sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Jornal O DIA suspende pagamento de despesas médicas de fotojornalista torturado no Batam


A Arfoc-Rio enviou uma carta à Editora O DIA pedindo o restabelecimento do pagamento das despesas médicas com o tratamento do repórter fotográfico sequestrado e torturado quando fazia reportagem em 2008 na Favela do Batam. Em documento firmado pelo então Diretor de Redação de O DIA, Alexandre Freeland, a empresa se comprometera a custear despesas com a recuperação do profissional.

Alberto Jacob Filho publicou este apelo no grupo JornalistasRJ - Facebook
Ofício
Rio de Janeiro, 5 de fevereiro de 2013
À Editora O Dia
Diretor de Redação – jornal O DIA
Prezado Ramiro Alves 

Solicitamos que sejam tomadas as medidas necessárias ao restabelecimento do pagamento das parcelas mensais devidas ao repórter fotográfico, nosso associado, que a serviço desta empresa foi sequestrado e torturado na Favela do Batan em maio de 2008.
Os valores devidos referem-se ao cumprimento das seguintes obrigações: 1) consultas ao médico psiquiatra (R$ 1.400,00); 2) despesas com medicamentos (R$ 420,00) e 3) diferença relativa ao recolhimento do Imposto de Renda (R$ 422,50).
Suspensos em julho de 2012, os pagamentos fazem parte do compromisso da empresa de assumir o custo pela recuperação moral, psíquica e física do repórter fotográfico sequestrado e torturado por bandidos, durante reportagem pautada pela empresa. Este acordo foi assinado em 2008 pelo então Diretor de Redação de O DIA, Alexandre Freeland.
Caso seja necessário, estamos à sua disposição para nos reunirmos e juntos encontrarmos uma solução.
Atenciosamente,
Alberto Jacob Filho
Diretor-presidente da Arfoc-Rio

Um comentário:

Nelio Barbosa Horta disse...

É inacreditável e lamentável que uma Empresa do porte de O DIA, deixe de cumprir com suas obrigações, suspendendo o pagamento de tratamento médico, e recuperação de um funcionário que foi sequestrado e torturado por bandidos no Batam, onde cumpria pauta para o jornal. Espero que esta posição seja revista visto que o fotógrafo passa por grandes dificuldades financeiras.