domingo, 21 de fevereiro de 2016

Kalamazoo, a canção... bem antes da tragédia.

O swing de Glenn Miller em "I've got a girl in Kalamazoo". cena do filme "Serenata Azul (Orchestra Wives).
por Niko Bolontrin
As agências de notícias acabam de informar sobre mais um massacre nos Estados Unidos. Um atirador matou seis pessoas aleatoriamente  no condado de Kalamazoo, no Michigan. O homem foi preso e a pequena cidade - de pouco mais de 200 mil habitantes - entra no circuito de tragédias semelhantes. Até aqui, seu rótulo era tão somente musical. Foi cantada por Glenn Miller no filme "Orchestra Wives" ("Serenata Azul", no Brasil), de 1942. Reveja a cena e ouça no vídeo I've got a girl in Kalamazoo". Clique AQUI  

A noite em que o homo sapiens pegou a mulher neandertal em uma caçada de sexo selvagem

A ilustração acima foi criada pelo artista Tom Rhodes, que resolveu inserir mulheres na cadeia evolutiva. Cientistas provam agora que há 100 mil anos um homo sapiens olhou para trás, gostou do que viu e pegou uma mulher neandertal. Como consequência, embolou a evolução e, por isso, carregamos até hoje um traço neandertal no DNA de cada um de nós. O que deve explicar muita coisa. O surgimento do "homo coxiens", o popular "coxinha", por exemplo. 
por Omelete
Há 100 mil anos, um homo sapiens pegou uma mulher neandertal. É o que cientistas do Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva, na Alemanha, acabam de descobrir. Até agora não havia provas dessa pulada de cerca na cadeia evolutiva em data tão remota.
A mulher neandertal não era nenhuma gata. Testa baixa, rosto projetado, ossos sobre órbitas oculares tão salientes que mais lembravam uma marquise, braços e pernas magros e fortes, sem sinais de obesidade ou celulite. Vista de costas, ela em nada lembrava uma Beyoncé, ao contrário, a bunda da madame neandertal tendia a ser achatada de tanto que era pressionada contra o granito das cavernas seja no sono, durante os afazeres, ou no rala-e-rola ao receber o parceiro que voltava da caça.
Pois vai que estava o homo sapiens em dias nada moles de abstinência sexual, em plena e desolada Sibéria, quando resolveu se lixar para a tal cadeia evolutiva, olhou para a fila de trás, viu que era tranquilo, era favorável, e encarou a neandertal disponível. O sujeito não deve ter contado pra ninguém. Certamente temia sofrer bullying na comunidade se o fato viesse a público, já que os sapiens se achavam superiores à raça anterior. E aí, os cientistas na falta do que fazer foram xeretar o genoma de uma mulher neandertal e encontraram os vestígios de uma noite de sexo sexo sem camisinha em uma caverna da fria Sibéria. Dito isso, por causa desse passo atrás e de outras orgias - com o tempo, todo mundo da galera sapiens quis provar as qualidades da dona encrenca neandertal - os pesquisadores constataram que nós, os seres metidos a moderninhos de hoje, carregamos no DNA traços neandertais. Uns mais do que outros, como provam certos políticos e a gênese de um novo ser em pleno Século 21: o " homo coxiens".

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Sindicato do Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro realiza assembleia nesta terça (23/02) para reformar Estatuto

(do SJPMRJ)
Mudar para melhorar. O Sindicato realiza nesta terça-feira (23/02), às 20h, assembleia para a reforma do Estatuto da entidade. A mudança tem o objetivo de adequar o texto ao novo Código Civil e aprofundar a democracia e a participação dos jornalistas nas decisões da categoria. Não estão em debate alterações nas regras eleitorais do Sindicato. O encontro será no auditório João Saldanha (Rua Evaristo da Veiga 16, 17º andar – Centro).
A principal alteração em debate é o fim do presidencialismo e a adoção de um colegiado na diretoria. A ideia é que os diretores se dividam por secretarias temáticas, com coordenações rotativas: assuntos jurídicos, administração e finanças, combate às opressões, comunicação, formação sindical e relações institucionais. Cada uma dessas terá três diretores, que se revezarão na coordenação da diretoria a cada ano. Os coordenadores formarão uma executiva, que será rotativa, e terá participação de todos os membros da diretoria.
LEIA MAIS NO SITE DO SINDICATO DOS JORNALISTAS PROFISSIONAIS DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO. CLIQUE AQUI

ATUALIZAÇÃO: O Sindicato adiou para segunda-feira (29/02), às 20h, a realização da assembleia que vai discutir a reforma do Estatuto. A partir de segunda-feira (22/02), os associados poderão acessar detalhadamente as propostas de mudança no texto que foram sugeridas e encaminhadas na plenária que discutiu o tema, em novembro do ano passado – e, desde então, tem sido divulgadas amplamente. Os jornalistas podem ainda enviar sugestões para a reforma estatutária em nosso evento no Facebook e também no dia da assembleia.

Onda de imigração na Europa: capa de revista polonesa provoca polêmica


por Jean Paul Lagarride (de Paris)
A revista wSieci, um espécie de Veja de Varsóvia, é porta-voz da direita polonesa. A última edição está no meio de uma polêmica por publicar uma capa provocante e uma matéria condenando veementemente a atual onda de imigração na Europa. A chamada de capa, algo como "Islamismo - Europa Estuprada", relaciona os acontecimentos do último réveillon - quando vídeos mostraram imigrantes assediando jovens alemãs nas praças de Colônia - como um padrão simbólico da "invasão" muçulmana. Leia alguns trechos da matéria que está sendo condenada nas redes sociais como preconceituosa por generalizar a análises e ignorar que populações fogem das guerras provocadas quase sempre pela desastrada política das grandes potências para a região.
* "Estamos testemunhando o choque de duas civilizações nos países da velha Europa - a civilização ocidental e a civilização muçulmana. Duas civilizações que, nos últimos 14 séculos não deixaram de lutar entre si. Cada uma delas tem sua própria identidade e história. Deve-se aproveitar esta oportunidade para recordar o significado da palavra "civilização". É mais do que cultura, arquitetura, música, gastronomia ou maneira de vestir. É a visão de mundo, sustentada pela religião - o cristianismo e o islamismo". 
* "O duelo destas duas civilizações é inevitável. Na verdade, é impossível negá-lo, porque ele já em curso: - muçulmanos que vêm para a Europa trazem conflitos com o mundo ocidental em si como parte da consciência coletiva. Isso faz com que cultivar sua identidade, independentemente de estarem fortemente ligados à religião, ou não. Europa, no entanto, que durante séculos foi um modelo inatingível de maturidade civilizacional, fundada nos valores cristãos, é capturada por uma civilização alienígena, que flui para a rota dos Balcãs e em todo o Mediterrâneo a partir da África e do Oriente Médio. Como afirmou o historiador britânico Arnold Toynbee: "Civilizações não morrem, civilizações cometem suicídio."

Deu na Carta Capital: interceptação telefônica flagra pastor que abençoa propina da máfia tucana da merenda escolar de São Paulo...



Reproduções/Carta Capital

Se há uma coisa da qual não se pode acusar os corruptos de todos os partidos é da falta de criatividade. Agora deu para aparecer pastor no submundo dos escândalos. A função remunerada do sujeito é dar "apoio espiritual" às diversas máfias de colarinho branco. Além de um caso em que uma igreja foi usada para lavar dinheiro, a badalada Lava-Jato já constatou a ação de um desses "homens de Deus" que, por participação na bufunfa, oram pelo sucesso da roubalheira. Na caso do desvio de verbas da merenda escolar, em São Paulo, o "entregador" da propina diz que entrou dinheiro grande e que vai "dizimar". O pastor tranquiliza o elemento: "Vamos deixar Deus cuidar de tudo".

