A culpa, dizem os analistas, é da crise, do preço de petróleo que caiu, das empreiteiras paralisadas pela Lava Jato, dos estaleiros vítimas dos cancelamentos de encomendas por parte da Petrobras.
Muito disso é verdade - descontadas as ênfases nos interesses políticos - mas faltou contar ao povo o que diz o relatório do Tribunal de Contas do Estado-RJ: nos últimos anos, o governo do PMDB concedeu isenção fiscal a grandes empresas no total de pouco mais de 138 bilhões de reais.
Poiso rombo do Estado do Rio é calculado em cerca de 18 bilhões de reais. Foi esse o pixuleco que deixou de entrar na conta do ICMS. Não é preciso ser uma sumidade em matemática para concluir que sumiu ali, faltou aqui.
Poiso rombo do Estado do Rio é calculado em cerca de 18 bilhões de reais. Foi esse o pixuleco que deixou de entrar na conta do ICMS. Não é preciso ser uma sumidade em matemática para concluir que sumiu ali, faltou aqui.
E o pior é o seguinte: temendo que a farra chegue ao fim - há um projeto para acabar com a suruba fiscal que faz a alegria de muitas empresas -, a Assembleia Legislativa está correndo para providenciar a saideira da festa com dinheiro público.
Segundo o Extra, deve chegar ao plenário amanhã, rapidinho, um projeto para conceder novos benefícios antes que o cofre seja fechado, se for. Pelo menos cinco grandes corporações estão na expectativa para aliviar o caixa nem que para isso os funcionários do Estado do Rio e os aposentados fiquem se receber por algum tempo.
Isso equivale a sapatear sobre o relatório do TCE-RJ.
O PMDB é o partido titular da chapa Michel Temer-Eduardo Cunha que investe em outro golpe: isentar Dilma Rousseff da presidência no próximo domingo.