
Jornalismo, mídia social, TV, streaming, opinião, humor, variedades, publicidade, fotografia, cultura e memórias da imprensa. ANO XVI. E, desde junho de 2009, um espaço coletivo para opiniões diversas e expansão on line do livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou", com casos e fotos dos bastidores das redações. Opiniões veiculadas e assinadas são de responsabilidade dos seus autores. Este blog não veicula material jornalístico gerado por inteligência artificial.
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
Tupamaro no poder. Tupamaro? Poder?
No final dos anos 60 e, principalmente, nos anos 70, com o Brasil nas sombras e poucos e dispersos movimentos guerrilheiros a lutar aqui contra a ditadura, os Tupamaros eram um mito para nós, então jovens. A ação mais famosa do grupo foi o sequestro e execução do americano Dan Mitrione, agente da CIA, que também esteve no Brasil dando cursinhos e workshops sobre tortura. José Mujica, eleito neste domingo presidente do Uruguai, foi um dos principais líderes do Movimento de Libertação Nacional Tupamaros (MLN-T). Mujica, que foi baleado nove vezes, esteve preso em 1970 e participou da lendária fuga em massa da Prisão de Punta Carretas em 1971. Os Tupamaros não mais existem, Mujica não é mais o mesmo, nem nós, nem o Uruguai, nem o mundo. A história dá voltas mas perde o passo, o tempo e a oportunidade. De qualquer maneira, boa sorte ao velho combatente Mujica e ao sofrido povo uruguaio.
Vem aí um “festival de greves”
A exibição do filme “Lula, o filho do Brasil” dia 3 agora na CUT (Central Única dos Trabalhadores) e dia 4 na Força Sindical pode ser até uma tentativa, mas pelo visto não conseguirá acalmar os ânimos dos sindicalistas que prometem um "festival de greves” (esse filme a gente já viu) a partir de janeiro. As greves, segundo os líderes (entre os quais o deputado Paulinho Pereira da Silva) serão para pressionar entidades patronais e deputados pela votação do PEC que reduz a jornada de trabalho semanal para 40 horas. As greves prometem “parar o Brasil”. Mais?
Obama reconhece golpistas (nenhuma surpresa)
Durou pouco a impressão de que Obama seria sinônimo de mudanças. A direita americana é mais forte. Washington reconheceu o governo golpista de Honduras. Alguma surpresa? Não. Eles reconheceram os piores e mais sangrentos governos da história como os dos golpistas Pinochet, Castelo Branco, Costa e Silva, Médici, Geisel, Figueiredo, Pinochet, Somoza, Videla, Batista, Franco, Baby Doc, Salazar, Xá da Pérsia, Saddam (eram aliados, só recentemente viraram inimigos), o rei da Arábia Saudita, Ferdinand Marcos e por aí vai. Uma Honduras a mais ou a menos não fará diferença neste currículo. Certo, Obama?
As balzaqueanas não são mais as mesmas. Ainda bem
Beyoncé no Brasil: haja coração
por Eli Halfoun
Quem tinha esperança de ver a bela cantora Beyoncé, no momento a mais badalada artista americana e segundo a revista Forbes uma das artistas mais ricas do mundo, no réveillon de Copacabana, terá que esperar mais um pouquinho. Ela só virá ao Brasil em fevereiro e não será surpresa se além de seus shows vier a ser atração também em um trio elétrico da Bahia ao lado de Ivete Sangalo, o que certamente fará o trio ficar mais elétrico do que nunca. Ainda não está confirmado o local em que Beyoncé se apresentará no Rio, mas já é certo que no primeiro final de semana de fevereiro estará no Morumbi, em São Paulo. Haja fôlego. E pernas que, aliás, ela tem de sobra e muito bonitas.
Ano novo feliz com prudência nas estradas
Mais do que uma tragédia, o número de acidentes nas estradas registrados nas festas (festas?) de fim de ano, deve ser visto como um alerta pelos viajantes que ocuparão as estradas às vésperas do ano novo. A prevenção é o mais acertado dos cuidados: só assim é possível evitar que 196 pessoas percam a vida e a Polícia Rodoviária volte a registrar 2.561 acidentes, e 1.870 feridos nos 61 mil quilômetros de rodovias brasileiras. A Polícia Rodoviária garante que a imprudência é o principal motivo para a ocorrência de acidentes e segundo pesquisa 80,75% dos acidentes acontecem em trechos com pista boa, 71,4% nas retas, 53,6% com a luz do dia e 63% com tempo bom. A falta de atenção é o motivo mais alegado pelos condutores (31,3%) que se envolvem em acidentes.
O número de acidentes aumentou também no Rio, mas com menor quantidade de vítima. Levantamento da Polícia Rodoviária reforça a necessidade de prudência. Anote aí
1) verificar a calibragem dos pneus;
2) o nível de água da bateria;
3) o reservatório do radiador;
4) o óleo do motor;
5) alinhamento de rodas;
6) regulagem dos faróis;
7) funcionamento das luzes:
8) reservatório de água e palhetas do pára-brisa;
9) pastilhas e nível de fluído do freio.
Especialistas aconselham usar óculos com lentes verdes para proteger-se dos raios ultravioleta e de lentes amarelas para atenuar a luz dos faróis. Mais:
1) não beba
2) não dirija com sono
3) controle a distância do veículo
4) deixe os faróis acesos durante o dia
5) não dirija horas seguidas: faça uma parada de 10 a 15 minutos para caminhar, tonificar os músculos e melhorar a circulação.
Cuidado com assaltos: não pare se um pneu furar ou um objeto bater na lataria. Siga até um posto ou um lugar seguro. Se der de cara com uma pessoa estendida na pista ou acostamento e não houver indício de acidente, não pare: pode ser uma armadilha. Avise a polícia. Só dirigindo com prudências é que se evitam acidentes Aí sim é possível brindar por um FELIZ ANO NOVO.
Deu Positivo: Mariana Ximenes e Cauã
O filme Fã, com a atriz Mariana Ximenes, traz o notebook Positivo Platinum, enquanto o filme Velho, com Cauã Reymond, apresenta o computador “tudo em um” Positivo Union. Ambos têm veiculação em emissoras de TV aberta e canais de TV a cabo a partir de 29 de novembro. Na mídia impressa, a campanha tem um encarte de seis páginas em revistas de circulação nacional, que detalha os lançamentos da linha 2010 da Positivo Informática.
Fala, leitor
- 60% escolheram a alternativa D – “a ferramenta daqui a pouco será substituída por mais uma novidade” –, - 20% optaram pela opção C – "o futuro nos reserva tecnologias mais eficientes e práticas”
- enquanto 18% preferiram a alternativa A – “será fundamental na vida profissional da maioria”
- e somente 4% concordaram com a B – “será a mais eficiente forma de comunicação nos próximos anos
Compota do prazer
A busca do prazer não precisa ser ansiosa e sacrificada. Pode ser doce, bem doce. Basta preparar uma compota indicada pelo engenheiro dimensional Gilson Chveid Oen . A "Compota do Prazer" tem 600 anos , mas foi adaptada aos ingredientes de agora:
300 gramas de ameixas pretas sem caroço,
1009 gramas de maça desidratada,
100 gramas de pêra desidratada,
100 gramas de passas brancas,
100 gramas de cerejas ao marrasquino com toda a calda,
100 gramas de nozes picadas,
100 gramas de amêndoas sem pele picadas,
um pouquinho de canela em pau,
um pouquinho de cravo,
1 rodela de limão,
1 cálice de vinho tinto.
