sábado, 9 de julho de 2016

A pátria das tornozeleiras... Vai graxa aí, meu tio?

Reprodução Facebook
por José Esmeraldo Gonçalves 

Foi há 60 anos. Em 1956, o Botafogo partiu para uma longa excursão à Europa. Foram 22 jogos contra os principais times da época. Eram amistosos, mas o pau comia direitinho. Contra o Barcelona, vitória do Botafogo, a partida nem chegou ao fim tantos foram os jogadores expulsos.
Reprodução

Dizem que Garrincha - dono das canelas e tornozelos mais visados da história desde que o homem passou a andar em pé e a ostentar o apelido de Erectus -, chegava a usar duas "meias" emborrachadas em cada perna.

O nome do adereço? Tornozeleira.

Hoje os jogadores também usam protetores para as pernas importados das artes marciais, mas Garrincha não era desse tempo.

Pois é, ela, a tornozeleira, já teve funções mais edificantes.

Atualmente, se alguém falar em tornozeleira no metrô lotado ninguém vai perguntar em que posição você joga, mas em qual operação da PF foi indiciado. O velho protetor de metatarsos, astrágalos, tíbias e fíbulas dos atletas deixou as páginas esportivas e foi admitido nas seções policiais.

Nas arenas políticas e empresariais é tal a demanda por tornozeleiras eletrônicas que o produto está em falta no mercado. Nesses círculos, a calça boca-de-sino, que disfarça o equipamento, está voltando à moda e deixando doutores, excelências e CEOs mais confortáveis na medida do possível.

A geringonça não os impede de fazer nada. Podem caminhar, roubar normalmente e até transar, é só ter cuidado pra não contundir a canela da patroa. Os indiciados apenas evitam engraxar sapatos em público. Aí pega mal.

Reprodução web
Ironicamente, nessa semana, coube à tornozeleira eletrônica unificar as editorias esportivas e policiais. A lei"adentrou" o gramado e prendeu jogadores de futebol que participavam de um esquema que "entregava" o jogo para favorecer uma máfia de apostadores. Alguns já foram liberados e cumprem prisão domiciliar devidamente equipados com tornozeleiras. As rastreadoras, no caso. O ex-presidente da CBF, José Maria Marín, está em Nova York conectado à uma tornozeleira made in USA.

Além dos escândalos da Fifa, investigações sobre sonegação fiscal na venda de Neymar ao Barcelona e a condenação de Messi por fraude fiscal e falsidade ideológica sinalizam cartões amarelos e vermelhos no mundo da bola.

Há uns dez anos, o futebol brasileiro sofreu um abalo semelhante. Na época, o esquema de apostas ficou conhecido como a "Máfia do Apito". A polícia chegou a prender vários envolvidos. Ninguém foi punido. Os processos foram arquivados por minúcias jurídicas.

Embora escândalos esportivos não sejam "privilégio" do Brasil - as autoridades italianas e inglesas também já estouraram propinodutos alimentados por casas de apostas - a tornozeleira eletrônica entra em campo no momento em que o futebol brasileiro vive sua pior fase.

Melhor acreditar que a grande maioria - o time dos sem-tornozeleiras - vai virar esse jogo.

sexta-feira, 8 de julho de 2016

Deu no Mirror: terrorismo islâmico decapita jogadores de futebol.


por Jean-Paul Lagarride
O terrorismo religioso do Daesh (autodenominado Estado Islâmico) decapitou quatro jogadores de futebol do time sírio Al-Shabab, da cidade de Raqqa, sob a alegação de que futebol é prática anti-islâmica.

Registre-se que a Copa do Mundo de Futebol de 2022 será realizada em um país islâmico, o Catar.

A crueldade crescente do Daesh, agora decretando que esporte é "crime", é uma indicação a mais ide que os ricos países do Golfo, especialmente, precisam aderir com maior firmeza à guerra contra o tal do Estado Islâmico.

O próprio Ocidente, apesar dos ataques terroristas na Europa, não adotou plenamente a opção militar, isso apesar de estar claro que o Estado islâmico não considera negociar com opositores.

Com essa declaração de que futebol é blasfemo, surge uma ameaça a mais à Copa do Mundo na região. A não ser que até lá o Daesh seja levado definitivamente à marca do pênalti e desclassificado da vida.

Gisele Bündchen e Cauã em campanha para os jeans Givenchy

por Clara S. Britto
O estilista Riccardo Tisci publicou na sua conta no Instagram fotos da campanha que os brasileiros Gisele Bündchen e Cauã Reymond fizeram para a nova linha de jeans da Givenchy. O ensaio é assinado pelos fotógrafos Luigi & Iango


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Vestida para jogar...


por Clara S. Britto
Entre saques e voleios, um vestido causa agito no torneio de Wimbledon. Movimentando-se na quadra com uma peça da griffe Nike, a candense Eugenie Bouchard faz sucesso, principalmente quando as rajadas de vento ultrapassam os 50 km por hora.
As quadras começaram a se transformar em passarelas por conta a criatividade de Maria Sharapova. Atualmente suspensa do circuito, a russa abriu caminho para outras estrelas. Segundo a CNN, há que acuse os modelos de "sexistas', mas não Bouchard, que declarou: "Eu não posso comentar sobre a opinião de outra pessoa. É um vestido curto, mas é assim que eu gosto".

