por Eli Halfoun
Ainda bem que a Uniban, hoje conhecida também como UniTaleban, mudou de idéia e cancelou a absurda expulsão da aluna Geysi Arruda. Se continuasse usando a roupa como desculpa para uma atitude descabida, a Uniban teria que mandar também o dono da faculdade ir desfilar em outra freguesia. O jornalista paulista Giba Um lembra que Heitor Pinto e Silva Filho, o dono, sempre foi, digamos, extravagante em matéria de roupas e estética: Heitor usa os cabelos pintados em cores alternadas e há dois anos, quando se casou com Eloísa Zits, de 35 anos ( é ela quem toma conta do teatro da faculdade que agora virou um palco total,) Heitor, 61 anos, usou uma espécie de casaca branca (estilo redingote feminino) até os joelhos e sapatos (feitos especialmente para ele) de prepúcio de baleia branca ( a baleia deve ter ficado vermelha de dor). É bom lembrar também que Heitor Pinto e Silva Filho, era candidato a vice-prefeito de São Paulo, em 2002, na chapa de Paulo Maluf quando o candidato mor cunhou - teria sido com a ajuda de seu staff, incluindo Heitor? - a frase “estupra, mas não mata”. Como no episódio da jovem aluna Geysi os 700 selvagens do total de 30 mil alunos que a faculdade tem hoje gritavam “Vamos estuprar, vamos estuprar” é de se acreditar que o dono da faculdade fez escola. E a das piores.
Um comentário:
O fato que ocorreu na Uniban pode não ser a verdadeira cara do Brasil mas, quase que é. Não vamos nos iludir com o nosso país. Ainda estamos algumas centenas de anos longe de nos alinharmos aos paises mais desenvolvidos do mundo atual. Ora, o que nos surpreendeu mais no fato da minisaia da Gesy na Uniban foi que as manifestações de repúdio vieram de quem menos se esperava. Por incrivel que pareça dos jovens, que vaiaram e ameaçaram até de estrupo a pobre moça, por causa da saia muito curta que deixava a mostra as suas pernas. Os jovens, que deveriam ter um comportamento mais tolerante, mais moderno foram radicais ao extremo, beirando a agressão fisica. As pernas da Gesy abalaram a moral draconiana da juventude paulistana. Vendo o vídeo do fato me ocorreu que poderíamos estar voltando aos anos negros da Iade Média e da Santa Inquisição.
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