quarta-feira, 24 de julho de 2019
Cinema brasileiro sob ataque: Ancine vai para Brasília sob condução coercitiva e revista Variety noticia a volta da censura
A ideia não é nova. O ministro da Propaganda nazista, Joseph Goebbels, conduziu um amplo projeto de submissão do cinema à política de governo. A ordem era instrumentalizar a tela para difundir os valores da família, da religião, o nacionalismo, os heróis da pátria, a xenofobia, a posição inferior das mulheres e a qualificação do "inimigo" sempre presente.
A revista Variety comenta a decisão de Bolsonaro de levar a Ancine, a agência que cuida do Fundo Setorial do Audiovisual, principal instrumento para fomento da indústria, para o Palácio do Planalto diretamente sob o controle do executivo. O objetivo da ultradireita é policiar o cinema brasileiro, impor um "filtro", como o governo chama, e na prática controlar ideologicamente o que pode ser filmado.
LEIA A MATÉRIA DA VARIETY, AQUI
Viu isso? Paramount HD acha engraçado o preconceito
O Brasil vive dias em que o politicamente incorreto tem sido exaltado pelos donos do poder político. Mas o canal por assinatura Paramout HD não precisava exagerar. O filme "Tommy Boy" ganhou um título supostamente engraçadinho em português: "Mong & Loide". Uma claríssima alusão ao pejorativo "mongolóide", termo usado para classificar pessoas portadoras da Síndrome de Down. O significado original da palavra remete à raça mongol. Já o "monoglóide", esse que a Paramount incorpora, é xingamento mesmo. Lamentável.
Memória da redação: quando Manchete perdeu a noção da realidade...
Essa edição da Manchete é de 1969. Uma das chamadas de capa é um primor de alheamento editorial. O que levou a revista a perguntar em plena ditadura, pouco depois da decretação do AI-5, "qual a posição do Exército?". Àquela altura, só a Manchete não sabia.
terça-feira, 23 de julho de 2019
Rio: esse visual Crivella não consegue destruir...
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Foto J.E |
Não é fácil escapar da incompetência aguda do prefeito Marcelo Crivella e sua equipe de apadrinhados. O Rio está um caos. Apesar de tudo, o visual escapa. Que assim seja, como mostra essa foto, feita a partir das imediações do Quadrado da Urca, há poucos minutos. A foto não é perfeita, o dia de inverno à carioca, sim.
segunda-feira, 22 de julho de 2019
Gisele Bündchen: a defesa da Amazônia
Gisele Bündchen é capa da Elle americana de julho. Ela cada vez mais usa seuprestígio para denunciar a ameaça que paira sobre a Floresta Amazônica.
Serenou na capa da Sports Illustrated
A tenista Serena Williams postou no Instragram a capa que fez para a Sports Illustrated, ensaio assinado por Jeffery Salter, fotógrafo de Miami que é o preferido das celebridades do esporte.
domingo, 21 de julho de 2019
"Easy Rider": o filme que nasceu pra ser selvagem agora é cinquentão...
por José Esmeraldo Gonçalves
As duas motocicletas que levaram Hollywood de carona direto para a contracultura estão de volta aos cinemas americanos em 400 salas e versão restaurada 4K.
Quando "Easy Rider" ("Sem Destino", no Brasil) foi lançado em 14 de julho de 1969, há 50 anos, as salas americanas exibiam "Hello Dolly", "Airport" e "Patton". O filme custou menos de meio milhão e arrecadaria mais de 250 milhões de dólares, apenas nos Estados Unidos. Na vida real, o que estava em cartaz era a guerra do Vietnã, Charles Manson e o rescaldo tardio das cinzas da era Kennedy. Por aí pode-se imaginar o impacto que a trama causou nas plateias americanas. Talvez duas produções anteriores tenham dado pinta de que Hollywood estava mudando: "Bonnie and Clyde" e "The Graduate", de 1967, deixaram algumas escoriações no mundo perfeito de "Hello Dolly", mas ainda não eram aquele filme-marginal que faria o público largar a pipoca.
O ronco inconfundível das motocicletas Harley de "Easy Rider" ecoou no conservadorismo ao mesmo tempo em que levou uma geração de jovens americanos desiludidos, que já não acreditavam nos "valores wasp" (branco, anglo-americano e protestante, na sigla em inglês), a se identificar com Wyatt( Peter Fonda) e Billy (Denis Hooper). O envolvimento dos dois atores, aliás, foi muito além de apenas interpretar os personagens principais. Fonda co-escreveu o roteiro, ao lado de Terry Spouthern, e Hopper dirigiu o filme. "Easy Rider" não marcava a estréia de Jack Nicholson, mas foi o papel do advogado pinguço George que lhe deu o status de estrela. Ainda no elenco, Karen Black, Luana Anders, Luke Askew, Toni Basil, Warren Finnerty, Sabrina Scharf e Robert Walker.
Não é exagero dizer que as duas motos também se tornaram superstars. Na verdade, a produção usou quatro Harley-Davidson Hydra-Glides personalizadas. Eram máquinas construídas entre 1949 e 1950 que pertenceram a esquadrões policiais. O filme acabou consagrando a estilo Chopper, caracterzado, entre outras adaptações, pelo garfo alongado e amortecedores dianteiros compridos. A bordo dessas motos desenrola-se a trama. Wyatt e Billy (os nomes eram uma referência a Wyatt Earp e Billy the Kid) vendem uma partida de cocaína e, com o dinheiro, aceleram as motos desde a Califórnia até New Orleans, onde pretendiam curtir a Mardi Gras. Na estrada, cavalgam a metáfora da liberdade, que não deixa de lhes cobrar o alto preço das tensões da América.
As cenas inesquecíveis de Easy Rider se associaram à memória musical. A trilha sonoro é tão explosiva quanto o filme. As motos roncam ao som de "Born to Be Wild", o rock do Steppenwolf, "If 6 was 9", de Jimi Hendrix, "If you want to be a bird", do Santo Modal Rounders, "Don't Bogart Me", do Fraternity of Man ou "Kyrie Eleison", com The Electric Prunes, música religiosa transformada em "viagem" psicodélica, e a única escrita para o filme, "Ballad of Easy Rider", de Roger McGuinn.
"Sem Destino" chegou ao Brasil em janeiro 1970, em plena ditadura. A coisa aqui estava preta, mas o filme não foi vetado. o que não quer dizer que teve vida mansa nas telas. Foi censurado para menores de 18 anos e, na maioria das capitais, ficou em cartaz por apenas uma semana.
Para as gerações que chegaram atrasadas, vem aí a chance de ver "Easy Rider" em 4K, o que significa resolução até melhor do que a original.
