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quinta-feira, 7 de julho de 2016

Folha teme fantasma de Stálin na Copa de 2018...

A reportagem original do New York Time 

E a reprodução estilo "perigo vermelho" na Folha.

Jornalismo não é ciência nem muito menos exata. Passa longe disso, claro. Cada texto, cada título, cada palavra está sujeita a chuvas e trovoadas, interpretações, idiossincrasias, ideologias, preferências e, dependendo do veículo, à vontade do dono e dos seus parceiros, amigos e familiares. A Folha acaba de mostrar como pegar, digamos, uma peça de carne e marinar a gosto.
O jornal New York Times publicou uma extensa reportagem sobre a construção das estruturas para a Copa de 2018 na Rússia. O título da matéria do NYT se refere ao estilo "matrioska" de um dos estádios, numa referência à tradicional boneca russa e, por extensão, à cultura do país.
No que a matéria foi travestida para a Folha ganhou um título típico de quem olha embaixo da cama antes de dormir para checar se há comunista homiziado no recinto. "Reforma do Estádio da Copa-2018 mantém estrutura da era stalinista": é o título-coxinha do jornalão. Uáu! Isso significa que os velhos comunas estão atuantes e querem mandar um recado ao mundo? Que o torcedor que for a Moscou e olhar para a tribuna de honra vai ver Kruschev, Beria, Malenkov, o Politburo inteiro dos tempos da Guerra Fria? Que a KGB vai apitar os jogos?
Assustador.
O NYT foi menos J. Edgar Hoover, que ironicamente gostava de ver a coisa vermelha, e diz que a Rússia está erguendo uma estrutura moderna para a Copa. O estádio "stalinista', na visão da Folha, é o Luzhniki, que foi construído em 1956 e sediou a Olimpíada de 1980, aquele em que a imagem do urso Misha emocionou o mundo ao se formar nas arquibancadas no espetáculo de encerramento dos Jogos. A velha Rússia tem uma tradição de preservar a história. Os bolcheviques não destruíram os tesouros artísticos e arquitetônicos dos czares. À queda do comunismo não se seguiu uma política de terra arrasada da arquitetura, dos símbolos, dos marcos da era soviética. A Alemanha modernizou e preservou o estádio construído pelos nazistas e que sediou os Jogos Olímpicos de 1936 e a Copa de 2016. O Brasil reformou o Maracanã e manteve as linhas arquitetônicas do estádio histórico que já recebeu duas Copas e vai ser um dos palcos da Rio 2016.
A Rússia vai manter a fachada de um estádio da era soviética. Ou seja: normalíssimo. Mas a Folha preferiu se impressionar com o bigodão e o fantasma ameaçador de Stálin. Eu, hein? Lênin explica.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Copa 2018 na Rússia

A Rússia desbancou Inglaterra e Holanda' entre outros, e ganhou o direito de sediar a Copa de 2018. E o Catar ficou com a de 2022. A Ingaterra, fala-se nos bastidores, fica como Plano B, caso o Brasil vacile na montagem da Copa 2014. Temos dois problemas sérios à vista: um, estatal, o gargalo dos aeroportos; outro, privado, que são as sedes onde os estádios são particulares e, tudo indica, o governo terá que injetar dinheiro ou a vaca vai pro brejo. Há ainda a burocracia, empresas que participam de concorrências e, derrotadas, encontram pretexo para entrar na Justiça, tribunais de conta, politicagem, a oposição para atrapalhar etc etc. Muita bola vai bater na trave. Resta torcer. Quanto à Copa de 2018, a Rússia tem tudo para montar um grande espetáculo. O país sedia agora a Olimpíada de Inverno e, ainda quando União Soviética, produziu uma das maiores e mais elogiadas Olimpíadas da história.