Prepare assim:
1 - faça uma calda colocando na panela 2 xícaras de chá de açúcar para caramelar até o açúcar obter um tom caramelado
2- acrescente 1 ½ litro de água fervendo e misture bem
3- coloque primeiro a maça e a pêra desidratadas e quando estiverem quase cozidas acrescente o restante dos ingredientes começando pela ameixa e deixando o vinho para o final
4 – deixe apurar por mais ou menos 40 minutos. Se quiser aumentar a quantidade basta aumentar proporcionalmente a quantidade de cada ingrediente. A "Compota do Prazer" pode durar até dois meses na geladeira, isso se nenhum apagão fora de hora tirar novamente os eletrodomésticos de circulação.
Com essa compota pelo menos um "prazer" é garantido: o de fazer regime para perder alguns quilinhos depois.
Jabor, amor, sexo
Sobre violência, todos os tipos que imperam no país, Jabor admite que há um novo tipo de crueldade em vigor: mata-se por nada. E que o Brasil, tão festejado por seu Carnaval, colorido e vibrante, está virando um carnaval de psicopatas. A reflexão que faz sobre uma série de assassinatos, como o da menina Isabella Nardoni, estende-se à emoção que o brasileiro sente diante desse tipo de morte. Diz Jabor: "Cresce em nós uma pele de rinoceronte na alma".
Em Dia a Dia, o comentarista põe ainda mais fogo em assuntos considerados polêmicos, como o das células-tronco embrionárias. "Quem é contra tem a ignorância como fé", afirma ele. E lança uma pergunta ao leitor para tentar definir a importância de algumas personalidades, entre elas, Oscar Niemeyer, Antônio Carlos Jobim, Glauber Rocha e a mulher-objeto Marilyn Monroe: "O que seria de nós sem eles?".
Os comentários de Jabor no capítulo Cinema têm a ver com certa nostalgia que sente acerca de filmes de um passado recente, salpicados com boa dose de poesia. Jabor acha que, não por acaso, filmes como Ônibus 174 e Tropa de Elite fazem tremendo sucesso, porque o que mudou foram os olhos do espectador. "Os filmes que esses olhos desejam são brutos, rápidos demais, violentos", escreve.
E como tudo no Brasil sempre acaba em sexo, o assunto volta à baila porque Jabor tem saudade dos tempos em que não se falava de orgasmo. "Era quase um pecado. Hoje, tem algo de descarrego, virou uma espécie de recorde esportivo, um gol." (Da assessoria de imprensa da Globo Livros)
Bike elétrica
Sabor carioca: segurança como prato principal
O homem está sempre em busca do novo. Afinal, são as novidades que movem nossa curiosidade e incentivam o prazer das descobertas e das emoções. O homem precisa estar mudando sempre em busca do desconhecido. Talvez esse seja um dos motivos que faz com que os chamados lugares da moda tenham prazo de validade: depois de um período ficam desinteressantes e repetitivos. É como um casal de namorados que precisa se reinventar e redescobrir diariamente para não entrar em uma rotina geralmente fatal. Um grupo de empresários do ramo de bares e restaurantes de Copacabana parece ter entendido isso e decidiu revitalizar o Lido, que já foi ponto de encontro obrigatório da boemia em (e de) Copa. Inicialmente a idéia é devolver ao local as saborosas receitas que, em outros tempos, fizeram a alegria do paladar boêmio. Pode ser que funcione, mas como não se pesca o freguês apenas pela boca é preciso oferecer mais, muito mais. É fundamental incluir no cardápio um clima de segurança que permita que o local possa ser freqüentado em medo. A praça do Lido é hoje um triste retrato da realidade transformada em endereço de moradores de rua, de meninos também de rua fumando crack e cheirando cola como se estivessem em uma luxuosa tabacaria, e de prostitutas que oferecem seus já cansados e debilitados corpos, muitas vezes em troca de um prato de lasanha. Aliás, as belas praças do Rio não permitem mais a presença de crianças brincando e de casais de namorados trocando inocentes carícias. Tem sempre o perigo de qualquer momento um ladrão cair do galho de uma árvore direto na nossa carteira e relógio. Revitalizar é criar o novo, mesmo que esse novo seja apenas uma releitura do passado. Devolver ao velho Lido os encantos da boemia é devolver ao Rio uma de suas tradições, como deveriam fazer em muitos outros badalados pontos da cidade, mas não basta oferecer comida, o que pode ser uma boa nesses tempos de comida a peso, ou melhor, aquilo de comida). É preciso também ofertar bebida honesta, higiene e acima de tudo tranquilidade. Só assim o Lido (e isso vale para todo o Rio) voltará a ter o sabor carioca que o fez famoso.
domingo, 29 de novembro de 2009
Muggiati na Gazeta do Povo
Inspirados pelo cineasta nova-iorquino, intelectuais brasileiros sugerem roteiros possíveis para o diretor de Manhattan realizar seu longa-metragem carioca".
O panis cum ovum recomenda. Clique no link abaixo.
Roberto Muggiati - Especial para a Gazeta do Povo, do Paraná.
Ashley Greene: a vampira sai das sombras
É tempo de listas. Ou seria rol?
O fim de ano está aí, o que quer dizer que já, já começam a espocar por aí variadas listas de melhores de 2009. Tem escolha de tudo até porque em muitos casos essa é uma maneira de faturar (em divulgação ou em grana mesmo) com as festas de entrega dos, digamos, prêmios. A revista VIP, que anualmente destaca em suas páginas as dez mulheres mais bem vestidas esse ano dará destaque também aos homens considerados os mais elegantes, cada um com estilo diferente (social, despojado, jovem e por aí vai) de se vestir. A relação completa só será anunciada no final de dezembro, mas já se sabe que nela estão o chef Alex Atalla e os atores Rodrigo Santoro e Wagner Moura. As mulheres são as mais interessadas em conhecer a relação, mas os homens também estão curiosos, embora prefiram a lista que mostram as mulheres mais bem despidas. Afinal, saber tirar a roupa também é uma arte tão ou mais importante do que saber montar um guarda-roupa.
Mulheres & Cores por Dede Fredizzi
Em cartaz em São Paulo, no Dalmau Studio, a exposição Acid Rain, do fotógrafo de moda e publicidade Dede Fedrizzi, reúne fotos de mulheres, em vários países, em um explosão de cores e sensualidade.