Quer publicar seu fotolivro inédito? A editora RM promove um concurso internacional. Veja como participar

A RM, editora de livros de arte, abriu inscrições (até 15 de agosto) para o 6° Concurso de Fotolivros dirigido a projetos de livros inéditos de fotógrafos que moram na América Latina, Portugal e Espanha. Na bancada do júri, estão, entre outros, Alec Soth (Estados Unidos), diane Dufour (Fran ça), Pablo Monasterio (México), Claudia Jaguaribe (Brasil) e Horacio Fernández (Espanha)
Você pode ver mais detalhes no site da RM, clique AQUI

quinta-feira, 7 de julho de 2016

Folha teme fantasma de Stálin na Copa de 2018...

A reportagem original do New York Time 

E a reprodução estilo "perigo vermelho" na Folha.

Jornalismo não é ciência nem muito menos exata. Passa longe disso, claro. Cada texto, cada título, cada palavra está sujeita a chuvas e trovoadas, interpretações, idiossincrasias, ideologias, preferências e, dependendo do veículo, à vontade do dono e dos seus parceiros, amigos e familiares. A Folha acaba de mostrar como pegar, digamos, uma peça de carne e marinar a gosto.
O jornal New York Times publicou uma extensa reportagem sobre a construção das estruturas para a Copa de 2018 na Rússia. O título da matéria do NYT se refere ao estilo "matrioska" de um dos estádios, numa referência à tradicional boneca russa e, por extensão, à cultura do país.
No que a matéria foi travestida para a Folha ganhou um título típico de quem olha embaixo da cama antes de dormir para checar se há comunista homiziado no recinto. "Reforma do Estádio da Copa-2018 mantém estrutura da era stalinista": é o título-coxinha do jornalão. Uáu! Isso significa que os velhos comunas estão atuantes e querem mandar um recado ao mundo? Que o torcedor que for a Moscou e olhar para a tribuna de honra vai ver Kruschev, Beria, Malenkov, o Politburo inteiro dos tempos da Guerra Fria? Que a KGB vai apitar os jogos?
Assustador.
O NYT foi menos J. Edgar Hoover, que ironicamente gostava de ver a coisa vermelha, e diz que a Rússia está erguendo uma estrutura moderna para a Copa. O estádio "stalinista', na visão da Folha, é o Luzhniki, que foi construído em 1956 e sediou a Olimpíada de 1980, aquele em que a imagem do urso Misha emocionou o mundo ao se formar nas arquibancadas no espetáculo de encerramento dos Jogos. A velha Rússia tem uma tradição de preservar a história. Os bolcheviques não destruíram os tesouros artísticos e arquitetônicos dos czares. À queda do comunismo não se seguiu uma política de terra arrasada da arquitetura, dos símbolos, dos marcos da era soviética. A Alemanha modernizou e preservou o estádio construído pelos nazistas e que sediou os Jogos Olímpicos de 1936 e a Copa de 2016. O Brasil reformou o Maracanã e manteve as linhas arquitetônicas do estádio histórico que já recebeu duas Copas e vai ser um dos palcos da Rio 2016.
A Rússia vai manter a fachada de um estádio da era soviética. Ou seja: normalíssimo. Mas a Folha preferiu se impressionar com o bigodão e o fantasma ameaçador de Stálin. Eu, hein? Lênin explica.

Atriz posta foto de cães sobre bandeira e provoca a ira da direita "patriótica"




Reproduções Instagram

O bom senso adverte: intolerância acaba com o bom humor. A atriz Kaley Cuoco (a Penny, do seriado The Big Bang Theory) quis homenagear o 4 de Julho e postou uma inocente foto dos seus cães sentados sobre uma bandeira americana. Os pelotões patriotas somados à torcida do Trump e da KKK bombardearam a conta da atriz com impropérios e ameaças. Kaley Cuoco se explicou depois e pediu desculpas a quem não entendeu a mensagem. Nem precisava. Onde está a ofensa? Com certeza não na foto nem nos cães que obviamente têm mais dignidade do que o candidato racista da direita americana.

Diversidade nos quadrinhos e nas telas. Vem aí a Mulher de Ferro (com visual de Beyoncé).