Leia na matéria da Carta Capital
Interceptações telefônicas realizadas durante as investigações da máfia da merenda em São Paulo mostram que um vendedor da cooperativa Coaf pediu a benção de um pastor para transportar 80 mil reais em propinas. O vendedor Carlos Luciano estava preocupado porque um mês antes um outro integrante da quadrilha havia sido preso com 95,5 mil reais quando se aproximava da cidade de Taiúva, interior do estado.
Na chamada realizada no dia 18 de novembro às 17h16, Carlos Luciano conversa com um pastor sobre a entrega. Carlos diz que está “angustiado” em função da remessa. O pastor responde “não é só você não, amanhã vamos ficar nóis (sic) tudo ansioso esperando a resposta”. Carlos diz que está levando uma “comissão” de 80 mil reais a uma “pessoa de confiança” e seria “onça sobre onça”, possivelmente se referindo a notas de 50 reais. Carlinhos diz esperar a “benção de Deus”.
O vendedor diz que “vai estar orando” e o pastor diz que “Deus vai cuidar”. Lopes acabou sendo preso no início desse ano junto de outros seis investigados. Todos já foram soltos.
LEIA A MATÉRIA COMPLETA, CLIQUE AQUI

Prêmio Petrobras de Jornalismo - Inscrições serão encerradas no dia 26 de fevereiro.

As inscrições para o Prêmio Petrobras de Jornalismo 2015 vão até a próxima sexta-feira, dia 26. Serão contempladas as melhores reportagens nas categorias nacional, regional e internacional, veiculadas em jornal/revista, emissora de televisão, emissora de rádio e portal de notícias na internet, nas áreas de Petróleo, Gás e Energia; Responsabilidade Socioambiental; Esporte; Cultura, além da melhor foto nacional e da melhor regional. A novidade desta edição é a categoria especial, que irá premiar a melhor reportagem no tema Transparência e Governança Corporativa, na categoria nacional ou regional. Os correspondentes internacionais também poderão inscrever matérias neste tema, dentro da própria categoria internacional. Podem concorrer matérias e fotos publicadas entre 10 de abril de 2014 e 9 de julho de 2015. Todas as matérias inscritas concorrem ainda ao "Grande Prêmio Petrobras de Jornalismo" para a melhor reportagem. As inscrições devem ser realizadas através do link disponível no endereço eletrônico www.premiopetrobras.com.br. Na página, o jornalista pode acessar também o regulamento completo do prêmio.
O ganhador da categoria especial, os vencedores da categoria nacional em cada uma das áreas e em cada tipo de veículo, o ganhador da categoria internacional e o autor da melhor foto nacional vão receber R$ 18.250,00. Os vencedores da categoria regional em cada uma das áreas e o autor da melhor foto regional ganharão R$ 7.600,00. O vencedor do Grande Prêmio Petrobras de Jornalismo receberá R$ 31.800,00. Todos os valores são brutos.
Os trabalhos serão avaliados por uma Comissão de Pré-Seleção, composta por oito jornalistas com experiência profissional comprovada. Os dez melhores trabalhos selecionados por tema e categorias serão encaminhados à Comissão Julgadora, formada por seis profissionais renomados da imprensa.

Mais informações pelo e-mail contato@premiopetrobras.com.br ou pelo telefone (21) 3224-2312.

Fonte: Petrobras/Gerência de Comunicação Interna e Imprensa / Comunicação e Marcas

Tá tudo dominado: a agência Pública, de reportagem e jornalismo investigativo, mostra como o Congresso tem dono... E não é o cidadão

As bancadas que mandam no Congresso. Reprodução/Pública
Se você acha, ingenuamente, que governos e partidos políticos controlam o Congresso, melhor deixar de acreditar em duendes, mula sem cabeça, fadas, Papai Noel e cair na real. Um bom primeiro passo é ler matéria da Pública com o mapa do plenário dominado.

"Caso Chupa Folha": jornal perde em 1ª Instância ação contra autor de acróstico

Reprodução
Segundo o site especializado Comunique-se,  a Folha de São Paulo perdeu, em 1ª Instância, processo por danos morais contra o jornalista Pedro Ivo Tomé, autor do acróstico ‘Chupa Folha’ embutido em um último obituário que escreveu ao saber que estava demitido.
Segundo a juíza Andréa Góis Machado, da 69ª Vara do Trabalho da Capital, a notícia do caso “não atingiu proporções tão significativas” quanto a empresa alegou. E a Folha não comprovou que o jornalista tenha sido responsável pela divulgação do fato em blogs e sites. O jornalão da família Frias recorreu. O jornalista também move processo trabalhista contra a Folha.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Memórias da redação: o time de futebol que fez história no Torneio Manchete


O time - Técnico: França, da Expedição. Em pé: Goleiro: Nilton, da Arte Final, 7º andar; Renato, do Dep. de Fotonovelas; Bahia, da redação da Manchete; Fernando Nentes, da Expedição; Augusto, programador da Rádio Manchete FM; Robertinho, da Revista Geográfica. Agachados: Carlinhos, Expedição; Luis, do Mário Baldo, 9º andar; Nilton Muniz, da sala do Zevi, no 11º; e Lilica, da redação da Fatos&Fotos. Foto: Arquivo Pessoal Nilton Muniz


Ao revirar o baú, achei também essa carteirinha
da Suderj, que nos proporcionou assistir "a serviço"
muitos clássicos no Maracanã. O detalhe é a função
de "teletipista", que nem existe mais.
por Nilton Muniz 
Dia desses dando uma viajada no blog Panis, através  da leitura de algumas boas memórias - põe boa nisso! - da redação, me deparei com um texto sobre o prof. Arnaldo Niskier e suas façanhas enquanto jogador de futebol ("Deu no Globo; Arnaldo Niskier e o time de peladeiros da Manchete", datada de 05 /07/2011)). Naquela ocasião, falava-se de alguns "escretes" que foram formados na redação, inclusive o time da revista Manchete, do qual Ney Bianchi fez parte. Tudo muito bom. Aí, visitando o meu baú - sim, não só Gonça, Sr. Olho e Arnaldo têm - achei esta preciosidade: um time, em sua essência de contínuos - que publico aqui e tenho certeza de que muitos desconhecem a existência -, e que deu muitas alegrias (sem nenhuma modéstia) a quem acompanhou seus jogos. Foram dezenas.
Nesta oportunidade, cabe fazer essa reparação histórica, pois o time existiu, foi batizado de "Os Meninos da Expedição" e jogava por música. A formação surgiu assim: o Soares, chefe dos Transportes, sempre que tomava umas e outras  -  e isso era constante - dizia para quem quisesse ouvir que o time do Transporte não tinha adversário na empresa e que já estava cansado de assistir seus motoristas golearem o pessoal  da Arte Final, da Frei Caneca (encabeçado pelo Nilton Rechtman, da Assinatura, e até um combinado da gráfica de Parada de Lucas com Água Grande, do time do Arquivo Fotográfico e da Pesquisa, além de uns adversários meio mequetrefes ali mesmo do Aterro.  E, não sei foi coincidência ou não, no mesmo momento de um desses desabafos, foi divulgado no prédio que seria realizado uma competição que se chamaria Torneio Manchete. Isto foi em 80, portanto, o primeiro torneio. Como o França e o Horácio, da Expedição, já estavam de saco cheio da ladainha do Soares, resolveram montar um time de contínuos, os populares "siris". Foi reunido o pessoal  lá no subsolo, mas nem todos os contínuos quiseram participar. Aí nós convidamos o Renato (Fotonovela), o Nilton (goleiro) que tinha sido contínuo do Mário Baldo e estava na Arte Final, no 7º andar, e o Augusto, da Rádio Manchete FM. Os demais trabalhavam pagando contas e levando e trazendo correspondências.
A formação foi feita a toque de caixa, em menos de uma semana. Para se ter uma ideia, esse uniforme da foto (a camisa era verde) conseguimos emprestado em cima da hora. Ninguém se conhecia de ter jogado antes. Pois bem, nos inscrevemos. Junto com o time do dep. de Assinaturas, Nilton - Frei Caneca; Transportes Russell e da Arte Final (jogou, inclusive, o glorioso Charuto, lembram), da revista Desfile. Tudo aconteceu em um sábado escaldante. Fizeram o sorteio e nós pegamos o pessoal da Arte logo no jogo de abertura. Até então éramos considerados "pangarés". Um jogo meio truncado e cheio de firulas, cera, bicos na bola em direção as pistas do Aterro (principalmente quando perdíamos por 1 a 0 no primeiro tempo e não tinha bola substituta), queda em campo, amarração prolongada de cadarços e o escambau, tudo isso por conta do nosso adversário. Mesmo assim vencemos de 3x1, e fomos para a final com o "temido" time dos Transportes. Resumo da ópera:  3 x 0 para os contínuos.
Por muito tempo, o troféu ficou exposto na Expedição, sobre a mesa do França, e a zoação comeu solta no ouvido do "timaço" do Transporte.
Depois disso, ficamos invictos por quase seis meses ali mesmo no Aterro, e participamos de um torneio que a gravadora do cantor Bebeto realizou lá no Lespam, na Penha, junto com outros veículos de comunicação: O Dia, Rádio Globo e Jornal do Brasil.  Fomos sorteados para enfrentar o time do Bebeto, que trouxe todo o time profissional do Mesquita. Perdemos de 1 x 0.
O time era tão afinado que o saudoso Severino Dias resolveu apadrinhar e bancar cerveja e salgadinhos vindos da cozinha da Bloch a cada vitória. Até o Marechal aparecia vez ou outra para dar um incentivo. Bebemos muito na conta do "maitre" oficial. Na euforia, Severino às vezes emprestava a chave da 'suíte' que tinha reservada no Hotel Presidente, que ficava na mesma rua do Praia Bar,  caso precisássemos desovar alguém ali pelas imediações. Só recomendava não esvaziar o frigobar. Afinal, tínhamos vinte anos e nenhum dinheiro no bolso.
Depois, o time foi se dispersando. Alguns contínuos sairam da empresa e outros foram trabalhar em outras funções e os que chegaram não possibilitaram dar sequência. Mas foi um período mágico. Espero que exista ainda alguém que possa dar seu testemunho sobre a existência deste time. Quem sabe o Vicentinho?  Ou o Macarrão, também contínuo da redação e fiel escudeiro do Cony,  que depois foi para o JB e muito tempo atrás o encontrei no Jornal O Dia e que nos acompanhava em todo jogo. Tempo bom!

