por deBarros
Com o julgamento do “Mensalão” a
“teoria da conspiração” contra o governo petista volta a renascer fortemente. Onde está essa conspiração se esse governo nunca teve
oposição? Onde está essa conspiração contra o governo se toda administração
pública está aparelhada pelo partido governista? Todos os cargos dos escalões
administrativos foram preenchidos por sindicalistas, parentes de políticos e
militantes partidários, sem mencionar que 8 ministros do STF foram nomeados
pelo governo petista. Onde está essa conspiração contra o PT, partido todo
poderoso, que com o governo da dona Dilma Rousself completa 10 anos no poder?
Agora, de repente, depois de poderosos políticos militantes deste partido terem
sido condenados pelos ministros do STF
por Corrupção Ativa, protagonistas do escândalo do governo passado, esses
mesmos protagonistas vem a público gritar por reformas no Poder Judiciário e
pela regulação da mídia no Brasil?
Mas o Partido teve oito anos para
executar as reformas que poderiam mudar os rumos do país no sentido de seu
crescimento e atualização no mundo moderno que estamos vivendo, mas não o fez e
agora, casuisticamente, quer proceder
essas reformas?
Reformar o Poder Judiciário porque
os ministros – estranhamente nomeados ministros pelo governo petista – do STF
condenaram por corrupção ativa seus melhores lideres? A regulação da mídia é um
desejo antigo dos políticos do Partido, porque entendem que com a regulação
poderão controlar e censurar a imprensa
no Brasil o que seria a ressuscitação do
antigo DIP da ditadura Vargas.
Com a imprensa censurada, garroteada
nas mãos do Partido, o crime do Mensalão seria o menor ato de corrupção que
poderia ocorrer. As portas estariam abertas para a prática de escândalos sem
que a sociedade brasileira viesse a tomar conhecimento.
Um dos jornais do país entrevistou
alguns cidadãos perguntando a sua opinião sobre o julgamento do mensalão e um
deles declarou que se achava sob um “ato institucional” e que hoje “se sente
ameaçado pela jurisprudência do disse me disse” além de declarar que: “Hoje não
tenho as garantias individuais da presunção da inocência até que se prove o
contrário”. Ora, está muito claro que esse cidadão não ouviu a aula de Direito
Penal que o decano do STF deu ao proferir o seu voto ao condenar os réus do
Mensalão seguindo o voto do Relator. É uma pena que não tenha ouvido pois tenho
certeza que não teria feito essas declarações se tivesse acompanhado o voto de
tão eminente jurídico e ministro do STF.
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