VEJA UM TRECHO DO FILME E OUÇA "BORN TO BE WILD", DO STEPPENWOLF, AQUI
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sábado, 20 de julho de 2019
Mistério: imagens originais da chegada do homem à Lua desapareceram...
por Flávio Sépia
O Brasil tem fama merecida de não preservar imagens da sua memória. Museus se incendeiam, negativos de filmes se deterioram e arquivos de fotográficos desaparecem. O que existe é graças a abnegados que se dedicam conservar acervos preciosos. Até as pedras lunares que o país recebeu de Richard Nixon sumiram.
Os Estados Unidos, ao contrário, preservam seus arquivos. Mas não todos. Nos últimos dias, você deve ter visto como parte das celebrações dos 50 anos da chegada do homem à Lua a célebre cena de Neil Armstrong descendo a escada do módulo lugar Eagle. É uma reprodução. A site Mashable publica hoje uma matéria sobre o sumiço do tape original. A Nasa designou uma equipe para vasculhar arquivos em busca do material. Não o localizou e concluiu que pode ter se perdido definitivamente ou se deteriorou por ter sido guardado de forma inadequada.
Outra revelação do vídeo do Mashable: as imagens vistas nas televisões do mundo inteiro naquele dia 20 de julho de 1969 não eram, pelo menos diretamente, aquelas captadas pela câmera do módulo Eagle. Por problemas de resolução e codificação na transmissão, a Nasa teve que filmar com uma câmera comum a tela de um dos monitores da sala de comando que recebiam as imagens e assim repassá-la para as televisões.
As sete missões da Apollo que foram à Lua largaram 10 Hasselblad na poeira lunar. Se nenhum ET as recolheu, estarão lá à disposição das futuras missões.
É de quem chegar primeiro.
É de quem chegar primeiro.
VEJA O VÍDEO DO MASHABLE SOBRE O DESAPARECIMENTO DAS IMAGENS ORIGINAIS DA CHEGADA DO HOMEM À LUA,
CLIQUE AQUI
A ofensa racista de Jair Bolsonaro
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Reprodução/Bandnews |
Bolsonaro acumula episódios de racismo e intolerância. Índios, mulheres, negros e homossexuais são frequentemente agredidos pelo sujeito. É crime, mas as leis não o alcançam. Vários desses rompantes já foram gravados. Como esse, que o próprio serviço de TV oficial gravou. Os governadores do Nordeste lançaram uma nota de protesto. Mas há deputados federais da região que apoiam Bolsonaro. Bom que as suas bases vejam isso. Na mesma cena, ele manda "não dá nada", referindo-se a verbas, para o governador do Maranhão, Flávio Dino, deixando claro que não é o presidente de todos e age como um 'gauleiter' ensandecido que pune que não o apoia. Acima, a reprodução do que foi ao ar pela Band, Veja o vídeo AQUI
sexta-feira, 19 de julho de 2019
Essa edição da Veja está sinistra, acredita? :"Anhangá", da "Sociedade Secreta Silvestre", ameaça tocar o terror no Brasil
Que a Veja tem um longo histórico de apostas inacreditáveis, basta consultar a coleção da revista. A capa da edição desta semana está agitando as redes sociais.
Aparentemente, na busca de uma exclusiva, os editores fizeram uma jogada de risco. Foram buscar na internet profunda, a chamada Deep Web, o "Anhangá", um sujeito que se apresenta como membro de uma organização terrorista que se intitula "ecoextremista" e atende pelo bucólico nome de "Sociedade Secreta Silvestre". Das profundezas digitais, ele denuncia um suposto plano da SSS para matar Jair Bolsonaro, Ricardo Salles e Damares Alves.
Um jornalista da revista alega ter feito contato com o terrorista através do ambiente da Deep Web que é irrastreável, o que também torna difícil, quase impossível, confirmar a fonte da informação. O "Deep Troath" da Veja diz que tem contato com uma organização terrorista internacional, a "Individualistas que Tendem ao Selvagem (ITS), que fornece know how ao braço brasileiro da multinacional do terror. "Anhangá" se diz preparado e vai botar pra quebrar. Queria, por exemplo, segundo a revista, atacar Bolsonaro logo na posse, mas adiou a ação por causa do forte esquema de segurança. Em vez disso, os "Silvestres"teriam colocado uma bomba em uma igreja católica a quilômetros de distância do Planalto. Apesar da assessoria técnica do ITS, a artefato não explodiu, supostamente por falha no detonador. O que a igreja tinha a ver com as calças, o terrorista e a revista não explicam. Depois, apesar de "ecologista", a "Sociedade Secreta Silvestre" teria incendiado carros do Ibama, precisamente a instituição que tenta defender o que resta da Amazônia e que, por isso, tem sofrido fortes pressões do atual governo. O terrorista e a revista nem tentam explicar a contradição.
A Veja diz que a Polícia Federal está investigando os terroristas silvestres. Esperar que as autoridades botem a mão no Anhangá talvez seja a única chance de provar mais essa inacreditável e especulativa reportagem de capa da revista que agora pertence a executivos do mercado financeiro.
Até aqui, o fato faz lembrar dois momentos tão surpreendentes quanto ridículos do bravo jornalismo brasileiro. Um, tendo a própria Veja como protagonista, foi o famoso caso do "Boimate". Os editores da revista leram na britânica New Scientist uma piada publicada no Dia da Mentira, brincadeira comum adotada tradicionalmente pelos veículos locais. Só que Veja acreditou e reproduziu a matéria que dava conta de um fantástico feito científico: a fusão de células bovinas com tomates que resultaram em uma nova espécie, a Boimate. A vantagem, dizia a Veja, seria poder colher um dia um filé ao molho de tomate diretamente da horta. Depois de sofrerem merecida gozação, os editores pediram desculpas aos leitores.
O outro momento deep foi do programa do Gugu. Talvez por achar complicado entrevistar bandidos do PCC, a produção resolveu... produzir. Arrumaram dois mascarados que, entrevistados, deram uma lista de autoridades e jornalistas ameaçados de morte. A farsa foi desmascarada e o SBT multado.
Aparentemente, na busca de uma exclusiva, os editores fizeram uma jogada de risco. Foram buscar na internet profunda, a chamada Deep Web, o "Anhangá", um sujeito que se apresenta como membro de uma organização terrorista que se intitula "ecoextremista" e atende pelo bucólico nome de "Sociedade Secreta Silvestre". Das profundezas digitais, ele denuncia um suposto plano da SSS para matar Jair Bolsonaro, Ricardo Salles e Damares Alves.