Fedrizzi já expôs em Zurique, Madri, Nova York, Paris e nas bienais de São Paulo, Roma e Atenas. (Fotos de Dede Fredizzi/Divulgação)
No meio da Parada Disney, dois personagens cariocas...
sábado, 28 de novembro de 2009
Reencontros e comemorações
Papel higiênico dá rolo
O anúncio do papel higiênico Neve em que é imitada a voz do presidente Lula e faz referências à ministra Dilma Roussef tem sido discutido mas, aparentemente, os dois personagens estão dando a mínima. Pelo menos até agora não se manifestaram. A coluna de Mônica Bergamo, hoje, na Folha, tem uma nota com o título Rádio derruba veto a anúncio que satiriza Lula e Dilma. Dá a falsa impressão de que algum órgão oficial teria censurado o comercial. Na verdade, como a nota deixa bem claro, a rádio CBN voltou atrás em sua própria decisão de tirar o comercial do ar. Escreve a colunista: "A campanha havia sido veiculada na manhã de quinta-feira (26) no Rio e depois saiu da programação. Rubens Campos, diretor-geral do Sistema Globo de Rádio, afirmou ter ficado "preocupado" com a peça publicitária. Campos é também do Conselho de Ética do Conar (Conselho de Autorregulamentação Publicitária). A entidade, porém, declarou oficialmente que não via motivos para a proibição."
Manchetes de jornais neste sábado
Governo do DF é acusado de corrupção
Agora S.Paulo
Fim do fator dificulta acordo para reajuste dos aposentados
O Estado de S.Paulo
Polícia flagra 'mensalão do DEM' no governo do DF
Jornal do Brasil
Pré-sal: perda de 3 bi vai "matar" a Saúde
O Globo
Governador do DEM é suspeito de pagar propina a deputados
Correio Braziliense
GDF e Distrital são alvo de investigação
Estado de Minas
Bancos propõem acordo para pagar perdas da poupança
Diário do Nordeste
Casa cheia
A Tarde
Negociata foi combinada na Assembleia
Extra
Light, eles também querem gerador
Correio do Povo
Brutalidade na BR 116: três mortes
Zero Hora
Espanhóis planejam novo parque eólico no Estado
Jornais internacionais
The New York Times (EUA)
Rússia e China defendem censura de agência do Irã
The Washington Post (EUA)
Mercados mundiais suportam vários choques
The Times (Reino Unido)
Cameron rejeita pacto de referendo americano
The Guardian (Reino Unido)
Bancos britânicos são interrogados por autoridades reguladoras sobre exposição à crise de Dubai
Le Figaro (França)
França ganha posição-chave
Le Monde (França)
Porque escolheram receber a nacionalidade francesa
China Daily (China)
Nenhuma mudança na fiscal, políticas monetárias
El País (Espanha)
O prazo máximo para criar uma empresa é reduzido para cinco dias
Clarín (Argentina)
O campo diz que mais uma vez foi embora de mãos vazias
Garimpado em Paris: já viu uma página de jornal desenhada e diagramada por Picasso?
por José Esmeraldo Gonçalves
Picasso sempre demonstrou interesse pela imprensa. Ainda no seu período de formação, colaborou com jornais e revistas tanto em Barcelona como em Paris. Publicações como Arte Joven, El Liberal, L'Humanité, Le Journal des Étudiants Comunistes, La Nouvelle Critique e outras guardam em seus arquivos páginas criadas por Pablo Picasso ou desenhos alusivos a grandes acontecimentos. Nas reproduções, um portrait de Yuri Gagarin publicado na L'Avant-Garde em 1961 e a capa do Le Patriote de fevereiro de 1963.
Veja Ana Hickmann, desligue a TV e saia de casa (só volte quando Faustão, Gugu e similares forem dormir)
A festa vai rolar. Cada vez mais
Festas de casamento são comuns, mas o que ninguém esperava é que se organizassem também festas para comemorar o divórcio (casamentos e divórcios aumentaram muito e hoje acontecem praticamente ao mesmo tempo). Começam a acontecer também em número cada vez maior as festas das separações ou como preferem alguns, da liberdade: a moda vem, como sempre, da Europa e dos Estados Unidos e ganha cada vez mais força no Rio e em São Paulo, onde em vez de ficarem na “fossa” os (e as) recém-divorciados preferem festejar reunindo amigos (e amigas, evidentemente) também com pompa e circunstância. Como nas festas de casamento nas de divórcio também tem bolo, champanhe e tudo mais a que o divorciado tiver acesso e direito. As doceiras, as mesmas que confeccionam bolos de casamento, especializam-se no preparo de bolos de divórcio que, aliás, são quase iguais. Só que por enquanto as doceiras ainda precisam importar os bonequinhos (não demora muito estarão em qualquer camelô) para enfeitar os bolos. Entre os que mais fazem sucesso nos Estados Unidos e, portanto, também farão por aqui, são os que mostram as noivas empurrando o noivo para fora do bolo (ou vice-versa) ou o dos noivos portando rifles e atirando um no outro. Não se pode negar que é divertido. Principalmente para quem está se divorciando.
A piada do dia
Quando as imagens dizem tudo. E muito mais...
É difícil entender os critérios, geralmente políticos e “interesseiros”, usados na distribuição de verbas federais, estaduais e municipais que deixam em segundo plano as prioridades para beneficiar, sabe-se lá porque , quem (e o que) menos necessita. Foi o que aconteceu em Uberlândia, onde a Câmara dos Vereadores destinou R$ 3 mil para ajudar crianças portadoras de câncer e R$ 30 mil de incentivo ao karatê. Tudo bem que de olho na Olimpíada 2016 é preciso incentivar o esporte, mas essa divisão não poderia ter sido na base do meio a meio. A resposta de quem se preocupa com as crianças doentes veio em forma de um filme publicitário (uma verdadeira obra de arte) repleto de sensibilidade – uma sensibilidade que os senhores vereadores de Uberlândia parecem não ter. É daqueles filmes em que a imagem fala mais - no caso muito mais - do que as palavras. Vale a pena conferir. Clique no link Amor Livre
Saudosos?

sexta-feira, 27 de novembro de 2009
De volta para o futuro
O carioca que aos poucos vai se acostumando com o ainda mal explicado apagão terá de aprender a conviver também com o caladão da telefonia celular provocada até outra melhor explicação, pelo grande número de aparelhos em uso (ora, se não podem ser usados para que vendem - e vendem cada vez mais) O Brasil ultrapassou a casa dos 168 milhões de celulares, o que significa uma média de 87,6 celulares para cada 100 brasileiros. Esse ano 17,4 milhões de novas linhas foram criadas, mas ainda assim e sem nenhum motivo justificável, em alguns lugares é quase impossível fazer ou receber chamadas pelo celular. Se por conta do apagão estamos sendo obrigados a recorrer a velas e lanternas, o caladão pode acabar nos remetendo outra vez as batidas dos tambores ou ao pombo correio. Êta Brasil esquisito...