Lipoaspiração nos telejornais? É o que conta o colunista Daniel Castro, do site Notícias da TV... A Globo desmente


(de Daniel Castro/Notícias da TV)
Discreta e silenciosamente, a Globo se livrou de todas as apresentadoras de telejornais acima do peso nos últimos anos. A primeira foi Mariana Godoy, do SP TV, transferida para a GloboNews em 2011. Depois, viraram repórteres Renata Ceribelli (Fantástico) e Ana Paula Campos (Globo Rural). A última foi Christiane Pelajo. Fora do Jornal da Globo desde outubro, ela estreia um novo telejornal na GloboNews no próximo dia 29. Na Globo, só sobraram magras. Gordinhas só na reportagem ou nas afiliadas.
LEIA A MATÉRIA COMPLETA NO NOTICIAS DA TV, CLIQUE AQUI

World Press Photo anuncia vencedores de concurso


VEJA GALERIA DE FOTOS NO SITE DO WPP. CLIQUE AQUI

Deu no Sensacionalista...

Reprodução/Sensacionalista

Exclusivo: vaza mensagem com leis do sigilo que serão implantadas pelo futuro presidente da República...

Reprodução da mensagem vazada. 
por Omelete
Geraldo Alkmin é um pré-pré-candidato a presidente. Se eleito, periga levar para o Planalto uma das suas mais sinistras manias: a mordaça.  Bobeou, o Geraldo assina uma lei qualquer de sigilo em São Paulo. O governo do Estado de São Paulo acaba de determinar um prazo de 50 anos e até 100 anos de sigilo para todos os registros e boletins de ocorrência e dados de qualificação de autoridades estrangeiras, além de outras providências. Alkmin fixou sigilo para documentos produzidos pelas polícias Civil e Militar do Estado. A lei da mordaça pode até chegar a 100 anos. O decreto vai contra a Lei de Acesso à Informação, um reconhecido avanço do Brasil pós-ditadura.
E se o homem for presidente?
Uma alta fonte do Viaduto do Chá revela que há no "programa de governo" do futuro presidente uma previsão para "ordenamento da informação".
O informante não teve acesso ao documento completo mas conseguiu reproduzir parte de uma mensagem de Whatsapp com 25 itens que serão objeto de futuras leis do sigilo federal.

1 - A súmula do jogo Alemanha 7 x 1 Brasil receberá um carimbo de confidencial até 2066.
2 - Todas as receitas emitidas por Dr. Geraldo Alkmin como médico permanecerão secretas até 2116.
3- Os documentos da privataria serão top secret até meia noite de 31 de dezembro de 2116.
4 - O teste do pezinho do suposto filho de FHC com a jornalista Mirian Dutra ficará sob sigilo até 2120.
5- Como parte do projeto de educação do futuro governo tucano, o fechamento em série de colégios públicos será classificado como secreto durante 50 anos.
6 - É proibido divulgar o final da novela das nove.
7 - Questões de abastecimento de água são consideradas de Segurança Nacional e não podem ser divulgadas até 2066.
8 - É proibido fazer previsão sobre o provável vencedor do Big Brother Brasil até a edição BBB250.
9 - Derrotas do Santos, time do futuro presidente, não poderão ser divulgadas até 2036.
10 - As palavras "cartel", "propina" e  "metrô" não poderão ser escritas na mesma frase.
11 - É proibido divulgar que os pedágios nas estradas serão cobrados em dólares ou euros.
12 - A expressão "picolé de chuchu" está banida do idioma português e só será reabilitada em 2116.
13 - Arrecadação de ICMS fica sob sigilo até 2116.
14 - Lista de empresas sonegadoras leva carimbo de top secret até 2216.
15 - A expressão "venda de emendas parlamentares" fica sob sigilo nos próximo 100 anos.
16 - Documentos relativos a Siemens ficam sob sigilo eterno. O governo recomenda que sejam retirados os logotipos e marca da empresa gravados em máquinas, equipamentos e eletrodomésticos.
17 - Tudo que diz respeito ao PCC será classificado sob sigilo até 2116.
18 - Compras de supermercado para a residência do futuro presidente serão registradas em nota fiscal segundo código secreto. Exemplos: Champanhe é "rapadura"; caviar é "pastel". uísque é "croquete". lagosta é "farofa" etc.
19 - Para evitar polêmicas, haverá código semelhante para divulgação das eventuais viagens secretas de parentes do futuro presidente em jatinhos da FAB. Paris passa a ser "Arapiraca" no plano de vôo; Londres é "Aricanduva"; Nova York é "Cambuquira"; Roma é "Cabrália Paulista" etc.
20 - Todas as músicas de Chico Buarque ficarão sob sigilo por 50 anos.
21 - Nas solenidades, após a execução do Hino Nacional, bandas militares deverão tocar uma música qualquer do Lobão. Mas isso fica sob sigilo.
22- Chamar alguém de "coxinha" passa a ser crime. Os sentenciados irão para prisão de segurança máxima e seus nomes ficarão sob sigilo por 100 anos.
23 - Os nomes dos futuros presidentes do BNDES, Banco do Brasil, Petrobras, Caixa etc serão considerados secretos e também obedecerão a códigos para efeito de divulgação na imprensa. O da Petrobras será o "Mané"; do Banco do Brasil, o "Joca"; o da Caixa, "Mano"; do BNDES, "Onotônio".
24 - A futura primeira-dama passará a receber salário sob sigilo
25- Todas as leis do sigilo ficarão sob sigilo até 2116.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Eleições americanas: trabalhadoras do sexo apoiam Hillary Clinton. Se depender delas, republicano que já não é chegado ao esporte vai ficar na saudade...

Reprodução Facebook

Reprodução Facebook

Reprodução Facebook
Em um importante setor da opinião pública, Hillary Clinton está na frente. Cerca de 500 trabalhadoras do sexo organizaram um comitê de apoio à candidata democrata à indicação para concorrer à Casa Branca. O grupo se autodenomina Hookers 4 Hillary (Prostitutas por Hillary) e
oferece descontos de 25% aos clientes que se comprometerem com o voto democrata. As garotas são funcionárias de bordeis legalmente constituídos no estado de Nevada. Uma das principais razões do apoio é que elas apostam que Hillary, ao contrário dos candidatos republicanos, manterá o Obamacare, o sistema público de saúde implantado por Barack Obama que proporcionou pela primeira vez nos Estados Unidos o atendimento médico às sex workers. "Se você é delegado democrata e votar em Hillary, eu lhe darei um almoço grátis e 30 minutos extras para você usar da maneira que quiser", declarou uma militante ao Huff Post. Na reta final da campanha, as mais radicais pretendem fechar as portas do paraíso a quem tiver carteirinha de republicano.

