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sexta-feira, 15 de julho de 2016

Faltam 21 dias... SporTV prepara a maior cobertura da Rio 2016

Estádio Olímpico

Parque Radical

Estádio Olímpico de Hóquei

Centro de Tênis

Centro Aquático Maria Lenk
Fotos Getty Images/Matthew Stockman/Divulgação/www.rio2016

O SporTV prepara uma megacobertura da Rio 2016, de 5 a 21 de agosto. Cerca de 250 profissionais produzirão conteúdo para 16 canais em TV por assinatura, 24 horas ao vivo, e em 40 canais exclusivos para a web. Entre os comentaristas, além dos profissionais dos canais, estão atletas que ganharam medalhas nos Jogos, como Carlão, Nalbert e Sandra Pires e os internacionais Carl Lewis, Nadia Comanecci e Mark Spitz. Os eventos destacados de super atletas, como Usain Bolt, e de equipes ou atletas brasileiros com chances de medalhas serão transmitidos pelos canais tradicionais do SporTV, enquanto as demais atrações estarão distribuídas nos canais alternativos que ocuparão provisoriamente os espaços do Première.
Como tudo no Brasil foi politizado nos últimos anos, incluindo o pastel do "seu" Manuel e o caldo verde de dona Luzanira e o puteiro da Glorinha, a Rio 2016 entrou nessa caldeira e sofreu críticas, algumas justas e outras sem fundamento e há preocupações legítimas com transporte e segurança. A violência urbana é um grave risco e é real a percepção de que casos de assaltos aumentaram nos últimos meses. A possibilidade de ato terrorista não pode ser descartada, principalmente após o cruel atentado em Nice. Eventos esportivos são uma vitrine para os fanáticos. Os Jogos de Atlanta,nos Estados Unidos, e Munique, na Alemanha, e a Maratona de Boston atraíram terroristas. Todo cuidado é pouco. Aqui e em qualquer lugar do mundo.
Mas está chegando a hora de torcer. Uma pesquisa do Sesc-RJ e FGV Projeto mostrou que 61% dos cariocas confiam no sucesso da Olimpíada.
Autoridades estão dando declarações otimistas, mas é preciso que os três níveis de governo com responsabilidades sobre a Rio 2016 se antecipem, negociem e resolvam pendências financeiras e reivindicações de categorias funcionais indispensáveis para o funcionamento da cidade. Se for impossível, que as manifestações aconteçam. Na recente Eurocopa, trabalhadores ameaçados por reformas que cassam seus direitos protestaram ao lado da Torre Eiffel e da Fan Zone instalada no mesmo local. Houve choques, mas não foi o fim do mundo. Aqui, não seria demais pedir bom senso aos ativistas - é possível organizar protestos respeitando não só o evento como o direito dos milhões que querem vê-los - e equilíbrio à polícia. Requisitos, aliás, que deveriam estar sempre presentes, independentemente da festa esportiva..
O Comitê Olímpico Internacional (COI) avaliou na semana passada que o Rio "está pronto para dar as boas-vindas ao mundo". O presidente da Comissão de Coordenação dos Jogos elogiou a cidade ("Não poderia imaginar um cenário mais espetacular para os atletas do mundo mostrarem seus talentos"). Mas não deixou o alertar sobre trabalhos a concluir nos próximos dias.
Faltam 21 dias. Centenas de jornalistas e equipes precursoras de comitivas esportivas ou de chefes de estado já estão se instalando na cidade.
O espírito olímpico é desde sempre associado à paz e à confraternização. Que a Rio 2016 seja um sucesso. Em todo o mundo, jovens atletas se preparam há anos para esse momento. Merecem ser vistos e o público merece vê-los.

quinta-feira, 7 de julho de 2016

Folha teme fantasma de Stálin na Copa de 2018...

A reportagem original do New York Time 

E a reprodução estilo "perigo vermelho" na Folha.

Jornalismo não é ciência nem muito menos exata. Passa longe disso, claro. Cada texto, cada título, cada palavra está sujeita a chuvas e trovoadas, interpretações, idiossincrasias, ideologias, preferências e, dependendo do veículo, à vontade do dono e dos seus parceiros, amigos e familiares. A Folha acaba de mostrar como pegar, digamos, uma peça de carne e marinar a gosto.
O jornal New York Times publicou uma extensa reportagem sobre a construção das estruturas para a Copa de 2018 na Rússia. O título da matéria do NYT se refere ao estilo "matrioska" de um dos estádios, numa referência à tradicional boneca russa e, por extensão, à cultura do país.
No que a matéria foi travestida para a Folha ganhou um título típico de quem olha embaixo da cama antes de dormir para checar se há comunista homiziado no recinto. "Reforma do Estádio da Copa-2018 mantém estrutura da era stalinista": é o título-coxinha do jornalão. Uáu! Isso significa que os velhos comunas estão atuantes e querem mandar um recado ao mundo? Que o torcedor que for a Moscou e olhar para a tribuna de honra vai ver Kruschev, Beria, Malenkov, o Politburo inteiro dos tempos da Guerra Fria? Que a KGB vai apitar os jogos?
Assustador.
O NYT foi menos J. Edgar Hoover, que ironicamente gostava de ver a coisa vermelha, e diz que a Rússia está erguendo uma estrutura moderna para a Copa. O estádio "stalinista', na visão da Folha, é o Luzhniki, que foi construído em 1956 e sediou a Olimpíada de 1980, aquele em que a imagem do urso Misha emocionou o mundo ao se formar nas arquibancadas no espetáculo de encerramento dos Jogos. A velha Rússia tem uma tradição de preservar a história. Os bolcheviques não destruíram os tesouros artísticos e arquitetônicos dos czares. À queda do comunismo não se seguiu uma política de terra arrasada da arquitetura, dos símbolos, dos marcos da era soviética. A Alemanha modernizou e preservou o estádio construído pelos nazistas e que sediou os Jogos Olímpicos de 1936 e a Copa de 2016. O Brasil reformou o Maracanã e manteve as linhas arquitetônicas do estádio histórico que já recebeu duas Copas e vai ser um dos palcos da Rio 2016.
A Rússia vai manter a fachada de um estádio da era soviética. Ou seja: normalíssimo. Mas a Folha preferiu se impressionar com o bigodão e o fantasma ameaçador de Stálin. Eu, hein? Lênin explica.