quinta-feira, 25 de abril de 2013

Vasco não constrói mais a torcida do futuro

por Eli Halfoun
O presente do meu Vasco é péssimo e o futuro nada promissor em termos de torcida. O Vasco está deixando de construir a torcida do futuro, ou seja, de atrair o entusiasmo e paixão da meninada como fez durante os seus 100 gloriosos anos. Só que, nesse caso, o passado não adiante nada. O presente mostra que a torcida não se empolga com o time que vive sendo derrotado, perde o entusiasmo de ir ao estádio torcer e perde a esperança. Nem mostra mais tanto interesse assim no noticiário sobre o clube que, aliás, os jornais publicam cada vez em menor espaço. Está ficando cada vez mais distante a época em que noticiário sobre o Vasco era obrigatório (havia o que dizer) e porque vendia jornal. O futuro se impõe como duvidoso: hoje é raro ver meninos usando com orgulho a sempre festejada camisa cruzmaltina. Os poucos meninos que ainda usam o uniforme o fazem por imposição dos pais e influência dos avós, o que convenhamos não adianta muito: quando crescerem e puderem fazer opções certamente os meninos torcerão por outro time porque e o Vasco de hoje não os entusiasma o de amanhã muito menos. Em futebol, o futuro só se impõe através de um bom presente. Hoje é mais fácil encontrar meninos usando camisas do Botafogo ou do Fluminense do que as do Vasco e Flamengo. A má fase do Vasco é um tiro nos sonhos de Roberto Dinamite de perpetuar-se como presidente do Vasco: um clube só é forte quando está bem financeiramente e tem um time que entusiasma. Não é no momento o caso do Vasco e nem do Flamengo, o que começa a ser um desgaste irrecuperável para o futebol carioca. (Eli Halfouin)

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