Um jornalista da revista alega ter feito contato com o terrorista através do ambiente da Deep Web que é irrastreável, o que também torna difícil, quase impossível, confirmar a fonte da informação. O "Deep Troath" da Veja diz que tem contato com uma organização terrorista internacional, a "Individualistas que Tendem ao Selvagem (ITS), que fornece know how ao braço brasileiro da multinacional do terror. "Anhangá" se diz preparado e vai botar pra quebrar. Queria, por exemplo, segundo a revista, atacar Bolsonaro logo na posse, mas adiou a ação por causa do forte esquema de segurança. Em vez disso, os "Silvestres"teriam colocado uma bomba em uma igreja católica a quilômetros de distância do Planalto. Apesar da assessoria técnica do ITS, a artefato não explodiu, supostamente por falha no detonador. O que a igreja tinha a ver com as calças, o terrorista e a revista não explicam. Depois, apesar de "ecologista", a "Sociedade Secreta Silvestre" teria incendiado carros do Ibama, precisamente a instituição que tenta defender o que resta da Amazônia e que, por isso, tem sofrido fortes pressões do atual governo. O terrorista e a revista nem tentam explicar a contradição.
A Veja diz que a Polícia Federal está investigando os terroristas silvestres. Esperar que as autoridades botem a mão no Anhangá talvez seja a única chance de provar mais essa inacreditável e especulativa reportagem de capa da revista que agora pertence a executivos do mercado financeiro.
Até aqui, o fato faz lembrar dois momentos tão surpreendentes quanto ridículos do bravo jornalismo brasileiro. Um, tendo a própria Veja como protagonista, foi o famoso caso do "Boimate". Os editores da revista leram na britânica New Scientist uma piada publicada no Dia da Mentira, brincadeira comum adotada tradicionalmente pelos veículos locais. Só que Veja acreditou e reproduziu a matéria que dava conta de um fantástico feito científico: a fusão de células bovinas com tomates que resultaram em uma nova espécie, a Boimate. A vantagem, dizia a Veja, seria poder colher um dia um filé ao molho de tomate diretamente da horta. Depois de sofrerem merecida gozação, os editores pediram desculpas aos leitores.
O outro momento deep foi do programa do Gugu. Talvez por achar complicado entrevistar bandidos do PCC, a produção resolveu... produzir. Arrumaram dois mascarados que, entrevistados, deram uma lista de autoridades e jornalistas ameaçados de morte. A farsa foi desmascarada e o SBT multado.
Sem propostas concretas, Neymar se oferece a vários clubes e sofre bullying midiático
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ESPN/Reproduçõa twitterAdicionar legenda |
A ESPN lançou no Twitter a questão acima. Aproveitando o gancho de La Casa de Papel, cuja terceira temporada a Netflix disponibiliza a partir de hoje, o canal especula sobre o complicado destino de Neymar, que pretende sair do PSG, mas não recebeu proposta concreta.
O jornal espanhol Mundo Desportivo também publicou uma "lista de Ney", citando clubes para os quais Neymar pai já teria oferecido o filho que está no desvio e acrescentando o Bayern às supostas possibilidades.
Enquanto espera, o PSG fez dois amistosos preparatórios, sem Neymar, que finaliza recuperação. O jogador acompanhará a delegação do clube à China, ainda como parte da pré-temporada. O PSG não confirma se ele entrará em campo. Neymar tem contrato com o time francês até junho de 2022 e corre contra o tempo - as janelas europeias de transferências começam a se fechar nas próximas semanas - para encontrar uma saída.
Há pouco tempo tido como um dos jogadores mais valorizados do mundo Neymar vive fase de baixíssimo astral: responde a processos nos fiscos da Espanha e do Brasil; é alvo de investigação sobre acusação de estupro e soma uma incômodas sequência de contusões.
Caso não apareça um proposta que atenda aos interesses do PSG - o clube não abre mão de recuperar o alto investimento - Neymar terá que cumprir o contrato. O seu ambiente no clube vai ser testado na turnê chinesa. Ao final da Copa da França, quando o PSG foi derrotado pelo Rennes, ele criticou companheiros e provocou mal estar interno.
Nessa época do ano, enquanto aguarda o início da temporada 20019-2020, a mídia esportiva europeia tem menos notícias. As especulações sobre o mercado do futebol são o tema principal e algumas transferências milionárias já se efetivaram. Com isso, o impasse sobre o destino do Neymar ganha ainda mais espaço.
Alex Morgan, campeã do mundo pela seleção americana de futebol, vai montar uma empresa de mídia. Ela é a favor de ocupar todos os espaços, posa para revistas, faz filmes e escreve livros....
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A jogadora Alex Morgan, campeã do mundo pelos Estados Unidos, posou para a Sports Illustrated. Reprodução |
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Ela atuou no filme Alex & Me" lançado no ano passado e... |
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...é autora de uma coleção de livros infantis. Para ela, as jogadores de futebol feminino precisam ocupar espaços na mídia. |
por Niko Bolontrin
Campeã pelos Estados Unidos e um das artilheiras do Mundial Feminino recentemente disputado na França, a jogadora de futebol Alex Morgan está formando uma empresa de mídia. Ela não pretende se associar a nenhuma grande empresas jornalística e visa focalizar público feminino, atletas, especialmente meninas. Morgan revelou seus planos em entrevista à Bloomberg, ontem, mas não deu maiores detalhes da empresa.
Morgan sempre defendeu maior divulgação para o futebol feminino e tem incentivado as colegas a ocuparem mais espaço na mídia. "Quero compartilhar as histórias que eu acho que muitas pessoas querem ouvir, e as meninas precisam ter acesso a elas". A jogadora já escreveu livros infantis sobre futebol, atuou no filme "Alex & Me", lançado no ano passado e não vê problemas em fazer fotos sensuais. Ela já posou duas vezes para a Sports Illustrated, sendo que o último ensaio fotográfico foi publicado dias antes da última Copa do Mundo.
Muita mutreta pra levar a situação...
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Reprodução/Época/22/07/2019. Clique na imagem para ampliar |
O artigo vem a propósito do escândalo da Vaza Jato, os truques que dominavam seus protocolos e ausência de resposta das instituições. É um bom contraponto no momento que figuras da Justiça considerarem normal a malandragem e o jogo de interesses particulares como instrumento autorizado desde que seja no combate à corrupção. Pois é, essa estratégia tem sido defendida até em editoriais da grande mídia. O atropelo da lei pela lei já se configurou em muitos episódios, mas as revelações do Intercept Brasil demonstram que nesse pântano institucional sempre será possível encontrar justificativa para dar um passo a mais.
quinta-feira, 18 de julho de 2019
O Sr. Embaixador em Washington DC: Eduardo Bolsonaro vai morar no cafofo que já recebeu Roberto Campos, Walter Moreira Salles, Vasco Leitão da Cunha. Mário Gibson Barbosa e Paulo de Tarso Flecha de Lima
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A residência oficial do embaixador brasileiro em Washington (Reprodução MRE) |
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E o prédio da Chancelaria, o local de trabalho vizinho à residência. (Reprodução/MRE) |
A Embaixada do Brasil em Washington já foi bem frequentada.