Inacreditáááááááááveeeeeeeeeelllllll
Olha só que prato delicioso e fácil de fazer
Os homens descobriram que cozinhar é uma arte (mas sem essa de lavar as panelas depois) e se dedicam cada vez mais à busca de conhecimentos gastronômicos em livros sofisticados (por falar nisso tem um novo livro de Paul Bocuse, o mestre da nova cozinha francesa, nas prateleiras). Como o calor infernal que nos tem atormentado sugere refeições leves e saudáveis, o chef Pascal Valero, do restaurante Kaá, de São Paulo criou o Atum & Chutney, que é saboroso e de fácil preparo. Se quiser aventurar-se na cozinha, anote aí a receita e mãos a obra.
Ingredientes: 500 gr de atum fresco, 500 gr de manga em cubos sem casa, 100 gr de açúcar, 50 ml de vinho tinto, 5 gr de gengibre, 5 gr de alho picado, pimenta e sal a gosto, ervas frescas para decorar, 30 ml de azeite extra virgem.
Pronto: agora é só seguir o passo a passo:
1) faça um caramelo com açucar acrescentando alho e gengibre picado e puxando por dois minutos;
2) adicione o vinagre, deixe evaporar e adicione a manga em cubos;
3) deixe cozinhar até obter uma textura de geléia e tempere a gosto com sal e pimenta;
4) tempere o atum com sal, pimenta e azeite e grelhe na grelha; 5) fatie e monte o prato com ervas e chutney. Bom proveito
Melhor do que aposentadoria
A boca é boa e por isso mesmo nem os jogadores de futebol considerados prontos para a aposentadoria obrigatória, que realmente chega muito cedo, querem pendurar as chuteiras. É o caso do lateral esquerdo Roberto Carlos que, aos 36 anos de idade, mudou os planos de parar com o futebol e pretende continuar em campo, o que fará no Brasil. Ao final de seu contrato, ano que vem, com o Fenerbahce, da Turquia, Roberto Carlos pretende aceitar a proposta do Corinthians, clube com o qual já iniciou negociações. A proposta corintiana é de R$ 300 mil mensais. Quem está dando a maior força para que o negócio seja logo concretizado é Ronaldo Fenômeno, seu amigo. Quando retornar ao Brasil, Roberto Carlos assumirá o comando de sua etiqueta (a RC) de roupas e já há quem sugira que ele e Ronaldo lancem juntos uma linha de pijamas e chinelos para se necessário usarem até em campo.
Alberto Dines faz palestra na Livraria da Travessa, dia 7 de dezembro
"O evento acontece no lançamento da edição comemorativa do livro O papel do jornal e a profissão de jornalista, pela Summus Editorial. A palestra será das 19h às 20h, seguida de sessão de autógrafos e coquetel. O jornalista Alberto Dines fará palestra no lançamento da edição comemorativa do livro O papel do jornal e a profissão de jornalista, que sairá pela Summus Editorial, no dia 7 de dezembro (segunda-feira). A palestra acontece no auditório da Livraria da Travessa, no Shopping Leblon, das 19h às 20h, e será seguida de sessão de autógrafos e coquetel. Veja abaixo mais informações.
Um dos mais conhecidos e respeitados jornalistas brasileiros, Dines é também autor de uma obra clássica da Comunicação. Professor de jornalismo desde os anos 1960, ele discute há décadas o papel da imprensa no desenvolvimento do país. Não é a toa que o seu primeiro livro sobre o tema, publicado em 1974, ocupa lugar privilegiado na bibliografia brasileira de jornalismo. Além de comemorar 35 anos de publicação do livro, Dines retoma um debate superatual: a polêmica questão sobre a necessidade do diploma de jornalismo para o exercício da profissão.
"Em apenas um ano, com a ajuda de uma conspiração e de manipulação judicial, acabou-se com uma profissão e com sua história", afirma. Para Dines, a decisão do Supremo Tribunal Federal de extinguir a obrigatoriedade do diploma para o exercício do jornalismo e a surpreendente constatação de que não se trata de uma profissão específica e regulamentável interrompeu o debate na esfera judicial, mas não o encerra. Coerente com a opção adotada nas versões anteriores, a nova edição é um registro dos registros. Flagrante de uma evolução. "Para que fosse rigorosamente atualizada deveria ser totalmente refeita e nesse caso perderia a sua condição de retrospectiva", explica o autor. Trata-se, portanto, de uma obra progressiva que foi sendo atualizada ao longo de nove edições. Há 35 anos, o contexto era diferente do atual. O mundo enfrentava uma crise de papel, agravada pela alta do petróleo, o que obrigou os jornais a adotar severas medidas de contenção. Além disso, a ditadura militar agonizava e abria-se um espaço para o debate sobre a relação entre imprensa e a construção de uma sociedade democrática no Brasil. No entanto, os principais temas abordados na primeira edição permanecem. O jornalista fala sobre questões fundamentais para o exercício da profissão, como transparência, consciência profissional e interesse público.
A obra - revisada, ampliada e consolidada - reúne informações sobre as três revoluções na comunicação, a TV e o renascimento do jornal diário, os compromissos da imprensa como empresa privada, o jornalista como centro do processo da empresa jornalística, os componentes objetivos e subjetivos da profissão, a responsabilidade e os códigos de ética. O autor aborda também fatos que marcaram o desenvolvimento da imprensa no Brasil, incluindo a censura, a crise do papel e a função do jornal.
Além de captar dados fundamentais do momento histórico, o autor interpreta sistematicamente as variáveis da conjuntura e as articula com as tendências observadas no movimento da imprensa brasileira. Dessa forma, identifica traços capazes de explicar sua trajetória recente e as projeções perceptíveis. Realiza, assim, um trabalho de cientista do jornalismo. Singular pela sua proposta crítica, o livro é indispensável para as novas gerações de jornalistas.
O livro traz vários textos originalmente publicados pelos autores no site "Observatório da Imprensa" - projeto desenvolvido por Dines. Os artigos tratam da especificidade da profissão de jornalista e fazem também reflexões sobre a decisão do STF que revogou a Lei de Imprensa. "Os artigos ajudam a compreender a essência de uma decisão que acabou precipitando um debate indispensável", revela o autor.
A edição comemorativa também presta uma homenagem ao patrono do jornalismo brasileiro, Hipólito da Costa, fundador do Correio Braziliense, primeiro periódico a circular no Brasil, em junho de 1808.
Jornalista desde 1952, Alberto Dines foi repórter das revistas Visão e Manchete, editor da Última Hora e do Diário da Noite e criador de Fatos e Fotos. No Jornal do Brasil, ao longo de quase doze anos, deu sequência a uma reforma editorial que marcou o jornalismo brasileiro. Nesse período, editou os "Cadernos de Jornalismo e Comunicação" (1965-1973), experiência pioneira de reflexão sobre mídia.
Serviço - Palestra: O papel do jornal e a profissão do jornalista, com Alberto Dines - Rio de Janeiro
Data: 7 de dezembro (segunda-feira) - Local: Livraria da Travessa - Shopping Leblon - Endereço: Rua Afrânio de Melo Franco, 290 - Loja 205 A - Rio de Janeiro- Telefone: (21) 3138-9600
*o auditório, que fica no piso superior, tem capacidade para 55 pessoas.
