por Gonça
Os donos dos institutos de opinião costumam dizer que pesquisas eleitorais são apenas "retratos" do momento, uma simples "fotografia" do que vai pela cabeça do eleitor. Daqui a um mês ou daqui a um ano tudo pode ser diferente. Estamos a pouco menos de um ano das eleições e a cada semana um instituto, são vários, divulga os números de uma enquete. Para o eleitor, de pouco valem. São um tédio. Quando o Bonner e a Fátima começam a ler aquela sucessão de números invariavelmente acrescida do monótono "o instituto tal ouviu 2500 eleitores, blá, blá, blá", é hora de ir ao banheiro. Muita coisa vai mudar até a véspera do pleito. Para avaliação dos partidos e correção de seus rumos ou nomes talvez até tenham alguma utilidade. Os jornais de amanhã divulgam uma dessas pesquisas. Devem mostrar, por exemplo, que todos os pré-candidatos cresceram e José Serra caiu ligeiramente. Nada que preocupe o PSDB. Apenas um dado vai tirar o sono dos tucanos. Um das perguntas feitas aos eleitores tenta aferir o grau de rejeição dos "padrinhos" das candidaturas. O "padrinho" do Serra é o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso; o "padrinho" de Dilma é o presidente Lula. Mais de 40% dos cidadãos e cidadãs ouvidos não votariam em candidato indicado por FHC. Cerca de 16% não votariam em candidato indicado por Lula. Quer apostar que FHC vai sumir, ou será sumido, da campanha de Serra, pelo menos na "fotografia" do momento?

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