Amar é... faturar juntinho...


por Clara S. Britto
Se a curiosidade é a razão do sucesso das revistas de celebridades, porque a publicidade não pegaria carona nesse fenômeno? Daí, a nova campanha da TIM é um bom exemplo. A atriz e apresentadora Dani Suzuki e o namorado Nikolas Antunes estrelam juntos anúncio da operadora de telefonia. No filme, ele leva uma bronca por não aproveitar o TIM Pré para mandar mensagens de aniversário de namoro para a Suzuki. VEJA O VIDEO, CLIQUE AQUI


Revista Brazil com Z comemora a edição número 100 com entrevista exclusiva: Mirian Dutra, a jornalista que teve um relacionamento com FHC, quebra um silêncio de 30 anos...


LEIA A MATÉRIA NA REVISTA BRAZIL COM Z, 
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MST divulga estratégia contra o golpe...

Em reunião no interior de Pernambuco, o MST formulou a Carta de Caruaru. Ao mesmo tempo em que faz um balanço crítico do governo Dilma Rousseff, os Sem Terra anunciam estratégias da luta contra a conspiração golpista em curso no Brasil.

Carta de Caruaru

1. "A atual crise mundial do capitalismo, iniciada ainda em 2008, causa o aumento do desemprego, do crescimento da desigualdade social, a concentração da renda e riqueza além de intensificar o uso do aparato repressivo do Estado em todas as partes do mundo.

2. O grande capital se mostra incapaz de apontar saídas para essa crise do capitalismo. Acentua-se que será uma crise profunda, prolongada, que exigirá reformas estruturais. E suas consequências sociais são imprevisíveis.

3. No cenário nacional, à crise internacional do capitalismo soma-se o esgotamento do modelo neodesenvolvementista, baseado no crescimento econômico e na distribuição de renda com conciliação de classes, iniciado em 2003.

4. Frente à gravidade da crise, a classe dominante demonstra não ter unidade em torno de um novo projeto hegemônico para o país. Há setores da burguesia que persistem na defesa do modelo neodesenvolvimentista. E há outra parcela que almeja a retomada e o aprofundamento do modelo neoliberal.

5. A presidenta Dilma Rousseff, desde o início do seu 2º mandato, errou em implementar um programa econômico de medidas neoliberais, adotado do seu adversário político, derrotado nas urnas. Tal equívoco causou o agravamento da crise econômica e fragilizou o apoio popular que lhe assegurou a vitória nas últimas eleições presidenciais.

6. Mesmo assim, o governo seguiu cedendo ao grande capital, retirando direitos sociais e trabalhistas e dando continuidade ao ajuste econômico, que mostrou-se fracassado em 2015.

7. As anunciadas reformas trabalhistas e da previdência social – que penalizam a classe trabalhadora e, especialmente, as mulheres camponesas – são inaceitáveis; e, se concretizadas, provocarão uma onda de lutas populares em todo o país contra o governo.

8. Da mesma forma exigimos que o governo enfrente o modelo de agricultura do agronegócio. É uma agricultura financiada pela poupança social e subsidiada com recursos públicos, destinada a atender os interesses do mercado internacional. Esse modelo de agricultura provoca a concentração de renda e da propriedade da terra, aumenta a desigualdade social, produz alimentos com agrotóxicos, promove uma irracional destruição ambiental em nosso país e subordina toda cadeia produtiva agropecuária ao controle e interesses das empresas transnacionais e do capital financeiro.

9. Todo este contexto sinaliza um novo período histórico da luta de classes. Cabe à classe trabalhadora enfrentar o desafio de impulsionar as lutas populares nas ruas, construir a unidade da classe e alimentar o povo brasileiro com os ideais de uma sociedade avançada, socialmente justa e democrática.

10. Urge a classe trabalhadora construir coletivamente, através de todas as mediações, sindicatos, movimentos populares e partidos políticos progressistas, um novo projeto político para o país. Um projeto alicerçado na defesa e no aprofundamento da democracia popular, na distribuição da riqueza e na soberania nacional.

11. A Frente Brasil Popular (FBP), criada em setembro/2015, em Belo Horizonte/MG, logrou unidade de uma parcela da classe trabalhadora em torno de uma plataforma política mínima de um projeto político para o Brasil. Como integrante da FBP, faremos todos os esforços para a sua consolidação nos estados e municípios. Cabe-nos, ainda, a tarefa de ampliar a FBP com outros setores e organizações, além de aprofundar o diálogo com outras Frentes existentes.

12. No campo, diante da ineficiência e apatia do governo em adotar medidas favoráveis à Reforma Agrária, iremos intensificar as mobilizações populares, as ocupações de latifúndios improdutivos e das fazendas, como estabelece a Constituição Federal de 1988, que não cumprem a função social.

13. Lutaremos pela Reforma Agrária Popular, centrada na distribuição da terra às famílias camponesas e em um novo modelo de agricultura brasileira. Uma agricultura que priorize a produção de alimentos sadios, baseada na agroecologia e na cooperação agrícola, associada com a implantação de agroindústrias nas áreas da Reforma agrária.


14. A Reforma Agrária Popular é indissociável do direito da população do campo ter acesso à educação e ao conhecimento. Assim, lutaremos contra o fechamento das escolas do meio rural e exigiremos, para cada área de assentamento, a existência física de escolas que assegurem uma educação pública, de qualidade social e gratuita. Educação é um direito e não uma mercadoria!

15. Juntos com a Via Campesina e os demais movimentos populares do campo, lutaremos pela soberania alimentar de todos os povos, em defesa das sementes como um patrimônio da humanidade, e pelo alimento ser um direito do ser humano e não uma mercadoria que visa apenas os lucros das empresas transnacionais, às custas da miséria e da fome de milhões de seres humanos.

Enfim, assumimos o compromisso de dar continuidade e intensificar as lutas populares de 2015. Iremos, em 2016, voltar às ruas contra forças imperialistas, a direita partidária, o conservadorismo do Congresso Nacional, o oligopólio da mídia, os setores reacionários e golpistas incrustados no aparato estatal. Estes querem fazer o país retroceder nas conquistas democráticas já obtidas, nos direitos trabalhistas conquistados e no avanço das políticas econômicas que reduzem a desigualdade social.

Será um ano de muitas lutas e de superação de desafios na construção da unidade da classe trabalhadora, do reascenso das lutas populares, da solidariedade com todos os povos em lutas e na construção de um projeto político popular para o nosso país".

Fonte: Coordenação Nacional do MST


Deu no Conexão Jornalismo: Esporte Interativo quebra monopólio


(do Conexão Jornalismo)
Canal por assinatura ligado à norte-americana Turner divulgou um Comunicado sobre as negociações em andamento com clubes brasileiros, negociações que têm tirado o sono da concorrência - na verdade, da Globo, que monopoliza as transmissões de futebol há décadas.
A direção do Esporte Interativo enumera, no texto, os benefícios que a assinatura de contratos entre o canal e grandes clubes do país irão trazer, especialmente para os torcedores, que têm se manifestado com entusiasmo em defesa da livre concorrência:
Posicionamento do Esporte Interativo sobre as negociações de direitos de transmissão da Série A do Brasileirão
Temos lido inúmeras notícias sobre o interesse do Esporte Interativo na aquisição de direitos de transmissão da Série A do Campeonato Brasileiro. Não temos o costume de comentar sobre negociações em andamento mas, diante da relevância do tema, de tudo que vem sendo publicado e das milhares de perguntas que temos recebido diariamente dos nossos fãs, decidimos esclarecer alguns pontos importantes:

1. O Esporte Interativo confirma que está negociando com alguns times os direitos de transmissão em TV fechada da Série A do Campeonato Brasileiro, a partir de 2019, ou seja, respeitando os contratos que ainda estão em vigor.

2. Nossa proposta representa para os clubes um aumento de mais de 9 vezes em relação à sua receita atual de TV fechada, o que vai abrir a possibilidade de os clubes fazerem investimentos significativos e se fortalecerem ainda mais.

