por Eli Halfoun
Mesmo com a queda de audiência, o que
depois de 13 edições do programa era perfeitamente previsível (o que já era ruim
ficou pior), a Globo não cogita pelo menos por enquanto tirar o Big Brother de
sua programação e fazer da atual a última temporada. O fato do interesse de o
público ter diminuído não diminuiu o faturamento do programa que continua sendo
bastante rentável para a emissora e, no fundo, é isso o que interessa. A Globo
também tem no BBB uma espécie de tranqüilidade de férias: exatamente no período
em que quase todos os programas da emissora descansam, o BBB é usado como uma
suposta atração inédita para tapar um enorme buraco.
De qualquer maneira, ainda rende
algumas discussões como agora em que a emissora é novamente acusada de não ter
exibido o beijo gay entre o concorrente eliminado (Aslan) e seu assumido namorado.
A Globo diz que o beijo não foi focalizado porque as câmeras estavam mostrando
apenas o encerramento do programa e, portanto, focalizadas apenas no apresentador
Pedro Bial, o que em televisão é desculpa esfarrapada. Essa história de beijo
gay na televisão ficou repetitiva: qualquer pessoa tem o direito de beijar quem
bem entender e a Globo também pode exercer eu direito seu
direito de não exibir o beijo. O que importa é que com beijo ou sem beijo os
gays têm sido mais e melhor aceitos em programas de televisão, o que mostra que
de uma forma ou de outra a porta está se abrindo cada vez mais para que a homofobia
criminosa não continue sendo praticada. Homofobia é preconceito e preconceito é,
além de burrice, crime. (Eli Halfoun)
Um comentário:
Vai chegar o momento que o BBB acabará por si mesmo e não fará falta à programação do telespectador que nem sentirá que ele acabou.
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