Se assumir o cargo de representante brasileiro nos Estados Unidos, Eduardo Bolsonaro circulará nos corredores da residência e nos gabinetes da Chancelaria
adjacente, na 3006 Massachusetts Avenue NW, onde já passaram figuras como
Walter Moreira Salles, Ernani do Amaral Peixoto, Roberto Campos, Vasco Leitão da Cunha, Mário Gibson Barbosa. Antonio Azeredo da Silveira, Marcílio Marques Moreira, Sergio Correa da Costa, Rubens Ricúpero e Paulo Tarso Flecha de Lima.
Ele pode não ter a mais remota ideia da função que os diplomatas citados já exerceram, mas vai morar igualmente bem. A residência do embaixador do Brasil, a Villa McCormick, como é conhecida, é uma referência arquitetônica em estilo neoclássico na capital norte-americana. É obra do arquiteto John Russell, que assinou outros prédios públicos em Washington DC. O prédio da Chancelaria, construído no terreno da residência, também tem planta ilustre. Em estilo moderno, foi projetado por Olavo Redig de Campos.
Se realmente for morar lá, é melhor Eduardo não desfazer as malas. O ministro
Paulo Guedes já declarou que pretende vender, quem sabe na black friday, os prédios das
embaixadas brasileiras em vários países.
A anunciada indicação do Bolsonaro júnior como embaixador tem provocado
polêmicas e gerado memes nas redes sociais. O alvo principal é o inglês do
sujeito. Há vídeos e áudios mostrando que o futuro embaixador fala o idioma de
Shakespeare com adaptações tropicais muito peculiares. Um desses vídeos,
gravado durante uma entrevista à Fox News registra momento de pânico do atual deputado ao não conseguir completar uma frase e obrigado-se a retornar à língua máter para admitir candidamente: "Caralho, deu branco". Sejamos justos: o inglês do Eduardo não chega ser o do treinador Joel Santana, que virou sua marca registrada intransferível. Certo que a pronúncia lembra um pouco a do indiano Hrundi V. Bakshi, personagem que o ator Peter Sellers viveu em "Um Convidado Bem Trapalhão". Uma diferença, talvez, é que no filme o inglês era intencionalmente caricatural sem espancar a sintaxe.
Uma das qualificações do indicado, além de ter admitido que já fritou hambúrger - isso também virou piada - nos Estados Unidos, seria, segundo afirma o governo, o fato de ser amigo do Donald Trump e dos seus filhos. São assim, ó, capazes de diálogos íntimos do tipo "how do you do, Dudu" e "how do you 'tru', Trump".
quarta-feira, 17 de julho de 2019
Quer ganhar até 20 mil dólares? A chinesa Huawei lança Concurso de Fotografia no Brasil.
A Huawei, que está entrando no Brasil, abre o Concurso de Fotografia Huawei Next-Image 2019. São para fotos nas categorias #EmotionTag, Olá, vida!, Rostos, Explorando distâncias, A vida agora e Storyboard.
Regulamento e descrição de características exigidas para cada categoria estão no site da Huawei (link abaixo)
Haverá um premiação de US$ 20 mil para o vencedor do “Grande Prêmio”, US$ 6 mil por categoria e a chance de participar da Paris Photo 2019. Além disso, os 50 trabalhos que se destacarem levarão um smartphone Huawei P30 Pro.
Detalhe importante: só podem concorrer fotos feitas por smartphones da Huawei, de qualquer modelo. As inscrições vão até o dia 31 de julho e os vencedores serão conhecidos no dia 9 de setembro, durante a Paris Photo 2019.
Instruções e detalhes do concurso estão AQUI
Parabéns a todos os envolvidos: a barbárie social que o Brasil pediu nas urnas já se instalou...
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CLIQUE NA IMAGEM PARA AMPLIAR |
A capacidade de Jair Bolsonaro desmontar a civilização e implantar a barbárie social no Brasil é espantosa e veloz. Ontem, o jornalista Arnaldo Bloch, do Globo, listou os itens da cartilha neofascista com que o governo ataca todas as áreas. As medidas oficiais tomam as quatro colunas do texto. Enquanto a gráfica rodava o jornal, o inquilino do Planalto divulgava mais duas decisões inacreditáveis.
A primeira, suspende contratos para a produção de 19 medicamentos distribuídos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O corte atinge laboratórios públicos que fabricam remédios que custam ao governo 30% mais baratos do que os equivalentes dos laboratórios privados para pacientes que sofrem de câncer e diabete ou que passaram por transplantes. Mais de 30 milhões de brasileiros dependem desses medicamentos.
A segunda, em nome da desburocratização e para atender a pedidos de entidades empresariais, Bolsonaro quer reduzir a cota de menores aprendizes e de pessoas com deficiências que as empresas são obrigadas por lei a contratar.
As medidas a serem implantadas mereceram pouco repercussão na mídia oligárquica. Por um simples motivo: editorialistas, editores e colunistas de política e economia parecem considerar que se este desmonte é o preço a pagar pela reforma da Previdência, reforma tributária e aos dogmas em geral da economia neoliberal, que assim seja. Os 13 milhões de desempregados, os mais de 20 milhões de subempregados, o fim das políticas sociais, o desprezo ao meio ambiente, agrotóxicos para todos, a demonização da Cultura, o fundamentalismo religioso contaminando o Estado laico, o neofascismo que dirige comportamentos, as ameaças estilo tropas de choque hitleristas a jornalistas independentes ampliam as desigualdades e cobram alto custo da democracia e da liberdade. Mas o que importa tudo isso se o confisco da Previdência se realiza?
terça-feira, 16 de julho de 2019
Neil Armstrong foi à Lua e, na volta, pousou na Manchete onde ouviu de Hebe Camargo: "O senhor é uma gracinha".
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Hebe Camargo e Neil Armstrong no hall da Manchete, na rua do Russell, 1969. Reprodução |
por José Esmeraldo Gonçalves
Na data de hoje, 16 de julho de 1969, há 50 anos, foi lançada do Cabo Canaveral a Apollo 11, que levou à Lua os astronautas Neil Armstrong, Buzz Aldrin e Michael Collins. O pouso ocorreu no dia 20 de julho. Os dois primeiros passaram pouco mais de duas horas na superfície lunar. Aldrin permaneceu a bordo do módulo de comando orbitando em torno da Lua.