A Marvel anuncia uma mudanças de parâmetros no seu elenco de heróis. Em nome da sensibilidade social e dos novos tempos de afirmação da diversidade, o Homem de Ferro, que nasceu e é encarnado pelo milionários branco Tony Stark, ganhará uma versão feminina. Riri Williams, negra e aluna prodígio de Stark vai estrelar a revista Invincible Iron Man I, que chegará às bancas dos Estados Unidos em outubro. Parece inspirada na Beyoncé. O próximo passo pode ser o cinema. A figura de Riri Williams foi criada pelo brasileiro Deodato Taumaturgo, que assina Mike Deodoro Jr., artista paraibano que é ilustrador da Marvel.

segunda-feira, 4 de julho de 2016

Em O DIA, matéria sobre Luarlindo Ernesto, uma referência no jornalismo carioca, com passagens por Manchete, Amiga e Fatos & Fotos...



LEIA A MATÉRIA COMPLETA, CLIQUE AQUI

Eleições no Sindicato: 1º debate entre as chapas será nesta quinta-feira (07/07), ao meio-dia

(do site do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro)

Participe do 1º debate entre as chapas que disputam as eleições do Sindicato. Será na próxima quinta-feira (07/07), a partir de meio-dia, no auditório João Saldanha (Rua Evaristo da Veiga 16, 17º andar – Centro). 
O debate também será transmitido ao vivo, no site do Sindicato. CLIQUE AQUI

Vaticano tem o maior consumo de vinho per capita do mundo. O Papa diz que os profetas aprovam e que não há celebração sem vinho...

Papa Francisco: in vino veritas. Reprodução Daily Beast/ Link abaixo
Segundo o Daily Beast, o Vaticano tem o maior consumo de vinho per capita. Cada morador do menor país do mundo (menos de 50 quilômetros quadrados e cerca de 850 habitantes) consome 74 litros por ano, duas vezes o consumo médio por pessoa na Itália, ali em torno. E esse consumo generoso não se dá apenas por causa do ritual da missa.
O Papa Francisco falou recentemente sobre o assunto. Referindo-se ao conhecido milagre de Jesus nas bodas de Caná, quando transformou água em vinho, Francisco perguntou: "Como é possível celebrar um casamento e dar uma festa se você não oferecer o que os profetas indicam como um elemento típico do banquete messiânico? A água é necessária para viver, mas o vinho expressa a abundância da festa e da alegria da celebração. Imagine uma festa de casamento sem vinho. Beber chá seria vergonhoso. Não há nenhuma celebração sem vinho".
E quem vai argumentar com o Papa?, pergunta o Daily Beast
Saúde!

Viu isso? Flamengo não é o Barcelona... A culpa é da filosofia

Depois da goleada de 4X0, o placar do Itaquerão deu o horário do voo de volta para a torcida do Flamengo. Reprodução Twitter

por Niko Bolontrin

Vitória do Flamengo vende jornal. Essa era uma máxima da mídia impressa. Talvez fosse verdade, mas hoje já não tem esse peso todo não só pela presença da web que atualiza o torcedor em cerca de 12 horas antes de o jornal chegar às bancas, mas pela crise do futebol brasileiro, o crescimento de outras modalidades esportivas e a concorrência europeia, a falta de ídolos que atuem aqui.
Mas ainda é visível no rádio, na TV e na própria mídia impressa uma forte tendência a cortejar a torcida do Flamengo mesmo nos piores momentos, quando um título de página não pode esconder o desastre em campo. A torcida acaba vítima desse baba-ovo midiático. Não raras vezes, bastam uma ou duas vitórias para que seja passada a impressão de que o Flamengo tem um time competente. Muita gente acredita.
Não, o Flamengo não é o Barcelona, nem o festejado treinador Zé Ricardo é o Luiz Henrique Martinez Garcia e Cirino não é Messi, como às vezes as análises quase levam a acreditar. Propaganda enganosa que a realidade acaba por desmascarar. Ontem, por exemplo, ao sofrer a impiedosa goleada do Corinthians, por 4 x 0, o Flamengo mesmo assim ganhou elogios por suposto domínio de jogo durante mais de 50 minutos. ComO a partida tem, no mínimo, 90 minutos, elementar, meu caro, vê-se que o Timão humilhou no resto do tempo regulamentar. O placar não mente.
Essa história de ser o melhor em campo e perder no placar é sempre estranha e exige raciocínios acrobáticos. Vai ver, gostariam que passe certo contasse créditos, chute a gol idem, escanteio valesse 0,001 de um gol e tudo isso levasse o time que "jogou melhor" mas infelizmente não fez gol a ser o vencedor biônico.
Os velhinhos do board da Fifa ainda não piraram para determinar tais regras. Até que isso aconteça, quem faz mais gols, mesmo que em cobrança de pênaltis depois do tempo regulamentar, é o vencedor da partida. No máximo, se assim desejam, pode-se dizer que o time é brilhante mas "não dá sorte", "não é o dia", paciência, "coisas do futebol". A seleção brasileira de 1982 entrou para a história como uma das melhores, tinha uma geração de craques, mas não ganhou a Copa.
Simples: naquele jogo, a Itália - que depois seria a campeã - jogou melhor e eliminou a nossa seleção que errou passes críticos, falhou na defesa e não conseguiu parar Paolo Rossi, o artilheiro e ainda eleito o melhor jogador daquela Copa.
O Brasil daquela época entrou para a nossa memória; a Itália para a história oficial das Copas.
De novo, simples, como ontem: o Corinthians fez quatro gols e o Flamengo nenhum. O treinador rubro-negro culpou a filosofia. Disse ele ao Globo que o Corinthians "tem filosofia há uns três anos'. Talvez. Os "gregos" Rhomero, Ghylherwy e Rhildho são os filósofos da bola na rede.
VEJA OS GOLS DOS "FILÓSOFOS" DO TIMÃO, CLIQUE AQUI

