terça-feira, 23 de outubro de 2012

Islândia, exemplo de vontade de um povo


por deBarros
Um colunista do jornal O Globo, no espaço que que lhe é reservado, fez a sua crônica do dia sobre a Islândia, uma ilha com pouco mais de 300 mil habitantes, que diz ele, procurou  reinventar a democracia. A Islândia é um país nórdico situado no Atlântico Norte, um pouco ao sul  do Círculo Ártico, próximo da Groelândia, as ilhas Faroe, e a Noruega. Mas o que chamou a atenção desse colunista foi o que ocorreu na Islândia por ocasião da crise econômica de 2008.
Em consequência da crise econômica que abalou o mundo no ano de 2008, a Islândia foi o primeiro país a quebrar. Mas reações fora do comum do seu povo, diante da crise vieram a proporcionar uma virada de expectativa modificando inteiramente o seu desfecho. O presidente da República, na época, submeteu a proposta de ajuda estatal aos bancos falidos a um plebiscito. O povo islandês votou contra se recusando a pagar qualquer dívida de bancos. Como resultado do plebiscito, os executivos dos bancos falidos foram presos, inclusive o primeiro ministro da época, que governava o país. Não satisfeitos, resolveram escrever uma nova Constituição, que, por incrível que pareça, não foi redigida por parlamentares ou por juristas, mas por 25 pessoas comuns – de acordo com a informação do colunista – escolhidas diretamente do povo. O preâmbulo da nova carta é para ser comentado e lembrado: “Nós, o povo da Islândia, queremos criar uma sociedade justa que ofereça as mesmas oportunidades a todos. Nossas diferentes origens  são uma riqueza comum e, juntos, somos responsáveis pela herança de gerações”.
Mas, o primeiro-ministro da Islândia, na época da crise, foi preso e julgado mas não foi condenado – esse detalhe não foi contado pelo colunista – ao contrário dos executivos dos bancos que foram presos. De qualquer maneira, a reação inusitada dos islandeses acabou com a crise econômica e o pais passou a crescer a mais de 2%  no ano de 2011 prometendo um crescimento ainda maior neste ano. Que tal os países europeus atingidos fortemente pela atual crise seguirem o exemplo da Islândia?






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