por Nelio Barbosa Horta
Ziraldo trabalhou no JB durante muitos anos, no Departamento de Arte, em duas épocas diferentes. Nos anos 60, recebi uma carta dele criticando a direção do JB, que o havia demitido. Esta carta ele mandou para mim, para o Ezio (Speranza) e para o Lan (cartunista). Ao voltar para o JB, em 2006, como Diretor de Arte, ele me dizia: "Eu sou o chefe, mas quem resolve tudo é você..." Ziraldo Alves Pinto passou toda a infância em Caratinga. Formou-se em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais em1957. Desde cedo, demonstrava talento para o desenho. Com seis de idade, publicou um desenho no jornal Folha de Minas. Começou a trabalhar no Jornal Folha de Minas, de Belo Horizonte, em 1954, com uma coluna de humor. Ganhou destaque nacional na redação de O Cruzeiro, a partir de 1957, e, depois, no Jornal do Brasil, em 1963. Seus personagens (entre eles Jeremias, o Bom; a Supermãe e o Mineirinho) conquistaram os leitores. Antes, em 1960, lançara a primeira revista em quadrinhos brasileira feita por um só autor, a "Turma do Pererê", a primeira história em quadrinhos a cores totalmente produzida no Brasil. Foi fundador e diretor do Pasquim, jornal alternativo de oposição à ditadura militar, uma das prováveis razões de sua prisão, ocorrida um dia após a promulgação do AI-5. Em 1980, lançou o livro "O Menino Maluquinho", seu maior sucesso editorial, mais tarde adaptado para televisão e cinema. Ziraldo ainda hoje colabora em diversas publicações, e está sempre envolvido em novas iniciativas. Uma delas foi a "Revista Bundas", uma publicação de humor sobre o cotidiano que fazia uma paródia da revista "Caras". Ziraldo foi também o fundador da revista "A Palavra" em 1999. Suas Ilustrações de Ziraldo já foram publicadas revistas internacionais como Private Eye, da Inglaterra, Plexus, da França e Mad, dos Estados Unidos. Entre suas obras, estão "O Menino do Rio Doce", "A supermãe", "Flicts". "Turma do Pererê" "O Menino Maluquinho", "Uma Professora Muito Maluquinha", "Jeremias, o Bom", Por tudo que representa na literatura infantil, Ziraldo poderia ser lembrado para a ABL, pela sua história política, pelas suas obras, e, principalmente pelo incentivo aos jovens para a leitura. (Nélio Barbosa Horta)
Fonte: Wikipédia
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