(Divulgação: Grupo Editorial Sumus)
O povo do gueto mandou avisar
por Eli Halfoun
Fim de ano é de muitos shows para as mais populares, no momento, é claro, cantoras da Bahia (não vale dizer baianas porque Claudia Leite é fluminense de Niterói). A exemplo de Roberto Carlos, Ivete Sangalo também ganhará um especial na Rede Globo. Está decido que as gravações serão realizadas em duas etapas na segunda quinzena de dezembro: a primeira será no Rio e Ivete virá acompanhada de Marcelo, seu filho de apenas dois meses. A segunda etapa será, é claro, em Salvador. O programa só será exibido no dia 2 de janeiro de 2010 e nele Ivete, considerada a diva baiana, estará acompanhada vários cantores (também como acontece no especial de com Roberto Carlos) entre os quais Ana Carolina, Saulo (o vocalista da Banda Eva, da na qual Ivete surgiu) e Zeca Pagodinho.
Já Claudia Leite, a outra musa musical da Bahia tem convites para especiais na Bandeirantes e no SBT, além de uma proposta para estrelar um filme e que será a sua estréia como atriz. Até agora Claudinha não tomou nenhum decisão, mas é certo que fará, sempre viajando com o filho David, muitos shows durante todo o mês de dezembro para em janeiro viajar em férias ao exterior, provavelmente para a Disneyworld, em Orlando, Estados Unidos. Quem tem filhos pequenos e dinheiro para viajar não pode abrir mão de conhecer o cinquentão Mickey e sua turma, o que muitas vezes pode transformar-se em um sacrifício.
Próxima edição do Fashion Business reúne moda, cultura e beleza
Essa edição trará de volta importantes ferramentas de concretização de negócios, como o salão técnico de desfiles e o encontro de integração entre compradores e expositores, além de um bate-papo diário, antes da abertura dos negócios, sobre assuntos relacionados ao varejo. O horário de funcionamento também será maior, das 9 às 20h.
Compradores e expositores terão acesso ao Fashion Business Club, um spa com salas de descanso, massagem e serviços expressos de beleza. No espaço multiuso serão realizados pocket shows de atrações que dialoguem com a moda. Um desfile inaugural mostrará as tendências mais fortes do outono/inverno 2010 com looks das grifes participantes.
Salão Tech - Totalmente voltada para lançamentos de serviços, equipamentos e tecnologia, o salão Tech pretende oferecer tudo que facilite e modernize a operação dos lojistas. “O Rio terá o evento mais completo da América Latina nesse setor”, declara Eloysa Simão, diretora da Dupla. “Agregar tecnologia, equipamentos, informação e serviço já era uma demanda da maioria dos cinco mil lojistas que comparecem ao evento a cada edição”, explica Jerônimo Vargas, diretor da Escala. “A próxima edição apresentará a cadeia fashion business na sua totalidade”, finaliza Orlando Diniz, presidente do Sistema Fecomércio-RJ."
(Divulgação: In Press Porter Novelli Assessoria de Comunicação)
Mulheres se amam no cinema
O cinema parece ser mesmo o novo xodó de Glória Pires, sem dúvida uma de nossas melhores atriz: depois de viver Dona Lindu, a mãe do presidente, em “Lula, o filho do Brasil”, Glorinha aceitou convite do produtor e diretor Fabio Barreto, o mesmo do filme sobre Lula, para integrar a versão cinematográfica da peça “Um Porto para Elisabeth Bishop” de Marta Góes.. Assim como a peça, o filme também desenvolverá seu roteiro em torno da relação lésbica entre a famosa poetisa americana e a paisagista brasileira Lota Macedo Soares na década de 50, quando esse tipo de romance ainda não era tão comum. O diretor Fabio Barreto escolhe a atriz que interpretará Elisabeth Bishop, mas sabe que Glória Pires será Lota.
Parabéns amaaaaaaaaaaada!

Hoje é dia de festa no Panis que comemora em grande estilo o aniversário de Jussara Razzé, minha querida amiga e irmã. E como amo você de paixão, copiei sua idéia para fazer essa homenagem. Só que para postar, ou melhor, recortar essa foto para colocar no blog, foi um parto! Como você sabe não sou uma expert em informática como você. Mas com ajuda da nossa amiga Patrycia Oliveira (mais conhecida como a loura da Barão de Ipanema) que também queria lhe prestar uma homenagem, conseguimos terminar a edição ás 2h da manhã. Então, chega de papo furado e vamos ao que interessa:
Amada, te desejo toda a felicidade do mundo, você merece!
Obrigado por tudo que você faz por mim e por todos os seus amigos. Se todas as pessoas do mundo possuíssem suas qualidades e a integridade do caráter que você tem, tenha certeza que viveriamos num paraíso. Parabéns, Parabéns, Parabéns! Conte comigo para o que der e vier. Amanhã, eu e a Paty , lindas e louras, brindaremos muuuuuuito com você no quiosque da Lagoa!
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
O Iluminado 2
Quem canta os males não espanta
Desde que o carnaval passou a concentrar-se apenas no desfile das escolas de samba, as deliciosas marchinhas carnavalescas perderam força até porque perderam também a ingenuidade crítica que as faziam cantar com bom humor os problemas da cidade nos. Sem animados bailes de salão, que hoje são apenas um desfile de bundas (calma aí: nada contra as bundas, as belas bundas) e de corpos “marombados” e sem carnaval de rua, as marchinhas acabaram engavetadas e por mais que se tente recupera-las até através de com concursos não há uma única música de carnaval (exceção, é claro dos samba-enredos) dos últimos anos que o folião realmente conheça. O que baila na memória carnavalesca do nem tão animado folião de hoje são as alegres marchinhas de antigamente. De antigamente, mas sempre atuais, como é o caso de, entre outras, “Vagalume” que acerta em cheio em um problema atual e que pelo visto também existia há mais de 20 anos, o que de certa forma mostra cantando que as chamadas autoridades não fazem e nunca fizeram nada. Composta em 1954 por Vitor Simon e Fernando Martins, veja só como a letra de “Vagalume” é atualíssima: “Rio de Janeiro, cidade que me seduz/ de dia falta água/ de noite falta luz”. Pode ser mais atual?
A mentira deslavada dos números
Cá pra nós: será que você, obrigado a fazer uma ginástica diária para sobreviver ganhando um salário mínimo ou, na maioria das vezes, por imposição do mercado de trabalho, menos do que isso, conseguiu entender alguma coisa dessa chuva de números divulgados pela Fundação Getúlio para mostrar que a miséria no Brasil diminuiu. Entender a matemática dos economistas é sempre uma missão quase impossível porque a realidade da vida nunca bate com os números divulgados. Então tá: não vamos duvidar dos estudos garantindo que o percentual da população brasileira que vive em situação de miséria caiu de 22,7% para 19,31%. Quer dizer: ainda temos muitos miseráveis espalhados por todo o Brasil.
