quinta-feira, 31 de março de 2016

Elle americana se rende a Beyoncé e topa fazer merchandising na capa. Dura vida...



Reprodução Instagram
Houve uma época em que estrelas brigavam por capas de revistas. Isso tende a ficar na memória. Agora, é comum rolar uma negociação, que não envolve necessariamente cachês ou "permutas", mas uma composição de interesses. A cantora Beyoncé abriu espaço na sua pesada agenda para posar para a Elle americana. Por que não unir o útil ao rentável? Foi o que ela fez ao exigir divulgar sua nova linha de de roupas, a Ivy Park. A Elle (edição de abril) topou e produziu duas capas: uma com a marca encoberta; outra com o merchandising explícito. No Brasil, esse limite também já foi ultrapassado há algum tempo: uma 'famosa' posou com o bebê para uma revista de celebridades e a condição para a capa exclusiva foi que ficasse visível na foto a marca de produtos infantis. E assim foi feito. E as estratégias de "branded content" (o uso de conteúdo jornalístico produzido pelas marcas, muitas publicações brasileiras já criaram setores para vender esse tipo de matéria) vão tornar esse recurso cada vez mais comum. E a sobrevivência em jogo. Não está fácil para ninguém.

2 comentários:

Elpídio disse...

Uma prática antiga remodelada. A velha matéria para também chamada de marreta

Isabela disse...

Confirmando o seu posto, Clara, sites americanos informam que Beyonce e sua linha de roupas serão capas em mais de 40 revistas. Uma capa comercial em tantas revistas só mostra que o jornalismo mudou totalmente e esse tipo de coisa atinge a credibilidade. Não dá mais para saber se uma capa é jornalistica ou política ou comercial.