por deBarros
Por que o governo não procura salvar os índios guarani-kaiowá da sua extinção? Não é só doloroso para o país ver esse ramo das tribos índigenas, que já habitavam o Brasil antes de sua descoberta, ser lentamente extinto, dizimado até o seu desaparecimento sem deixar vestígios de sua passagem por essas terras então selvagens, mas até criminoso aceitar por omissão de socorro de assistência material e moral a morte dessa nação guarani, herdeira legítima desse imenso país? Perseguidos e assassinados por pistoleiros encomendados por grupos que não se sabe quem e sofrendo violências da sociedade branca, confinados em postos índigenas, hoje só desejam morrer e serem sepultados em terras onde foram enterrados os seus antepassados.
Essa é a fala de representantes dos guaranis-kaiowás para o Brasil que quer escutar: “ (...) ali estão o cemitérios de todos nossos antepassados. Cientes desse fato histórico, nós já vamos e queremos ser mortos e enterrados junto aos nossos antepassados aqui mesmo onde estamos hoje, por isso, pedimos ao governo e à Justiça Federal para não decretar a ordem de despejo/expulsão, mas solicitamos para decretar a nossa morte coletiva e para enterrar nós todos aqui. Pedimos, de uma vez por todas, para decretar a nossa dizimação/extinção total, além de enviar vários tratores para cavar um grande buraco para jogar e enterrar os nossos corpos. Esse é o nosso pedido aos juízes federais”. Parece mentira mas essa tragédia está acontecendo nos dias do ano de 2012 sob o governo de um partido que se dizia defensor dos fracos e oprimidos. Abaixo segue uma carta de líderes da nação indígena Guarani-Kaiowá:
“Uma carta assinada pelos líderes indígenas da aldeia Guarani-Kaiowá, do Mato Grosso do Sul, e remetida ao Conselho Indigenista Missionário (CIMI), anuncia o suicídio coletivo de 170 homens, mulheres e crianças se a Justiça Federal mandar retirar o grupo da Fazenda Cambará, onde estão acampados provisoriamente às margens do rio Hovy, no município de Naviraí. Os índios pedem há vários anos a demarcação das suas terras tradicionais, hoje ocupadas por fazendeiros e guardadas por pistoleiros. O líder do PV na Câmara, deputado Sarney Filho (MA), enviou carta ao ministro da Justiça pedindo providências para evitar a tragédia.” “Na manhã desta sexta-feira, 18 de novembro (2011) ocorreu um massacre na comunidade Kaiowá Guarani do acampamento Tekoha Guaviry, município de Amambaí, no Mato Grosso do Sul, atacado por 42 pistoleiros fortemente armados. Segundo relatos de indígenas foi morto o cacique Nísio Gomes, de 59 anos, e uma mulher e uma criança. Ainda segundo os relatos foram sequestradas outras pessoas e há indígenas feridos. Os agentes do Conselho Indigenista Missionário, CIMI, foram orientados a não saírem de seus locais de trabalho, por estarem ameaçados...” Até quando essa matança continuará? Independente de qual governo seja no momento e de qual partido esteja no poder o fato é que essa limpeza racial tem que ter um fim. Sim, porque essa matança de índios aqui no Brasil não está longe de estar repetindo o ”Holocausto” na Europa e a matança dos “peles vermelhas” nos EUA no século XIX
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