terça-feira, 2 de outubro de 2012

Hebe, Hebe, Hebe, a mulher que soube abraçar de verdade todas as pessoas

Hebe na capa da Manchete e...
...em reportagem na revista Amiga.
Capa de O Cruzeiro, 1963
por Eli Halfoun
A impressão que tínhamos e temos (ela nos passava isso) ainda é a de que Hebe Camargo é imortal. É difícil aceitar que uma pessoa que amava tanto a vida pudesse nos deixar, mesmo que soubéssemos que ela estava debilitada fisicamente e que seria impossível o corpo resistir por mais tempo. Na verdade, o que víamos ultimamente na televisão não era mais o corpo magro e frágil de Hebe. Era sua alma mostrando que estar feliz mesmo nos momentos mais difíceis é a única maneira de fazer a vida valer a pena, até depois da partida. Até despedir-se fisicamente do público que realmente a amava (não havia uma única pessoa nesse imenso país que não tivesse um carinho muito especial por Hebe). Ela foi a mãe de todos os artistas, a senhora de todos os corações de um público que a aplaudiu com entusiasmo durante toda a carreira. Certamente continua aplaudindo de pé. Aplaudindo não apenas a arista, mas também e especialmente a mulher que soube entregar seu amor ao público que amou verdadeira e intensamente.

Hebe foi exemplar até os últimos momentos que aqui esteve como matéria.  Mesmo enfrentando graves problemas de saúde, que ela não escondia (como, aliás, nunca escondeu nada) não deixava transparecer sua tristeza e muito menos a sua dor. Queria passar (e passou) para todos nós a importância de lutar pela vida e de fazer da existência uma grande alegria, uma imensa gargalhada. Como as que ela costumava dar. Hebe partiu inesperadamente (acreditávamos que ela ficaria aqui eternamente), mas não morreu. Seus exemplos, sua alegria, seu profissionalismo seu saber viver e ter vivido permanecem intensos em cada um de nós. Hebe não viveu em vão. Foi e continua sendo a rainha da televisão, mas em nenhum momento exerceu seu reinado com arrogância e falta de atenção com todos os súditos. Entre as muitas lições que nos Hebe nos deixa talvez a mais importante seja a da humildade. Hebe foi uma rainha que jamais tratou mal ou com indiferença seus funcionários e os fãs que a idolatram e idolatrarão definitivamente. Hebe tinha a carinhosa humildade que só as pessoas escolhidas a dedo por Deus conseguem ter.

Nesse momento de tristeza e comoção é muito difícil escrever e falar de Hebe. A Hebe que conheci mais de perto (foram poucos, mas importantes encontros profissionais) e que o povo sempre abraçou apertadamente mesmo de longe no abraço mais sincero que se pode dar permanece inteira e sorridente em todos os programas de televisão e em todas as vidas que sem dúvida ela ajudou a viver mais e melhor. (Eli Halfoun)

2 comentários:

debarros disse...

FALTAVA, NO MEU ENTENDER, O TEXTO DE ELI HALFOUND FALANDO SOBVRE A VIDA DE HEBE CAMARGO. NINGUÉM MELHOR DO QUE ELE PODERIA FALAR DE HEBE PORQUE DURANTE TODOS OS SEUS ANOS DE JORNALISMO E NA DIREÇÃO DA REVISTA AMIGA, DA BLOCH EDITORES, HEBE ESTEVE SEMPRE PRESENTE NO SEU ACOMPANHAMENTO DOS ÍDOLOS DA POPULARIDADE NA TV.
PARA MIM, TALVEZ, UM DOS MELHORES TEXTO PUBLICADOS NO JORNAIS RELEMBRANDO A VIDA DESSA RAINHA, ACIMA DE TUDO ARTISTA, DA TV.

Igor disse...

Basta morrer para virar sdanto. Não é bem assim. Todos têm defeitos. Hebe, por exemplo, foi processada e perdeu por ofender uma mulher, li isso ontem, na Tv chamando de garota de programa etc. Isso é arrogância. Bom, foi-se. Deixa pra lá. escrevo só para dizer que essa babaação é cafona.