por Eli Halfoun
O seriado “Pé na Cova” foi alvo de um
verdadeiro bombardeio de tuiteiros revoltados contra um post no Twitter do
programa sugerindo a criação de lápides engraçadas (Jô Soares, por exemplo,
disse em entrevista para uma emissora francesa de televisão que quando morrer
escreverá em sua lápide “enfim magro”). A reação dos tuiteiros aconteceu porque
a postagem foi feita no mesmo período em que aconteceu a dolorosa e comovente
tragédia do incêndio em Santa Maria. Reclamações exageradas: é evidente que
não houve por parte do programa e da Globo a menor intenção de brincar com a tragédia.
Provavelmente o responsável pelo Twitter seguiu uma orientação feita e tomada
muito antes da tragédia que ninguém poderia prever, mas que certamente poderia
ter sido evitada ou pelo menos minimizada. Os tuiteiros chegaram a sugerir que
“Pé na Cova” deixe de ser apresentado por um período, o que evidentemente a Globo
não aceitou. O seriado de Miguel Falabella não brinca com nenhuma tragédia e
nem com um morte específica: brinca com a vida e a morte de uma maneira geral e
tem feito isso com qualidade e bom humor, como, aliás, a vida e a morte devem
ser sempre encaradas para que melhor possamos lidar com elas. Também não
existiu por parte da Globo nenhum desrespeito com um fato que comoveu o país. Ao contrário: a Globo realizou uma excelente cobertura sobre a tragédia e muito do
que se tem investigado é sem dúvida resultado do trabalho de denúncia e
apuração dos repórteres de telejornais da emissora. Todas as medidas nacionais
de prevenção que forem tomadas de agora em diante terão sem dúvida um dedo do
bom trabalho jornalístico de todas as emissoras de televisão e da imprensa de
uma maneira geral. (Eli Halfoun)
2 comentários:
Continuo achar que o programa é de muito mau gosto. Esse programa não terá vida muito longa.
É o filme A hora do pesadelo - a desgraça.
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