Um recente estudo mostra que existe um resultado no papel e outro, bastante diferente, no dia a dia e concluiu que os 50% mais pobres foram os que mais ganharam com acréscimos anuais de 8,4% - acréscimos que convenhamos nada representam em termos de melhor qualidade de vida para aqueles (a maioria) que mais dia, menos dia acabam enterrados em uma montanha de moedas pagas como esmola salarial, incluindo a esmola oficial do Bolsa Família ou do Fome Zero.
Apesar da verdadeira (só faltou soltar foguetes) festa de otimismo que alguns setores tentaram fazer a partir dessa deslavada mentira sobre a redução de miseráveis no Brasil, o estudo considera indigentes mais de 50 milhões (29.3% da população) de brasileiros que não consegue juntar RR$ 80,00 mensais para tentar sobreviver.
Não há dúvidas de que o dado mais importante é o que revela que se cada brasileiro cedesse R$ 14,00 mensais para um indigente, a fome no Brasil seria totalmente erradicada. Diante disso uma pergunta não quer calar: será que a enorme carga de impostos que pagamos não é suficiente para o governo dispor de R$ 14 para cada brasileiro em situação de miséria?
Cabe ao governo e somente a ele, acabar com a mentira deslavada dos números e olhar definitivamente para a verdade da realidade do povo e do país. .
Os paulistas são intolerantes com relação à intolerância? APPM realiza pesquisa com 1.000 entrevistados no Estado de São Paulo
(Informações divulgadas pela assessoria de imprensa da APPM). O estudo completo pode ser acessado no link Pesquisa sobre caso Geise
Por dentro do Ivetemóvel
Ivete Sangalo volta a se apresentar em público. O palco será o Carnatal, em Natal (RN). Conheça o interior do Demolidor, o trio da cantora baiana. Maior do que muito apartamento de Copacabana (Fotos de divulgação)
Me dá um dinheiro aí
É preciso faturar mais para melhorar o orçamento, principalmente nessa época de festas em que se gasta mais do que se tem, quando se tem. Alguns trocados ajudam sempre, desde que ganhos honestamente e com ética, coisa que anda difícil, muito difícil, nesse país em que honestidade virou virtude e não obrigação como deve ser. Em busca dos trocados a mais o carioca exerce uma criatividade invejável. Reportagem do Jornal do Brasil mostra que na Saara, o mais concorrido e variado comércio popular do Rio, alguns trabalhadores da região passaram a cobrar qualquer moedinha para prestar informações e agora se pode dizer sem medo de errar que na Saara realmente se vende de tudo. Nada de desonesto nesse comércio de informações, mas ele não tem nada a ver com o Rio porque vai de encontro a uma das mais fortes características cariocas que é a gentileza, especialmente a gentileza de informar que, aliás, é famosa em todo o Brasil. Os novos vendedores de informações (esse comércio é comum na política e nas investigações policiais, o que no fundo dá na mesma) dizem que é apenas uma brincadeira e que paga (no mínimo dez centavos) quem quer. O povão entrou na brincadeira e está pagando (o faturamento de cada, digamos, informante é de no mínimo R$ 60 semanais, confirmando o velho ditado popular segundo o qual “de grão em grão a galinha enche o papo”). O perigo é que essa prática se espalhe por toda a cidade e no caso específico da Saara que os comerciantes espertinhos paguem aos vendedores de informações para que só indiquem suas lojas. Se a moda pega periga também a turma de Brasília, sempre de olho em “mais algum por fora” adapte a ideia e passe a cobrar para dar ao povo as informações do que estão fazendo com o nosso dinheiro. Não é um perigo tão iminente assim até porque eles não fazem nada e, portanto, não tem nada, absolutamente nada, para informar.
Acredite: ela sofreu preconceito em Hollywood
Correção monetária na pauta da assembleia dos ex-funcionários da Bloch
É jornalítica ou politismo? Notícia boa vira notícia ruim
Andam meio misturados esses dois conceitos. Lendo os jornais, fica difícil saber onde acaba o jornalismo e começa a política. Como ala da oposição, a imprensa joga tudo no mixer e oferece aos leitores uma espécie de suco de ressentimentos e preconceitos. Passaram a vida falando dos impostos altos no Brasil. Com toda razão, a imprensa e toda a torcida do Vasco. Quando a autoridade alivia o bolso do contribuinte com medidas como o corte do IPI em produtos industrializados e materiais de construção - medidas que ajudaram o país a manter empregos em plena crise mundial - o jornal se queixa de que os comerciantes estão vendendo tanto que vai faltar produto. Esquece de dizer que o alarmismo político espalhado pela mídia (era a crise do fim do mundo, a mãe de todas as crises, lembram-se?) levou os empresários mais medrosos e ganaciosos a cortar produção com medo da falta de compradores. Esses, que se impressionaram com a mídia, demitiram e eliminaram turnos em fábricas. A crise não veio, foi marolinha mesmo, e agora correm o risco de ter comprador mas não ter o que vender. Desconfio que os importadores vão ganhar dinheiro, mas essa é outra história. As notícias são boas mas os jornais ouviram "especialistas preocupados" para dizer que o caos, de novo, vem aí. Agora travestido de inflação alta e taxas de juros exorbitantes. Na capa, dizem que as taxas de juros voltaram a subir em outubro. É verdade, segundo o Banco Central. Mas voltaram a cair em novembro, segundo a mesma fonte (mas essa informação essencial e que desmonta a paranoia política está bem escondidinha lá dentro). Quer apostar? Vão quebrar a cara. De novo.
São muitas emoções
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
Beyoncé
Alguma coisa acontece na esquina da Ipiranga com São João...
Impressão minha ou São Paulo está avançando em legislação e deixando o Rio na poeira? Lá, na terra da garoa, já existe, por exemplo, uma lei que dá ao consumidor o direito de pedir às companhias telefônicas que impeçam chamadas de telemarketing para a sua linha. Agora, a Assembleia Legislativa aprovou projeto de lei que proíbe a cobrança de assinatura mensal pelos serviços de telefonia fixa e móvel. O projeto de lei 255/2002, do deputado Jorge Caruso (PMDB), deve ser publicado no Diário Oficial do Estado, após a assinatura do presidente da Casa. A lei acaba com um das mutretas da privatização: a que obriga o consumidor a pagar uma tal de "assinatura". Em todos os países, consumidor paga apenas a conta de telefone. Ou seja, ligou, pagou. Não tem essa de "assinatura" embutida na conta.
Segundo a Assembleia Legislativa, as concessionárias que desrespeitarem a nova norma serão multadas com valor dez vezes superior ao cobrado de cada usuário.