domingo, 3 de julho de 2016

A receita para a crise

Há 30 anos, a revista Fatos N.º 50 publicava uma receita para a crise que bem pode ser adaptada para os difíceis dias de hoje. Leia trechos da crônica "A Grande Mágica das Favas", de  Carlos Heitor Cony. 

Sempre que a situação nacional entra em parafuso, costumo consultar um livro que herdei de meus maiores, intitulado O Verdadeiro Livro de São Cipriano, título que consta do index da Santa Madre Igreja e, apesar de escrito na Idade Média, tem surpreendente atualidade. São mais de duzentas receitas de feitiços testados através dos séculos, e, entre todos, o que mais me parece adequado à situação é a Grande Mágica das Favas, de vasta serventia para entaladelas pátrias, convulsões sociais, cataclismos econômicos e generalizada perda de memória ou esperança.” (...) 

Diz o santo em sua edificante receita: Pega-se um marreco branco e uma pomba virgem, esgana-se o marreco e corta-se o pescoço da pomba, findo o que, extrai-se uma tripa do marreco e com ela se amarra o bico da pomba. Espera-se pela Sétima Lua e coloca-se o marreco e pomba ao relento, com dois fios de azeite virgem e um ovo de codorna num tacho de cobre que nunca tenha sido usado. Pela manhã, procura-se um corcunda que nunca tenha comido pombas, marrecos e ovos e que nunca tenha encontrado um soldado municipal, um esmoler cego e uma viúva de Creta. Satisfeitas essas exigências, obriga-se o corcunda a comer tudo cru, marreco, pomba e ovo de codorna. Não sei por que, enquanto o locutor da EBN lia os parágrafos, incisos e alíneas que se combinavam ou se anulavam em busca da salvação de nossa economia, pensei seriamente em promover uma Grande Mágica das Favas, a capricho. A receita de São Cipriano é menos complicada do que o pacote do Ministro Funaro, embora deva se abrir um crédito patriótico às suas boas intenções. Tal como a receita das favas e sua grande mágica, a grande mágica do pacote é dar esperança de melhores dias.

sábado, 2 de julho de 2016

Glória a Bob Marley nas alturas: Globo Repórter sente a maresia da Jamaica...



por Omelete 
A TV brasileira já foi chamada de "máquina de fazer doido". O autor do rótulo foi o Stanislaw Ponte Preta, nos anos 60,  diante das bizarrices de Raul Longras, o casamenteiro, do Homem do Sapato Branco, de Flávio Cavalcanti quebrando discos, Dercy, Chacrinha etc. Stanislaw, o personagem criado pelo jornalista e escritor Sergio Porto, era uma voz quase solitária naqueles tempos. Nem mesmo a audiência tinha como se manifestar. As esquisitices viravam apenas papos de botequim ou dos intervalos de cafezinho no trabalho.
O mundo girou, a Lusitana rodou e a TV continua a surpreender. Só que, hoje, a rede social não perde uma. Desde ontem, bomba na internet a repórter Glória Maria. Em reportagem na Jamaica para o Globo Repórter, ela caiu de boca na cultura rastafari com direito a sentir a maresia. Durante um ritual local, Glória fumou maconha no ar. A cena no ritual rastafari e closes da repórter viajando numa montanha russo divertiram a web a noite toda. Veja nas reproduções do Twitter.
















sexta-feira, 1 de julho de 2016

Alô, jornalista, se liga! SBT faz feirão de pautas... Quem quer dinheiro?



por Niko Bolontrin

A transformação da mídia, as inovações tecnológicas e a crise levaram pro brejo muitas funções das antigas redações. O pauteiro foi uma delas. Alguns ainda resistem, mas estão em extinção, embora a web tenha trazido a figura do profissional que passa o dia vasculhando sites governamentais ou privados, blogs e redes sociais em busca de informações ou manifestações dos internautas que possam render matérias. No fundo, é o pauteiro high tech.