A chegada do homem à Lua foi primeiro grande acontecimento transmitido pela TV a se beneficiar das redes de micro-ondas recém-instaladas em muitos países, inclusive no Brasil, o que multiplicou a audiência global.
A mídia se mobilizou. Aqui, a Bloch lançou rapidamente várias edições especiais de Manchete e Fatos & Fotos levando aos leitores imagens coloridas, com absoluta nitidez, e acrescentando mais informação ao fato visto inicialmente pela TV e em radiofotos publicadas em jornais, com resolução precária.
Um edição da Fatos & Fotos se destacou especialmente. Era uma revista multimídia, termo que não existia na época, integrando texto, fotos e ilustrações a um CD com o áudio dos diálogos entre os astronautas e o centro de comando da missão em terra.
O pouso dos primeiros astronautas na Lua assombrou o mundo, mas não demorou a se banalizar, como quase tudo que é alvo de intensa exploração da mídia. Até 1972, doze astronautas caminharam na Lua. Conta-se que já na segunda missão tripulada, a da Apollo 12, em novembro de 1969, os alto-falantes do Maracanã, ainda na época da "Adeg informa", anunciaram o pouso aos torcedores durante um lance de jogo crucial e o locutor foi vaiado, tal o desinteresse.
Outra curiosidade: o presidente americano, Richard Nixon, em uma jogada de marketing, distribuiu rochas lunares a todos os países. O Brasil recebeu uma dessas, mas como a Taça Jules Rimet, o pedregulho nacional sumiu.
Desde novembro de 1972, nenhum homem pisou mais na Lua.
China e Índia estão com programas espaciais adiantados e planejam missões lunares tripuladas na próxima década. Os Estados Unidos pretendem voltar até 2024 através de parcerias da NASA com empresas privadas.
Um recadinho para os nerds: o computador da Apollo 11 era praticamente uma reles calculadora. Os sistemas da nave tinham 64 KB de memória RAM e uma CPU de 0,043 MHz, sua capacidade de cálculo estava na casa dos milhares. Um iPhone 5, por exemplo, usa processador de 1,3 GHz, uma memória RAM de 1 GB e faz milhões de cálculos por segundo. E o computador IBM central da NASA, embora um pouco mais potente, na faixa dos megas, era centenas de vezes mais rudimentar do que um Playstation 4 que trabalha com 500 gigabytes.
Neil Armstrong confessou que mais difícil do que ir à Lua foi cumprir a agenda de celebridade que lhe foi imposta e o levou a uma turnê mundial.
O astronauta pioneiro acabou, quem diria, na Manchete. Em viagem ao Brasil, ele almoçou no prédio do Russell, visitou a redação no 8º andar e deu saída entrevistas. Já no hall, foi acoplado a Hebe Camargo e respondeu a algumas perguntas da diva da TV brasileira. "O senhor é uma gracinha", revelaria ela em suas impressões sobre Armstrong.
segunda-feira, 15 de julho de 2019
A polêmica do VAR: os nerds têm mesmo que decidir jogos?
No atual Brasileirão o VAR tem se afirmado como mais uma instância de erro. Tornou-se uma espécie de muleta para árbitros inseguros. Na dúvida, eles dividem a responsabilidade com os nerds que operam o sistema.
Na prática, o VAR virou o Google dos árbitros
O Vasco, na última rodada, foi a nova vítima. A bela arrancada de Pikachu rumo ao segundo gol foi inutilizada pelos "sábios do mouse" ao alegar erradamente que em lance anterior outro jogador do Vasco, Rossi, teria feito falta em Matheus Henrique, do Grêmio. Àquela altura, o segundo gol do Vasco poderia ser decisivo. Perdendo do 2X0, o Grêmio, no mínimo, teria que avançar e se expor.
O Vasco pedirá punição do árbitro, mas, é aí, os três pontos já eram. Há quem diga que o cruzmaltino, enfraquecido, perdeu força para se defender e virou saco de pancadas do apito. A conferir. Mas o fato é que o Brasil se esforça para desmoralizar o VAR.
O que os árbitros tanto conversam com o técnico via rádio? Até para confirmar lateral, eles dialogam.
Se os árbitros não eram infalíveis e o VAR também não é, a redundância tem potencial de causar muita confusão. Até aqui, não veio para explicar, mas para confundir, como dizia o Chacrinha.
O VAR é um elemento válido no jogo, mas o protocolo deve ser aperfeiçoado. Por que não adotar o sistema do vôlei, que está em vigor há anos e não provoca tanta polêmica? Cabe o árbitro marcar e a cada treinador um número determinado de pedidos de revisão eletrônica. Só em caso relevante, quando os dois treinadores já esgotaram seus pedidos, o árbitro tem direito a recorrer à eletrônica.
Outra medida que ajudaria a baixar o nível de desconfiança: transmitir no sistema de som do estádio o diálogo do árbitro com os nerds do VAR. É assim no futebol americano: o juiz anuncia suas decisões para todo o estádio ouvir. Não seria problema já que, teoricamente, VAR e juiz não teriam nada a esconder. Torcedor paga ingresso para saber de todos os detalhes do jogo. E, agora, que um diálogo via rádio pode decidir uma partida tanto quanto uma jogada de um craque a galera quer saber o que as autoridade do jogo tanto conversam.
A transparência agradece.
Na prática, o VAR virou o Google dos árbitros
O Vasco, na última rodada, foi a nova vítima. A bela arrancada de Pikachu rumo ao segundo gol foi inutilizada pelos "sábios do mouse" ao alegar erradamente que em lance anterior outro jogador do Vasco, Rossi, teria feito falta em Matheus Henrique, do Grêmio. Àquela altura, o segundo gol do Vasco poderia ser decisivo. Perdendo do 2X0, o Grêmio, no mínimo, teria que avançar e se expor.
O Vasco pedirá punição do árbitro, mas, é aí, os três pontos já eram. Há quem diga que o cruzmaltino, enfraquecido, perdeu força para se defender e virou saco de pancadas do apito. A conferir. Mas o fato é que o Brasil se esforça para desmoralizar o VAR.
O que os árbitros tanto conversam com o técnico via rádio? Até para confirmar lateral, eles dialogam.
Se os árbitros não eram infalíveis e o VAR também não é, a redundância tem potencial de causar muita confusão. Até aqui, não veio para explicar, mas para confundir, como dizia o Chacrinha.