3. Os clubes que aceitarem nossa proposta de TV Fechada NÃO terão qualquer redução de receita em seus contratos atuais de TV aberta ou Pay per View, pois os contratos em vigor são separados e independentes entre si, como determinado pelo Cade com o objetivo de permitir uma concorrência saudável pelos direitos. Ameaças e falta de clareza nas propostas não condizem mais com o ambiente de transparência que o país vive.

4. Um ambiente de livre concorrência pelos direitos e a entrada de um novo grupo na disputa geram benefícios a todos os envolvidos: os clubes terão a oportunidade de investir mais, podendo inclusive trazer do exterior alguns de nossos melhores craques; o campeonato será fortalecido; os patrocinadores terão um retorno maior (podendo aumentar seu investimento!) e, o mais importante, os Torcedores terão mais opções para assistir e se emocionar com sua paixão. Até os canais ganham um incentivo extra para incrementar suas transmissões e oferecer uma experiência cada vez melhor ao Torcedor.

5. A divisão das receitas entre os clubes que fecharem acordo com o Esporte Interativo se dará nos moldes da Premier League inglesa, baseada no princípio do equilíbrio e do mérito, que julgamos ser um sistema que favorece o desenvolvimento do futebol brasileiro como um todo.

6. Com o objetivo de fortalecer os times e o futebol brasileiro, o Esporte Interativo assume publicamente os seguintes compromissos, todos baseados em princípios de justiça em que acreditamos e que já praticamos independente de nossos interesses comerciais:

6.1 Chamar as Arenas e os times por seus nomes, independentemente deste nome ser ou não uma marca comercial.

6.2 Exibir as marcas dos patrocinadores dos times e das Arenas, de forma a valorizar essa propriedade e ajudar os clubes a aumentar ainda mais suas receitas e assim fortalecer o futebol brasileiro.

6.3 Transmitir um número mínimo de jogos de cada time, independentemente do seu estado. Acreditamos que a força do futebol brasileiro está espalhada por todas as regiões e torcidas do país.

Para encerrar, agradecemos o enorme apoio que temos recebido dos torcedores de todos os times, mesmo antes de termos nos pronunciado sobre este assunto. Esse apoio fortalece a nossa visão de que vamos na direção certa. Ficamos emocionados ao ver grandes torcidas espalhadas por todo Brasil se mobilizando pelo sonho de assistir aos jogos dos seus times com emoção de verdade, em canais feitos por apaixonados para apaixonados. A nossa história é de luta, de ultrapassar barreiras e, enquanto contarmos com o seu apoio, não desistiremos dos nossos sonhos. Acreditamos que esse é o momento de começar a mudar o futebol brasileiro. ‪#‎ChegouAHora‬

Ciclismo: atletas do Memorial Girls, de Santos, fazem calendário para promover equipe

Ivan Storti/Divulgação FMA Notícias

Ivan Storti/Divulgação FMA Notícias
por Omelete
Em busca de recursos, a equipe de ciclismo Memorial-Santos/Fupes/Unimes, também conhecida como Memoral Girls, teve a ideia de produzir um calendário com as atletas. Com tiragem de 1.500 exemplares, a peça promocional custa 50 reais. Embora seja um time tradicional, que participa de sua 17ª temporada, o Memorial precisa de apoio para treinamento e para a formação de novos talentos. Grande parte dos equipamentos e acessórios do ciclismo de competição é importada e sofre o impacto da alta do dólar.

Celso Arnaldo Araújo lança livro "Dilmês" no Rio


CELSO ARNALDO ARAÚJO, JORNALISTA QUE CHEFIOU A REDAÇÃO DA MANCHETE, EM SÃO PAULO, LANÇA, NO RIO, LIVRO QUE SATIRIZA O MODO DILMA DE SE EXPRESSAR.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

No Rio, o tenista Rafael Nadal dá bronca em jornalistas durante entrevista coletiva...


Reprodução Brasil 247

por Pedro Fonseca (do Brasil 247)

Tenista espanhol, número 5 no ranking mundial, mostrou certa irritação ontem durante entrevista coletiva no Rio de Janeiro, ao ser questionado sobre o vírus zika e sua má fase na carreira, enquanto busca o primeiro título na temporada; ele aproveitou para fazer críticas à imprensa: "nos meios de comunicação, quando há uma notícia negativa, todo dia se fala do mesmo. Acabam fazendo uma história maior do que ela é"

247 – O tenista Rafael Nadal se incomodou com algumas perguntas durante coletiva de imprensa ontem no Rio de Janeiro, onde participa do Rio Open e busca o primeiro título da temporada, e, sem querer, deu uma aula de jornalismo aos presentes.
Nadal foi duas vezes questionado (pela imprensa internacional) sobre o risco de ser contaminado pelo vírus zika no Brasil. "Sinceramente não posso falar sobre uma situação que não entendo tão bem, não sei quão grave é a situação ou não. Mas vejo as pessoas vivendo com total normalidade aqui. E, quando vejo isso, penso que não seja tão grave. Vejo as pessoas passeando, na praia, nos restaurantes, vida completamente normal", disse o número 5 do ranking mundial.
O atleta aproveitou para fazer críticas à imprensa. "Não quero criticar nada, mas, nos meios de comunicação, quando há uma notícia negativa, todo dia se fala do mesmo. Acabam fazendo uma história maior do que ela é. Em qualquer assunto. Agora é o vírus zika depois será outro. E vão falar todo dia", afirmou.
"Estamos no Rio, evento mundial, não acho que será suspenso, as coisas estão transcorrendo com normalidade. Entendo que se fosse uma catástrofe, não estaríamos vivendo essa normalidade", acrescentou. No começo da entrevista, o espanhol também pediu delicadamente para que os fotógrafos fossem para o fundo da sala – alegou que os flashes não o deixavam ouvir as perguntas.

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Fernando Pessoa em 3D, por Edgar Pêra

por Ed Sá
Um dica para quem for a Lisboa por esses dias. A partir de amanhã estará em cartaz na Casa da Liberdade - Mário Cesariny uma exposição de fotografias em três dimensões inspirada no universo de Fernando Pessoa. ""Lisboa Revistada - Photo-Liturgya Lisboeta & Kino-Exorcismo Pessoano" é o título da mostra do cineasta e fotógrafo Edgar Pêra. São 40 fotografias e um instalação 3D digital para serem observadas em duas dimensões, numa primeira leitura, e em três dimensões com óculos anaglíficos, que possibilitam uma variante da fotografia em três dimensões, na qual cada olho vê uma imagem ligeiramente distinta. A exposição ficará aberta até 12 de março. Sob a mesma abordagem de Pessoa, Pêra lança o filme "Lisbon Revisited".

Sports Illustrated Swimsuit Issue: a edição impressa que ainda desafia a internet

por Omelete
A edição 2016 da Sports Illustrated Swimsuit Issue vem com três capas. Uma delas, os editores consideram como a versão top. É a que traz a modelo plus size Ashley Graham. Pela primeira vez, a revista destaca na sua edição anual alguém que não é o padrão de perfeição que domina a indústria do entretenimento. Mais do que uma modelo, Ashley Graham é uma ativista de curvas fartas que luta contra a ditadura imposta à imagem feminina. Nas duas outras capas estão a lutadora Ronda Rousey, com um maiô pintado no corpo e a modelo Hailey Clauson.
A Sports Illustrated Swimsuit Issue tem tradição. Surgiu em 1964 quando, sem assunto por causa da pausa de inverno no calendário esportivo. o editor apelou para uma modelo de biquini na capa. A edição quebrou as bancas. Brasileiras já estamparam páginas internas mas apenas uma saiu na capa da SIIS: a modelo carioca Maria João, em 1978, fotografada na Bahia. Ela é a mãe da atriz Jordana Brewster. Apesar da decadência das revistas masculinas do tipo Playboy, a SIIS resiste. Sem nudez total, permanece como fenômeno de vendas e continua atraindo publicidade.