O pauteiro antigo, o analógico, era uma figura característica. Chegava cedo à redação, lia todos os jornais, ouvia noticiários de rádio e TV. Em alguns veículos, ele produzia uma espécie de clipping com os fatos que podiam render matérias de acordo com cada editoria. O telefone e uma grossa agenda de contatos eram ferramentas indispensáveis.

Antes da chegada do celular, o pauteiro, que às vezes acumulava a função com a de platonista,  andava com um "bip" ou "teletrim". Na maioria das vezes era portador de más notícias que se transformavam em assuntos bons de banca e de venda. Chacinas, grandes incêndios, mortes de celebridades, crimes com ingredientes para primeira página...

Quando em plantão, ele era encarregado de fazer a "ronda": telefonar para delegacias, Secretaria de Segurança, bombeiros etc. E nisso levava mais tempo 'esperando linha" - uma expressão que certamente as novas gerações jamais ouviram -  do que falando com as fontes nos jurássicos telefones fixos.

Pois o SBT abre um feirão no qual jornalistas de rádio, TV e jornais podem enviar casos jornalísticos que, se aproveitados, vão render aos neopauteiros um cachê de 10 mil reais.
VEJA A CONVOCAÇÃO NO SITE DO SBT NA WEB, CLIQUE AQUI



Em Los Angeles, a figura de um vendedor de reportagens sensacionalistas rendeu um filme

Os canais por assinatura exibem volta e meia um filme sobre um desempregado que descobre um jeito de ganhar a vida. Ele pega uma câmera amadora e vai em busca de acidentes, incêndios ou casos policiais que possam interessar a um programa sensacionalista da TV. Lou Bloom - é o nome do personagem interpretado pelo ator Jake Gyllenhaal - equipa-se com um scanner de rádio da polícia e se esforça para chegar ao  local da "ocorrência" antes da concorrência. Depois corre para vender as imagens.

O foco desse "jornalismo predatório"  - o nome do filme não por acaso é "O Abutre" - é o sangue.
Lou Bloom sobe na vida e na carreira de frila, ganha dinheiro e perde todos os escrúpulos.

Isso não significa que é o que vai acontecer no feirão do SBT.

Mas Rio e São Paulo, só para falar dos purgatórios da beleza e do caos, como canta Fernanda Abreu, têm tudo para gerar alguns Lou Bloom.

STF suspende ações de juízes e promotores do Paraná contra jornalistas da Gazeta do Povo




A Gazeta do Povo, de Curitiba, informa hoje que a ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu liminarmente, ontem, o andamento das ações de indenizações propostas por juízes e promotores paranaenses contra a Gazeta do Povo e cinco profissionais de sua equipe (três jornalistas, um infografista e um webdesigner). A suspensão seguirá até o julgamento do mérito da reclamação feita pelo jornal.
Os jornalistas e o veículo respondem a 41 processos em juizados e a um na Justiça comum em 19 cidades, o que já obrigou os profissionais a deslocamentos de milhares de quilômetros para comparecer a audiências que já chegaram a ser marcadas para o mesmo horário em locais diferentes. O motivo do processo foi a publicação de uma reportagem sobre a remuneração de juízes e promotores do Paraná, com base em dados disponíveis nos portais da transparência do Ministério Público do Paraná e do Tribunal de Justiça do Paraná.

Eu, hein? Moradores reivindicam construção de condomínio privado em área reservada para parque sustentável...


O Rio anda com uns sinais trocados. Veja essa notícia publicada hoje no Gente Boa, do Globo. Quando o mais comum é que moradores reivindiquem praças e áreas verdes públicas, uma associação de moradores prefere prédios no lugar de um parque. Moradores apresentam um projeto para erguer um condomínio em um terreno que a prefeitura havia destinado a um parque sustentável. Obviamente, quem mora em condomínio fechado com áreas de lazer próprias deve achar que pode dispensar praças. Como o nome diz, praças públicas e parques públicos são... públicos. E o Rio já perdeu muitas áreas verdes para a especulação imobiliária. O argumento dos defensores do empreendimento imobiliário é também inusitado: eles dizem que não precisam de mais uma "cracolândia". A reivindicação para a construção do empreendimento será apresentada em audiência pública. Se a moda pega, comecem a reservar lotes no Aterro.

quinta-feira, 30 de junho de 2016

A volta da Gazeta Mercantil. Agora como veículo digital

O Portal dos Jornalistas noticia hoje que depois de sete anos de inatividade, A Gazeta Mercantil volta como veículo digital agora denominado Gazeta Mercantil Experience (GME).

A GME também utilizará as mídias sociais para interagir com os leitores do Facebook, Twitter e Linkedin. Leia mais AQUI

Poema de Michel Temer é lido na FLIP. Foi um momento inusitado na festa literária de Paraty. Mas a Defesa Civil informa que a cidade sobreviveu à hecatombe...

por Omelete 
A cúpula do PMDB é capaz de produzir muita coisa. A história conta. Mas definitivamente, literatura e poesia não estão no DNA dos chefões do partido. Depois dos marimbondos de fogo brando de José Sarney, Michel Temer é a bola da vez. Hoje, na programação de abertura da 14ª Festa Literária de Paraty, a poeta Laura Liuzzi leu um poema do presidente interino.

