por Gonça
A prefeitura anuncia "choque de ordem nas praias". Por que não apenas ordem e que seja fiscalização permanente, metódica, e não surtos com jeito de jogada marqueteira? Basta caminhar pela orla para apontar numerosas infrações à lei. Como bicicletas fora da ciclovia circulando a toda velocidade nas avenidas interrompidas ao tráfego, na cara dos guardas municipais, entre idosos, crianças que brincam e demais pedestres. Quando ocorrer um grave acidente, e só aí - colisões ocorrem a toda hora -, as autoridades vão partir para outro inútil "choque de ordem". As barulhentas bombas hidráulicas com motor a gasolina que abastecem os chuveiros infernizam com altos decibéis a vida de que passa por ali. Alguém se preocupa com isso? Não, apenas os ouvidos de quem vai à praia. São ilegalidades flagrantes, não combatidas. Mas a prefeitura resolveu dar prioridade ao combate à venda de coco na areia. A alegação é que o coco polui e que será substituido por produtos industrializados. E as embalagens dos produtos industrializados não poluem? A medida dará aos quiosques o monopólio de venda de coco? Um breve replay: o ex-prefeito César Maia, em polêmica licitação que foi parar na justiça, concedeu a uma empresa a administração de todos os quiosques da orla. A empresa cobra aluguel dos espaços, indica os produtos que podem ser vendidos e abastece a rede. Não há muito tempo, a mesma empresa tentou banir dos quiosques o coco, trocando-o por produto industrializado. Não deu certo. Cariocas, turistas e toda a torcida do Vasco preferem o produto natural. Bom ficar de olho. A quem essa proibição, travestida de supostos "bons propósitos" (higiene, ecologia etc), beneficiará? Diria que a prefeitura está precisando de um choque de transparência. (Bombas barulhentas. Foto:Jussara Razzé)
Um comentário:
Falou bem. se a questão fosse a poluição a prefeiitura proibia a venda e o consumo do coco. Na verdade esta trocando apenas o ponto de venda e isso e estranho para dizer o mínimo.
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