Futebol: Faixas, protestos e sonolência jornalística

Reprodução Facebook

Reprodução Facebook

por Flávio Sépia
O futebol é um poderoso fator de audiência na TV. Isso apesar da atual fragilidade dos times brasileiros, que não conseguem segurar os talentos que surgem.
E não apenas pela força dos euros, mas pela ação muitas vezes irregular de certos "empresários" em cumplicidade com alguns cartolas. Os clubes acabam aproveitando pouco o fato de serem os protagonistas do espetáculo e tornam-se reféns da TV.
No último fim de semana, a torcida do Corinthians exibiu faixas de protesto. Há anos, o torcedor reclama dos horários de jogos impostos pela Globo, detentora dos direitos de transmissão, o que esvazia os estádios e, em consequência, torna mais caros preço dos ingressos. Tudo indica que o monopólio está perto do fim. Vários clubes já assinaram com o Esporte Interativo. São acordos válidos a partir de 2019. A Fox também já quebra o domínio global na Libertadores. Uma esperança de que a grade da Globo deixe de obrigar clubes a jogarem 11 da noite, por exemplo.
Será saudável até sob o ponto de vista de uma maior diversidade de opiniões dos comentaristas. Sabe-se que o Vasco, por conta das posições assumidas por Eurico Miranda em gestões anteriores, é alvo da mídia cartelizada no Rio. Há conflitos de torcida em todos os estádios, mas o fato ganha macro dimensões quando acontece em São Januário.
No domingo, após a vitória do Vasco sobre o  Flamengo, dois comentaristas do SporTV, do estúdio, dedicaram mais tempo a superdimensionar conflito de torcida do que a falar sobre o jogo, que era o que o torcedor gostaria de ouvir. Os dois âncoras do estúdio só aliviavam quando a equipe do mesmo canal, que estava em campo, mais fiel aos fatos, mostrava que o tumulto era localizado e acontecera em grande parte três horas antes do jogo, São Januário foi vítima e não fator do tumulto.
Outra aspecto do mau humor jornalístico: coleguinhas comentam que são poucos os colunistas de jornal que vão ao estádio ver jogo. Na maioria das vezes, assistem pela TV. Dizem que Nelson Rodrigues, autor de crônicas geniais, era frequentador do Maracanã, não perdia um jogo, mas cochilava em alguns momentos. Pode ser. Mas o fato de estar presente ao estádio fazia com que ele captasse o jogo, o personagem do jogo que sempre apontava, e a alma do jogo. Estava mais acordado do que muita gente, hoje. Colunista que vê jogo apenas pela TV assume que vai analisar material de segunda mão. Um desses colunistas, provavelmente sonolento diante da TV depois da feijoada de domingo, achou monótono o jogo Vasco e Flamengo.
Amigo, tudo o que aquele jogo não teve foi tédio. Ô da poltrona, pode-se criticar táticas, erros e a falta de jogadores mais habilidosos, mas o jogo foi quente, tenso e disputado como manda a tradição de um Vasco e Flamengo.
Quem estava em São Januário, sabe que valeu enfrentar o calor. Ver aquele gol aos 45 e quebrados do segundo tempo não tem preço.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Viu isso? Perdeu, playboy, não dá mais para sacanear os outros impunemente... olha a rede social aí, gente...


(do Brasil Post) 
Como um gerente sexista e despreparado, policiais militares machistas e uma cliente vítima de assédio - consciente de sua liberdade de ação e da força da internet - contribuíram para jogar no limbo a imagem construída ao longo de 25 anos de um dos bares mais tradicionais da zona oeste paulistana, o Quitandinha Bar, da Vila Madalena.

O episódio aconteceu às vésperas do Carnaval, e a cliente em questão é a paulista Júlia Velo. Em um longo post no Facebook, Júlia relata que estava com amigos no bar, quando foi assediada por dois frequentadores antigos do local. Daí em diante, o desenrolar da história mistura choro, xingamentos, despreparo e machistas da pior espécie travestidos de clientes, PMs e o gerente da casa.

O caso Quitandinha seria mais um entre tantos de assédio sexual - e moral - a mulheres em bares paulistanos, se Júlia não tivesse prometido a si mesma e aos amigos fazer barulho. A hashtag fala por si só: #vamosfazerumescândalo.
LEIA A MATÉRIA COMPLETA NO HUFFPOST BRASIL, CLIQUE AQUI

Nasa lança cartazes de viagens interplanetárias inspirados nos posters de antigamente...

Quando não era possível pesquisar imagens de destinos turísticos na internet, as companhias aéreas e de navegação ou os serviços de divulgação das cidades imprimiam posters para seduzir potenciais visitantes.
Pois o Jet Propulsion Laboratory, da Nasa, com a ajuda dos designers Don and Ryan Clark, acaba de reabilitar o cartaz vintage para promover os ainda fantasiosos destinos interplanetários. Compare, abaixo, os posters da Nasa com cartazes do anos 40/50 que promoviam românticos destinos turísticos.
Detalhe: se quiser, você pode baixar gratuitamente a série de posters da Nasa em alta resolução neste link ( http://www.jpl.nasa.gov/visions-of-the-future/)

OS CARTAZES DA NASA...




...INSPIRADOS NOS POSTERS VINTAGE DOS ANOS DOURADOS




Procurando emprego? Veja como inconfidências nas redes sociais podem derrubar você...

por Clara S. Britto
Segundo especialistas em Recursos Humanos, o recrutamento em empresas, atualmente, vai muito além dos tradicionais currículos. Perfil pessoal, comportamento, interesses, motivações, tudo isso passou a contar muitos pontos. E aí entram as redes sociais, que são instrumentos reveladores dessas características.
O site CareerBuilder revela que mais empregadores estão se voltando para sites de redes sociais para selecionar informações adicionais sobre potenciais candidatos. Segundo recente levantamento, 51 por cento dos empregadores que pesquisam em mídias sociais afirmaram ter encontrado conteúdo que os levou a não contratar determinado candidato (em 2012, esse percentual não ultrapassava 34%).

Veja alguns pontos que empregadores julgam negativos quando pesquisam em redes sociais:
- Fotografias provocativas ou inadequadas
- Falar mal de empregos anteriores ou de colegas de trabalho
- Comentários discriminatórios sobre raça, sexo, religião.
- Comentários sobre excesso de bebidas ou uso de drogas
- Mentir sobre qualificações
- Compartilhar informações confidenciais de empregos anteriores

E conheça alguns exemplo de informações colhidas em redes sociais que ajudaram a eliminar candidatos a empregos: 
- Um postulante apresentou um porco como seu amigo mais próximo
- Outro postou seus exames odontológicos
- Um candidato gabava-se de dirigir bêbado.
LEIA MAIS NO CARREER BUILDER, CLIQUE AQUI

"Mais Médicos": livro do fotógrafo Araquém Alcântara mostra o Brasil que o "Brazil" não vê...

Foto Araquém Alcântara, do livro "Mais Médicos".

Foto: Araquém Alcântara, do livro "Mais Médicos".

