Carminha (Adriana Esteves) no capítulo final de "Avenida Brasil".Reprodução |
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sábado, 20 de outubro de 2012
A importância da lição do perdão no final de “Avenida Brasil”
por Eli Halfoun
Ontem a discussão foi de como seria o
tão esperado final de “Avenida Brasil”. Hoje o que se discute é o final que,
como sempre acontece no último capítulo de novelas, está merecendo decepcionadas
críticas do telespectador que, na verdade, sempre espera ver o que ele imaginou e
não o que o autor escreveu. Amanhã pouco se falará de “Avenida Brasil”, embora
seja uma novela que sem dúvida entrará para a história. A movimentada trama (e
esse foi um dos motivos do enorme sucesso) inovou porque era rápida e decisiva
a cada capítulo, o que praticamente obrigou o telespectador a não perder um
único capítulo pra não deixar escapar o fio da meada. O autor João Emanuel
Carneiro inovou até no último capítulo, definindo de saída o mistério maior do
assassinato de Max e do destino de Carminha, a vilã também histórica que foi
sem dúvida a responsável maior pelo sucesso, graças a um impecável trabalho que
coloca Adriana Esteves definitivamente entre as melhores atrizes do país que
atuam em televisão.
Quem procurar sem dúvida encontrará defeitos (pequenos defeitos)
na novela e no capítulo final. Muitas teorias de comunicação têm sido
desenvolvidas em torno da inovadora novela e como na própria ficção há muito
exagero no que se diz e se quer ver além das ações dos capítulos. “Avenida
Brasil” foi uma boa novela sim, o autor João Emanuel Carneiro passeou com seu
texto por muitos caminhos da dramaturgia teatral, literária e cinematográfica,
mas o grande público (aquele que garante a boa audiência) não viaja por esses
caminhos. O telespectador se motiva apenas com as ações da trama, com os chamados
ganchos e na identificação com os personagens, incluindo a torcida contra a
vilã e a favor da mocinha. O resto é teoria e como essa o público se importa
pouco, quase nada. Novela boa para o telespectador é a que o emociona a ponto
de fazer do acompanhar a trama mais do que um prazer uma quase obrigação. Segundo
as primeiras pesquisas a novela (que para boa parte da mídia parou o Brasil) conquistou
média de 51.0 pontos (60 mil domicílios para cada ponto) de audiência no capítulo
final e é o programa mais visto do ano. Além das novas lições que deixou de como
conduzir uma novela moderna e sem muita enrrolação o último capítulo de “Avenida
Brasil” deixa como exemplo maior a importância de saber entender e perdoar.
(Eli Halfoun)
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Um comentário:
Murder on the Orient Express. O FINAL ME LEMBROU ESSE ROMANCE POLICIAL DA ESCRITORA INGLESA AGATHA CHRISTIE
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