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terça-feira, 16 de julho de 2019

Neil Armstrong foi à Lua e, na volta, pousou na Manchete onde ouviu de Hebe Camargo: "O senhor é uma gracinha".

Hebe Camargo e Neil Armstrong no hall da Manchete, na rua do Russell, 1969. Reprodução




por José Esmeraldo Gonçalves 

Na data de hoje, 16 de julho de 1969, há 50 anos, foi lançada do Cabo Canaveral a Apollo 11, que levou à Lua os astronautas Neil Armstrong, Buzz Aldrin e Michael Collins. O pouso ocorreu no dia 20 de julho. Os dois primeiros passaram pouco mais de duas horas na superfície lunar. Aldrin permaneceu a bordo do módulo de comando orbitando em torno da Lua.

A chegada do homem à Lua foi primeiro grande acontecimento transmitido pela TV a se beneficiar das redes de micro-ondas recém-instaladas em muitos países, inclusive no Brasil, o que multiplicou a audiência global.



A mídia se mobilizou. Aqui, a Bloch lançou rapidamente várias edições especiais de Manchete e Fatos & Fotos levando aos leitores imagens coloridas, com absoluta nitidez, e acrescentando mais informação ao fato visto inicialmente pela TV e em radiofotos publicadas em jornais, com resolução precária.

Um edição da Fatos & Fotos se destacou especialmente. Era uma revista multimídia, termo que não existia na época, integrando texto, fotos e ilustrações a um CD com o áudio dos diálogos entre os astronautas e o centro de comando da missão em terra.

O pouso dos primeiros astronautas na Lua assombrou o mundo, mas não demorou a se banalizar, como quase tudo que é alvo de intensa exploração da mídia. Até 1972, doze astronautas caminharam na Lua. Conta-se que já na segunda missão tripulada, a da Apollo 12, em novembro de 1969, os alto-falantes do Maracanã, ainda na época da "Adeg informa", anunciaram o pouso aos torcedores durante um lance de jogo crucial e o locutor foi vaiado, tal o desinteresse.

Outra curiosidade: o presidente americano, Richard Nixon, em uma jogada de marketing, distribuiu rochas lunares a todos os países. O Brasil recebeu uma dessas, mas como a Taça Jules Rimet, o pedregulho nacional sumiu.

Desde novembro de 1972, nenhum homem pisou mais na Lua.

China e Índia estão com programas espaciais adiantados e planejam missões lunares tripuladas na próxima década. Os Estados Unidos pretendem voltar até 2024 através de parcerias da NASA com empresas privadas.

Um recadinho para os nerds: o computador da Apollo 11 era praticamente uma reles calculadora. Os sistemas da nave tinham 64 KB de memória RAM e uma CPU de 0,043 MHz, sua capacidade de cálculo estava na casa dos milhares. Um iPhone 5, por exemplo,  usa processador de 1,3 GHz, uma memória RAM de 1 GB e faz milhões de cálculos por segundo. E o computador IBM central da NASA, embora um pouco mais potente, na faixa dos megas, era centenas de vezes mais rudimentar do que um Playstation 4 que trabalha com 500 gigabytes.

Neil Armstrong confessou que mais difícil do que ir à Lua foi cumprir a agenda de celebridade que lhe foi imposta e o levou a uma turnê mundial.

O astronauta pioneiro acabou, quem diria, na Manchete. Em viagem ao Brasil, ele almoçou no prédio do Russell, visitou a redação no 8º andar e deu  saída entrevistas. Já no hall, foi acoplado a Hebe Camargo e respondeu a algumas perguntas da diva da TV brasileira. "O senhor é uma gracinha", revelaria ela em suas impressões sobre Armstrong.

sexta-feira, 12 de julho de 2019

Homem na Lua: como o cinema chegou lá antes da Nasa






por Ed Sá

No dia 16 de julho de 1969, o foguete Saturno V decolou do Centro Espacial Kennedy, na Flórida, levando a Apollo 11 e os primeiros astronautas que iriam pisar na Lua em 20 de julho. A bordo, Neil Armstrong, Michael Collin e Edwiin Aldrin.

Foi há 50 anos. Mas o cinema chegou antes, em 1902, há 117 anos.

"Viagem à Lua", o clássico do francês Georges Méliès, não apenas é um dos pioneiros do cinema como o primeiro filme de ficção científica a utilizar técnicas de efeitos especiais. Marcou também a estréia do cinema como forma de entretenimento.

Enquanto a Apollo 11 levou. três astronautas, a nave de Méliès conduzia seis passageiros. Inspirado por livros de Julio Verne e H.G.Wells, o filme era obviamente mudo. Na versão que você pode acessar no link abaixo foi inserida uma trilha sonora: a Abertura 1812 de Tchaikovsky.


VEJA "VIAGEM À LUA", CLIQUE AQUI


domingo, 19 de julho de 2009

Lunáticas







Amanhã, 20 de julho, é a data: há 40 anos, o homem pousou na Lua. A segunda foto, no alto, mostra Neil Armstrong, o deserto lunar e a "pata" da Águia, a nave. A terceira, foto tirada pelo comandante da nave, Armstrong, mostra Aldrin, o simógrafo, em primeiro plano, a bandeira dos Estados Unidos, ao fundo, a Águia, e, mais ao fundo, a câmera de TV sobre um tripé. Até aí, tudo bem, história pura. Duro é aturar a placa que os astronautas deixaram lá em nome da humanidade. É assinada por Richard Nixon, vejam na reprodução. O texto avisa a um eventual ET que homens do planeta Terra foram à Lua em missão de paz. Será verdade? Humm, tenho dúvidas. E Nixon era lá homem de palavra? Uma das suas características mais marcantes era mentir prá caramba. Mentiu sobre Watergate, mentiu sobre o Vietnã... Alguém avise aos Ets que aqui na Terra o jamegão do ex-presidente tem credibilidade zero. E era pinóquio bem antes da ida da Apolo à Lua. Em 1960, os publicitários de John Kennedy usaram na campanha a fama de mentiroso do candidato republicano. O anúncio, reproduzido no alto, ficou famoso. A frase Você Compraria um Carro Usado deste Homem? grudou em Nixon como superbonder até o fim da vida. É mentira, Terta?



domingo, 5 de julho de 2009

Canal memória: "Pequeno passo, gigantesco salto..."


Lembram disso? Acho que a morte de Michael Jackson está atrasando matérias na imprensa. Mas o Panis se adianta: no dia 20 de julho de 1969, o homem chegou à Lua. E Neil Armstrong deixou a marca da sua bota no solo lunar e mandou uma frase que entrou para a história ("Este é um pequeno passo para um homem, mas um salto gigantesco para a humanidade"). A nave Apolo 11 levava ainda os astronautas Buzz Aldrin e Michael Collins. Um detalhe, hoje, qualquer videogame, relógio digital ou celular carrega processadores de dados muito mais poderosos do que os computadores IBM que guiaram o trio Saturno (foguete), Apolo 11 (cápsula) e Águia (módulo lunar). 1969? 40 anos... Estávamos em outro planeta: os carros da moda eram Corcel, VW 1600, Gálaxie, a máquina de escrever era Olivetti, gasolina do tigre da Esso... confiram nas reproduções acima...