por Eli Halfoun
Até a próxima quinta-feira, a rotina
de todos os anos nessa época de carnaval será a dona das ruas, das conversas e
de uma sacrificada fuga para cidades serranas, do interior e da Região dos Lagos,
no caso do Rio. Em cada corpo cansado e suado de cada brasileiro o carnaval
estará desenhado em todas as suas cores de maior e mais importante festa
popular do mundo. Para os brasileiros, é o período mais esperado durante os 365
dias do ano porque é quando se pode extravasar a alegria e fugir
temporariamente de um carnaval de preocupações que faz o enredo durante os doze
meses de cada ano. Até quinta-feira as conversas girarão em torno do grandioso
desfile carioca das escolas de samba para alguns cada vez mais insuperáveis e
criativos e para outros tantos apenas um espetáculo repetitivo. Na quarta-feira
o resultado do desfiles tomará a voz e o coração de cada folião para discutir
as injustiças do resultado e a grandiosidade do espetáculo. Na quinta-feira a cidade
começará a retomar seu ritmo normal e as escolas de samba iniciarão a busca dos
enredos para o desfile de 2014 quando sem dúvida a bola rolará em todas as
escolas por conta da realização da Copa do Mundo. Não importa: é carnaval e
pronto. É festa do povo e ao contrário do que diz a música não “pra tudo se
acabar na quarta-feira”. Não acaba nunca: a cada ano o carnaval escreve uma nova,
animada e empolgante página na história do povo desse país que mais do que
qualquer outro sabe fazer com bossa, ginga e charme a festa maior de todo o
mundo. Um mundo que sem dúvida viveria em festa se fizesse o carnaval da união,
da alegria e do esforço coletivo o ano inteiro. (Eli Halfoun)
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