000,00
5) UFRJ - Rádio - R$ 1.245.419,00
6) Secretaria Municipal de Educação do RJ - R$ 200.000,00
7) Centro de Artes, Humanidades e Letras da UFRB - No Município de Cachoeira - BA, UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECONCAVO DA BAHIA - R$ 100.000,00
8) Hospital Universitário Clementino Fraga Filho - UFRJ - R$ 300.000,00
9) Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira - UFRJ - R$ 350.000,00
10) Campus Engenheiro Paulo de Frontin - IFRJ R$ 200.000,00
11) Defensoria Pública do Estado do RJ - R$ 150.000,00
12) Instituto de Consciência Negra Nelson Mandela - RJ - R$ 200.000,00
13) Ministério Público da União no RJ - R$ 150.000,00
14) FIOCRUZ - R$ 2.000.000,00
15) HEMORIO - R$ 1.499.219,00
16) Fundo Estadual de Saúde - RJ - R$ 1.600.000,00
17) Fundação Zerbini - R$ 200.000,00
18) Hospital Franciscano Nossa Sra das Graças - São Gonçalo - RJ - R$ 300.000,00
19) IPHAN - R$ 300.000,00
20) Fundação Casa de Rui Barbosa - R$ 350.000,00
21) Instituto Brasileiro de Audiovisual - Casa de Cinema Darcy Ribeiro - R$ 450.000,00
22) Secretaria de Direitos Humanos - Centro de Promoção e Defesa dos Direitos de LGBT - R$ 150.000,00
23) Centro Feminista de Estudos e Assessoria - CFEMEA R$ 160.000,00
24) Centro de Documentação e Informação Coisa de Mulher - R$ 160.000,00
Total das emendas de 2016 após contingenciamento: R$ 11.198.438,00 (esse é o total do que indiquei, mas ainda não foi pago e não sabemos se ou quando será).
Todas as minhas emendas, de todos os anos, podem ser acessadas aqui.
III) Em relação às emendas indicadas em 2015, até o momento houve apenas pagamento parcial da emenda que indiquei para a FACOM da UFBA, no valor de R$ 8.258,00. Os demais recursos estão em fase de análise pelos Ministérios e deverão ser liberados assim que os planos de trabalho de cada emenda forem aprovados.
IV) Como eu já disse, se eu realmente pudesse destinar 22 milhões para UFF e UFRJ, como a matéria de O Globo diz, ou para outras universidades e hospitais universitários, eu o faria com muito orgulho!
Por isso, vou processar o jornal pela difamação e, quando a justiça o condenar a me pagar uma indenização, vou doar o dinheiro aos hospitais universitários do Rio de Janeiro, que precisam muito.
E sabem por que vou processar? Porque o jornal mentiu de forma deliberada. Eles sequer se comunicaram comigo ou com meu gabinete para checar as informações, que, aliás, são públicas. Mentem porque querem passar a falsa ideia de que eu sou contra o impeachment EM TROCA DE ALGUMA COISA, como quando alguns veículos de comunicação falaram, durante a campanha, que eu tinha apoiado a Dilma no segundo turno em troca de um ministério. Vocês lembram? Eu fui ministro de alguma coisa?
Mentem para difamar e sujar o nome dos parlamentares que são contra o golpe que eles apoiam. Deverão responder nos tribunais."
APÓS JEAN WYLLYS DENUNCIAR A MATÉRIA NO FACEBOOK, O GLOBO PUBLICOU UMA CORREÇÃO
JEAN WYLLYS REAGE À CORREÇÃO
QUE, SEGUNDO ELE, NÃO CORRIGE
"Ontem, o jornalista Luiz Antônio Novaes, do GLOBO, publicou uma matéria caluniosa afirmando que o governo havia pago "ao deputado Jean Wyllys" emendas ao orçamento de 2016 num valor total de 22 milhões de reais. O título da matéria, "O preferido", insinuava que eu recebo um tratamento privilegiado do governo e o texto associava o suposto privilégio ao meu posicionamento contra o impeachment da presidenta. Por último, o texto falava em dinheiro "levado" pelos deputados, como se as emendas (que nada mais são do que indicações que os deputados fazem para destinar recursos a uma determinada política pública, por exemplo, um hospital ou uma universidade) fossem um benefício recebido de forma personal ou administrado pelo parlamentar. A conclusão era simples: Jean Wyllys é contra o impeachment porque recebeu 22 milhões. Isso se chama calúnia, é crime e, como eu disse ontem, eles responderão na justiça. Contudo, volto a tocar o assunto porque hoje, o jornal publicou uma nova matéria reagindo à minha resposta de ontem, na qual "retificam" (mal) a informação, pedem falsas desculpas pelo erro... mas mentem de novo!