Bom humor sem fim
Costumamos dizer que vice não é e não manda nada, mas agora, no caso da vice-presidente José de Alencar, ele feito muito como exemplo de que é sempre preciso lutar, ou seja, não desistir nunca como, aliás, está fazendo há anos enfrentando o que não vence definitivamente, mas nem por isso se deixa vencer. Talvez o remédio mais eficiente de sua batalha seja o bom humor, que não perde nem nos momentos mais doloridos do tratamento. Agora mesmo, por exemplo, está revelando que há dias quando soube da diminuição de seus tumores, ficou com uma dúvida: “Não sabia se deveria contar a todos a boa notícia. Pensei que, sabendo que eu ainda posso viver mais um pouco, o pessoal iria parar de falar tão bem de mim”. Alencar também brinca com o caso Cesare Battisti e quando seu irmão de 90 anos perguntou se, sendo a favor da extradição, estava virando comunista ao apoiar Lula, que é contra a extradição. A resposta do bem humorado Alencar foi em russo: “все еще” (“Ainda não”). E mais não disse. Nem era preciso.
Um Moliére para o Zé
O Brasil é sem dúvida o país dos exageros e um deles é a farta distribuição de prêmios que são promovidas praticamente em qualquer esquina. Tem prêmio para tudo: melhor síndico, melhor camelô, melhor pastel, melhor bolinho, melhor pão com manteiga, melhor cerveja, melhor botequim, melhor padaria, melhor espirro, melhor isso, melhor aquilo. É esse exagero que muitas vezes faz os prêmios perderem importância, mas apesar desse festival de medalhas, troféus e diplomas alguns prêmios ganham credibilidade e merecem respeito. É o caso do Prêmio Moliére de teatro sempre ambicionado por autores, diretores e atores aplaudidos em suas conquistas artísticas profissionais. Pois bem, o criador do Prêmio Moliére saiu de cena quase em segredo e sem o reconhecimento que merecia. Depois de enfrentar uma doença que se arrastou durante anos Joseph Halfin, que virou nosso José vivendo muitos anos no Brasil (era casado com a brasileira Maria Alice, primeira capa da Vogue) como diretor da Air France e responsável, via Moliére, pela vinda ao Brasil de grandes atrações francesas, entre as quais Maurice Chevalier, Marcel Marceau, e Charles Aznavour. Ultimamente Halfin, o nosso José, vivia em um pequeno apartamento no Rio e partiu sem muitas homenagens. Então, fica daqui um simbólico Moliére para ele por serviços prestados ao teatro brasileiro.
Um caminho de vida
por Eli Halfoun
Mais do que o reconhecimento ao inegável talento artístico brasileiro através de diretores, técnicos, autores e por aí vai, o Emmy conquistado há dias pela novela “Caminho das Índias” é um prêmio ao esforço, otimismo, força e, é claro, ao indiscutível talento da autora Glória Perez que mais uma vez se superou física e emocionalmente para poder escrever a novela. Na época, não é novidade para ninguém, Glória Perez enfrentou com uma exemplar e admirável garra, um grave problema de saúde e mesmo assim foi em frente buscando no trabalho o remédio mais eficaz. Também não é novidade que Glória Perez enfrentou há anos o brutal assassinato de sua filha, a jovem e talentosa atriz Daniela Perez, e também se superou. Portanto, o Emmy agora conquistado não é só um prêmio autoral. É um prêmio de vida para uma mulher excepcional, a própria mulher Maravilha. (Na foto: TV Glçobo/Divulgação/Luiz.C.Ribeiro, Juliana Paes, a Maya de Caminho das Indias, e a autora Glória Perez)
Políticos no show business
Melhor atores a atrizes profissionais ficarem de olho. Estão tentando tomar o emprego deles. E, o pior, talento para interpretar, fingir, fazer algumas canastrices, eles, os políticos, têm de sobra.
Blog terá que pagar 16 mil reais de indenização
"Se você pensa que Internet é território sem lei, cuidado. O estudante de jornalismo Emílio Moreno, 33, foi condenado a pagar R$ 16 mil por causa de um comentário postado em seu blog após a publicação de um texto sobre uma briga no Colégio Santa Cecília, em Fortaleza. No último sábado, um oficial de Justiça foi à casa do universitário com um mandato de penhora. Conforme o processo, o comentário foi publicado por outra pessoa e era bastante agressivo à diretora da escola.
O processo teve início em março deste ano. Emílio conta que só soube da existência do comentário quando recebeu uma ligação do advogado da escola, Hélder Nascimento. ``Nem tinha visto. Na época, os comentários do meu blog não eram moderados, qualquer um poderia postar. Mas apaguei assim que li, era realmente muito ofensivo``. Emílio informou os dados do autor do comentário ao advogado da escola. ``Mas ele foi checar e eram dados falsos``.
O advogado Hélder Nascimento, que defende a escola, ressalta que o responsável pelos comentários é o dono do blog. ``O moderador do blog é ele. Se alguém - anônimo ou não - mandou uma mensagem que agrediu a honra de uma pessoa, ele deveria ter barrado. No momento que ele admitiu, compactuou com a situação``. O advogado destaca ainda que o direito à liberdade de expressão está abaixo da honra e dignidade das pessoas.
"Se ele estava responsável por isso, tem que arcar com os benefícios e eventuais ônus. O Judiciário já entendeu que ele é culpado. Mas é oportuno que haja um debate. A honra das pessoas não pode ser objeto de chacota``. Emílio Moreno, entretanto, ainda deve levar o caso à impugnação. ``Me chama atenção um processo que poderia ter sido resolvido de forma muito mais simples. Ofereci escrever uma carta de desculpas e publicá-la. Propus também uma reunião para pedir desculpas. Não houve resposta".
O universitário diz que compareceu às quatro primeiras audiências. "A outra parte não foi a nenhuma delas. Alegava viagens, congressos. Mas na última eu confundi as datas e acabei perdendo. Quando fui ver com meu advogado, não dava mais pra recorrer". De acordo com Lauro Araújo, diretor do 11º Juizado Especial Cível, onde está o caso, ainda há possibilidade de mudar a sentença, mas será bem mais difícil. "Ele faltou uma audiência e não justificou. Nesse caso, a lei determina que isso significa que tudo que é alegado na petição inicial é verdade", explica.
E mais
- Para Hélio Leitão, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Ceará (OAB-CE), é necessário que haja uma legislação específica para casos na Internet. "A Internet hoje é um grande veículo de comunicação e é poderosíssimo. Precisa ter um regramento próprio".
- "É bom deixar claro que a liberdade de expressão é a regra, mas não podemos absolutizá-la frente à dignidade e à honra alheia". Segundo ele, existem iniciativas legislativas em tramitação. Mas nada foi definido ainda.
- O blog do estudante Emílio Moreno (liberdade.blogueisso.com) foi criado com o objetivo de discutir as publicações na mídia. "O post sobre a briga no colégio era para mostrar que o fato não havia sido noticiado. Não sei nem como eles viram, meu blog não é tão conhecido", justificou Moreno.
- O valor da dívida já chega a cerca de R$ 20 mil. "Não tenho esse dinheiro. Moro com meus pais e não tenho nenhum bem. O dinheiro do meu trabalho é para pagar a faculdade".
- "Se não tem como pagar, não vai pagar. Agora no dia que tiver algum bem, ele vai ser cobrado", afirma Lauro Araújo, diretor do 11º Juizado Especial Cível.
