por Eli Halfoun
Era de se esperar: os bares da Gávea não funcionarão mais em dias de jogos de futebol, do Flamengo principalmente. A decisão é conseqüência dos estragos causados por torcedores no último domingo, dia em que o Flamengo conquistou o campeonato brasileiro. Não basta fechar os bares para acabar com uma violência que nada tem a ver com a emocionante beleza de uma partida de futebol. A torcida precisa aprender a torcer e as autoridades precisam tomar severas providências, mas será lamentável quando o policiamento for bem maior do que o número de torcedores e ocupar arquibancadas, cadeiras, enfim, todos os setores de um estádio de futebol e não de uma praça de guerra, como ainda querem alguns torcedores que não gostam de futebol mas adoram luta livre. Sabemos todos que o boicote pacífico é a melhor “arma” para baixar preços de produtos em supermercados e conquistar muitas outras justas reivindicações. Com o futebol não pode e não deve ser diferente: se os torcedores de verdade (aqueles que realmente amam o esporte) pararem de ir aos estádios não haverá público suficiente para embelezar as partidas e muito menos para praticar e incentivar os tumultos e muito menos haverá grana (a torcida paga e paga caro) para “alimentar” os clubes. Sei não, mas na hora em que os clubes, que são os maiores incentivadores das torcidas organizadas, sentirem no bolso talvez descubram que passou o momento de tomar medidas drásticas. Afinal, sem público nos campos de jogo o futebol perderá a graça, os clubes perderão dinheiro, mas em compensação não se perderão mais vidas massacradas por uma violência que nada tem a ver com o esporte. E futebol é apesar de ser gerenciado apenas como um bom e lucrativo negócio, acima de tudo esporte.
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