          "Por que não paro?
          Por que prossigo?
          Por que insisto?
          Por que lamento?
          Por que reclamo?
          Por que ajo?
          Por que me omito?
          Por que desabo?
          Por que levanto?
          Por que indago?
          Por que questiono?
          Por que respondo?
          Por que este infindável
          Por que?"

Depois de comentar que o tal poema é "muito ruim", Liuzzi improvisou uma rápida e informal 'análise': "A legitimidade dele como poeta é diretamente proporcional à legitimidade dele como presidente".

É espantosamente ruim, na verdade. Quem costumava usar essa construção tosca era o personagem Armando Volta vivido pelo ator David Pinheiro na Escolinha do Professor Raimundo ( 'Por que comprá-lo, por que não comprá-lo, por que comprá-lo, por que não comprá-lo?' Comprei-o-o!"). E quem assiste ao Prêmio Multishow de Humor já ouviu o Sérgio Mallandro, jurado do programa, usar semelhante chavão ("Por que gostei?", por que não gostei?", "por que aprovo"?, "por que fico na dúvida?").

O Mallandro e o David Pinheiro, pelo menos, fazem humor.

O risco é Temer ir parar na ABL, que costuma abrigar alguns ex-presidentes...

Diário de uma época: Reynivaldo Brito, ex-repórter de Manchete e Fatos & Fotos na Bahia, digitaliza matérias que fez nos anos 70 e 80







O jornalista Reynivaldo Brito foi durante anos repórter da Manchete e Fatos & Fotos. De Salvador vinham matérias semanais, principalmente com os personagens baianos de nomes nacionais como Glauber Rocha, Caetano, Jorge Amado, Mãe Menininha, o carioca Vinicius de Moraes na sua temporada baiana, reportagens de verão, comportamento, e temas factuais como  a fuga do preso político Teodomiro Braga, geralmente feitas em dupla com os fotógrafos Aristides Baptista e Lázaro Torres. Um detalhe: o encontro de Jorge Amado e Dorival Caymmi, no alto, foi fotografado pela própria Zélia Amado.   

O bom baiano mantém o Blog do Reynivaldo, onde, no canal Arquivo, reproduz páginas das revistas com suas matérias que, hoje, são um curioso diário de uma época. 



Reveja alguns ângulos da Bahia dos anos 1970 e 1980 através das reportagens de Reynivaldo Brito para Manchete e Fatos&Fotos. Clique AQUI  (para acessar mais reportagens clique depois,ao fim da página do blog do repórter, em "posts mais antigos"

quarta-feira, 29 de junho de 2016

Memórias da redação: sonho de um texto de verão...

por Roberto Muggiati (do livro Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou)

Difícil separar os fatos e as fotos, das fofocas e folclores. Mas, de algumas histórias não há como -nem porquê-, duvidar. Contam, por exemplo, que, ainda nos velhos tempos da Manchete  na Frei Caneca 511, entre a igreja protestante e a penitenciária hoje desativada, em frente a uma pracinha do Estácio, de costas para o Morro de São Carlos, um dia entrou em pauta mais uma matéria - talvez a centésima - sobre o verão carioca. Fotografias feitas, o artista foi à redação entregar o material, acompanhado de uma descrição do assunto, que ele chamava de ‘texto’.

A chefia de reportagem houve por bem encaminhar a tarefa a um redator, para copidescar o dito ‘texto’. No caso, o sorteado foi Raymundo Magalhães Júnior, que batia no teclado barulhento daquelas antigas máquinas de escrever, com um dedo só, a mil por hora, mas com direito a mil e muitos resmungos de praxe.

Eram tantas as correções necessárias que ele amassou o original e metralhou o texto final que, aquele sim, seria publicado. O fotógrafo acompanhava tudo à distância, como quem não quisesse nada, até que tomou coragem, aproximou-se e quis saber se estava faltando alguma informação. O velho Magalhães levantou um olho e deu o veredito:
-“Meu filho, ‘verão’ foi a única palavra sua que eu consegui salvar ...”

