sexta-feira, 19 de julho de 2019

Muita mutreta pra levar a situação...

Reprodução/Época/22/07/2019. Clique na imagem para ampliar
Articulista da Época, Conrado Hübner Mendes, professor da USP, analisa "a fronteira entre a corrupção criminosa e a corrupção normalizada". Comenta como "a Lava Jato turbinou a blindagem da magistratura. Tornou-se símbolo incorruptível da moralidade e gozou da presunção absoluta da legalidade. Não se testa sua legalidade, presume-se".
O artigo vem a propósito do escândalo da Vaza Jato, os truques que dominavam seus protocolos e ausência de resposta das instituições. É um bom contraponto no momento que figuras da Justiça considerarem normal a malandragem e o jogo de interesses particulares como instrumento autorizado desde que seja no combate à corrupção. Pois é, essa estratégia tem sido defendida até em editoriais da grande mídia. O atropelo da lei pela lei já se configurou em muitos episódios, mas as revelações do Intercept Brasil demonstram que nesse pântano institucional sempre será possível encontrar justificativa para dar um passo a mais.

Um comentário:

J.A.Barros disse...

Acredito que a Lava Jato, tenha recorrido a processos não muito dentro da legalidade exigida, mas para alcançar o fim a que se destinou a Lava Jato, não pensou duas vezes e entrou de cara, no que muitos podem achar desonestidade, mas que para a maioria o " fim justificava os meios ". É preciso lembrar que a Lava Jato, atuava contra grupos políticos muito poderosos e para vence–los teria a de usar praticas não muito decentes mas seria a única maneira de por na cadeia um Sérgio Cabral, um Edmundo Cunha – político que no momento era presidente do Congresso – com uma força política fantástica e outros poderosos que ainda se encontram na cadeia cumprindo sentenças desferidas por Tribunais.