O VAR é um elemento válido no jogo, mas o protocolo deve ser aperfeiçoado. Por que não adotar o sistema do vôlei, que está em vigor há anos e não provoca tanta polêmica? Cabe o árbitro marcar e a cada treinador um número determinado de pedidos de revisão eletrônica. Só em caso relevante, quando os dois treinadores já esgotaram seus pedidos, o árbitro tem direito a recorrer à eletrônica.
Outra medida que ajudaria a baixar o nível de desconfiança: transmitir no sistema de som do estádio o diálogo do árbitro com os nerds do VAR. É assim no futebol americano: o juiz anuncia suas decisões para todo o estádio ouvir. Não seria problema já que, teoricamente, VAR e juiz não teriam nada a esconder. Torcedor paga ingresso para saber de todos os detalhes do jogo. E, agora, que um diálogo via rádio pode decidir uma partida tanto quanto uma jogada de um craque a galera quer saber o que as autoridade do jogo tanto conversam.
A transparência agradece.
domingo, 14 de julho de 2019
Memória da redação: a asa delta havia recém-chegado ao Rio quando o craque Doval, do Flamengo, tentou voar...
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Foto: Hugo de Góes |
por José Esmeraldo Gonçalves
Em julho de 1974, há 45 anos, o francês Stephan Segonzac decolou da Pedra Bonita para o primeiro voo de asa delta no Brasil. Dias depois, assombrou a cidade ao pular do Corcovado e pousar no Jockey Club.
Antes do verão 74-75 despontar, o carioca Luís Cláudio já fazia os primeiros voos e se tornava instrutor para dezenas de interessados no novo esporte.
Na época, o atacante Doval era ídolo no Flamengo e o argentino mais carioca que os hermanos já mandaram para o Rio. Fora do campo, ele praticava surfe, fazia aulas de pilotagem no autódromo e treinava tiro no stand do clube. Não demorou a se interessar pelas asas que via aterrissar na Praia do Pepino.
Em agosto de 1975, a Fatos & Fotos me mandou cobrir as primeiras aulas do gringo com o instrutor pioneiro, o Luís Cláudio. As lições iniciais aconteciam em Jacarepaguá, aproveitando o declive de um pequeno morro. Doval logo provou que era muito melhor em fazer a bola voar do que ele mesmo sair do chão.
Depois de algumas tentativas, o instrutor assinalou a dedicação do aluno, mas não deixou de ironizar: "Ele já conseguiu passar quase três minutos sem encostar o pé no chão".
Doval foi três vezes campeão carioca, duas pelo Flamengo e uma pelo Fluminense. Morreu em 1991, aos 47 anos, vítima de infarto. Três dias antes, ele viu o Fla jogar pela última vez, em Buenos Aires, contra o Estudiantes de La Plata pela Supercopa Libertadores. O rubro-negro perdeu (2X0). Ele chegou a visitar a delegação do Flamengo no hotel que hospedava os brasileiros.
Lava Jato Ltda: mensagens do Telegram revelam o plano de negócios milionários por baixo do tapete da força tarefa...
Em parceria com Intercept Brasil, a Folha de São Paulo divulga novas mensagens do escândalo que revela a face secreta da Lava Jato. Dessa vez, o tema é dinheiro e de como faturar com a operação. O vazamento mostra que sob a aparência de legalidade, a Lava Jato é um iceberg cuja porção submersa escondia negócios. Eventos, palestras e aulas patrocinados, a partir do conteúdo jurídico da Lava Jato, eram a base da "indústria" detalhada no grupo de procuradores no Telegram. O Procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa, imaginou um plano de negócios para lucrar na esteira da fama e dos contatos conseguidos durante a operação. Empresas com sócios secretos e em nome de "esposas laranjas", criação de instituto "sem fins lucrativos" e parcerias com promotores de eventos são elementos do plano dignos de um power point de faturamento que o C.E.O do esquema planejou. O material, que é espantoso, poderia render vários capítulos da série "promocional" da Lava Jato, "O Mecanismo", exibida pela Netflix. É o que mostram as mensagens obtidas pelo Intercept e analisadas em conjunto com a equipe da Folha de S.Paulo.
LEIA A MATÉRIA COMPLETA EM THE INTERCEPT BRASIL
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sábado, 13 de julho de 2019
Festival de Veneza 2019 vai exibir "Extase", com Hedy Lamarr, o filme que mostrou primeiro nu frontal da história do cinema.
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Hedy Lamarr em cenas e no cartaz de Êxtase. |
por Jean-Paul Lagarride
O Festival de Veneza 2019 exibirá na abertura oficial, no dia 27 de agosto, o que teria sido primeiro nu frontal da história do cinema. A cena é do filme "Êxtase, de 1934, dirigido por Gustav Machatý, e que foi agora restaurado em modo digital 4K.
A protagonista é Hedy Lamarr, que também interpreta o primeiro ato sexual da tela.
"Extase" foi censurado, na época, há 85 anos, em vários países e ainda sofreu um inesperado percalço: o marido da atriz, Firtz Mandi, tentou desesperadamente comprar todas as cópias disponíveis.
A reestreia do filme de Hedy Lamarr em Veneza tem um significado especial. "Extâse" foi premiado em 1934, na mostra da cidade italiana, onde ganhou o prêmio de Melhor Filme Estrangeiro. Na trama, Eva (Hedy Lamarr) se casa com um homem mais velho, rigoroso e adepto da ordem acima de tudo - o que no Brasil de hoje costuma se chamar de "homem de bem" -, que não demonstra muito entusiasmo na cama, o que a leva aos braços de um jovem.
No mais, você pode ver a trama completa e a histórica cena AQUI
Por trás do glamour de estrela, a inteligência: Hedy Lamarr inventou
a telefonia o celular e o Wi-Fi.
A atriz austríaca foi muito além das telas. Em 1940 ela desenvolveu um sistema cujos parâmetros levaram aos atuais telefones celulares e à transmissão de dados por Wi-Fi. Inicialmente, seria um aparelho para confundir radares nazistas.
Por incrível que pareça, a inspiração veio através da música. O compositor George Antheil tocava piano e Lamarr se divertia repetindo as notas em escala diferente. A partir do diálogo musical, a atriz percebeu que duas pessoas poderiam conversar entre si em frequências diferentes desde que o fizessem ao mesmo tempo. Eles se dedicaram a por em prática um sistema de rádio experimental e, dois anos depois, obtiveram a patente do invento. Só no começo dos anos 1960, o Departamento de Estado mandou construir os primeiros dispositivos. O trabalho de Lamarr foi reconhecido apenas em 1997 (Anthiel não viveu para ver o sucesso do invento), quando ela foi premiada e homenageada pelo governo americano.
