quinta-feira, 26 de novembro de 2009

É jornalítica ou politismo? Notícia boa vira notícia ruim

por Gonça
Andam meio misturados esses dois conceitos. Lendo os jornais, fica difícil saber onde acaba o jornalismo e começa a política. Como ala da oposição, a imprensa joga tudo no mixer e oferece aos leitores uma espécie de suco de ressentimentos e preconceitos. Passaram a vida falando dos impostos altos no Brasil. Com toda razão, a imprensa e toda a torcida do Vasco. Quando a autoridade alivia o bolso do contribuinte com medidas como o corte do IPI em produtos industrializados e materiais de construção - medidas que ajudaram o país a manter empregos em plena crise mundial - o jornal se queixa de que os comerciantes estão vendendo tanto que vai faltar produto. Esquece de dizer que o alarmismo político espalhado pela mídia (era a crise do fim do mundo, a mãe de todas as crises, lembram-se?) levou os empresários mais medrosos e ganaciosos a cortar produção com medo da falta de compradores. Esses, que se impressionaram com a mídia, demitiram e eliminaram turnos em fábricas. A crise não veio, foi marolinha mesmo, e agora correm o risco de ter comprador mas não ter o que vender. Desconfio que os importadores vão ganhar dinheiro, mas essa é outra história. As notícias são boas mas os jornais ouviram "especialistas preocupados" para dizer que o caos, de novo, vem aí. Agora travestido de inflação alta e taxas de juros exorbitantes. Na capa, dizem que as taxas de juros voltaram a subir em outubro. É verdade, segundo o Banco Central. Mas voltaram a cair em novembro, segundo a mesma fonte (mas essa informação essencial e que desmonta a paranoia política está bem escondidinha lá dentro). Quer apostar? Vão quebrar a cara. De novo.     

Um comentário:

deBarrros disse...

Não vou discutir se foi "marolinha"ou não. Se virá uma inflação alta ou não. Isso ainda ficará para ser analisado alguns anos mais tarde. É muito cedo para se chegar a uma conclusão sobre a última crise mundial se afetou ou não, a economia dos paises atingidos. O que quero salientar aqui é, que nunca os Bancos, neste país, mandaram tanto com estão mandando agora. Imagina, que no outro dia fui tirar – veja só – 10 reais no Caixa Eletrônico, na ante-sala do Banco, paguei uma taxa de 2,20 sobre os 10 reais.Uma taxa de 22%. Gente, é possível isso?