terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Roupas das delegada é só o que interessa ao público feminino de “Salve Jorge”


por Eli Halfoun
Na falta de coisa melhor e menos complicada, o público feminino da novela “Salve Jorge” volta sua maior atenção para as roupas que a também confusa delegada Helô usa com elegância, charme e muitas vezes extravagância. Pedidos de informações sobre os figurinos da personagem interpretada por Giovanna Antonelli são os mais solicitados pelas telespectadoras ao núcleo da novela. É verdade que a maior parte do público feminino não tem ainda poder aquisitivo que lhe permita usar uma variedade de blusas de seda, calças cortadas e ajustadas com perfeição no corpo e acessórios (especialmente cintos e bolsas) que costumam custar muito mais do que a maioria da população brasileira ganha. Não importa: novela é ilusão e o público tem a ilusão de que um dia poderá vestir-se tão elegantemente quanto a delegada, que também é uma espécie de homenagem ao grande número de competentes delegadas que estão fazendo com que as mulheres tenham nesse caso literalmente mais poder de fogo.
Pelo menos no aspecto figurinos, “Salve Jorge” chama atenção para um personagem já que, de resto, continua una novela confusa em que tudo está tudo junto e mal misturado, o que dificulta a compreensão do grande público que gosta mesmo é do “pão, pão, queijo, queijo”. A novela se arrasta em várias e inacreditáveis situações, não resolve nada e faz com que o público perca cada vez mais o interesse de acompanhar seguidamente os confusos capítulos. Ou a autora compacta a trama e soluciona imediatamente algumas situações para desenvolver o restante da novela em torno de uma ou duas tramas paralelas ou fará o telespectador perder completamente o pouco interesse que ainda tem pela novela para fixar sua curiosidade apenas em torno de figurinos. E nada mais. (Eli Halfoun)

Um comentário:

debarros disse...

Ainda continuo a achar que os maiores erros dessa novela são da responsabilidade do seu diretor. Na minha opinião péssimo diretor e não entendo porque ainda não foi afastado da sua direção.