O que diz, agora, o novo texto de Novaes? Que houve um erro no artigo de ontem, que não eram 22 milhões, mas "apenas" 2,2 milhões, mas que isso não muda o fundo da questão: a União "pagou... ao deputado Jean Wyllys" por proximidade política. Isso mesmo, ele afirma que a união ME pagou. De acordo com o caluniador Novaes, o erro dele foi, apenas, a multiplicação por DEZ do valor supostamente pago. Se fosse apenas isso, já seria uma enorme falta de profissionalismo, mas o "erro" é bem mais grave:
1) As emendas não são pagas "ao" deputado. Se eu faço uma emenda solicitando, por exemplo, 500 mil reais para um hospital público, o dinheiro vai diretamente para o hospital. Eu não recebo, não administro e não tenho absolutamente nenhum contato com esse dinheiro, apenas indico que esse hospital está precisando de grana e o governo dá a grana diretamente a ele, desde que cumpridos todos os requisitos exigidos na Lei Orçamentária Anual e nas diversas portarias interministeriais emitidas. No meu texto de ontem (http://www.cartacapital.com.br/politica/doarei-indenizacao-de-o-globo-a-hospitais-do-rio), eu prestei contas para vocês saberem quais foram exatamente as minhas emendas.
2) Como eu já disse ontem, as emendas de 2016 ainda não foram pagas. NENHUMA. Apenas algumas foram empenhadas. Ou seja, não são 22 milhões, nem 2,2 milhões, nem 220 mil nem 22 reais e nem R$ 2,20. É zero. O jornalista publica no site uma tabela de execução orçamentária, mas faz uma leitura equivocada dos dados. Por exemplo, a tabela diz que eu destinei uma emenda de 550 mil reais à Universidade Federal Fluminense, o que é verdade, e que já foram pagos à universidade 9.227.603 reais. Contudo, como uma criança no ensino fundamental poderia entender, não tem como esses 9 milhões fazerem parte da minha emenda, que era de apenas 550 mil. Esse valor corresponde ao total de recursos que a universidade recebeu, do total que foi autorizado para ela (R$ 171.373.144), que pode incluir ou não a minha emenda. O mesmo vale para as outras listadas na tabela.
3) Na parte da tabela que diz "Valor Aprovado" estão os valores das emendas que foram aprovadas dentro da Lei Orçamentária Anual, que, por força do orçamento impositivo, deveriam ser valores imutáveis. Todavia, todos os anos há um contingenciamento de valores do orçamento da União, o que também afeta as emendas individuais. Onde diz "Empenhado" se somam todas as emendas empenhadas para esse destino (por exemplo, a UFF), e onde diz "Pago", as que foram pagas, que podem incluir ou não incluir a minha. E de fato não incluem.
Depois de sugerir que o problema da matéria dele foi apenas a vírgula, porque 2,2 milhões viraram magicamente 22 milhões, o jornalista diz que "Independentemente dos valores, a discussão sobre emendas individuais sempre foi relevante para o interesse público, pois historicamente são beneficiados com a liberação de recursos os parlamentares mais próximos do poder". Ou seja, ele insiste na ideia de que eu sou "mais próximo ao poder" e, por isso, sou tratado de forma privilegiada. Mas, novamente, ele baseia essa afirmação em informações falsas. Repito: as emendas de 2016 ainda não foram pagas.
O jornalista diz que eu "poderia buscar explicações na Comissão Mista de Orçamento", mas a questão não é apenas buscar. É preciso ENTENDER as tabelas orçamentárias. Acontece que, independentemente de eu estar deputado, eu sou jornalista e, portanto, eu sei que um jornalista deve checar as informações. Já é a segunda vez que Novaes publica informações falsas e, em ambos os casos, ele deixou de fazer o básico da profissão e do bom jornalismo: entrar em contato comigo ou com meu gabinete para ouvir nossas explicações. A gente poderia ter oferecido a ele um cursinho básico para ele entender as tabelas que publica e saber o que elas realmente dizem. Eu também poderia ter enviado a ele as leis, portarias interministeriais e atos administrativos relacionados com as emendas, para que ele aprenda como funcionam. Aliás, eu poderia ter explicado a ele que nós do PSOL somos muito críticos às emendas individuais e achamos que esse sistema deveria mudar, mas fazemos uso delas porque seria absurdo não utilizar uma ferramenta que nos permite, como eu faço, destinar esse dinheiro a hospitais, universidades, escolas, políticas de direitos humanos, etc. Não usamos as emendas para fazer politicagem, mas para melhorar a saúde, a educação, a cultura. E informamos com absoluta transparência sobre nossas emendas para que nossos eleitores saibam.