Foto Araquém Alcântara, do livro "Mais Médicos".
por Niko Bolontrin
O fotógrafo Araquém Alcântara percorreu 19 estados para construir um painel de imagens de um programa social. Falei programa social. Mas, na atual irracionalidade da disputa política no Brasil, um jogo vulgar e predatório, o programa foi inicialmente tratado como se fosse um cartel de criminosos, uma "operação comunista" para abalar os "valores' da nação. Pura ignorância e má fé. Falo do programa "Mais Médicos". Agressões e racismo foram ingredientes corporativos deploráveis da campanha contra o "Mais Médicos". Pois é, o tempo passou, milhares de prefeitos de vários partidos reconhecem hoje os resultados do programa, mais do que eles, os pacientes, e, na última seleção de profissionais, os jovens médicos brasileiros compunham a totalidade dos inscritos, sem falar que foi mínima a desistência de estrangeiros em meio à temporada. O "perigo comunista" não se confirmou. Os milhões de pacientes pobres agradecem.
Araquém Alcântara/Reprodução Rede Social
É essa realidade que o fotógrafo Araquém Alcântara, com reportagens publicadas na Veja, National Geographic, Geo, Isto É, Icaro, Elle, Marie Claire e Super Interessante, traduz em imagens autênticas e isentas no seu livro "Mais Médicos" ao registrar a ação de cerca de 18 mil profissionais em locais inimagináveis para a turma do ar condicionado, da cadeira de praia, do Brazil elitista e do mau humor político.
Investir em saúde não é um programa de partido político mas um direito assegurado pela Constituição, que a população deve cobrar de presidentes, ministros, governadores, prefeitos e secretários de qualquer camiseta política. Passa longe de ser questão barata de "oposição" e "situação". Se tem defeitos, estes serão sempre menores do que a omissão.
O programa chegou a 15% dos municípios brasileiros que antes não tinham um só médico e se estendeu por outros que tinham apenas um médico para atender a 3 mil pacientes. As vagas abertas para profissionais, que eram menos de 10 mil há três anos, hoje chegam a quase 30 mil, a grande maioria preenchida por brasileiros atraídos pela iniciativa que os conselhos de medicina politizados queriam rejeitar.
O livro "Mais Médicos" é o 19° de Araquém Alcântara, fotógrafo que é um dos precursores na temática ecológica e segue a outras obras suas, como "Terra Brasil", 'Árvores mineiras", "Juréia, a luta pela vida", "Mar de Dentro e Brasil: Herança ambiental", "Estações Ecológicas do Brasil" e "Pantanal".
Araquém definiu, certa vez, a poesia e a crueza da sua arte: “Meu trabalho é a crônica da beleza e do extermínio. Retratos de uma país que breve não veremos mais. Coleciono rostos, paisagens, movimentos, brilhos com a esperança de que não estarão condenados a viver apenas na memória e no papel. Cada imagem que capturo conduz à fé de que a natureza e o homem humilde do sertão e das matas resistirão, apesar de tanta invasão, inconsciência, devastação e morte. O genocídio dos povos primitivos, a miséria, a violentação impune dos ecossistemas – de um lado, de outro a fertilização imensa deste país amazônico, verdadeira sinfonia de belezas. Meu canto é cumplicidade e reverência. Minha fotografia é oxigênio”.
Por sua vez, em texto escrito para o projeto 'Brasil, Memórias das Artes", da Funarte, o jornalista, fotógrafo e pesquisador Pedro Vásquez, ao biografar Araquém Araquém Alcântara, contou como nasceu no fotógrafo paixão pelo ofício:
 "Aos 14 anos de idade, tudo que Araquém queria era ser escritor. Fascinado pelos livros de J. D. Salinger, Lima Barreto, Machado de Assis e Guimarães Rosa, em 1970 prestou a Faculdade de Comunicação de Santos sem saber que, de jornalista, logo passaria à fotojornalista – mudança que só veio a acontecer depois de descobrir o filme A Ilha Nua, de Kaneto Shindo. Quase sem história, o filme retrata a história de um casal que vive em uma ilha, rodeado pela fauna e flora local. A força daquele primeiro encontro com a natureza foi tamanha que, no dia seguinte, quando a amiga Marinilda mostrava as fotos caseiras que havia tirado com a câmera Yachica, Araquém pediu a câmera emprestada (mesmo sem qualquer conhecimento técnico), comprou três filmes em preto e branco e saiu naquela noite mesmo para fotografar no porto de Santos.
“Passei a noite inteira com uma Yachica elétrica 35mm na zona portuária. Não consegui tirar foto nenhuma. De manhã, havia uma prostituta cansada no ponto de ônibus. Me aproximei, bem inibido, e perguntei: “Posso fotografá-la?” Ela levantou a saia e respondeu: ‘Fotografa aqui, seu filho-da-puta!’ e eu fiz a minha primeira foto“.
Depois do episódio, passou a fotografar tudo e todos buscando formas, experimentando técnicas..."

sábado, 13 de fevereiro de 2016

Memórias da redação: Na ditadura não era mole...


Por Roberto Muggiati

Alguns episódios – ao mesmo tempo curiosos e trágicos – sobre os atentados à liberdade de expressão durante a ditadura militar.

• Em 1970, diretor da Fatos&Fotos, fui intimado para uma conversa com um delegado da Polícia Federal sobre uma matéria denunciando o tráfico de mulatas para a Alemanha. Preocupados, lá fomos eu e o Murilo Melo Filho, Diretor Responsável de todas as publicações da Bloch. O delegado, agindo em causa própria, nada mais queria senão se fazer convidar para almoçar com uma mulata amiga dele no restaurante do terceiro andar e emplacar uma matéria sobre a moça no Ele&Ela...

• Em 1978, antecipando a primeira visita do Príncipe Charles ao Brasil (aquela em que ele sambou com a Pinah), Manchete deu matéria de capa com uma foto esplendorosa do Príncipe.
No miolo da revista, havia uma reportagem em preto&branco comprada da revista Stern sobre o novo guru-sensação, o Rajneesh. A matéria abria com uma foto em página dupla mostrando uma dezena de fieis totalmente nus em transe no ashram de Poona, na Índia. Estavam numa atitude religiosa, num ritual de purificação, mas a malícia brasileira viu naquilo uma suruba. Manchete quase sambou também. Assim que a revista foi para as bancas, um juiz de menores (não vou dizer o nome) empreendeu uma cruzada para apreender a edição. Imaginem só o prejuízo! Oscar Bloch saiu em campo com um batalhão de advogados para impetrar recursos contra a apreensão da revista pelo Brasil afora. O tempo jogou a nosso favor e a revista esgotou. Anos depois, o dito cujo juiz de menores foi destituído do cargo sob a acusação (comprovada) de pedofilia...

• Para deter a evasão de divisas, a ditadura inventou nos anos 70 uma taxa provisória de viagem ao exterior, só recuperada seis meses ou um ano depois. Era uma grana preta, o equivalente ao preço da passagem.
Criamos uma capa da Manchete sobre o tema, com uma foto (produzida em estúdio) de um casal jovem da classe média elegantemente vestido, com os pés presos por correntes a bolas de ferro pretas, nas quais estava estampada a quantia do imposto, 12 mil não-sei-em-que-moeda... A capa só saiu depois que Oscar Bloch obteve um nihil obstat do Ministro da Fazenda - o Rischbieter ou o Simonsen, não lembro qual.

• Finalmente, houve a edição em que Adolpho Bloch peitou e deu o troco. O Balé Bolshoi de Moscou tinha uma turnê agendada para o Brasil.
Algum energúmeno de não sei quantas estrelas viu naquilo uma ameaça à soberania nacional. Que mensagens comunistas poderiam estar embutidas no Lago dos Cisnes ou na Suite Quebra-Nozes?
Adolpho Bloch mandou que publicássemos uma reportagem de capa na abertura da revista sobre a importância cultural daquela fabulosa instituição que era o Balé Bolshoi, acima e além de qualquer ideologia.
A ditadura engoliu aquela e nada pôde fazer contra o bravo ucraniano de Jitomir.


Memórias da redação - Acredite... houve um dia em que a censura da ditadura resolveu encher o saco da Fatos & Fotos. Olha o documento aí...

