por Eli Halfoun
A venda de jogadores pelos clubes de futebol é
um negócio e, portanto, uma matemática sempre muito difícil e estranha de
entender. A primeira complicação vem do fato de um jogador (no caso apenas
produto) pertencer a mais de um dono, que deveria ser o clube. O passe de um
jogador é quase sempre dividido em cotas como se fosse apenas um produto e não
um ser humano que será atingido e não só profissionalmente. Essa questão tende
a diminuir a partir de 2016 quando entra em vigor uma nova lei determinando que
o passe do jogador de futebol pertença só ao clube sem intermediários e não
seja dividido entre empresários individuais, empresas e oportunistas, que é o
que mais se vê no futebol. A recente venda do zagueiro Dedé do Vasco para o Cruzeiro
coloca novamente em foco uma questão muito clara: por precisar de dinheiro
(todos os clubes vivem endividados) o clube se desfaz de um craque e ídolo (elo
com a torcida) e fica menos forte não só em campo, mas também em todos os
aspectos promocionais e comerciais. Sem bons jogadores (vendidos como se
estivessem expostos em um balcão de supermercado) o time fica fraco, perde
jogos e perde credibilidade, além de não se permitir renovar a torcida atraindo
jovens torcedores. Um time sem bons jogadores é um time medíocre e incompetente
e pronto para ser saco de pancada dos adversários. Perde um, perde duas, perde
três vezes seguidas e vai perdendo entusiasmo e credibilidade e assim também as
possibilidades de patrocínio, ou seja, de buscar a grana necessária. Certamente
não necessária se o futebol fosse administrado com seriedade e como empresa. Do
jeito que está (o meu Vasco que o diga) os clubes ficam parecendo um amontoado
de camelôs espalhados na mesma calçada. (Eli Halfoun)
Um comentário:
Na minha opinião o "passe "deveria ser dividido entre o clube e o jogador de futebol. 50% para cada um.
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