Mas o fato é que o autor da matéria caluniosa nunca se interessou com a verdade. Em vez de investigar os corruptos que roubam dinheiro público, O GLOBO prefere perseguir um deputado honesto por motivações políticas, insistindo em acusá-lo de receber um tratamento privilegiado do governo, o que é mentira. O que querem é passar a ideia de que eu sou contra o impeachment porque o governo paga minhas emendas, destinadas a horpitais, universidades e outros serviços públicos necessários para a população. E vejam como nada é por acaso: hoje o Correio Braziliense publicou outra matéria que não cita meu nome, mas fala do PSOL, usando o mesmo argumento: que nossas emendas foram privilegiadas. E também faz isso publicando informações falsas. Para vocês verem que não tem inocência nessa história, é algo orquestrado!
Não, senhores, eu sou contra o golpe porque eu defendo a democracia!"
Boston Globe cria página falsa com as primeiras medidas de Donald Trump caso seja eleito. Odorico Paraguaçu perde...
Quem disse que os memes da internet não podem influenciar a grande mídia? O Boston Globe acaba de produzir uma primeira página fake que entra para a história do jornalismo como o primeiro meme da grande mídia.
O BG criou uma página falsa com base no que seria um dia do futuro governo de Donal Trump. Sintam a força das manchetes produzidas pela administração do fascistoide republicano que pré-candidato à presidente dos Estados Unidos. O jornal noticia que começam as deportações, há motins nas ruas, leis contra "difamação" amordaçam a imprensa, os mercados afundam com guerra comercial. Parece piada, mas o jornal alerta que tudo se baseia em declarações e promessas do próprio Trump. Uma nota do Editor assegura que Trump incita regularmente violência política, é um mentiroso, xenófobo, racista e misógino.
Nas arquibancadas, torcedores se manifestam contra o golpe. TV se esforça para não mostrar faixas em jogos de futebol
![]() |
Reprodução/CUT |
Diretores de TV têm um problema a mais na cobertura dos jogos de futebol: evitar que as câmeras enquadrem faixas das torcidas contra o golpe em curso no Brasil. Trata-se de um movimento que vem crescendo. No último clássico Vasco X Flamengo, em Brasília, várias faixas denunciavam a conspiração. Após o aparecimento acidental de um ou outro protesto, as emissoras passaram a evitar o enquadramento, às vezes cortando certos ângulos do campo. Neste fim de semana, torcedores fizeram manifestação no Maracanã, em frente à estátua de Bellini, e lançaram manifesto em defesa da democracia e contra o processo de impeachment e as manobras de Eduardo Cunha, presidente da Câmara, investigado em mais de 20 processos. Os torcedores cariocas apoiaram o Manifesto do Coletivo Democracia Corinthiana, que se posicionou contra o golpe.
Alerj se curva aos patrões e retira direito de jornalistas do Rio ao piso regional
(do site do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro)
Atendendo ao desejo dos patrões, a maioria dos deputados estaduais excluiu os jornalistas da Lei do Piso Regional 2016. Em reunião no Colégio de Líderes no início da tarde de quarta-feira (06/04), o presidente Jorge Picciani (PMDB) e a bancada governista formaram maioria para retirar o direito da nossa categoria a um salário-base – apesar de, até dia 05/04, as negociações se encaminharem favoráveis à nossa permanência. Uma emenda apresentada em plenário posteriormente pelo deputado Paulo Ramos (PSOL) pela inclusão dos jornalistas na lei foi derrotada por 32 a 17 votos. A vergonha foi consumada um dia antes do Dia do Jornalista e no plenário que leva o nome de um jornalista, Barbosa Lima Sobrinho, sob a justificativa – claramente sem fundamento – de que a crise econômica levaria as empresas à falência caso o piso regional beneficiasse a nossa categoria. Além de indignação e revolta, este 6 de abril representa um chamado à mobilização dos jornalistas do Rio contra o acelerado processo de precarização e perda de credibilidade da nossa categoria. Este Sindicato seguirá incansável na luta por direitos e bradando aos quatro ventos: #nãopisenomeupiso.
