por Eli Halfoun
Parece que a perda de mandato está
diretamente ligada ao comportamento dos garçons: primeiro foi o ex-presidente
Lula que depois de ter esperar um bom tempo para receber um copo de água
reclamou e disse com bom humor: “quando você está sem mandato nem o vento te bate nas costas”. O ex-presidente do Senado e da República José Sarney já teve
essa experiência: às vésperas de sua saída da presidência do Senado, esperou um
tempão para que lhe fosse servido um cafezinho morno e não quente como costumava ser na época em que era o chefão. Sarney levou na esportiva e até lembrou que
já tinha sido vítima desse ritual. Foi em 1990, antes da pose de Fernando Collor
na Presidência da República, quando também lhe serviram um café mais para frio
do que para morno. Agora enfrentou mais uma dificuldade: depois das cinco horas
da tarde não conseguia chamar ninguém na copa nem mesmo para tomar um cafezinho
morno. Em seu gabinete, antes lotado, circulavam poucas pessoas, a maioria
ainda assessores. Em outras palavras: poder é sinônimo de café quente, perda de
poder é sem dúvida entrar em uma fria. Até no cafezinho. (Eli Halfoun)
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