Apesar disso, Hedy Lammar teve problemas financeiros e chegou a ser presa duas vezes por roubar pão e remédios. Só não morreu na mais total miséria porque ganhou de uma empresa americana um processo por uso indevido de imagem.
Hedy Lamar faleceu em 2000, aos 85 anos, quando celulares e Wi-Fi se espalhavam pelo mundo.
Deu no Globo: velhinhos brasileiros com mais de 80 anos estão cheios da grana. A culpa da crise é deles...
No embalo do confisco da Previdência, a mídia oligárquica tem se esforçado para demonizar os idosos.
Os de cabelos brancos vão acabar sendo perseguidos nas ruas como as bruxas de Salém.
No Globo de hoje, coluna do Ancelmo Góes, há uma nota típica dessa campanha neoliberal.
Sabe-se que a Matemática é ciência exata e uma ferramenta da Estatística. Mas esta, a Estatística pode ser direcionada para provar qualquer coisa.
Analise a renda de dois idosos moradores de uma ilha. Um ganha 5 mil reais, o outro recebe um auxílio de 600 reais. O estatístico vai concluir, cheio de autoridade, que a renda média dos habitantes da ilha é de 2 mil e oitocentos reais, acima da média dos demais ilhéus.
Algo parecido ocorre com o levantamento de Marcelo Nery, da FGV Social. Saiba, a julgar pela nota, que o idoso que você vê sob a marquise ao lado da sua casa e tem mais de 80 anos está ali por gosto. Na verdade, a julgar pelo que afirma o jornal, é um bon vivant privilegiado. A estatística ignora que os idosos pobres têm, digamos, um certa dificuldade para viver até os 80 anos. Sem abrir exceção - os 49% obviamente incluem desembargadores abonados, juízes por cima da carne seca, políticos endinheirados, altos funcionários públicos, banqueiros de pijama, militares e, talvez, ex-funcionários da FGV - o argumento estatístico coloca todos os idosos, pobres e ricos, no mesmo saco pecuniário. Ao se basear em dados concretos dos declarantes do imposto de renda (que pega os de renda alta, já que o velhinho da marquise nem sabe o que é IR), o número de idosos cheios da grana sobe para 63%.
Então é isso: se você ficar negativado no Serasa, a culpa é do velhinho da marquise que dá pinta de pobre mas, segundo as estatísticas, é um abastado.
Mas o velhinho no sereno não perde por esperar. O confisco da Previdência vai acabar com a alegria dele.
Já a casta citada que embolsa aposentadorias plus size ou personalité vai continuar com o boi na sombra.
sexta-feira, 12 de julho de 2019
Fifa avança no combate ao racismo no futebol. A partir de 15 de julho, o árbitro poderá encerrar a partida em caso de ofensas...
A Fifa anunciou ontem mudanças no código que disciplina o futebol profissional em todo o mundo. A novidade que era mais esperada é um artigo que inova no combate ao racismo. A partir deste 15 de julho, o árbitro poderá encerrar uma partida e punir com derrota o time responsável por incidentes racistas.
Antes da medida extrema, haverá um anúncio no estádio solicitando que os torcedores parem com ofensas racistas. Se persistirem, a partida será suspensa temporariamente. Caso continuem, vem o encerramento e a perda de pontos para o clube cuja torcida profere os xingamentos. Serão punidas discriminação por motivo de raça, cor da pele, origem étnica, nacional ou social, gênero, deficiência, orientação sexual, religião, opinião política ou qualquer outra condição e razão". O novo Código Disciplinar da Fifa entrará em vigor a partir do dia 15 de julho deste ano.
É um passo, mas falta muito ainda. Por exemplo, exigir que o clube responsável por atos de racismo implante meios (câmeras de vigilância e seguranças) para identificar os agressores no estádio e chame a polícia. Outra questão em pauta é o fim da impunidade. Raramente torcedores racistas são presos em flagrante ou processados pelos seus atos. É preciso que esses casos sejam levados às delegacias de polícia e se transformem realmente em processos judiciais com as penas previstas em lei e principalmente que os agressores sejam penalizados também com indenização ao jogador vítima das ofensas..
Antes da medida extrema, haverá um anúncio no estádio solicitando que os torcedores parem com ofensas racistas. Se persistirem, a partida será suspensa temporariamente. Caso continuem, vem o encerramento e a perda de pontos para o clube cuja torcida profere os xingamentos. Serão punidas discriminação por motivo de raça, cor da pele, origem étnica, nacional ou social, gênero, deficiência, orientação sexual, religião, opinião política ou qualquer outra condição e razão". O novo Código Disciplinar da Fifa entrará em vigor a partir do dia 15 de julho deste ano.
É um passo, mas falta muito ainda. Por exemplo, exigir que o clube responsável por atos de racismo implante meios (câmeras de vigilância e seguranças) para identificar os agressores no estádio e chame a polícia. Outra questão em pauta é o fim da impunidade. Raramente torcedores racistas são presos em flagrante ou processados pelos seus atos. É preciso que esses casos sejam levados às delegacias de polícia e se transformem realmente em processos judiciais com as penas previstas em lei e principalmente que os agressores sejam penalizados também com indenização ao jogador vítima das ofensas..
"Me Eduardo, you Trump": um embaixador à altura do Ministério das Relações Inferiores...
Não é apenas a imagem do Brasil que a cada dia se suja mais lá fora. Ações práticas, por parte do governo, elevam o nível de rejeição ao país em vários setores. O Globo de hoje publica uma matéria sobre as últimas votações dos representantes brasileiros, agora alinhados com ultradireita, no Conselho dos Direitos Humanos da ONU. Para aferir o nível de vexame, veja abaixo um resumo:
* O Brasil se absteve de votar uma resolução que determinou a abertura de uma investigação sobre milhares de execuções extrajudiciais por parte da polícia das Filipinas. O atual e bizarro presidente do país é um dos queridinhos do governo Bolsonaro.
* Em votação de uma resolução contra o casamento infantil forçado, o Brasil preferiu ficar a favor de ditaduras islâmicas, como a do Egito, para excluir do texto "o direito à saúde sexual e reprodutora".
* A embaixadora brasileira Maria Nazareth Farani Azevedo votou a favor de uma proposta de ditaduras islâmicas, no caso Arábia Saudita e Bahrein, contra recomendação de educação sexual de crianças e adolescentes. E também apoiou proposta do Paquistão sobre o mesmo tema excluindo direito de acesso universal à educação sexual.
