por Eli Halfoun
Não é tragédia pluvial de todos os anos no mês de janeiro, mas a estréia do “Big Brother Brasil”, agora em sua 11ª edição, não deixa de ser uma tragédia televisiva. O programa resiste faz 11 anos e isso acontece porque público e “enjaulados” se identificam de alguma forma. Como programa não se pode dizer e esperar muito do BBB que é bem dirigido, bem produzido e atinge o objetivo de também “enfiar” o público durante meses naquela casa mal assombrada já que ali tudo pode acontecer. Uma pergunta continua sem resposta desde o primeiro BBB: que tipo de comportamento psicológico leva alguém a querer entrar em uma brincadeira pouco divertida, de mau gosto e até cruel emocionalmente. Já se disse de tudo, mas me parece que a explicação é óbvia: os participantes são motivados pela vaidade e a ambição. A vaidade de ficar famoso e depois garantir uma boa grana sem precisar pegar realmente no pesado e a ambição de enriquecer e conquistar luxo e conforto, ou seja, boa vida. Comportamentos psicológicos são individuais e não dá para ficar criticando quem fez isso ou aquilo: a opção é pessoal e democrática. Jamais seria a minha, mas certamente seria a dos milhões de telespectadores que assistem e participam do programa como se dentro da casa também estivessem. Os motivos para um fracasso são facilmente identificáveis, já os motivos que garantem um sucesso são bem mais complicados de identificar e explicar. O BBB é um inegável sucesso inegável para o qual não há um bom motivo e muito menos explicação definitiva.
O olhar atento do Ministério Público
Mesmo tendo muito trabalho a cumprir, o que tem feito com competência, até o Ministério Público se mobiliza com o BBB para evitar exageros no horário da televisão aberta - e aberta para todas as faixas etárias. Sabe-se que antes da estréia da nova edição o MP enviou ofício para a Rede Globo recomendando que “o conteúdo do programa seja de qualidade, atendendo crianças e famílias”. O ofício pede também que “não violem os direitos humanos, com tratamento desumano ou degradante, preconceito, racismo e homofobia”. A Globo promete cumprir, mas se levar ao pé da letra tudo o que o Ministério Público sugere certamente o BBB será um fracasso e deixará de existir. O que sem dúvida seria uma vitória de todo o público de bom gosto que já tem, em mãos uma poderosa “arma”: o controle remoto que permite mudar de canal na hora que bem entender. Se entender. (Eli Halfoun)
Jornalismo, mídia social, TV, streaming, opinião, humor, variedades, publicidade, fotografia, cultura e memórias da imprensa. ANO XVI. E, desde junho de 2009, um espaço coletivo para opiniões diversas e expansão on line do livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou", com casos e fotos dos bastidores das redações. Opiniões veiculadas e assinadas são de responsabilidade dos seus autores. Este blog não veicula material jornalístico gerado por inteligência artificial.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
acho esses prgramas uma porcaria
Postar um comentário