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sábado, 28 de novembro de 2009

Papel higiênico dá rolo


por Gonça
O anúncio do papel higiênico Neve em que é imitada a voz do presidente Lula e faz referências à ministra Dilma Roussef tem sido discutido mas, aparentemente, os dois personagens estão dando a mínima. Pelo menos até agora não se manifestaram. A coluna de Mônica Bergamo, hoje, na Folha, tem uma nota com o título Rádio derruba veto a anúncio que satiriza Lula e Dilma. Dá a falsa impressão de que algum órgão oficial teria censurado o comercial. Na verdade, como a nota deixa bem claro, a rádio CBN voltou atrás em sua própria decisão de tirar o comercial do ar. Escreve a colunista: "A campanha havia sido veiculada na manhã de quinta-feira (26) no Rio e depois saiu da programação. Rubens Campos, diretor-geral do Sistema Globo de Rádio, afirmou ter ficado "preocupado" com a peça publicitária. Campos é também do Conselho de Ética do Conar (Conselho de Autorregulamentação Publicitária). A entidade, porém, declarou oficialmente que não via motivos para a proibição."

Satirizar personagens públicos é recurso que a publicidade usa há décadas. Nada demais. O comercial é até bem-humorado. Se fosse bolado antes de 2003, podia ser com Fernando Henrique e dona Ruth. Intelectual também usa papel higiênco. Nesse caso, não sei se seria condenado ou não pela imprensa, mas qual o problema? Quem se sentir incomodado ou achar que o comercial é grosseiro e de péssimo gosto, mude de papel. Por exemplo, use um jornal e marque seu protesto. Ou pegue o seu lixo do banheiro e mande por Sedex para o fabricante ou para a agência que criou o anúncio. Boicote o produto. Há outras marcas nas prateleiras dos supermercados. Qualquer coisa, menos censura. Ouça o comercial no link e tire suas conclusões. Lula, Dilma e o papel higiênico