Felizmente, por se aliar à opressão e ao atraso, o Brasil perdeu todas essas votações. Mas a percepção no exterior é que o país é um antro de fanáticos.
Ainda no campo diplomático não há sinais de menos fundamentalismo político e religioso. Bolsonaro anuncia que pretende nomear seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, como embaixador do Estados Unidos.
Um dia após o anúncio, Eduardo foi ao Itamaraty pedir apoio à indicação, que deverá ser submetida a aprovação no Senado. Ao tentar mostrar competência para o cargo, ele citou que fala inglês, fez intercâmbio e até fritou hambúrguer nos Estados Unidos. Em consequência da nomeação do filho de Bolsonaro para Washington, Trump retribuiria enviando para Brasília, como embaixador dos Estados Unidos, o filho Eric Trump.
A notícia de que Eduardo Bolsonaro vai virar embaixador circula na internet desde ontem. Memes, críticas e até quem não acredite e ache que é piada predominam na rede. Um dos conteúdos mais acessados é um vídeo que comenta o inglês do futuro embaixador a partir de uma entrevista que ele deu para a Fox News. Embora aparente ler as respostas em um teleprompter, ele tropeça no idioma da Trump. O inglês básico serve para quem vai fazer compras em Miami, atender a um pedido de hambúrguer ou mandar likes para a ultradireita americana, mas não ajuda a um embaixador que discutirá propostas e complexos acordos diplomáticos.
Veja o vídeo AQUI
* O Brasil se absteve de votar uma resolução que determinou a abertura de uma investigação sobre milhares de execuções extrajudiciais por parte da polícia das Filipinas. O atual e bizarro presidente do país é um dos queridinhos do governo Bolsonaro.
* Em votação de uma resolução contra o casamento infantil forçado, o Brasil preferiu ficar a favor de ditaduras islâmicas, como a do Egito, para excluir do texto "o direito à saúde sexual e reprodutora".
* A embaixadora brasileira Maria Nazareth Farani Azevedo votou a favor de uma proposta de ditaduras islâmicas, no caso Arábia Saudita e Bahrein, contra recomendação de educação sexual de crianças e adolescentes. E também apoiou proposta do Paquistão sobre o mesmo tema excluindo direito de acesso universal à educação sexual.
Felizmente, por se aliar à opressão e ao atraso, o Brasil perdeu todas essas votações. Mas a percepção no exterior é que o país é um antro de fanáticos.
Ainda no campo diplomático não há sinais de menos fundamentalismo político e religioso. Bolsonaro anuncia que pretende nomear seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, como embaixador do Estados Unidos.
Um dia após o anúncio, Eduardo foi ao Itamaraty pedir apoio à indicação, que deverá ser submetida a aprovação no Senado. Ao tentar mostrar competência para o cargo, ele citou que fala inglês, fez intercâmbio e até fritou hambúrguer nos Estados Unidos. Em consequência da nomeação do filho de Bolsonaro para Washington, Trump retribuiria enviando para Brasília, como embaixador dos Estados Unidos, o filho Eric Trump.
A notícia de que Eduardo Bolsonaro vai virar embaixador circula na internet desde ontem. Memes, críticas e até quem não acredite e ache que é piada predominam na rede. Um dos conteúdos mais acessados é um vídeo que comenta o inglês do futuro embaixador a partir de uma entrevista que ele deu para a Fox News. Embora aparente ler as respostas em um teleprompter, ele tropeça no idioma da Trump. O inglês básico serve para quem vai fazer compras em Miami, atender a um pedido de hambúrguer ou mandar likes para a ultradireita americana, mas não ajuda a um embaixador que discutirá propostas e complexos acordos diplomáticos.
Veja o vídeo AQUI
Homem na Lua: como o cinema chegou lá antes da Nasa
por Ed Sá
No dia 16 de julho de 1969, o foguete Saturno V decolou do Centro Espacial Kennedy, na Flórida, levando a Apollo 11 e os primeiros astronautas que iriam pisar na Lua em 20 de julho. A bordo, Neil Armstrong, Michael Collin e Edwiin Aldrin.
Foi há 50 anos. Mas o cinema chegou antes, em 1902, há 117 anos.
"Viagem à Lua", o clássico do francês Georges Méliès, não apenas é um dos pioneiros do cinema como o primeiro filme de ficção científica a utilizar técnicas de efeitos especiais. Marcou também a estréia do cinema como forma de entretenimento.
Enquanto a Apollo 11 levou. três astronautas, a nave de Méliès conduzia seis passageiros. Inspirado por livros de Julio Verne e H.G.Wells, o filme era obviamente mudo. Na versão que você pode acessar no link abaixo foi inserida uma trilha sonora: a Abertura 1812 de Tchaikovsky.
VEJA "VIAGEM À LUA", CLIQUE AQUI
quinta-feira, 11 de julho de 2019
GQ contra o abuso...
Essa capa da GQ Portugal, de maio, foi um dos destaques do Coverjunkie, site especializado em selecionar as melhores capas de revista em todo o mundo.
quarta-feira, 10 de julho de 2019
Future Brand informa: Brasil como marca está descendo a ladeira...
A 8ª edição do ‘FutureBrand Country Index 2019‘, divulgada pela Future Brand, pesquisou a importância de 75 países como marcas. Sistema de Valores, Qualidade de Vida, Potencial de Negócios, Patrimônio e Cultura, Turismo, Produtos e Serviços foram os itens avaliados.
Japão ficou com a melhor reputação, Noruega e Suíça vêm em seguida.
E o Brasil? Neste esquisito 2019, Acaba de cair quatro posições no ranking mundial de marcas. Vai mal mesmo entre os sul-americanos. Argentina, Peru, Chile e Panamá estão na frente. O Brasil é o 5º da América Latina e o 47º na lista geral.
LEIA A MATÉRIA COMPLETA NO BLUE BUS, AQUI
Japão ficou com a melhor reputação, Noruega e Suíça vêm em seguida.
E o Brasil? Neste esquisito 2019, Acaba de cair quatro posições no ranking mundial de marcas. Vai mal mesmo entre os sul-americanos. Argentina, Peru, Chile e Panamá estão na frente. O Brasil é o 5º da América Latina e o 47º na lista geral.
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Na capa da Harper's Bazaar: Rihanna na boca do tubarão
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Fotos Chenman. Reprodução Instagram |
por Clara S. Britto
Rhianna posou para capa ensaio da Harper's Bazaar chinesa,edição de agosto de 2019. No Instagram, seguidores não gostaram da interferência do photoshop. Alegam que a cantora aparece bem mais magra, com a silhueta e o conjunto da obra devidamente corrigidos por aplicativos. As fotos são de Chenman.
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