por Gonça
Andrade, Roberto Dinamite, Zico, Alcir, Rondinelli, Juninho Pernambucano, Junior... Haverá outros nessa seleção de jogadores para os quais a bola pulsa no ritmo do coração. Sou vascaíno. O Flamengo, pra mim, é o nome de um bairro, simpático, por sinal. Dizem que este que reproduzo aí ao lado - em homenagem aos rubro-negros Debarros e Neria, amigos deste blog -, é o escudo do clube.
Por que escrevo sobre o título conquistado por um rival histórico? Porque lá no banco estava um cara que merece muito mais respeito do que lhe dedica o futebol brasileiro. Andrade era o eterno interino. Quando as coisas iam mal, entre a saída de um treinador com salário de marajá e a chegado de outro com contra-cheque de sultão, Andrade segurava as pontas. "Chama o Andrade", dizia o cartola. Invariavelmente, o ex-jogador pegava o time em crise, arrumava aqui e ali, até entregar o comando ao treinador-estrela da vez e sair de cena. Ontem, lavou a alma. E, com a modéstia de quem sabe o que faz, nem pegou um microfone e berrou um "agora vão ter que me aturar".
O Flamengo já estava no coração de Andrade. Está lá desde sempre, desde 82, quando foi campeão ao lado de Raul, Leandro, Adílio, Zico, Junior... Mas desde ontem, chegou a vez de Andrade ocupar seu lugar no coração do Flamengo.
E não é como interino.
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3 comentários:
Obrigada, amigo Gonça, pela parte que me toca.
Você tem razão: Andrade, mais do que qualquer outro, mereceu a conquista.
Ontem, depois do jogo, dei uma volta pelo Leblon e o cenário era de sonho: tricolores e botafoguenses, devidamente paramentados, abraçados aos rubro-negros em perfeita harmonia e paz comemoravam a permanência no grupo A.
Muitas crianças brincando, adolescentes e adultos de todas as idades rindo, cantando e dançando.
Voltei pra casa e, decepcionada, descobri que tudo tinha acabado em briga e confusão.
Lamentável toda esta selvageria em meio a uma festa tão "família".
É isso aí Gonça, se nos alegramos com o campeonato do Vasco, que o trouxe de volta ao lugar de onde nunca deveria ter saido, ficamos mais alegre e felizes com a solidariedade de vocês, vascainos, com o hexacampeonato conquistado pelo Andrade dirigindo o heróico time de futebol da Gávea, que veio lá debaixo da tabela, para chegar em primeiro e merecido lugar.
Não "boa idéia", tudo nào acabou em briga e confusão, tudo acabou em festa alegre de um povo – carioca – que viu os seus times conquistar os seus postos de honra na tabela de classificação do campeonato brasileiro. Essa selvageria, na verdade, foi muito pequena, a mídia – como sempre sensasionalista – deu destaque a a esses atos de agressão e violência querendo ganhar audiência, nada mais que isso.
Na verdade, conquistarém.
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