terça-feira, 22 de março de 2016

Apresentadora Monica Iozzi publica no Face íntegra de entrevista que deu à Folha e que, segundo ela, não ficou clara na edição do jornal

Reprodução
"A Folha de São Paulo publicou hoje em seu site uma entrevista feita comigo há alguns dias. Acredito que a edição feita pela repórter não deixou minha opinião clara o suficiente. Por isso, segue abaixo o conteúdo da entrevista feita por e-mail na íntegra.
1) Você é praticamente uma unanimidade entre os telespectadores da Globo e os usuários das redes sociais. Teme que demonstrar seu posicionamento político - ainda que não partidário - possa te prejudicar?
Não. Me sentiria prejudicada se não pudesse expor o que penso. Não posso deixar de me pronunciar só porque trabalho na TV. Sei que muitas vezes serei mal interpretada, principalmente num momento como este, em que o país parece estar dividido apenas entre "coxinhas" e "petralhas". Precisamos parar de nos comportar como torcidas organizadas de futebol e aprofundar a discussão política no Brasil. Participei do vídeo convidando as pessoas para as manifestações deste dia 18 com este intuito. Mas é preciso deixar claro que a ideia não é abonar as ações do PT. A ideia é cobrar que TODOS OS PARTIDOS sejam investigados e julgados de maneira clara, imparcial e justa. E que a imprensa divulgue da mesma maneira as acusações sofridas pelo PT, PSDB, PMDB, etc. O que não vem ocorrendo. Não sou petista, mas não sou cega.
2) Já recebeu alguma advertência ou conselho por parte da Globo a respeito dos comentários que tem feito na internet, sobretudo o que citava o Jornal Nacional?
Não. Minhas redes sociais expõem o que eu penso, de maneira completamente desvinculada da empresa em que trabalho. Usei o Jornal Nacional como exemplo por ser o telejornal de maior audiência do país. Minha intenção ao escrever aquele post foi de questionar como as pessoas vêm se informando. Não sejamos ingênuos. Não existe imparcialidade na imprensa. Todo veículo pertence a alguém ou a um grupo. E estas pessoas tem seus ideais, princípios e interesses. Por isso precisamos nos cercar de toda informação possível. Acompanho Veja, Carta Capital, IstoÉ, Piauí, Folha, Estadão, O Globo, JN, Jornal da Cultura, Jornal da Band, Mídia Ninja, Globo News, Revista Fórum, blogs, etc. Não podemos ser um povo que consome apenas as manchetes. Este debate raso e tendencioso é que vem alimentando a atual atmosfera de ódio, preconceito e intolerância na qual nos encontramos."
Monica Iozzi tem se posicionado na rede social sobre o atual clima político do país.

3 comentários:

Corrêa disse...

É corajosa. Os coxinhas caçadores de vítimas estão com sangue nos olhos e faca nas mãos.

J.A.Barros disse...

Não existe coxinhas e nem petralhas, existe o povo brasileiro que está se manifestando democraticamento nas ruas e avenidas do país. Esse é um direito incontestável previsto na Constituição. Toda moeda tem dois lados e a Monica Iozzi exolicita isso. Aliás, só a elogiar as suas palavras nessa entrevista. Palavras de um pessoa sensata e bem informada, mas o temperamento do brasileiro, apaixonado, se deixa influenciar e através do jornalismo expressa a sua opinião a favor de um lado ou de outro. Se não me engano há muitos anos, o jornalista americano – principalmete os "opiinion makers ", não poderia ter tendências partidárias.
Deveria ser, na verdade, apartidário.

Corrêa disse...

Ninguém mais respeita a opinião de ninguém. Se você não aprova totalmente o Moro é chamado de ladrão. A imprensa é responsável por esse clima. Uma colunista de um jornal que defende o golpe ecreveu com todas as letras que quem não apoia as operações de Moro é cafajeste