Deu no Blue Bus. Mais um "acróstico" pirata na Folha: "Fora Temer", ops, "Fopa Temer'

Reproduzido do Blue Bus. Link abaixo

por Ed Sá 
O site Blue Bus publica matéria sobre mais um "acróstico" infiltrado na Folha, agora um texto que reproduz as iniciais do interino Temer. No ano passado, um repórter demitido se despediu com um "Chupa, Folha" no seu último texto. Dessa vez, o recado no caderno Ilustríssima é político. Na verdade, forma-se a frase "Fopa Temer". Algo misterioso aconteceu, claramente, a intenção era um "Fora Temer".
Leia no Blue Bus, clique AQUI

Protesto contra a Brexit nas ruas de Londres


Fotos: Reproduções Mashable/ Link abaixo
por Jean-Paul Lagarride
Milhares de pessoas foram ao Centro de Londres ontem para protestar contra a Brexit. Pelo jeito, além da petição que já conta com 4 milhões de assinaturas, a grande parcela da opinião pública que não concorda em sair da União Europeia vai fazer barulho nas próximas semanas.
Enquanto isso, como era esperado, a negociação política para consumar a saída é difícil. A UE pressiona para que os ingleses oficializem o mais rápido possível a decisão majoritária dos seus eleitores. O primeiro-ministro David Cameron tenta ganhar tempo para negociar acordos. Mas Angela Merkel já disse que um país não pode sair da comunidade e tentar manter privilégios. E se quer sair, que saia logo.
A campanha da direita conservadora usou a imigração como um tema para assustar os indecisos e acabou vitoriosa mas o fato é que tornam-se agora mais evidentes os prejuízos que o Reino Unido terá ao romper com a UE.
Tanto que vai adiar até onde puder as formalidades que sacramentarão o rompimento. O Mashable publica reportagem e fotos sobre as manifestações. Clique AQUI

Congresso mundial de jornalistas condena golpe de Estado no Brasil


(do site da Federação Nacional dos Jornalistas - FENAJ)

Mais de 300 delegados representando organizações sindicais de jornalistas de todo o mundo participaram, de 7 a 10 de junho, em Angers, na França, do 29º Congresso Mundial da Federação Internacional de Jornalistas.  No evento, além da eleição da nova direção da FIJ para os próximos 3 anos, foram aprovadas resoluções sobre a segurança dos jornalistas a liberdade de imprensa, o acesso à informação, ética, direitos autorais, direitos no trabalho e igualdade de gênero. Ao final do congresso foi aprovada uma moção de solidariedade aos jornalistas e ao povo brasileiros e contra o golpe de Estado no Brasil.

Comemorativo ao 90º aniversário da FIJ, que foi fundada na França, em 1926, o 29º Congresso Mundial da FIJ elegeu o jornalista belga e sindicalista Philippe Leruth como presidente da organização para o próximo triênio. Membro da Associação Geral de Jornalistas Profissionais da Bélgica (AGJPB), Leruth trabalha no jornal belga “L’Avenir” e foi vice-presidente da Federação Europeia de Jornalistas (FEJ), entre 2004 e 2013 e presidente do AGJPB de 1995 a 2005.

Durante o Congresso, questões como o papel dos jovens nos sindicatos, a segurança dos jornalistas no mundo, os desafios da profissão, o papel dos sindicatos na defesa da liberdade de imprensa, a eliminação do trabalho precário e exploração, luta por empregos de qualidade e ampliação da participação das mulheres no movimento sindical da categoria foram alvo de deliberações para ampliar a organização internacional da categoria.

A moção contra o golpe no Brasil foi apresentada após relatos da delegação brasileira referentes à situação política no país.  O documento foi aprovado por unanimidade.

Fonte: Fenaj

Elio Gaspari falou: É golpe!

Em artigo publicado no Globo e na Folha, hoje, Elio Gaspari analisa os podres poderes dos golpistas.

Torna-se claro que os fichas-sujas que governam o país deixam de lado os escrúpulos, como pregou o cinismo de um ministro da ditadura, e aceleram o assalto ao planalto.

Há poucos dias, foi revelado um encontro entre o presidente interino e o ex-presidente da Câmara. Seria inacreditável, a essa altura, se não fosse rotineiro. Eles se "consultam" normalmente. Não se sabe se governam a uma cabeça e quatro mãos ou se a duas cabeças e duas mãos.

Provavelmente tinham muito o que conversar: ambos sofrem pesadelos e suores noturnos com o ectoplasma de gravadores fantasmagóricos.

Gaspari comenta a perícia que desmoralizou a tese das "pedaladas" e conclui o óbvio: a simulação do "julgamento" para depor Dilma Rousseff. Ou seja: o golpe.

A propósito, leia um trecho da entrevista que a presidente afastada concedeu à Pública (Agência de Reportagem e Jornalismo Investigativo). Dilma Rousseff reponde a uma pergunta da repórter Natália Viana.

Natalia Viana: Presidente, como a senhora avalia que seu impeachment, se for confirmado, vai afetar outros países latino-americanos e a política latino-americana?

