por JJcomunic
Leia o que diz o repórter Joshua Benton, do New Journalism Lab, de Harvard, que participou recentemente de um seminário internacional de jornalismo on line, o MediaOn, em São Paulo, realizado pelo portal Terra:
- "Os jornalistas terão de perder a sua arrogância e agir com seres humanos."
- "A busca da qualidade no jornalismo on-line é crescente e com o passar do tempo deve chegar no mesmo padrão dos jornais que temos hoje."
- "O que se fala sobre o Twitter é o mesmo que se dizia dos jornais, que colocavam sempre manchetes curtas, que não contemplavam a matéria como um todo, mas que eram suficientes para chamar a atenção para uma notícia. Não é o único, mas é um caminho que não tem volta".
- "Muitos jornais imaginavam que os tablets (como o Kindle) seriam a salvação. Que o usuário iria disponibilizar US$ 400 para comprar o aparelho e que depois ainda iria investir em uma assinatura para comprar o conteúdo. Não vai ser assim. Com relação aos livros, eles duram um pouco mais do que a notícia, que é imediata."
- "Enquanto que do ponto de vista do jornalista há informação demais, do lado do leitor poderia haver mais coisas. O leitor busca informações e notícias por outros canais que não os tradicionais. É um movimento alavancado pela internet"
- "O papel do jornalista, nessa conjuntura, é atuar mais como filtro das informações online, levando o leitor para outros sites relevantes e direcionando-o para que se aprofunde no conteúdo de seu interesse. Até hoje os jornais têm filtrado conteúdo que poderia ser interessante e dado prioridade apenas a um tipo de informação"
- "Façam o que fazem de melhor, e 'linkem' o resto".
- Benton diz que uma das causas da crise da mídia imprensa, nos Estados Unidos, é a grande extensão territorial do país: "O que dificulta a existência de um grande jornal de tiragem e abrangência nacional. Do outra lado, há um alto número de pessoas conectadas à rede. Além disso, não há como negar os baixíssimos custos da internet quando comparados aos dos meios em papel: um anúncio de ¼ de página, por quatro domingos seguidos, custa em torno de US$ 157 mil dólares, enquanto a mesma propaganda na web sai por US$ 7.500 dólares por todo um mês.
- "Se quer permanecer jornalista, viva on-line o quanto puder. Esse é o conselho mais valioso que posso dar. Faça um blog sobre aquilo por que você se interessa, dissemine isso no Twitter. Aprenda a trabalhar com multimídia, aprenda a usar Flash, programação. O número de pessoas que fazem isso hoje é pequeno. Se você conseguir isso, estará um passo à frente..."
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