Gravidez na adolescência 1: um problema de vidas
Sem essa de bairrismo: os bons exemplos devem ser um incentivo para todos, venham de onde vierem. É de São Paulo que chega uma animadora informação: a da redução de 32% nos índices de gravidez na adolescência. A gravidez na adolescência é apontada como um grave problema social. Estudos da Organização Pan-americana de Saúde atribuem o aumento do número de filhos de mães menores de 20 anos ao fato de que “o conhecimento sobre a relação sexual livre se difunde mais rapidamente entre os adolescentes, que o conhecimento sobre os efeitos biológicos e psicológicos adversos na gravidez nessa idade, tanto para a mãe quanto para o filho”.
Pesquisas mostram que no Brasil é na classe social mais pobre que se encontram os maiores índices de fecundidade na população adolescente (26%c das adolescentes entre 15 e 19 anos tiveram filhos, enquanto nas classes de renda mais elevada o índice foi somente de 2,3). Estima-se que no Brasil de 20% a 25% do total de mulheres gestantes sejam adolescentes: há uma gestante adolescente em cada cinco mulheres. Fica clara a necessidade de incentivar programas (muitos existem, mas será que saíram do papel?) de educação e prevenção, além de um adequado atendimento médico às jovens e desorientadas pacientes. Estudos revelam ainda que a gravidez na adolescência é, na maioria das vezes, indesejada e acaba influenciando diretamente na vida das meninas que por causa da gravidez, acabam deixando a escola. Pesquisas confirmam que as complicações obstétricas ocorrem em maior proporção nas adolescentes, principalmente as de faixa etária mais baixa. São problemas de saúde como anemia, ganho de peso, hipertensão, infecção urinária e muitos outros causados pela absoluta falta de atendimento pré-natal adequado. Portanto, cuidar das jovens grávidas com programas de esclarecimento e prevenção se faz urgente, especialmente quando se sabe que na maioria das vezes as meninas engravidam sem querer. A gravidez na adolescência é um problema de vida. De duas vidas.
Gravidez na adolescência 2: pobres meninas grávidas
Às vezes é preciso ser repetitivo para criar consciência. A sempre duscutida gravidez na adolescência é, queiramos ou não, um problema de saúde porque lota hospitais e coloca em risco a vida de muitas jovens e seus bebês. Com base nas Estatísticas de Registro Civil o IBGE chama atenção para o número de adolescentes que ainda engravida: 20,5% dos nascimentos registrados (um em cada cinco gestações) ocorrem entre meninas com menos de 20 anos.
Não resolve ficar olhando e lamentando os números: é urgente uma política mais abrangente de orientação. A educadora sexual Maria Helena Vilela lembra que “diversos fatores contribuem para a gravidez na adolescência, mas é certo que meninas com projetos de vida, escolaridade, objetivos e orientação em casa engravidam muito menos”.
A educadora diz ainda que as adolescentes nas classes sociais mais favorecidas têm melhores condições de fazer abortos com mais garantias e por isso mesmo a gravidez precoce registrada na classe social mais baixa é alta. A constatação confirma que o aborto é praticado livremente em consultórios ou clínicas luxuosas, mas só é permitido aos que podem pagar caro. A hipocrisia, não permite que adolescentes mais pobres tenham direito e liberdade de escolher se querem ou não a maternidade.
Uma das soluções é a conscientização da prevenção: segundo especialistas quase a totalidade dos jovens sabe do que tratam as pílulas e camisinhas, mas não necessariamente usam esse conhecimento em seu benefício.
Para a ginecologista Vera Fonseca, “a pobreza é fator determinante para a gravidez entre as adolescentes, não apenas por conta da dificuldade de acesso à informação e aos métodos contraceptivos. Quando elas não têm perspectiva de vida a maternidade lhes parece um bom negócio”.
Além de acesso a informação é fundamental dar às meninas perspectivas de vida, de futuro: a gravidez não pode ser uma válvula de escape, uma espécie de bolsa família para quem nada mais tem a perder e acredita que com um filho vai ganhar. Perde mais: em geral os pais não assumem a responsabilidade e a mãe adolescente passa a viver em condições até piores do que as de antes.
Definitivamente não é o que queremos para as meninas do Brasil. Gravidez precoce é problema de saúde que precisa de solução urgente com ampla e definitiva discussão, inclusive sobre o aborto, que pé feito por aí aos montões, mas só por quem pode pagar..e pagar caro.
...e Clarice não virou lixo
Será o Verão da Clarice Lispector? Beth Goulart encena a peça "Simplesmente Clarice", monólogo adaptado sobre a vida e a obra da escritora; há uma exposição no CCBB; e, agora, o lançamento da biografia Clarice, (assim mesmo, com vírgula no título) do americano Benjamin Moser, editada pela Cosac Naify. Nos EUA, o livro foi lançado com o título Why This World (em português, Por Que Este Mundo) e tem recebido elogios da crítica. Moser se empenhou em cinco anos de pesquisa para relatar a vida de Clarice. Lendo recente matéria sobre este livro no Prosa & Verso, do Globo, lembrei-me de um breve contato que tive com a autora de A Hora da Estrela. Se não estou errando a data, foi em 1976, na revista Fatos & Fotos. Clarice Lispector entrou na redação no 7º andar do prédio da Manchete, na rua do Russell. Chegou com Adolpho Bloch. Um par de brasileiros nascidos, por acaso, na Ucrânia. Adolpho queria nos apresentar a escritora e dizer que, a partir daquela semana, ela seria colaboradora da revista para escrever crônicas, entrevistar personalidades, o que preferisse. À sua maneira - testemunhamos outros episódios semelhantes - Adolpho apoiava a amiga, que vivia dias difíceis. A visita durou poucos minutos, o suficiente para troca de telefones, combinar como enviaria os textos, como marcaria fotógrafo, quando entrevistasse alguém, pagamento etc. Se ninguém decifrou Clarice - Benjamin Moser bem que tenta isso em seu livro de mais de 6oo páginas - não seríamos nós da então jovem equipe da revista que o faríamos naqueles poucos minutos. Podemos dizer que conhecemos Clarice naquele fim de tarde, quase hora de sair para o "terceiro expediente" no bar do Novo Mundo? Não. Foi só um flash a mais na agitada redação de uma revista ilustrada.
Moser afirma no livro que Clarice Lispector foi incompreendida. O livro relata episódios que traduzem essa incompreensão. "Lixo, sim: lançamento inútil". Foi como definiu, em julho de 1974, a revista "Veja" o livro "A Via Crucis do Corpo", de Clarice Lispector. O "Jornal do Brasil", onde ela trabalhou, atacou: "teria sido melhor não publicar o livro, em vez de ser obrigada a se defender com esse falso desprezo por si própria como escritora". Por arrogância - essa deformação frequente da mídia -, puro moralismo ou para agradar aos poderosos de então, os críticos se incomodaram com o teor do livro, que consideraram pornográfico.
Clarice não viveu muito após aquela visita à Fatos & Fotos. Morreu em menos de um ano depois, em fins de 1977.
E, ao contrário do que prediziam a revista e o jornal, não virou lixo.