quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Êta país paradoxal. É o Brasil

por Eli Halfoun
O Brasil é um país estranho e, em conseqüência, paradoxal. Primeiro vem o ministro Carlos Lupi, do Trabalho, e anuncia todo orgulhoso que "o Brasil é o único país do G20 (grupo das 20 maiores economias do mundo) a gerar mais de 1 milhão de empregos e que o próximo ano o país vai chegar ao saldo acumulado de 2 milhões de vagas". Convenhamos: não é nada perto do ainda enorme desemprego com que convivemos. Em seguida, chega a informação de que o Brasil melhorou (melhorou?) cinco pontos em um ranking mundial que analisa o nível de corrupção entre 180 países. Segundo a organização Transparência Internacional o Brasil deixou a 80ª posição e agora está na 75ª colocação, o que, como diria o Bóris Casoy é uma vergonha. Para a vergonha ser ainda maior está na mesmo posição de Colômbia, Peru e Suriname e atrás do Chile, Uruguai e Costa Rica.  Apesar da "melhora" em nível mundial o Brasil continua entre as nações com nível de ocorrência de corrupção (roubalheira é a palavra exata) considerado alto. O índice é calculado com base em pesquisas feitas por instituições de renome, que ouviram especialistas e empresários, convidados a dar sua opinião sobre a percepção que têm da corrupção existente entre funcionários públicos e políticos em seus países. Deve ter sido difícil, muito difícil, achar por aqui alguém que pudesse opinar sem rabo preso sobre isso. Afinal, ainda somos um país de poucos empregos e muitos corruptos.

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