por Eli Halfoun
Reportagem de O Globo (publicada no primeiro dia de 2011 e assinada por Fabiana Ribeiro) mostra que as mulheres respondem por 66% dos gastos no país, ou seja, o equivalente a R$ 1,3 trilhão por ano. A pesquisa realizada pela empresa Sophia Mind revela que o Brasil já é o décimo maior mercado feminino do mundo e prevê que “a renda da mulher continuará a crescer e com isso, seu poder de decisão sobre as compras”. A pesquisa é nova, mas não surpreende: não é de hoje que a mulher domina o mercado de consumo, se bem que agora o faz com seu próprio dinheiro. Historicamente, antes mesmo de conquistar muitos avanços (agora inclusive a Presidência da República) a mulher sempre foi a palavra final na hora der fazer compras. Foi sempre a mulher quem decidiu que aparelho eletrodoméstico adquirir, o que comprar no supermercado e até a escolha final das roupas que o homem usa e usará. Agora que está faturando em (em muitos casos mais do que o homem) a mulher conquistou uma espécie de independência consumista: sempre comprou o que bem entendeu, mas para isso precisava que o homem abrisse a carteira. Não precisa mais. O mercado publicitário sempre foi também um fiel retrato da importância feminina na decisão de o que, quando e como consumir tanto que os anúncios sempre foram dirigidos mais para as mulheres do que para os homens. Essa tendência sem dúvida aumentará: agora os comerciais em qualquer tipo de mídia serão dirigidos cada vez mais e diretamente às mulheres até porque a renda da mulher hoje “é relevante para a família: seus ganhos representam 40% do rendimento da casa. A mulher não trabalha mais para comprar batom”. Quer dizer sua renda hoje é fundamental para a sua própria família – como garante uma especialista do IBGE.
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