A crise entrou no modo aloprado.
Provavelmente, a corda esticada no últimos meses chegou a um ponto de tensão próximo da capacidade máxima.
A Lava Jato ultrapassa limites e entra definitivamente na arena política, sob o escudo do combate parcial da corrupção.
Se fosse possível uma selfie da crise, a imagem mostraria os protagonistas à beira de um ataque de nervos.
O Judiciário atropela a Constituição, força interpretações, adapta jurisprudências e mostra que tudo pode, menos contrariar a mídia e parte da chamada opinião pública ou melindrar líderes da oposição curiosamente também citados nas delações;
O Ministério Público e a PF politizam publicamente as investigações, como se lê em entrevistas, palestras, comentários nas redes sociais pessoais e até em participações de agentes públicos em manifestações e protestos.
A presidente Dilma parece paralisada, em parte pela forte pressão que congela seus atos administrativos e políticos, em parte pela visão limitada do espectro da crise e pela erosão de apoios no Congresso.
Lula, que resistia, no início, acabou cedendo aos apelos para assumir um ministério com os danos políticos consequentes.
Se foi um erro estratégico ou não, não mais importa.
A crise ganhou vida própria, está caminhando sozinha.
Divulgação de gravações ilegais, a própria presidente da República como alvo de escuta, liminares são analisadas em segundos, Bolsonaro carregado nos braços do povo, Moro celebrado em passeatas, comissão de análise do impeachment montada por um investigado...
O octógono do MMA institucional está aberto para os mais violentos embates.
Quem vai montar no cavalo que corre encilhado?
Jornalismo, mídia social, TV, streaming, opinião, humor, variedades, publicidade, fotografia, cultura e memórias da imprensa. ANO XVI. E, desde junho de 2009, um espaço coletivo para opiniões diversas e expansão on line do livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou", com casos e fotos dos bastidores das redações. Opiniões veiculadas e assinadas são de responsabilidade dos seus autores. Este blog não veicula material jornalístico gerado por inteligência artificial.
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3 comentários:
O trecho de gravação liberado é ilegal já que havia sido oficialmente suspensa a gravação essa conversa foi depois. Agora, fala sério: sigilo é piada da Justiça, acabou, não existe nem no processo do mensalão nem do laa jato ou qualquer outro, isso está desmoralizado.
E tem mais um problema Corrêa, sigilo como se a PF não faz o grampo e sim pede a um empresa privada, de telefonia, fazer esse papel. Daí, como garantir sigilo?
Juiz que ousar derrubar uma decisão do juizo Moro vai ser execrado pela imprensa imediatamente. Isso já aconteceu mais de uma vez até pela simples especulação de que o STF iria contestar Moro. Moro está m,andando e desmandando. O STF não é páreo para ele, amarelou total
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