quinta-feira, 11 de outubro de 2012

A teoria da conspiração


por deBarros
Com o julgamento do “Mensalão” a “teoria da conspiração” contra o governo petista volta a renascer fortemente. Onde está essa  conspiração se esse governo nunca teve oposição? Onde está essa conspiração contra o governo se toda administração pública está aparelhada pelo partido governista? Todos os cargos dos escalões administrativos foram preenchidos por sindicalistas, parentes de políticos e militantes partidários, sem mencionar que 8 ministros do STF foram nomeados pelo governo petista. Onde está essa conspiração contra o PT, partido todo poderoso, que com o governo da dona Dilma Rousself completa 10 anos no poder? Agora, de repente, depois de poderosos políticos militantes deste partido terem sido  condenados pelos ministros do STF por Corrupção Ativa, protagonistas do escândalo do governo passado, esses mesmos protagonistas vem a público gritar por reformas no Poder Judiciário e pela regulação da mídia no Brasil?
Mas o Partido teve oito anos para executar as reformas que poderiam mudar os rumos do país no sentido de seu crescimento e atualização no mundo moderno que estamos vivendo, mas não o fez e agora, casuisticamente, quer  proceder essas reformas?
Reformar o Poder Judiciário porque os ministros – estranhamente nomeados ministros pelo governo petista – do STF condenaram por corrupção ativa seus melhores lideres? A regulação da mídia é um desejo antigo dos políticos do Partido, porque entendem que com a regulação poderão controlar  e censurar a imprensa no Brasil  o que seria a ressuscitação do antigo DIP da ditadura Vargas.
Com a imprensa censurada, garroteada nas mãos do Partido, o crime do Mensalão seria o menor ato de corrupção que poderia ocorrer. As portas estariam abertas para a prática de escândalos sem que a sociedade brasileira viesse a tomar conhecimento.
Um dos jornais do país entrevistou alguns cidadãos perguntando a sua opinião sobre o julgamento do mensalão e um deles declarou que se achava sob um “ato institucional” e que hoje “se sente ameaçado pela jurisprudência do disse me disse” além de declarar que: “Hoje não tenho as garantias individuais da presunção da inocência até que se prove o contrário”. Ora, está muito claro que esse cidadão não ouviu a aula de Direito Penal que o decano do STF deu ao proferir o seu voto ao condenar os réus do Mensalão seguindo o voto do Relator. É uma pena que não tenha ouvido pois tenho certeza que não teria feito essas declarações se tivesse acompanhado o voto de tão eminente jurídico e ministro do STF.

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