Votar? Por que?

por deBarros

Não quero mais votar. Abro mão de meus direitos de eleger aqueles que serão os legisladores, parlamentares que irão criar as leis que nortearão e protegerão os nossos caminhos seus eleitores. Nos edis do meu município não quero mais votar.

Não quero mais votar no político que irá, com o meu voto, governar o meu estado, célula das células deste imenso continente que integra esse país.

Não quero mais votar no homem ou na mulher, que eleito pelo sufrágio dos cidadãos conscientes, assumirá a presidência desse país chamado Brasil.

Não, não quero mais votar em falsas esperanças que sob manto da perfídia e da hipocrisia desfilam qualidades morais e integridades inexistentes enganando, iludindo, traindo mesmo os sonhos de um povo que se não é o povo sonhado de um país sonhado é pelo menos crédulo na esperança de que nos seus votos o messias da salvação política seria revelado na contagem desses soberanos votos que no fim se tornam pó por tão inúteis no fracasso da escolha desses políticos mal intencionados.

Não quero mais votar em candidatos que venham do norte, do nordeste, do sudoeste do sudeste e mesmo do sul.  Todos traíram os ideais da direita, do centro, da esquerda de todos os cantos donde vieram e na traição assassinaram um povo que acreditava na lealdade, no canto da promessa do engrandecimento e progresso com  reformas que viriam educar e modernizar o seu pais trazendo prosperidade e fortuna.

Não quero mais votar em promessas vãs de políticos que no escorrer de suas babas revelam a ganância, a corrupção no brilho de seus olhos, a fome de se enriquecer o mais rápido que puderem às custas da boa vontade de um povo que no fim só quer trabalhar, ganhar seu dinheiro para sustentar a sua mulher e seus filhos, o que não é pedir muito, e viver feliz e sonhar com a vitória de seu time de futebol ganhando o “caneco” tão querido de disputado campeonato.

Não, não quero mais votar porque morreu em mim a crença de que um dia a dignidade, a honestidade, os valores morais e éticos que estufam o peito de um cidadão, político pela sua natureza, fosse sufocada por tudo que representa de indigno no comportamento do homem na sociedade..

Se vierem me perguntar por que não quero  mais votar, responderei com duas breves e curtas palavras:

 – Em quem?