quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Computador pode ser um arma perigosa

por Eli Halfoun
Vamos dar um “enter”, fazer um “download” e reconhecer que hoje é quase impossível viver sem utilizar a informática. Não há dúvida de que nos próximos anos o computador será ferramenta obrigatória para todos.
A informática é a maior revolução da era moderna, mais até do que foi a impressão em 1495 com a descoberta de Gutemberg. A informática permite a maior velocidade de comunicação do mundo: com a Internet hoje é perfeitamente possível enviar uma carta para um milhão de pessoas e percorrer milhões de páginas simultaneamente através de programas de buscas. Isso sem falar na possibilidade de vender livros para um público potencial de mais de cem países.
Também é preciso reconhecer que a informática virou uma poderosa arma em mãos inescrupulosas: através do computador estão invadindo nossas vidas, contas bancárias e nos enchendo de vírus, como se já não bastassem os que andam soltos no ar. Nem é preciso ter computador doméstico para ser um “marginal eletrônico”: estão aí as lan houses (casas de computadores em rede) que permitem o uso e abuso. Permitiam: vigora (mas será que funciona no Rio a lei 5.132 que obriga as lan houses a manterem um cadastro de usuários e a arquivar informações referentes a data, hora, identificação do usuário e terminal do computador.
Mesmo quem é contra qualquer tipo de repressão, certamente reconhece que nesse caso (bastam os celulares nos presídios) a fiscalização é o remédio mais eficaz para evitar que usuários mal intencionados façam estragos em vidas honestas de quem usa o computador como uma insubstituível ferramenta de trabalho. Nesse aspecto o Brasil foi o país que registrou o maior aumento no uso de computadores entre 2002 e 2007 com aumento de usuários de 22% para 44%. Hoje temos 60 milhões de computadores em uso e ocupamos a décima posição entre os países com maior número de computadores.
O fácil acesso a informática faz com que especialistas alertem para cuidados fundamentais como o de não abrir a guarda disponibilizando dados pessoais e endereços eletrônicos a três por dois, não permitir que empresas ou usuários invadam a sua intimidade. É preciso aprender a gerenciar a visibilidade de seus dados e evitar um nocivo rastreamento de “mãos bandidas”. O computador serve para facilitar nossas vidas. Não para ser uma nova e moderna maneira de nos roubar. Em matéria de falcatruas já chega (como chega!) as que nos ameaçam diariamente por todos os lados. Computador não é arma.

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