Fonte: SJPMRJ
Atendendo ao desejo dos patrões, a maioria dos deputados estaduais excluiu os jornalistas da Lei do Piso Regional 2016. Em reunião no Colégio de Líderes no início da tarde de quarta-feira (06/04), o presidente Jorge Picciani (PMDB) e a bancada governista formaram maioria para retirar o direito da nossa categoria a um salário-base – apesar de, até dia 05/04, as negociações se encaminharem favoráveis à nossa permanência. Uma emenda apresentada em plenário posteriormente pelo deputado Paulo Ramos (PSOL) pela inclusão dos jornalistas na lei foi derrotada por 32 a 17 votos. A vergonha foi consumada um dia antes do Dia do Jornalista e no plenário que leva o nome de um jornalista, Barbosa Lima Sobrinho, sob a justificativa – claramente sem fundamento – de que a crise econômica levaria as empresas à falência caso o piso regional beneficiasse a nossa categoria. Além de indignação e revolta, este 6 de abril representa um chamado à mobilização dos jornalistas do Rio contra o acelerado processo de precarização e perda de credibilidade da nossa categoria. Este Sindicato seguirá incansável na luta por direitos e bradando aos quatro ventos: #nãopisenomeupiso.
Fonte: SJPMRJ
ONU espera recorde de assinaturas para acordo climático de Paris em cerimônia no dia 22 de abril
(do site ONU BR)
Mais de 130 países confirmaram que assinarão o histórico acordo do clima fechado em dezembro do ano passado em Paris, em uma cerimônia que será promovida pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, em 22 de abril. Esse volume supera o recorde anterior de 119 assinaturas alcançado pela Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, de Montego Bay, na Jamaica, em 1982.
Um número recorde de países deve assinar o histórico acordo do clima fechado em dezembro do ano passado em Paris, em uma cerimônia que será promovida pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, em 22 de abril (sexta-feira).
Além disso, mais países indicaram informalmente que assinarão o Acordo de Paris, com o número subindo rapidamente a cada semana.
Mais de 60 chefes de Estado e de governo participarão da cerimônia, incluindo o presidente francês, François Hollande, demonstrando o crescente nível de engajamento dos líderes mundiais para aceitar e implementar o acordo.
A cerimônia de assinatura será o primeiro passo para garantir que o acordo entre em vigor o mais rápido possível. O documento vigorará 30 dias depois que ao menos 55 países, respondendo por 55% das emissões de gases de efeito estufa, depositarem seus instrumentos de ratificação ou aceitação com o secretário-geral.
Alguns países já indicaram que irão depositar seus instrumentos de ratificação imediatamente depois de assinarem o acordo em 22 de abril.
A cerimônia também reunirá líderes da sociedade civil e do setor privado para discutir esforços no sentido de impulsionar o financiamento das iniciativas para o clima, o desenvolvimento sustentável e aumentar as ações para atingir o objetivo do Acordo de Paris de limitar o aumento médio da temperatura global abaixo de 2° Celsius.
“Paris foi histórico”, disse o secretário-geral da ONU. “Mas é só o começo. Precisamos acelerar urgentemente nossos esforços para combater as mudanças climáticas. Encorajo todos os países a assinar o Acordo de Paris em 22 de abril para que possamos transformar nossas aspirações em ações.”
(Fonte ONU BR)
Mais de 130 países confirmaram que assinarão o histórico acordo do clima fechado em dezembro do ano passado em Paris, em uma cerimônia que será promovida pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, em 22 de abril. Esse volume supera o recorde anterior de 119 assinaturas alcançado pela Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, de Montego Bay, na Jamaica, em 1982.
Um número recorde de países deve assinar o histórico acordo do clima fechado em dezembro do ano passado em Paris, em uma cerimônia que será promovida pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, em 22 de abril (sexta-feira).
Além disso, mais países indicaram informalmente que assinarão o Acordo de Paris, com o número subindo rapidamente a cada semana.
Mais de 60 chefes de Estado e de governo participarão da cerimônia, incluindo o presidente francês, François Hollande, demonstrando o crescente nível de engajamento dos líderes mundiais para aceitar e implementar o acordo.
A cerimônia de assinatura será o primeiro passo para garantir que o acordo entre em vigor o mais rápido possível. O documento vigorará 30 dias depois que ao menos 55 países, respondendo por 55% das emissões de gases de efeito estufa, depositarem seus instrumentos de ratificação ou aceitação com o secretário-geral.
Alguns países já indicaram que irão depositar seus instrumentos de ratificação imediatamente depois de assinarem o acordo em 22 de abril.
A cerimônia também reunirá líderes da sociedade civil e do setor privado para discutir esforços no sentido de impulsionar o financiamento das iniciativas para o clima, o desenvolvimento sustentável e aumentar as ações para atingir o objetivo do Acordo de Paris de limitar o aumento médio da temperatura global abaixo de 2° Celsius.
“Paris foi histórico”, disse o secretário-geral da ONU. “Mas é só o começo. Precisamos acelerar urgentemente nossos esforços para combater as mudanças climáticas. Encorajo todos os países a assinar o Acordo de Paris em 22 de abril para que possamos transformar nossas aspirações em ações.”
(Fonte ONU BR)
Assinar:
Postagens (Atom)