por Clara S. Britto
O marketing não perdoa. Nike, TAG Heuer e Porsche apressaram-se em suspender contratos com a tenista Maria Sharapova, logo após o anúncio de que exames laboratoriais feitos durante o Australian Open, em janeiro, apontaram a presença de substâncias proibidas no sangue da atleta. Sharapova admitiu, ontem, a veracidade da informação. E explicou que usava há 10 anos uma droga chamada Meldonium, prescrita por um médico. Até o dia 1° de janeiro deste ano tal droga não fazia parte das substâncias proibidas. Ela revelou que tem deficiência de magnésio e uma história familiar de diabetes, daí a recomendação do especialista. Como a substância tende a aumentar a resistência e a ajudar na recuperação, a Federação Internacional de Tênis a incluiu recentemente na lista vetada. Meldonium também é usada por pessoas com problemas cardíacos, como angina, ou por vítimas de infarto.
Além de aguardar o julgamento da infração, Sharapova vai ter que administrar as consequências. Só com a Nike, seu contrato era de oito anos, no valor de 70 milhões de dólares. Além das marcas que romperam relações, a tenista tem outros vínculos comerciais. A Porsche, por exemplo, afirmou que ainda está aguardando o desenrolar do caso. Aos 28 anos, a russa já ganhou cinco Grand Slam. No Aberto da Austrália, ela foi eliminada pela americana Serena Williams. Casos como esses podem render suspensões de até quatro anos. Mas é possível que sejam considerados atenuantes, como o fato de a substância ter se tornado proibida apenas alguns dias antes do torneio da Austrália. Se já estava difícil - ela havia brigado com o treinador da seleção olímpica russa - é agora altamente improvável a presença de Sharapova nas Olimpíadas do Rio de Janeiro.
Um comentário:
Se a substância não era proibida, ele deve ter uma chance de voltar
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