por JJcomunic
Há anos a Folha de São Paulo lutava na justiça para ter acesso às notas fiscais entregues à Câmara pelos deputados para justificar a tal "verba indenizatória". Conseguiu. Está na edição de hoje. O jornal obteve informações de cerca de 70 mil notas. É uma amostra quase mínima do reembolso criado em 2001. A Folha publica matéria com a primeira avaliação. Bingo! Há notas de empresas fantasmas, endereços fictícios etc. Os deputados juntam a papelada para justificar o adicional mensal de R$15 mil. Haja recibo de aluguel de carro, de seguranças, de pagamentos de "consultoria", empresa de táxi aéreo instalada em cidade que nem pista de pouso tem...
E, não faltou dizer na reportagem, a caixa-preta da "verba indenizatória" foi criada em 2001 por Aécio Neves, quando era presidente da Câmara. O próprio, o Aécio presidenciável do PSDB. O mineiro inventou o benefício como uma forma de dar aumento aos colegas e a si próprio. Diz a Folha "o uso do dinheiro era flexível, bastando apresentar uma nota fiscal e alegar que a despesa era relacionada ao exercício do mandato". Vamos raciocinar? O objetivo da "verba" era dar um aumento disfarçado aos deputados. Certo? Supondo que eles gastassem o extra em despesas verdadeiras, não sobraria nada para o bolso de suas excelências e então não seria aumento. Certo? Daí que, para engordar as contas das figuras, só mesmo criando despesas fictícias. Uai, sô, elementar!
Um comentário:
como diria Chico Buarque, eles fazem tudo sempre igual, são os mesmos...
Postar um comentário