A advertência à Fatos & Fotos. Reprodução (clique na imagem para ampliar)
por José Esmeraldo Gonçalves
A revista Fatos & Fotos não era, obviamente, um alvo da censura da ditadura. Mas a paranoia do regime era tanta que até mesmo a F&F, como revista de variedades, comportamento e entretenimento, mexia na TPM do censor, como se vê na advertência acima enviada a Adolpho Bloch, em 1977, e repassada ao então diretor da revista, Justino Martins.
Um decreto-lei de 1970 havia instituído a censura prévia. Na época, a Bloch encaminhou um requerimento à Polícia Federal solicitando que suas revistas fossem dispensadas da aprovação prévia de matérias. Um representante da Divisão de Censura de Diversões Públicas foi ao prédio da Manchete conversar com Adolpho para fechar o "acordo". Não há registro do teor da conversa, mas a PF, como expressa a advertência acima, firmou o compromisso de manter apenas a EleEla sob censura prévia. A revista masculina já era obrigada a cumprir algumas regras do tipo nada de genitais, um peito só visível por foto etc e zero de entrevistas com personagens opostos ao regime. Ainda assim, a Bloch incorporou aos seus corredores um coronel, uma espécie de "consultor",  que era convocado a opinar sobre as consequências de uma ou outra matéria.
Nessa fase, as reportagens políticas da Manchete chegavam à mesa do editor tão assépticas que jamais deram problema. Em outra ponta, a revista exaltava o "Brasil Grande" e as obras do governo, o que certamente agradava aos milicos. Com tudo isso a Manchete teve pelo menos um atrito no item "agressão à moral e aos bons costumes" - acho que uma edição chegou a ser apreendida - por causa de uma foto em página dupla de uma matéria sobre "amor livre" que mostrava trocentos casais nus, deitados na grama. Até a Pais & Filhos teve uma edição recolhida em função de fotos de amamentação que provavelmente ativaram a libido de algum censor.
A advertência reproduzida acima enquadrava a F&F e ameaçava a revista de censura prévia por matérias sobre lesbianismo, Esquadrão da Morte e um chocante assassinato de uma menina. Em outra ocasião - como revela o livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou" - Justino Martins e o repórter Geraldo Lopes foram convocados à sede da PF, no Rio. Um bandido, que estava preso na Frei Caneca mas que era "liberado" para praticar assaltos, foi morto em um tiroteio supostamente após um desentendimento na partilha do produto do assalto. O repórter descobriu que um delegado, também morto na troca de tiros, participaria do esquema. A revista publicou uma extensa matéria sobre o crime, incluindo a denúncia do envolvimento da polícia. Tão logo a Fatos & Fotos chegou às bancas, Adolpho Bloch recebeu um telefonema do próprio ministro da Justiça, o notório Armando Falcão. Acontece que o policial citado era agente federal. Falcão disse ao Bloch, segundo este revelou, que não se responsabilizava pela reação dos colegas do acusado.
Essa versão - a do suposto envolvimento do policial - sumiu dos jornais e das "suites" do caso.
A convocação de Justino e Geraldo à PF foi pura intimidação, eles logo retornaram à redação. Mas o Ministério da Justiça exigiu que, na semana seguinte, a F&F publicasse uma "biografia" exaltando o perfil e a honestidade do delegado. O que foi feito. E foi assim que o "acusado" de uma semana virou "gente boa" na edição seguinte.

Bala perdida e lei cega...

Na última quinta-feira, no bairro do Riachuelo, na Zona Norte do Rio, bandidos tentaram assaltar um bar. Um deles achou que um cliente ia reagir e atirou, matando dois advogados. O sujeito que atirou tem apenas 15 anos e sete passagens pela polícia. Sete. Na fuga, ele foi baleado por uma pessoa não identificada e morreu. Conclusão: a legislação atual não protege a sociedade e nem o menor que supostamente tenta defender.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Organização Mundial da Saúde adverte: cinema induz jovens a começar a fumar

(da ONU BR) 
Em 2014, seis milhões de jovens norte-americanos teriam começado a fumar por conta de filmes reproduzindo a prática do fumo. No mesmo ano, 44% dos filmes de Hollywood exibiam cenas onde o tabaco era consumido. OMS quer que governos implementem medidas para combater a influência negativa do cinema.
A fim de evitar a exposição de jovens a imagens que retratam a prática do fumo e o consumo de cigarros, a Organização Mundial da Saúde (OMS) quer que os governos implementem classificações etárias mais restritivas para filmes contendo cenas de pessoas fumando. Em novo relatório publicado nesta segunda-feira (1), a agência da ONU alertou para a perigosa influência do cinema sobre adolescentes e crianças. Nos Estados Unidos, por exemplo, estimativas indicam que, em 2014, o tabaco nas telonas levou mais de 6 milhões de jovens a começar a fumar.
Desse contingente, cerca de um terço corre o risco de morrer por doenças induzidas pelo consumo de tabaco. De acordo com a OMS, na sociedade norte-americana, pesquisas calcularam que 37% dos novos adolescentes fumantes teriam buscado o tabaco por conta de filmes onde o produto aparece. Segundo o cirurgião-geral dos Estados Unidos, a restrição para o público adulto de filmes atualmente considerados adequados para jovens poderia reduzir em até um quinto os índices de fumo entre os jovens, evitando um milhão de mortes entre crianças e adolescentes, relacionadas ao tabaco.
Em 2014, 44% dos filmes de Hollywood continham cenas de fumo, também encontradas em 36% das produções classificadas para jovens. A pesquisa da agência verificou que, entre 2002 e 2014, 59% dos filmes de maior bilheteria exibiam imagens de tabaco. “Com restrições cada vez mais firmes sobre a publicidade do tabaco, o cinema permanece um dos últimos canais a expor milhões de adolescentes a imagens de fumo sem restrições”, afirmou o diretor do Departamento de Prevenção de Doenças Não Transmissíveis da OMS, Douglas Bettcher.
A representação do fumo não é recorrente apenas no cinema norte-americano. Na Argentina e na Islândia, nove a cada dez filmes contêm imagens de cigarro, incluindo produções classificadas para o público juvenil. Além desses dois países, a OMS encontrou cenas de consumo do tabaco em filmes de grande bilheteria da Alemanha, Itália, Polônia, Holanda, Reino Unido e México.
Além de definir classificações etárias com base na presença de imagens envolvendo o consumo de cigarros, a OMS recomenda a obrigatoriedade de declarações dos produtores do filme, ao longo dos créditos, de que a equipe não recebeu nenhum valor pelas cenas exibindo produtos de tabaco. A agência da ONU também solicitou o fim da exposição de marcas de tabaco nos filmes, bem como a exibição de publicidade contra a prática do fumo antes da veiculação dos filmes onde cigarros aparecem, em quaisquer canais de distribuição (cinema, televisão, online).
O relatório da OMS também recomenda a criação de produtos de mídia que promovam o cigarro como um produto não elegível a subsídios públicos.
Fonte: ONU BR

Comentário de Ed Sá/BQVManchete
Segundo pesquisa da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), um em cada três brasileiros deixou de fumar depois 2000, quando medidas que restringiram a propaganda de cigarros na TV e em veículos de comunicação de massa entraram em vigor. A pesquisa também mostrou que a maioria da população é a favor de medidas ainda mais rigorosas contra o fumo. Desde 1988, quando tornou-se obrigatória nas embalagens a frase "O Ministério da Saúde adverte: fumar é prejudicial à saúde” nas embalagens dos produtos derivados do tabaco", o governo impôs uma série de restrições à comercialização, propaganda de cigarros em revistas, jornais, televisão, rádio, outdoor, fumo em locais fechados etc. Cada uma dessas iniciativas sofreu forte pressão dos grupos atingidos. Mas, com o apoio da opinião pública, foram mantidas. O que não impediu que os fabricantes buscassem formas para burlar a proibição. O cinema foi o alvo principal. São clássicas as imagens de personagens fumando no cinema. Fazia parte do glamour de Hollywood.
Não há dúvida de que para as novas gerações, com a divulgação e constatação dos fatores cancerígenos do cigarro, o hábito de fumar perdeu o charme. Mas o cinema não deixou de ter o interesse da indústria do fumo. Cada vez mais, personagens jovens passaram a ser mostrados fumando desbragadamente. No Brasil, há cenas em novela com o indefectível cigarro. Se é merchandising disfarçado, quem sabe? Mas é curioso constatar que no reality show Big Brother Brasil há, invariavelmente uns três ou quatro participantes em cada temporada que são mostrados numerosas vezes com o cigarro na mão. Se é merchandising disfarçado, quem sabe?

Mais um... The Independent cancela sua edição impressa e vai tentar sobreviver na internet. "Os leitores estão mostrando que o futuro é digital", diz o proprietário do jornal inglês


O jornal inglês The Independent confirma que chega ao fim a versão impressa do veículo. As máquinas rodam até março, depois será acionado o botão off. Motivo? Vendas em queda livre e publicidade sumindo. "A indústria de jornais está mudando, e essa mudança está sendo conduzido pelos leitores. Eles estão nos mostrando que o futuro é digital", afirma o proprietário Evgeny Lebedev, que garante preservar a marca e investir no conteúdo digital de qualidade. Ninguém mais duvida de que as edições impressas dos diários, dependendo de cada país, ultrapassem 2021. No Brasil, as revistas têm sido as vítimas da vez. Nos grandes veículos o que já se nota é uma redução de conteúdo, de número de páginas e, para assegurar uma sobrevida, o forte aumento de matérias pagas, o que resulta em menor espaço útil para notícias.