Dilma: Eu acho que já começou a afetar antes, primeiro pela importância do Brasil na região. Mas acho que você tem hoje, no mundo latino-americano, essa variante do golpe parlamentar já feito antes de nós. Isso ocorreu com Paraguai, com Honduras. [O impeachment de Fernando Lugo, no Paraguai] foi durante a Rio+20. Eu sei porque a gente mandou os chanceleres lá para tentar evitar, e não conseguimos. O que está ocorrendo? Eu acho que é uma nova forma de retirar governos que criam descontentamento [em relação] à oligarquia econômica, ou política, ou um grupo de interesses, que se considera descontente em relação a alguma das características do governo em exercício. Aí o que eles fazem? Dão um golpe parlamentar. Em que consiste um golpe parlamentar? Ele não é igual a um golpe militar. Um golpe militar não só extingue o governo em questão, mas acaba também com o regime democrático. Tem uma característica: você tira o governo e mantém o regime democrático. Agora, tem um preço para se fazer isso. Você compromete suas instituições, você cria cicatriz na sociedade. Você, muitas vezes, impede a recomposição do tecido democrático. Então tem uma consequência grave. E acho que criará, na América Latina, uma instabilidade.

terça-feira, 28 de junho de 2016

Patrícia Abravanel está no ar? O preconceito vem aí...

Reprodução You Tube. Veja o link do vídeo, abaixo
por Flávio Sépia
Patricia Abravanel, a filha do Silvio Santos, mostra com frequência que tem conceitos, ou preconceitos, próprios do que é "normal" e costuma ofender os diferenciados. Circula na web um estranho discurso que ele fez, no ar, no SBT. Dessa vez, o alvo foi África e a religião dos outros que ela chama de "misticismo":  "Em países muito místicos (...), muitas vezes o povo deixa de trabalhar porque fica tão místico que deixa de fazer as coisas certas para poder chegar num objetivo. Em países mais racionais, que têm uma fé em Deus, mas acredita no esforço, no suor, no trabalho, no você se portar, ter um casamento e ter que cuidar dele, esses países vão mais pra frente. Então, um exemplo: a África é muito mística, e a gente vê as consequências, e os Estados Unidos é mais racional, protestante, onde acredita no suor. Então, eu acho que a gente tem que avaliar nossa crença através dos frutos que elas nos trazem".

Patrícia Abravanel não é "normal".

As redes sociais reagiram. Um dos internautas a chama de "Antropóloga de Buteco".

Sacanagem com a laboriosa categoria dos butecos...




VEJA O VÍDEO NO YOU TUBE, CLIQUE AQUI

Bomba cultural: PF investiga fraudes na Lei Rouanet


A notícia está no G1. Polícia Federal prendeu 14 pessoas, hoje, em São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro, em investigação de desvios de recursos federais em projetos culturais com benefícios da Lei Rouanet. O nome da operação é Boca Livre e, segundo a PF, investigados atuavam há mais de 20 anos no Ministério da Cultura. O rombo estaria em R$ 180 milhões em projetos fraudulentos, superfaturamento, compras fictícias etc. Há muito suspeita-se da Rouanet. Haveria milhares de prestações de contas de recursos públicos jamais analisadas além de desvios para aprovação de projetos comerciais e de marketing corporativo, shows, gravações de DVDs comerciais etc, o que configuraria um desvirtuamento dos propósitos da lei. Produtores fora do eixo do Rio e de São Paulo sempre reclamaram que mais de 80% dos projetos beneficiam essas regiões e marginalizam pequenos e médios produtores de cultura das demais regiões. A Folha de SP também publica extensa matéria sobre a operação e faz uma ressalva; "é comum ler por aí - sobretudo nas redes sociais -, que esse artista mama na Lei Rouanet, "ou aquele artista é sustentado pela Lei Rouanet". Mas, segundo informações do MinC, os grandes captadores em 2015 foram produtoras e entidades como museus.
Leia a matéria do G1, clique AQUI.  

segunda-feira, 27 de junho de 2016

Deu no Portal Imprensa: ameaça a jornalistas da Gazeta do Povo



(do Portal Imprensa) 
Cinco profissionais do jornal Gazeta do Povo podem ser condenados por faltarem a uma audiência na última sexta-feira (24/6). Eles se ausentaram, pois tinham outra oitiva agendada quase no mesmo horário e a 400 quilômetros de distância do local.

De acordo com o G1, desde abril, o grupo já percorreu mais de nove mil quilômetros. “Fisicamente é impossível. A não ser que a gente se teletransportasse de um lugar para o outro, não teria como comparecer as duas ao mesmo tempo”, explicou o jornalista Chico Marés, um dos profissionais que responde aos processos.

O jornal virou alvo de ações judiciais, movidas por promotores e magistrados, depois da publicação de uma série de reportagens que mostrou salários acima do teto constitucional pagos pelo Tribunal de Justiça (TJ) e pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR).

Os textos indicavam dados dos portais da transparência dos órgãos e foram publicados em fevereiro. Desde então, os jornalistas são obrigados a comparecer em todas as audiências, marcadas em diferentes comarcas.
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